Pelo menos 304 pessoas pessoas morreram no Irã na repressão aos protestos que aconteceram no país entre 15 e 18 de novembro, de acordo com um novo balanço publicado nesta segunda-feira (16) pela Anistia Internacional.
"As autoridades iranianas continuam com sua repressão após as manifestações em todo o país que começaram em 15 de novembro, prendendo milhares de manifestantes, jornalistas, defensores de direitos humanos e estudantes para impedir que digam o que pensam dessa repressão implacável", acusou a ONG de defesa dos direitos humanos em uma declaração.
A Anistia diz que revisou o último balanço publicado em 2 de dezembro (208 mortos). A ONG aponta ainda que tem testemunhos que sugerem que as "autoridades iranianas, quase imediatamente após o massacre de centenas de pessoas lançaram uma repressão em larga escala para estabelecer o medo de falar abertamente do que aconteceu".
Em seu relatório, a Anistia Internacional também ressalta que a ONU sugeriu que ao menos 12 crianças estão entre os mortos. De acordo com a pesquisa da própria ONG, um garoto de 15 tomou um tiro no coração quando voltava da escola.
Os protestos começaram em 15 de novembro, após o anúncio do aumento do preço do combustível, em meio a uma crise econômica, e se espalharam por centenas de cidades.
France Presse
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