Abril 11, 2025
Arimatea

Arimatea

Há seis anos, a advogada Ana Paula Crispim Cavalheiro, de 44 anos, e o marido, o comerciante Fernando Coelho Cavalheiro, de 49 anos, notaram algumas mudanças no comportamento da filha mais nova, Caroline, hoje com 11 anos.

"Ela estava sempre cansada, perdendo peso, não conseguia segurar o xixi e bebia bastante água", recorda a mãe. Por sugestão de uma amiga, representante de um laboratório que comercializa aparelhos medidores de glicose (glicosímetros), utilizou um para verificar o nível de açúcar no sangue da filha.

"Deu 372 mg/dl, quando o normal é menos de 100 mg/dl. Na mesma hora corremos para o hospital, e lá veio a comprovação: ela estava com diabetes tipo 1", relata Ana Paula, acrescentando que Caroline teve de ficar nove dias internada, cinco deles na UTI.

A história de Pedro Henrique, de 9 anos, é bem parecida. Em 2016, seus pais também perceberam que ele estava fazendo muito xixi e tomando mais água do que o habitual.

"Como era verão, não fiquei tão preocupada assim, achei que era por causa do calor. Fora que uma semana antes tínhamos ido ao pediatra e estava tudo bem", conta a mãe, a representante de vendas Erika Crapino Lopes, de 47 anos.

O menino, então, começou a perder peso. "Foi aí que vimos que tinha, sim, alguma coisa errada. No hospital, quando mediram a glicemia, ela estava 415 mg/dl. Ele fez outros exames e o médico nos informou que o diagnóstico era diabetes tipo 1 e que precisaria de internação. Foram sete dias na UTI e mais três no quarto", complementa.

Crianças e adolescentes diabéticos
Caroline e Pedro Henrique fazem parte de uma turma que só cresce no mundo, o de crianças e adolescentes diabéticos.

O 9º IDF Diabetes Atlas, divulgado recentemente pela Federação Internacional da Diabetes (a IDF, organização que congrega associações especializadas na doença em 168 países), aponta que 1,1 milhão de meninos e meninas com menos de 20 anos têm o tipo 1 da doença no mundo, e a estimativa é de que o aumento anual global de casos seja em torno de 3%.

Na América Latina, 127,2 mil convivem com a diabetes, e o país com mais registros é o Brasil: 95,5 mil casos. No ranking global, o país só perde em número de casos para os Estados Unidos e a Índia - os números, no entanto, não demonstram maior incidência da doença entre os brasileiros; de acordo com a IDF, a posição do país entre os primeiros do ranking se deve ao tamanho de sua população.

Segundo o relatório da IDF, cerca de 98,2 mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos são diagnosticados com diabetes tipo 1 a cada ano - o número sobe para 128,9 mil quando a faixa etária se estende até os 20 anos.

"Nos últimos 10 anos, a prevalência de diabetes tipo 1 aumentou 14 vezes em crianças e adolescentes. Nesse grupo, é a doença crônica endocrinológica mais frequente e a segunda ou a terceira doença crônica pediátrica, dependendo da população, mais frequente", afirma Raphael Del Roio Liberatore Júnior, endocrinologista pediátrico e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

Segundo o IDF, há evidências de que o diabetes tipo 2, que é mais frequente em adultos, também esteja aumentando entre crianças e adolescentes. Não há, entretanto, dados estatísticos confiáveis que confirmem isso.

Razões do crescimento
Mas por que a diabetes infantil está crescendo tanto, e no mundo todo?

Em seu relatório anual, o IDF diz que esse fenômeno "é motivado por uma complexa interação entre fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais e genéticos".

Liberatore Júnior diz que as causas exatas ainda não são totalmente conhecidas, mas existem teorias. "A principal é o aumento do peso da população", comenta o médico.

Para se ter uma ideia, no Brasil, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde, revela que a obesidade cresceu 67,8% nos últimos treze anos, saltando de 11,8% da população em 2006 para 19,8% em 2018.

Em se tratando de crianças com idade entre 5 e 9 anos, os dados apontam que 3 a cada 10 delas estão acima do peso.

"A obesidade é o fator de risco mais importante para o diabetes tipo 2 porque gera uma situação de resistência à ação da insulina, ou seja, o corpo não consegue usá-la para controlar adequadamente os níveis de açúcar no sangue", explica o endocrinologista.

No caso do tipo 1 da doença, esclarece Karla Melo, doutora em endocrinologia e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a ação do excesso de peso se dá de forma indireta.

"Em uma criança que já tenha predisposição genética para a enfermidade, o excesso de peso pode deflagar a reação imune à insulina ou de forma mais precoce ou mais intensa", explica a médica.

Ainda sobre o diabetes tipo 1, mais uma explicação para a sua maior prevalência, de acordo com Liberatore Júnior, é a teoria (ou hipótese) da higiene.

Apresentada pelo médico inglês David Strachan, em 1989, ela sugere que meninos e meninas que não têm seus sistemas imunológicos estimulados desde cedo, por não entrarem em contato com micro-organismos presentes na natureza e viverem em ambientes extremamente limpos e estéreis, são mais propensos a desenvolver algumas patologias.

"Isso faz com que se contraiam menos doenças infecciosas e se produzam menos anticorpos contra o meio externo. Aí, como o sistema imune não tem inimigos fora, ele começa a destruir a parte de dentro, atacando o próprio organismo", complementa o endocrinologista pediátrico.

Diabetes tipo 1 e tipo 2
O diabetes é uma doença crônica causada pela produção insuficiente ou pela má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo, tendo como consequência a elevação do nível de açúcar no corpo - o normal, para uma pessoa saudável e em jejum, é abaixo de 100 mg/dl.

Quando esse quadro prossegue por longos períodos, pode causar danos graves em diversos órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Na lista de complicações estão doenças cardiovasculares, insuficiência renal crônica, potenciais amputações dos membros inferiores, problemas na visão, acometimento dos nervos (neuropatia periférica) e cetoacidose diabética - quando processo do corpo para compensar a ausência de insulina acaba por deixar o sangue ácido. O risco de morte também é grande.

Os tipos de diabetes que acometem crianças e adolescentes são o 1 e o 2. O 1, de acordo com a SBD, se dá quando o próprio sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina, fazendo com que pouca ou nenhuma quantidade do hormônio seja liberada para o corpo.

Seus principais sintomas são sede constante, vontade de urinar diversas vezes ao dia, alterações no apetite, perda de peso (mesmo comendo mais), fraqueza e fadiga.

O tratamento é feito com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas.

O tipo 2, por sua vez, ocorre quando o corpo não consegue aproveitar adequadamente a insulina produzida ou não a produz em quantidade suficiente para controlar a taxa de glicemia.

Os sintomas, apesar de menos perceptíveis, são basicamente os mesmos do anterior, acrescido de formigamento nos pés e nas mãos, infecções frequentes na bexiga, nos rins e na pele, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.

Normalmente, o controle se dá com atividade física e planejamento alimentar. Casos mais graves exigem o uso de insulina e/ou outros medicamentos.

Embora não exista cura, Denise Reis Franco, diretora da ONG ADJ Diabetes Brasil, destaca que vários progressos ocorreram nos últimos anos.

"Foram desenvolvidas, por exemplo, insulinas mais modernas e eficazes e novos aparelhos domiciliares para medição de glicose e aplicação de insulina. Aos poucos, o diabético está tendo mais opções, que facilitam o tratamento, e isso é importantíssimo porque o maior desafio ainda é o controle do índice glicêmico, sobretudo entre os adolescentes", diz.

Apesar disso, a especialista explica que o mais importante é prevenir o diabetes, com a adoção de hábitos saudáveis.

"Isso inclui controle do peso, dieta equilibrada, rica em verduras, legumes e frutas e com redução de sal, açúcar e gorduras, e a prática regular de atividade física, de acordo com cada faixa etária", finaliza.

Caroline e Pedro Henrique: vigilância diária
Lidando com o diabetes tipo 1 há alguns anos, Caroline e Pedro Henrique fazem tratamento com insulina e precisam checar a glicemia todos os dias.

Para a medição, ambos usam um sistema de monitoramento contínuo de glicose (um pequeno sensor descartável inserido na pele). Já para a aplicação, ela utiliza a bomba de infusão e ele, a caneta de insulina.

Parte fundamental da terapia é uma dieta saudável. Nas refeições, Caroline também precisa fazer a contagem de carboidratos, para saber a quantidade exata de insulina que deve ser utilizada.

No caso de Pedro Henrique, por ainda estar na chamada fase de "lua de mel da diabetes" - quando é possível controlar os níveis de açúcar no sangue apenas com o tratamento com insulina -, isso, por enquanto, não é necessário.

Apesar de todo o controle, as mães revelam que de vez em quando permitem que os filhos comam algumas guloseimas, especialmente em festas de aniversário.

"Em certas ocasiões, a Caroline come um pedaço de bolo, um brigadeiro, uma fatia de pizza... mas depois precisamos fazer a correção com a insulina. Por isso, temos de saber exatamente tudo o que ela consome todos os dias e o dia todo", conta Ana Paula.

Erika diz que evita proibições: "O meu medo é eu não deixar e o Pedro comer escondido. Prefiro ensiná-lo a se alimentar corretamente e saber o que ele coloca na boca".

Depois do baque inicial com a notícia da doença, as duas famílias tiveram de se adaptar ao tratamento e à nova rotina, mas, atualmente, afirmam que conseguem conviver relativamente bem o problema.

"É uma luta diária, mas fazemos de tudo para que a nossa filha tenha a vida mais normal possível. E para que ela não se sinta sozinha, participamos de vários grupos e eventos sobre diabetes e incentivamos que ela tenha contato com outras crianças diabéticas", conta Ana Paula.

"O Pedro, num primeiro momento, não lidou bem com o diagnóstico, aí o levei para a terapia", relata Erika. "Hoje, ele é bem consciente e entende o que acontece no seu corpo. Claro que não dá para esquecer que ele tem uma doença, mas precisamos seguir a vida. A minha esperança é que no futuro descubram a cura ou, ao menos, uma terapia que maltrate menos as crianças."

BBC
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Foi derrubada nesta segunda-feira (16) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) que suspendeu a tramitação do projeto de reforma da previdência dos servidores do estado proposto pelo governo da Paraíba. O TJPB havia suspendido a tramitação da proposta de reforma em caráter de urgência urgentíssima no dia 11 de dezembro atendendo mandado de segurança coletivo impetrado pelo líder da bancada de oposição da Assembleia Legislativa da Paraíba, Raniery Paulino (MDB).

A decisão do STF, assinada pelo presidente da suprema corte, Dias Toffolli determina “para suspender a execução da decisão unipessoal proferida pelo Relator do Mandado de Segurança nº 0813009-41.2019.8.15.0000 no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, a qual impediu a tramitação em regime de urgência urgentíssima do Projeto de Lei Complementar nº 12/2019 daquele Estado”, diz o extrato da liminar.

Uma audiência pública foi marcada para esta segunda-feira na ALPB para debater com o servidores estaduais os termos da reforma da previdência. A audiência foi marcada após vários servidores terem ocupado as dependências da Assembleia Legislativa na quinta-feira (12) para protestar contra o projeto de reforma.

Principais mudanças da proposta do governo da Paraíba

  • exclusão de pagamento de benefícios como licença-maternidade, salário família, auxílio-reclusão e licença para tratamento de saúde da previdência
  • aumento na alíquota de contribuição para a previdência de 11% para 14% dos salários

As mudanças são exigidas pelo texto da Reforma da Previdência, promulgada em novembro pelo Congresso. O estado e os municípios têm até o dia 31 de julho de 2020 para fazer adequações aos seus sistemas previdenciários previstas na reforma promulgada pelo Congresso Nacional e 90 dias, após esta data, para implementar as mudanças.

A oposição ao governo propõe uma reforma com uma alíquota progressiva, variando de 7,5% para os servidores que ganham até um salário mínimo até 22% para os servidores com os maiores salários.

G1 PB
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Chefe da Lava-Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, rebateu nesta segunda-feira a declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, de que a operação "foi muito importante", mas "destruiu empresas" em razão do que considera como falta de clareza da legislação sobre os acordos de leniência firmados por pessoas jurídicas. Dallagnol afirmou que a "dizer que a Lava-Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade" e "fechar os olhos para a crise econômica relacionada a fatores que incluem incompetência, má gestão e corrupção".

Toffoli disse em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo" que “o Ministério Público deveria ser uma instituição mais transparente” e que “a Lava-Jato destruiu empresas".

"A Lava-Jato foi muito importante, desvendou casos de corrupção, colocou pessoas na cadeia, colocou o Brasil numa outra dimensão do ponto de vista do combate à corrupção, não há dúvida. Mas destruiu empresas. Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos. Jamais aconteceu na Alemanha", disse Toffoli.

Toffoli afirmou ainda que o Ministério Público deveria ser uma instituição mais transparente. De acordo com o ministro, o "Poder Judiciário é o poder mais transparente" e casos como a prisão dos desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) — resultado do trabalho feito pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — não aconteceria se dependesse do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) "até pouco tempo".

Ao rebater a declaração de Toffoli, Dallagnol escreveu no Twitter que dizer que a Lava-Jato destruiu empresas é "fechar os olhos para o fato de que a operação vem recuperando por meio dos acordos mais de R$ 14 bilhões de reais para os cofres públicos, algo inédito na história".

Dallagnol afirmou que a operação aplicou a lei. Para o procurador, responsabilizar a Lava-Jato pela quebra das empresas é fechar os olhos para a raiz do problema, que, na sua visão, se dá por meio da corrupção entre políticos e empresários.

"Seguiremos aplicando a lei, que ainda é muito inefetiva no Brasil. Nos Estados Unidos, a prisão acontece depois da primeira ou segunda instância. Sem efetividade da lei, não há rule of law ou estado de direito"

Além do chefe da Lava-Jato, outro integrante da força-tarefa na capital paranaense também criticou a declaração de Toffoli. O procurador Roberto Pozzobon escreveu nas redes sociais: "Interessante comentário de quem determinou a instauração de inquérito no STF de ofício, designou relator “as hoc” e impediu por meses o MP de conhecer a apuração".

"Respeitosamente, Min. Toffoli, a Lava-Jato não “destruiu” empresa nenhuma. Descobriu graves ilícitos praticados por empresas e as responsabilizou, nos termos da lei. A outra opção seria não investigar ou não responsabilizar. Isso a Lava-Jato não fez".

O Globo
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Para a campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os esforços liderados pela oposição democrata para sujeitá-lo a um impeachment são um grande trunfo na busca do republicano pela reeleição em 2020, apostando que apoiadores e aqueles insatisfeitos com a política se sentirão motivados a votar nele em novembro.

Mas se o presidente republicano está esperando uma revolta pública como a vista contra o impeachment do presidente democrata Bill Clinton em 1998, por enquanto isso não aconteceu, mostraram dados da pesquisa Reuters/Ipsos nos últimos meses.

Na verdade, o inquérito de impeachment da Câmara dos Deputados provocou uma campanha maior entre os democratas para responsabilizar Trump pelos esforços de pressionar a Ucrânia a investigar o rival político democrata Joe Biden, de acordo com uma análise de pesquisas realizadas todas as semanas desde 24 de setembro, quando o escândalo ucraniano veio à tona.

Nesta semana, Trump provavelmente se tornará o terceiro presidente norte-americano a ter um impeachment aprovado na Câmara dos Deputados quando o plenário da Casa de maioria democrata votar os artigos de impeachment que o acusam de abusar de seu cargo e de obstruir o inquérito do Congresso a respeito da questão.

Isso levaria a um julgamento no Senado controlado pelos republicanos, que dificilmente votaria pelo afastamento de Trump do cargo. Trump nega qualquer irregularidade e qualificou o inquérito de impeachment como uma farsa.

Impeachment é oportunidade
Desde que os democratas da Câmara iniciaram o inquérito de impeachment, a campanha de Trump vem enviando tópicos de debate para autoridades do Partido Republicano de todo o país na tentativa de transformar a crise em uma vantagem política, segundo assessores e um documento interno da campanha visto pela Reuters.

"Sempre que as pessoas tentam diminuir este presidente legítimo de qualquer maneira, seus eleitores reagem", disse o gerente da campanha de Trump, Brad Parscale, a repórteres na quinta-feira (12). O modelo adotado pelos republicanos daqui em diante pode ser o impeachment de 1998 contra Clinton.

À época, o instituto de pesquisa Gallup mostrou que a popularidade de Clinton cresceu em meio à polarização partidária durante os procedimentos da Câmara, chegando a 73% no momento da votação do impeachment.

Clinton, que teve o impeachment aprovado na Câmara por mentir sobre um relacionamento sexual que teve com uma estagiária da Casa Branca, emergiu politicamente mais forte depois de ser absolvido em um julgamento no Senado no início de 1999.

Já o índice de aprovação de Trump pairou em torno de 40% o ano inteiro, mudando pouco nos últimos três meses.

Acusações contra Trump
Na sexta-feira (13), o Comitê Judiciário da Câmara aprovou as acusações a serem usadas contra Trump.

Os artigos do impeachment serão:

  • Abuso de poder ao pedir investigação contra os Biden, no que os deputados consideraram "interferência de um governo estrangeiro" em favor da reeleição de Trump em 2020;
  • Obstrução de justiça por ignorar intimações e se recusar em entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.

A abertura do processo foi anunciada em setembro, motivada porque Trump pediu ao governo da Ucrânia que lançasse uma investigação sobre seu adversário político, Joe Biden – um dos favoritos à indicação democrata para enfrentá-lo na eleição presidencial de 2020, e o filho deste, Hunter.

Trump também reteve uma ajuda militar de US$ 391 milhões ao país, cuja liberação – que acabou acontecendo mais tarde – seria condicionada à colaboração nessa investigação sobre os Biden.

Os rivais do presidente consideraram que ele abusou do poder de seu cargo ao pedir intervenção estrangeira nas eleições americanas.

Após o início do processo de impeachment, Trump ordenou que as autoridades do governo não testemunhassem e se recusou a entregar documentos requeridos pela Câmara relacionados ao assunto.

Reuters
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O alto comissário para Pensões do governo da França, Jean-Paul Delevoye, renunciou nesta segunda-feira (16), depois que a mídia local noticiou que ele não declarou publicamente os cargos que ocupava paralelamente à sua posição na administração pública.

A renúncia, antecipada pelo jornal "Le Monde", ocorre em um momento crucial para o presidente Emmanuel Macron, cujo governo está em um impasse com sindicatos que vêm intensificando os protestos contra a reforma da Previdência e que exigem o abandono da proposta.

A Presidência francesa disse em um comunicado que aceitou a renúncia de Delevoye, que ele apresentou para não prejudicar o trabalho do Executivo.

"O presidente louva seu comprometimento pessoal e seu trabalho na reforma da Previdência", disse o texto. "Sua saída permite o esclarecimento da situação."

A pressão pela demissão aumentou na semana passada devido ao conflito de interesse em potencial, uma vez que Delevoye não revelou ocupar 13 postos, incluindo o de administrador voluntário de um instituto de treinamento de seguros -- um setor que poderia ser beneficiado pela reforma da Previdência.

Delevoye já havia dito que foi um erro não divulgar os cargos. No domingo (15), porém, vários ministros o defenderam, dizendo que ele agiu de boa fé.

A renúncia é uma perda para Macron, não somente porque Delevoye era o principal articulador da reforma, mas um de seus aliados mais confiáveis e um dos poucos com experiência ministerial.

Reuters
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Pelo menos 304 pessoas pessoas morreram no Irã na repressão aos protestos que aconteceram no país entre 15 e 18 de novembro, de acordo com um novo balanço publicado nesta segunda-feira (16) pela Anistia Internacional.

"As autoridades iranianas continuam com sua repressão após as manifestações em todo o país que começaram em 15 de novembro, prendendo milhares de manifestantes, jornalistas, defensores de direitos humanos e estudantes para impedir que digam o que pensam dessa repressão implacável", acusou a ONG de defesa dos direitos humanos em uma declaração.

A Anistia diz que revisou o último balanço publicado em 2 de dezembro (208 mortos). A ONG aponta ainda que tem testemunhos que sugerem que as "autoridades iranianas, quase imediatamente após o massacre de centenas de pessoas lançaram uma repressão em larga escala para estabelecer o medo de falar abertamente do que aconteceu".

Em seu relatório, a Anistia Internacional também ressalta que a ONU sugeriu que ao menos 12 crianças estão entre os mortos. De acordo com a pesquisa da própria ONG, um garoto de 15 tomou um tiro no coração quando voltava da escola.

Os protestos começaram em 15 de novembro, após o anúncio do aumento do preço do combustível, em meio a uma crise econômica, e se espalharam por centenas de cidades.

France Presse
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A Nova Zelândia fez um minuto de silêncio nesta segunda-feira (16) em homenagem às vítimas da erupção vulcânica da Ilha Branca, uma semana após o desastre que deixou 16 mortos. A busca por corpos continua.

Em todo o arquipélago, os moradores respeitaram um minuto de recolhimento às 14h11 (22h11 de domingo no horário de Brasília), hora em que a erupção começou, de acordo com a France Presse.

As bandeiras foram hasteadas a meio mastro do lado de fora do Parlamento da Nova Zelândia em Wellington, onde a primeira-ministra Jacinda Ardern interrompeu uma reunião de seu governo, levantou e também permaneceu um minuto em silêncio.

"Nossos pensamentos continuam com as famílias daqueles que morreram e com os que ficaram feridos", disse Jacinda.
Muitas das vítimas eram australianas e o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou que seus compatriotas também observaram esse minuto de silêncio.

O prefeito de Whakatane, a cidade mais próxima da Ilha Branca, anunciou que as autoridades levaram de barco algumas famílias de vítimas a uma distância segura do vulcão para este momento de reflexão.

A catástrofe deixou 16 mortos, incluindo dois guias da Nova Zelândia e turistas de vários países, de acordo com a mídia local. Pelo menos oito australianos e dois americanos com residência permanente na Austrália estão entre os mortos.

Erupção
Na segunda-feira (9), no momento da erupção, 47 pessoas estavam na ilha, vindos, além da Nova Zelândia, da Austrália, Estados Unidos, Alemanha, China, Malásia e Reino Unido.

Muitos feridos continuam internados em hospitais na Nova Zelândia e na Austrália, em unidades de terapia intensiva devido a queimaduras graves.

O chefe de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que a prioridade é identificar todos os corpos encontrados e localizar os dos dois últimos desaparecidos, que podem estar submersos ao largo da ilha vulcânica.

"Estamos trabalhando com todos os especialistas, incluindo o oficial do porto que conhece essas águas melhor do que ninguém, para tentar descobrir onde essas pessoas podem estar. Continuaremos esta operação enquanto houver uma chance de recuperar esses corpos", disse ele na rádio RNZ.

Em outra rádio, ele disse que o trabalho pode "levar dias ou semanas", mas ressaltou que está confiante nas chances de identificar todos os corpos e devolvê-los às famílias.

"É realmente importante que façamos isso bem e o mais rápido possível", destacou.

Vários turistas que estavam na Ilha Branca navegavam a bordo do cruzeiro "Ovation of the Seas", que chegou a Sydney nesta segunda-feira de manhã.

A travessia do mar de Tasman foi "um pouco sombria", disse à emissora Channel Nine Troy, um passageiro que se recusou a dar seu sobrenome.

"A equipe foi muito bem, tentando manter nosso ânimo, mas pudemos ver que era difícil para eles".

G1
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O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (16), com o Ibovespa superando os 113 mil pontos pela primeira vez, com os investidores ainda absorvendo a consolidação de um acordo comercial preliminar entre os Estados Unidos e a China.

Às 13h57, o Ibovespa subia 0,48%, aos 113.100 pontos. Na máxima até o momento chegou aos 113.196– nova máxima intradia.

Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,33%, aos 112.564 pontos, renovando máxima de fechamento. Na semana, acumulou alta de 1,24%. No ano, o avanço é de 28,01%.

Cena externa e doméstica
Em nota a clientes, a XP Investimentos destacou que o otimismo é ajudado por esperanças de que o acordo comercial parcial anunciado na sexta-feira entre China e EUA diminua um dos principais riscos para as economias globais.

No domingo, a China suspendeu tarifas adicionais sobre alguns bens norte-americanos previstas para vigorar em 15 de dezembro, enquanto o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, disse que o acordo de fase 1 entre os dois países está concluído, restando apenas traduções e revisões de texto.

Ainda no exterior, os desempenhos da indústria e do varejo da China superaram as expectativas em novembro, com a produção industrial crescendo 6,2% sobre o ano anterior e as vendas no varejo avançando 8,0% na mesma base de comparação.

"Em dia de vencimento de opções, o mercado reflete o bom ambiente externo e sem nenhum pauta política relevante", acrescentou a Elite Investimentos, em nota a clientes.

Do noticiário doméstico, pesquisa Focus do Banco Central mostrou melhora marginal nas previsões de economistas para o crescimento do PIB este ano – de 1,10% a 1,12% – e em 2020 – de 2,24% para 2,25%.

Reuters
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Cerca de 1 terço dos brasileiros que pretendem compras presentes neste Natal possui ccontas em atraso, aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Destes, 66% estão com restrição em seus CPFs.

Já 3 em cada 10 consumidores que pretendem comprar presentes no Natal (26%) admitem gastar mais do que podem. O percentual chega a 32% entre as mulheres e 28% nas classes C e D. "Esse número representa um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao ano passado, que era de 19%", informa a CNDL.

Além disso, 8% dos entrevistados afirmam que irão negligenciar compromissos financeiros assumidos anteriormente para realizar compras típicas deste período. A pesquisa ainda indica que 7% deixarão de pagar alguma conta para realizar a festa de Natal, enquanto 6% não quitarão contas para comemorar o Réveillon.

Os compromissos financeiros mais mencionados, no caso daqueles que deixarão de quitá-los, são: cartão de crédito (18%), internet (14%), conta de telefone (14%), conta de água ou luz (13%), e TV por assinatura (10%).

O levantamento aponta também que 15% dos entrevistados admitiram ter ficado com o nome sujo em razão das compras feitas no Natal do ano passado. Desse total, 9% continuam negativados e 7% conseguiram limpar o nome.

“O recomendável é não se deixar levar pelas emoções, e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A pesquisa ouviu 686 pessoas nas 27 capitais entre 07 e 12 de outubro. A margem de erro é de 3,7 e 4 pontos percentuais.

Reuters
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O governo decidiu determinar a realização até o início de 2022 de estudos sobre a ampliação para todos consumidores do chamado mercado livre de eletricidade, no qual grandes clientes podem negociar o suprimento diretamente com geradores e comercializadoras, ao invés de serem atendidos compulsoriamente por concessionárias de distribuição.

Os estudos sobre medidas necessárias à abertura deverão ser apresentados até o final de janeiro de 2022 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), segundo portaria do Ministério de Minas e Energia no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

A medida ainda define que haverá redução gradual, a partir de 2021, de requisitos para que empresas passem a operar com maior flexibilidade no mercado livre de eletricidade.

Pelas regras atuais, podem atuar no mercado livre apenas consumidores com carga de energia a partir de 0,5 megawatt, mas esses clientes são conhecidos como "consumidores especiais" e só podem comprar energia de fontes renováveis, conhecida como "energia incentivada".

Os consumidores deixam a categoria "especial" e podem negociar com maior liberdade no mercado livre elétrico quando possuem carga acima de 2,5 megawatts, um patamar que já estava previsto para cair a 2 megawatts a partir de janeiro de 2020.

Pela portaria publicada nesta segunda-feira, ficam previstos novos cortes futuros no patamar mínimo de carga para que um consumidor livre deixe de ser considerado "especial".

O cronograma prevê adoção de patamar mínimo de 1,5 megawatt a partir de janeiro de 2021. Haverá nova redução a partir de janeiro de 2022, para patamares a partir de 1 megawatt, e outra a partir de janeiro de 2022, para cargas a partir de 0,5 megawatt.

Ainda em 2022, Aneel e CCEE deverão concluir estudo sobre "as medidas regulatórias necessárias" para permitir a abertura do mercado livre para os consumidores com carga inferior a 0,5 megawatt".
A proposta resultante desses trabalhos deverá prever um cronograma de abertura com início a partir de janeiro de 2024, de acordo com a medida do Ministério de Minas e Energia.

A proposta de redução de limites para operação no mercado livre havia sido colocada em consulta pública pela pasta em agosto.

Atualmente, operam no mercado livre elétrico principalmente indústrias e empresas com grande demanda, incluindo redes de shoppings, supermercados e hotéis, por exemplo.

O segmento responde hoje por cerca de 30% do consumo de energia do Brasil, enquanto 70% da demanda está no mercado regulado.

A aprovação de novos limites para o mercado, no entanto, pode levar a um rápido crescimento de seus volumes. A consultoria especializada PSR apontou em outubro que uma abertura poderia levar o mercado livre a inverter a atual proporção e responder por mais de 50% da demanda já em meados da próxima década.

Reuters
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