Santa Catarina Tekakwitha, indígena cristã na América do Norte
Origens
Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão; enquanto sua mãe era uma índia cristã catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com o nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso, seu pai escolheu Tekakwitha, que significa “aquela que coloca as coisas nos lugares”, mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.
Orfandade
Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a, e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.
Educação cristã e fuga
Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha.
Santa Catarina Tekakwitha: padroeira da ecologia e do meio ambiente
Hostilizada
Devido à sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamento. Por tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a situação ficou insustentável, ela fugiu. Procurou a missão dos jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade.
Amor à natureza e santificação
Sempre discreta, recolhia-se por longos períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração, sem, entretanto, descuidar-se das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não permitiu, em razão da sua delicada saúde. Embora reservada, Catarina se apresentava sempre bem disposta e alegre com todos, e diligente no serviço aos idosos e doentes. As tribulações e as austeridades de sua vida em breve acabaram com sua saúde. Com alegria sobrenatural, sentiu ela aproximar-se do seu fim.
Sua oferta
Durante a Quaresma de 1680, alguém lhe perguntou o que ofereceria a Jesus. “Eu entreguei minha alma a Jesus no Santíssimo Sacramento; e meu corpo a Jesus na Cruz”, confidenciou ela com candura.
Final da Vida e Canonização
Morte e milagre
Aos vinte e quatro anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado tornou-se bonito e sem marcas, milagre presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça.
“O lírio dos Mohawks”
Catarina, que amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como “o lírio dos Mohawks”, que intercede por seus pedidos. A sua existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus Cristo.
Canonização
O Papa João Paulo II nomeou-a padroeira da 17ª Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em 2002, quando a beatificou. Em 18 de fevereiro de 2012, o Papa Bento XVI anunciou na Basílica de São Pedro a sua canonização em 21 de outubro de 2012. Sua festa ocorre no dia 14 de abril nos EUA. Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja.
Devoção a Santa Catarina Tekakwitha
Padroeira
Ao lado de São Francisco de Assis, a bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título de “Padroeira da ecologia e do meio ambiente”.
Oração
Concedei-nos, Senhor, o dom de Vos conhecer e amar sobre todas as coisas, a exemplo da vossa serva Santa Catarina Tekakwitha, para que, servindo-Vos com sinceridade de coração, possamos agradar-Vos com a nossa fé e as nossas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.
Minha oração
“A ti pedimos a proteção dos povos indígenas do mundo todo, assim como a educação e conscientização do cuidado com a natureza, nossa casa comum. Amando a Jesus, somos capazes de cuidar dos irmãos e do meio ambiente.”
Santa Catarina Tekakwitha, rogai por nós!
CANÇÃO NOVA
Portal Santo André em Foco
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do Concurso 2.713 da Mega-Sena, sorteadas nesta terça-feira (16). Esta é a oitava vez seguida que o prêmio fica acumulado.
Os números sorteados foram: 09 - 23 - 25 - 26 - 35 - 58
Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, na próxima quinta-feira (18), está estimado em R$ 72 milhões.
A quina teve 66 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 55.368,20. Já a quadra registrou 4.712 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 1.107,90.
As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
A condição de instabilidade permanece e, com isso, são esperadas chuvas de intensidade fraca a moderada, por vezes forte, sobre áreas isoladas das regiões Brejo e Curimataú, podendo se estender de forma mais pontual para as demais regiões. As temperaturas máximas registradas na tarde de ontem em Bananeiras; 27,9ºC, Cabaceiras; 32,0ºC, Campina Grande; 29,1ºC, João Pessoa; 31,1ºC, Monteiro; 31,5ºC, Patos; 33,6ºC, Picuí; 31,2ºC e Sousa; 32,5ºC e, as mínimas registradas na madrugada de hoje em Bananeiras; 21,8ºC, Cabaceiras; 22,5ºC, Campina Grande; 21,9ºC, João Pessoa; 24,9ºC, Monteiro; 20,8ºC, Patos; 23,8ºC, Picuí; 22,2ºC e Sousa; 23,1ºC.
Fonte: AESA.
Portal Santo André em Foco
A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de abril do novo Bolsa Família. Recebem nesta quarta-feira (17) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.
Moradores de 98 municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública, recebem o pagamento nesta quarta, independentemente do NIS. Desse total, 39 ficam na Bahia, 22 no Rio Grande do Sul, 19 no Acre, nove no Rio de Janeiro e nove em Roraima.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 680,90. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,89 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,19 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,68 milhões de famílias estão na regra de proteção em abril. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.
Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta quarta-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 1. O valor caiu para R$ 102, por causa das reduções recentes no preço do botijão.
Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,5 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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O Conselho de Segurança da ONU deve ser pronunciar na quinta-feira (18) sobre o pedido da Palestina de adesão plena às Nações Unidas, indicaram várias fontes diplomáticas à AFP.
Em meio à ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza, os palestinos reviveram no início de abril uma candidatura à adesão que haviam apresentado pela primeira vez ao órgão mundial em 2011.
No entanto, os Estados Unidos já expressaram repetidamente oposição à proposta. Os norte-americanos possuem poder de veto no Conselho de Segurança.
A Assembleia Geral pode admitir um novo Estado membro com uma votação de dois terços da maioria, mas somente depois que o Conselho de Segurança der sua recomendação.
O bloco regional Grupo Árabe emitiu uma declaração nesta terça-feira (16) afirmando seu "apoio inabalável" à candidatura dos palestinos.
"A adesão às Nações Unidas é um passo crucial na direção certa para uma resolução justa e duradoura da questão palestina em conformidade com o direito internacional e as relevantes resoluções da ONU", diz a declaração.
A Argélia, membro não permanente do Conselho de Segurança, redigiu a resolução que "recomenda" à Assembleia Geral "que o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas".
A votação de quinta-feira coincidirá com uma reunião do Conselho de Segurança agendada várias semanas atrás para discutir a situação em Gaza, à qual se espera a presença de ministros de vários países árabes.
Os palestinos, que têm status de observador nas Nações Unidas desde 2012, têm feito lobby há anos para obter a adesão plena.
France Presse
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De virada, o Bahia derrotou o Fluminense por 2 a 1, nesta terça, na Fonte Nova, para somar seus primeiros três pontos no Brasileirão. O time carioca abriu o placar cedo e, aos 16 minutos, o árbitro paralisou a partida por causa das fortes chuvas que castigaram Salvador e, mais especificamente, o gramado. Uma hora depois, o jogo foi retomado, e o time baiano voltou muito superior. O empate saiu ainda no primeiro tempo, com um golaço de Caio Alexandre. Na segunda etapa, o Bahia continuou ditando o ritmo do jogo e chegou à virada com outro golaço. Desta vez, em bonita jogada individual de Cauly.
Tabela
Com o resultado, o Bahia chega à oitava posição momentaneamente. O Fluminense é o 14º. Ambas as equipes podem ser ultrapassadas, dependendo dos resultados das demais partidas da rodada.
Primeiro tempo
O jogo começou sob forte chuva na Fonte Nova, o que não impediu um início quente. Aos 3 minutos, Santiago Arias errou drible perto da área do Bahia, Jhon Arias ficou com a bola e passou para Cano abrir o placar. O aguaceiro só aumentava e prejudicou as condições do campo. Assim, o jogo teve de ser paralisado por uma hora. Com a água escoada e a grama sem poças, o Bahia voltou com mais iniciativa, pressionando a defesa do Fluminense em seu campo e criando muitas oportunidades. Ademir e Jean Lucas se aproximaram do gol de empate em finalizações perigosas e ficaram no quase. Jhon Arias tentou retribuir, mas parou na defesa. Aos 35, Cauly cobrou escanteio, a sobra ficou com Caio Alexandre, que bateu no ângulo. Um golaço. O time da casa continuou pressionando e poderia ter saído para o intervalo à frente no placar.
Segunda etapa
O Bahia continuou com o domínio do jogo depois do intervalo, pressionando a saída de bola e explorando as costas da marcação. Aos 15 minutos, Cauly aplicou um drible desconcertante em Manoel e invadiu a área para virar o jogo. Depois do gol, Diniz promoveu diversas mudanças no time e substituiu todos os homens de defesa por atacantes para tentar mudar a postura de sua equipe. Ainda assim, faltou qualidade para encontrar espaços e levar perigo. No fim, os jogadores do Bahia fizeram cera e houve algumas discussões. Na bola, o Fluminense não demonstrou poder de reação.
Grama encharcada e longa paralisação
Uma chuva intensa caía no início do jogo. Aos poucos, surgiram poças no gramado, o que tornou inviável o correr da bola. Aos 16 minutos, o árbitro decidiu interromper a partida e pôr em prática o protocolo da CBF para esses casos. Todos foram ao vestiário para aguardar um trégua do tempo ruim. Depois de 45 minutos, a avaliação da equipe de arbitragem foi farovável para a retomada. Os jogadores ainda precisaram de 15 minutos para o aquecimento antes do reinício.
ge
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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de, por maioria, reverter os afastamentos de dois magistrados da operação Lava Jato não encerra a análise do caso.
Uma vez derrubados os afastamentos de Gabriela Hardt e Danilo Pereira – definidos inicialmente em decisão individual do corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão –, o CNJ deve formar maioria para abrir processo administrativo disciplinar (PAD) contra ambos.
Integrantes do CNJ ouvidos pelo blog afirmam que essa corrente é majoritária, e que há motivos para a abertura do PAD.
Uma dessas razões seria mostrar que não se pode contaminar o debate politicamente com decisões que eles consideraram açodadas, como a do corregedor. Ao mesmo tempo, é preciso ter uma resposta de apuração – desde que "num timing responsável e com direito a ampla defesa", segundo um deles.
Outro conselheiro lembrou que os advogados das partes não tinham tido acesso integral ao material que embasou a decisão monocrática de Salomão.
O próprio presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, disse que seria impossível ler um material tão grande disponibilizado somente na véspera do julgamento.
Há uma avaliação de que houve um "empate" ontem no CNJ. De um lado, Salomão ganhou ao forçar o conselho a julgar o tema da Lava Jato – algo que ele vinha tentando desde fevereiro.
De outro lado, Barroso venceu ao proferir a tese seguida pela maioria e manter "a bola no chão": não se afasta ninguém do cargo por decisão monocrática e sem garantir acesso aos autos.
Sem afastamento imediato e com um possível PAD aberto, os magistrados citados nos processos terão de responder a uma apuração interna que pode levar a punições relacionadas ao exercício da magistratura.
O debate com ampla defesa e em colegiado é o mais adequado para todos os casos, inclusive os que movimentam torcidas políticas. Punir excessos não está descartado, tudo dentro do devido tempo e do processo legal.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se encontrar nesta quarta-feira (17) com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na capital Bogotá. Lula embarcou para o país vizinho no fim da tarde dessa terça (16) e volta para o Brasil na madrugada desta quinta (18). Além de reuniões com Petro e da assinatura de acordos entre os dois países, o presidente brasileiro participa da abertura da 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo). Nesta edição do evento, o Brasil é convidado de honra.
Ainda nesta quarta (17), o petista vai a um fórum empresarial promovido pela ApexBrasil e pela agência de promoção comercial colombiana ProColombia. Com participação de cerca de 300 empresários brasileiros e colombianos, o encontro deve apresentar discussões sobre industrialização, tecnologia, integração produtiva, segurança alimentar e infraestrutura.
Com Petro, Lula deve conversar sobre meio ambiente, sustentabilidade, comércio, investimentos e cooperação amazônica. Os dois também devem discutir a situação política da Venezuela, conforme apurou o R7. O assunto deve ser abordado por ambos de maneira natural, por se tratar de uma pauta regional e de interesse mútuo.
Lula e Petro manifestaram preocupação com o atual cenário político na Venezuela. A candidata Corina Yoris, de oposição ao ditador Nicolás Maduro, foi impedida de registrar a candidatura para as próximas eleições do país, marcadas para 28 de julho. Ela é um dos principais nomes para derrotar Maduro.
Será a terceira viagem internacional de Lula em 2024 e a segunda ida à Colômbia neste mandato. Ele esteve no país vizinho em julho de 2023 para participar de uma reunião técnica sobre a Amazônia. O encontro foi em Letícia, cidade colombiana que faz divisa com Tabatinga (AM).
Segundo o governo federal, mais de 70 empresas brasileiras estão instaladas na Colômbia. No ano passado, o Brasil exportou US$ 3,8 bilhões para a Colômbia e comprou US$ 2,3 bilhões do país vizinho. O principal produto que o Brasil vende para a nação são veículos automotivos, já os combustíveis derivados do carvão lideram a lista brasileira de compras da Colômbia.
Venezuela
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, que é da mesma coligação de Corina Yoris, agradeceu à reação de Lula e Petro. Ela destacou que os posicionamentos reafirmam que a luta da oposição “é justa e democrática”.
Em 28 de março, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, em Brasília, Lula declarou que a situação na Venezuela é “grave” e que não tem “explicação jurídica nem política”. A fala ocorreu depois de um “bate-boca” público entre os governos dos dois países.
“É grave que a candidata não possa ter sido registrada. Ela não foi proibida pela Justiça, parece que tentou usar o computador e não conseguir entrar, isso causou prejuízo à candidatura. Não tem explicação jurídica, política, proibir um adversário de ser candidato. Aqui no Brasil, todo mundo sabe, todos os adversários são tratados nas mesmas condições. Aqui, é proibido proibir, a não ser que tenha restrição judicial”, afirmou Lula, ao completar que o Brasil vai observar o processo no país vizinho.
O prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais na Venezuela terminou em 25 de março. Horas depois, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), coligação que reúne os principais partidos de oposição a Maduro, anunciou que tinha sido impedida de registrar o nome de Corina Yoris para as eleições. Ela foi indicada para substituir María Corina Machado, do mesmo grupo político, proibida de ocupar cargos públicos pela Justiça venezuelana.
Em reação, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota, no dia seguinte, e afirmou acompanhar com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela.
“O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil. O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, afirmou o Itamaraty.
A Venezuela rebateu o comunicado do Itamaraty, chamou a posição do Brasil de “cinzenta e intrometida” e disse “que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.
Ainda segundo a nota venezuelana, o governo do Brasil fez “comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”. A declaração exige “o mais estrito respeito pelo princípio da não ingerência nos assuntos internos e na nossa democracia, uma das mais robustas da região”.
R7
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram nesta terça-feira (16) que mataram um comandante do grupo xiita Hezbollah, do Líbano, em um ataque aéreo em território libanês.
O comandante é Yusaf Baz, que chefiava o Hezbollah na região costeira do Líbano.
Segundo a nota da FDI no Telegram, o ataque aconteceu a cerca de 7 quilômetros ao norte da fronteira entre os dois países.
Os israelenses afirmaram que Baz tinha planos para disparar foguetes e mísseis antitanque contra Israel.
O Hezbollah ainda não fez nenhum pronunciamento a respeito desse ataque israelense.
O gabinete de guerra de Israel se encontrou nesta terça-feira. O grupo está discutindo como será a resposta ao ataque do Irã no sábado, quando foram lançados mais de 300 projéteis contra o território israelense –99% foram derrubados antes mesmo de chegar a Israel.
Teerã agiu no sábado em resposta a um ataque que os iranianos atribuem a Israel, no dia 1º de abril: caças destruíram o consulado do Irã em Damasco, na Síria, e mataram um comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana.
Reunião do gabinete de guerra
Israel voltará a reunir seu gabinete de guerra nesta terça-feira (16) para discutir uma resposta a Teerã.
O gabinete, formado após o ataque do Irã, discutirá que tipo de retaliação fará. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters.
Líderes ocidentais pediram prudência ao governo israelense para evitar uma escalada ainda maior das tensões na região -- o que pode indicar uma perda parcial do apoio do Ocidente que Israel angariou no fim de semana após o ataque do Irã (leia mais abaixo).
Na segunda-feira, Irã já avisou que também fará uma nova retaliação, caso seja atacado por Israel.
O gabinete de guerra se reunirá ao longo do dia e, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia dado um prazo para a retaliação.
Primeira resposta
Na noite de segunda, caças israelenses atacaram um complexo militar do Hezbollah em Meiss El Jabal e outro em Tayr Haifa, no sul do Líbano. O Hezbollah é um grupo terrorista aliado dos iranianos e participou da ofensiva iraniana contra Israel no sábado.
Mais cedo, o chefe de gabinete das Forças de Defesa Israelenses, Herzi Halevi, já havia dito que Israel responderia o ataque iraniano. O canal israelense Channel 12 também havia afirmado que o governo de Israel estudava uma réplica para "ferir" o Irãsem chegar ao ponto de provocar uma guerra regional.
Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo sangrento cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. Teerã é contra a existência de Israel, que, por sua vez, acusa o país inimigo de, movido pelo antissemitismo, financiar grupos terroristas. Com a guerra em Gaza, a situação só piorou.
De acordo com o Channel 12, o governo de Benjamin Netanyahu tentará uma ação militar coordenada com os Estados Unidos. Washington, no entanto, já disse que não participaria de um eventual ataque ao Irã.
No domingo (14), um dos membros do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, já havia afirmado que o Irã pagará na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado (13).
"Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós", afirmou Gantz em comunicado oficial.
O gabinete de guerra é composto pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel.
O primeiro-ministro disse que vai ferir qualquer um que tenha planos de nos atacar ou que aja nesse sentido. O Irã continua a desestabilizar o mundo e a trazer perigo para a região [...]. Nenhum país no mundo toleraria ameaças repetidas dessa natureza.
— Avi Hyman
"Houve um tempo que os judeus não tinham defesa e não tinham como se proteger. Hoje os judeus têm Israel e nós vamos defender nosso direito de viver livremente na nossa terra", acrescentou.
Apoio do Ocidente
Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, também realizaram uma reunião virtual para articular uma resposta "diplomática e unida" à situação.
Após o encontro, os líderes do grupo afirmaram condenar o ataque iraniano "sem precedentes" e expressaram "total solidariedade e apoio" a Israel e sua população, reiterando o compromisso em manter a segurança do país.
"Com suas ações, o Irã deu um passo a mais em direção à desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional [das tensões] incontrolável. Isso deve ser evitado", afirmaram os líderes do grupo em posicionamento oficial.
"Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada [das tensões]. Nesse espírito, exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a [eventuais] novas [ofensivas]", acrescentaram.
A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que, além dos EUA e da Itália, inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano "reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel".
Mais para o fim da tarde, será a vez do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que convocou uma reunião de emergência a pedido de Israel para tratar do assunto.
"O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e segurança globais, e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã. [...] Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana", disse o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em documento enviado à ONU.
Os ministros de Relações Exteriores dos países que compõem a União Europeia também foram chamados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, para um encontro extraordinário neste domingo para discutir a escalada do conflito.
Ataque inédito
No sábado, Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. Entretanto, a mídia iraniana disse que mísseis conseguiram furar a proteção israelense.
A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria -- entenda a cronologia do caso.
Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.
O que se sabe sobre o ataque do Irã
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