O Hezbollah alertou a Arábia Saudita nesta sexta-feira (20) sobre a possibilidade de uma guerra contra o Irã, alegando que isso destruiria o reino, e disse que Riad e os Emirados Árabes Unidos deveriam interromper o conflito no Iêmen para se protegerem.
O líder do grupo islâmico xiita apoiada pelo Irã, Sayyed Hassan Nasrallah, também afirmou que novas defesas aéreas poderiam não proteger a Arábia Saudita do tipo de drones utilizados nos ataques a instalações de petróleo em 14 de setembro.
As tensões na região se agravaram desde os ataques, atribuídos por autoridades sauditas e norte-americanas ao Irã, que nega envolvimento. O grupo houthi do Iêmen reivindicou a autoria dos ataques.
O Hezbollah é um grupo xiita armado criado pela Guarda Revolucionária do Irã em 1982 e uma parte importante de uma aliança regional apoiada por Teerã.
"Não apostem em uma guerra contra o Irã, porque eles vão destruir vocês", advertiu Nasrallah em um discurso televisionado.
Nasrallah disse que os ataques às instalações da Aramco mostraram a força da aliança apoiada pelo Irã e que as novas defesas aéreas poderão não ser eficientes para defender a Arábia Saudita, devido ao seu tamanho e à capacidade de manobra dos drones usados.
Novas defesas aéreas "seriam muito caras e não servirão", afirmou. Seu conselho para a Arábia Saudita e seus aliados nos Emirados Árabes Unidos foi parar a guerra no Iêmen.
Observando as ameaças do movimento houthi contra os Emirados Árabes Unidos, ele acrescentou: "O que protegerá as instalações e a infraestrutura na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos será a interrupção da guerra contra o povo iemenita".
Guerra total
Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, disse na quinta-feira (19) que haverá uma guerra se o seu país for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita.
Ele deu a declaração à rede de TV CNN. Ao ser perguntado sobre qual seria a consequência de um ataque militar contra o Irã, Zarif respondeu: “Guerra total”, e que os sauditas teriam que lutar “até o último soldado americano”.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, respondeu com a afirmação de que seu país está fazendo uma coalizão para deter o Irã, mas que busca uma saída pacífica.
“Nós ainda estamos nos esforçando para construir uma coalizão em um ato de diplomacia enquanto o ministro de Relações Exteriores do Irã ameaça com uma guerra total e lutar até o último americano. Estamos aqui para construir uma coalizão para alcançar a paz”, ele afirmou a jornalistas.
Reuters
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (20) a aplicação de sanções contra o Banco Nacional Iraniano, consideradas por ele "as maiores sanções" já impostas a um país.
"Vamos aplicar sanções ao Banco Nacional do Irã", disse Trump a repórteres, chamando essas sanções de "as maiores sanções já impostas contra um país".
Essas sanções foram decididas após ataques a instalações de petróleo na Arábia Saudita no fim de semana, cuja responsabilidade os Estados Unidos atribuem ao Irã, o Teerã nega.
Trump já havia dito, na quarta-feira (18), que aplicaria novas penas financeiras.
Os Estados Unidos já aplicam sanções generalizadas que prejudicam a economia do Irã desde que Trump, cumprindo promessa de campanha, retirou seu país do acordo nuclear de 2015.
Ataque contra petroleira saudita
No sábado (14), os ataques interromperam a produção de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia – equivalente a mais da metade dos 9,6 milhões produzidos diariamente pelo país, segundo a agência Associated Press - e a 5% da produção mundial. O ataque e elevou os preços do produto em todo o mundo.
G1
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A Justiça europeia rejeitou nesta sexta-feira (20) o recurso do governo da Venezuela contra o regime de sanções adotado em 2017 pela União Europeia (UE), em represália à situação dos direitos humanos no país.
A corte com sede em Luxemburgo deu razão ao Conselho da UE, instituição responsável por impor sanções, que considerava inadmissível a demanda de Caracas.
Em novembro de 2017, a UE adotou o primeiro pacote de sanções, que proibiu empresas europeias de exportar armas e equipamentos que poderiam ser utilizados na repressão interna na Venezuela.
Durante a audiência celebrada em fevereiro, a representante do Conselho da UE, Petra Mahnic, alegou que as sanções adotadas respondiam "à deterioração da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos na Venezuela".
As medidas foram adotadas após a morte de 125 pessoas em quatro meses de protestos da oposição,
Maduro recorre
O governo de Nicolás Maduro recorreu em fevereiro de 2018 contra o regime de sanções, alegando que seu direito de ser ouvido foi violado, a decisão não foi justificada de maneira devida e que existe erros de apreciação sobre os fatos.
Para Caracas, as sanções são "contramedidas ilegais sob o direito internacional consuetudinário", de acordo com o recurso.
Sem entrar no mérito da apelação, o tribunal rejeitou a demanda depois de examinar os motivos de inadmissibilidade defendidos pelo Conselho da UE, entre eles o de que os "dispositivos impugnados não afetam diretamente" Caracas.
"No máximo, podem ter efeitos indiretos, já que as proibições impostas às entidades dos países da UE podem limitar as fontes nas quais a Venezuela pode procurar produtos e serviços", afirma a decisão.
A Venezuela se tornou em 2017 o primeiro país latino-americano objeto de sanções da UE. Além do embargo de armas, os europeus congelaram ativos e proibiram os vistos para 18 funcionários do governo do país em 2018.
O Tribunal Geral ainda deve se pronunciar sobre os recursos apresentados por 10 dos 18 funcionários contra as medidas individuais, incluindo a vice-presidente do governo venezuelano, Delcy Rodríguez.
Os europeus são criticados pela oposição ao governo da Venezuela porque não aumentam a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro ao mesmo nível dos Estados Unidos, que congelou inclusive os ativos venezuelanos.
Pedido dos americanos
De visita a Bruxelas, o representante especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, pediu à UE na semana passada que impusesse sanções a mais autoridades venezuelanas e criticou sua estratégia.
"A UE sancionou 18 figuras do regime venezuelano", disse a autoridade dos EUA, para quem "um número muito maior de pessoas no regime está usando a Europa como uma espécie de complexo turístico".
Os europeus evitaram impor sanções aos setores econômicos, para não piorar a crise humanitária no país, nem punir o presidente Maduro por não fechar os canais diplomáticos.
Além das sanções, a UE lançou em fevereiro com os países da América Latina e da Europa o International Contact Group (GCI), uma iniciativa que busca eleições presidenciais "livres e justas" na Venezuela.
Rússia anuncia visita de Maduro
O governo da Rússia fez um anúncio, também nesta sexta (20) que o líder Nicolás Maduro vai visitar Moscou em um futuro próximo para conversas.
O governo de Putin tem sido um dos maiores apoiadores de Maduro, com empréstimos e ajuda ao exército venezuelano e para a indústria de óleo e gás do país.
G1
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A petroleira gigante saudita Aramco permitiu que um grupo de jornalistas visitasse nesta sexta-feira (20) suas instalações em Khurais – um dos campos atingidos pelos ataques que reduziram pela metade sua produção e provocaram uma disparada no preço do combustível.
No Khurais, os técnicos ainda avaliam os danos causados a um "estabilizador", uma torre de metal que serve para remover gás e hidrogênio do petróleo. Os ataques com mísseis e drones, de acordo com a investigação saudita, também atingiram a unidade de Abqaiq, a maior do mundo dedicada ao processamento de petróleo.
Os ataques foram reivindicados pelos rebeldes iemenitas houthis, que são apoiados pelo Irã no conflito que acontece no Iêmen. Eles enfrentam uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, que apoia o governo do Iêmen.
Porém, Washington e Riad acusam o Irã de envolvimento nas ações, gerando um aumento na tensão no Oriente Médio e deteriorando ainda mais a conturbada relação entre EUA e Teerã. O Irã nega as acusações e chegou a afirmar que os Estados Unidos buscam uma desculpa para atacar o seu território.
Fahad Abdelkarim, um dos diretores da Aramco, contou que no momento dos ataques havia entre 200 e 300 pessoas nas instalações. "Houve quatro explosões e vários incêndios. Ninguém ficou ferido", explicou.
Na época do ataque, que reduziu pela metade a produção de petróleo de Riad e causou um aumento nos preços. Nesta segunda-feira (16), o barril de Brent registrou a maior alta durante uma sessão desde a Guerra do Golfo, em 1991.
Retomada da produção
Apesar dos danos, a Aramco está otimista com a retomada total da produção até o final de setembro. "Menos de 24 horas após o ataque, 30% da usina estava operacional. Vamos voltar e ser mais fortes", afirmou.
'Guerra total'
Nesta quinta-feira (19), ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse que haverá uma guerra se o seu país for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita. Já o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, respondeu com a afirmação de que seu país busca uma saída pacífica para o incidente.
G1
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O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira (20) a liberação de R$ 8,3 bilhões para gastos dos ministérios neste ano. A medida consta no relatório de receitas e despesas do orçamento de 2019, relativo ao quarto bimestre.
O Ministério da Educação é que o vai receber a maior fatia, no valor de R$ 1,99 bilhão. Em seguida, aparecem o Ministério da Economia e o da Defesa (veja mais abaixo quanto receberá cada pasta).
A liberação dá fôlego financeiro para os ministérios, que, por conta de restrições orçamentárias impostas pelo governo desde o início do ano, vêm enfrentando dificuldades para executar seus projetos.
A autorização para os gastos só foi possível por conta da melhora na arrecadação do governo e do aumento na previsão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano – que passou de 0,81% para 0,85%. Além disso, o governo pretende contar com receitas extras, como dividendos de empresas estatais (+R$ 7,6 bilhões).
A liberação de recursos, ou contenção de gastos, é anunciada a cada dois meses pela área econômica, após avaliar o comportamento da arrecadação e das despesas no decorrer do ano.
O objetivo do governo, ao agir dessa forma, é assegurar o cumprimento da meta para contas públicas neste ano – de déficit primário (sem contar juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões.
Também foram desbloqueados R$ 799 milhões em emendas parlamentares (R$ 533 milhões individuais e R$ 266 milhões de bancada), e R$ 83 milhões para os outros poderes.
Mesmo com a liberação de gastos anunciada nesta sexta-feira, o orçamento deste ano ainda segue com bloqueio de cerca de R$ 24 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional, na lei orçamentária de 2019. Isso porque o governo contingenciou R$ 29,7 bilhões em março, e R$ 1,44 bilhão em julho – além de ter usado recursos de uma chamada "reserva de contingência".
Fundo da Petrobras
Além dos R$ 8,3 bilhões em desbloqueio formal de recurso do orçamento de 2019, o Ministério da Economia também anunciou autorização de mais de R$ 2,6 bilhões em gastos com dinheiro do fundo da Petrobras.
O fundo é resultado de um acordo da estatal com autoridades nos Estados Unidos para encerrar investigações sobre a empresa naquele país. Em contrapartida, a Petrobras se comprometeu a depositar o valor bilionário no Brasil.
Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou um acordo para a utilização do fundo, assinado pelo governo federal, por representantes da Câmara, do Senado e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Moraes validou a seguinte divisão para uso do fundo:
Quantia por ministério
A divisão dos R$ 8,3 bilhões, por ministério, ficou da seguinte forma:
Receitas e despesas
Para efetuar a liberação de recursos, ou bloqueio no orçamento, o governo faz uma reestimativa das receitas e das despesas em relação aos valores aprovados na previsão anterior, nesse caso, em julho deste ano.
De acordo com os cálculos do Ministério da Economia, houve um aumento de R$ 6,934 bilhões na estimativa de receitas do governo para este ano, na comparação com a previsão anterior.
O governo aumentou em R$ 8,281 bilhões a expectativa para as receitas administradas neste ano (impostos e contribuições federais), mas reduziu em R$ 2,060 bilhões a previsão para a arrecadação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no período e em R$ 1,133 bilhão a expectativa para os "royalties" do petróleo. A previsão para concessões caiu R$ 8,351 bilhões, mas avançou em R$ 7,602 bilhões a estimativa de recebimento de dividendos de estatais.
Ao mesmo tempo, também previu uma queda de R$ 6 bilhões nas despesas obrigatórias. Veja abaixo a mudança nas estimativas dos principais gastos do governo:
G1
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Governo e entidades privadas da indústria automotiva anunciaram nesta sexta-feira (20) a criação de um programa de investimento para fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e aumentar a competitividade da indústria nacional.
O objetivo, nos próximos 5 anos, é recolher R$ 1 bilhão – o valor será repassado para 6 entidades, que ficarão responsáveis por desenvolver as tecnologias a serem usadas pela própria indústria, na produção de veículos e componentes mais modernos.
Tudo isso para atender parâmetros mais rígidos de emissões, segurança e eficiência energética, previstos no regime automotivo vigente no Brasil, o Rota 2030.
O dinheiro é proveniente da redução de impostos de autopeças importadas (sem similar de produção nacional). Em vez de pagar uma alíquota de 2%, a taxa foi zerada.
Em contrapartida, as empresas terão que investir o valor equivalente em um fundo, gerido por um comitê formado pelas entidades do setor, academia e sindicatos. Desde janeiro, o governo diz que o caixa já supera os R$ 100 milhões. Por ano, a estimativa é arrecadar R$ 200 milhões.
“Existe uma lista de peças com imposto zerado, então, quando chega ao porto, fica livre de tributação. No mês seguinte, a empresa deve fazer o depósito no fundo”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
As empresas selecionadas para utilizar os recursos e investir em tecnologias são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Serviço Nacional da Indústria (Senai), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa de Minas Gerais (Fundep).
Veja abaixo quais programas serão abraçados por cada empresa:
Dentro dessas áreas, ainda não há uma definição dos projetos específicos que cada uma delas irá desenvolver. “O comitê gestor do fundo irá decidir onde o dinheiro será investido. Mas será em tecnologias para alcançar as metas do Rota 2030”, disse Moraes.
As próprias credenciadas nos programas poderão ter apoio de startups e outras empresas.
De acordo com governo e Anfavea, o objetivo é, daqui alguns anos, ter opção de produção local para tecnologias que hoje são importadas. Além disso, devem ser aprimoradas as áreas de logística e manufatura.
G1
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O dólar mantém a trajetória de alta nesta sexta-feira (20), chegando a atingir R$ 4,18, em dia de cautela no exterior com o mercado ainda de olho nas negociações entre Estados Unidos e China. Mais cedo, a cotação chegou a cair de forma repentina devido a ajustes técnicos, mas logo voltou a subir.
Às 15h17, a moeda norte-americana subia 0,05%, a R$ 4,1643. Na máxima do dia até o momento chegou a subir 0,5%, a R$ 3,1835.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 1,43%, cotado a R$ 4,1623, acumulando avanço de 1,84% na parcial da semana. No acumulado no mês, a alta é de 0,5% e no ano, de 7,44%.
O dólar se afastou das máximas do dia após o Federal Reserve (Def) de Nova York anunciar operações diárias para controlar os juros no mercado interbancário local, onde a percepção de falta de liquidez tem ocasionado saltos repentinos nas taxas, destaca o Valor Online.
Guerra comercial
Negociadores comerciais de segundo escalão dos Estados Unidos e da China retomaram conversas presenciais pela primeira vez em quase dois meses na quinta-feira (19), enquanto as duas maiores economias do mundo tentam superar profundas diferenças e encontrar uma saída para a prolongada guerra comercial. As negociações, que se estenderão até esta sexta.
Intervenção do BC
Agentes do mercado aguardam sinais de qual será a postura do Banco Central diante da nova escalada do dólar sobre o real.
"O dólar está voltando a se aproximar do patamar de R$ 4,20 e não podemos esquecer que na última vez que isso aconteceu houve intervenção do BC, mostrando desconforto e derrubando as cotações. Isso pode ser justamente uma tentativa de provocar o BC", afirmou à Reuters Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus.
Mas as preocupações levantadas sobre o impacto do câmbio na economia nos últimos dias parecem não alterado o cronograma de atuações do BC. Na quinta-feira, o BC anunciou apenas a tradicional venda de US$ 580 milhões no mercado à vista para retirada do estoque de swap tradicional de novembro. Como nos pregões anteriores, a oferta foi inteiramente absorvida pelo mercado.
De olho nos juros
O avanço do dólar ocorreu após novos cortes nas taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, influenciado por uma perspectiva de queda ainda maior do diferencial de juros entre os países.
Na quarta, o Copom anunciou um corte de 0,5 ponto porcentual na Selic, que foi reduzida de 6% para 5,5% (menor patamar da história), e rebaixou ainda mais as projeções de inflação para este ano e o próximos, reforçando as apostas do mercado de mais cortes nos juros.
Como consequência, o diferencial de juros com os Estados Unidos deve recuar ainda mais. Isso porque, lá fora, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) promoveu um corte de 0,25 pontos-base (p.p.), passando para a faixa de 1,75% a 2%, e sinalizou que pode moderar o ciclo de cortes.
Dessa forma, se a Selic encerrar o ano em 5%, projeção atual da Focus, o BC terá cortado 1,5 p.p., o dobro do que o Fed deve conceder até lá.
Para a equipe de análise da Correparti Corretora de Câmbio, a valorização do dólar no dia anterior também foi influenciada pela fuga de capital estrangeiro, especialmente de fundos especulativos, em busca de melhor remuneração.
No acumulado de setembro até dia 13, o fluxo cambial financeiro estava negativo em US$ 1,8 bilhão, segundo o BC.
G1
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Nos últimos cinco anos, a Petrobras vem enfrentando uma investigação épica de corrupção, uma recessão incapacitante e preços instáveis do petróleo. Agora, a estatal se vê diante de outro desafio: ladrões estão roubando milhões de dólares em combustível para vender em um próspero mercado negro.
Os casos de furto de combustíveis a partir de dutos da Petrobras bateram recorde no ano passado, com 261 incidentes registrados nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo – em 2014 foi apenas um caso e, em 2016, foram 72 .
A maioria desses furtos, segundo a polícia, é obra de sofisticados grupos criminosos, alguns com caminhões próprios, empresas de distribuição e até postos de gasolina no varejo.
"São criaturas criativas", disse Julio da Silva Filho, chefe de uma unidade policial do Rio que investiga o roubo de petróleo.
O crime custa à subsidiária de distribuição da Petrobras, a Transpetro, mais de R$ 150 milhões por ano, afirmou o presidente-executivo da Petrobras, Roberto Castello Branco, em um evento em junho.
As supostas perdas são pequenas em comparação com as do México, onde gangues de criminosos se infiltraram nos negócios de petróleo em grande medida. O roubo de combustível custa à Pemex estatal mais de US$ 3 bilhões anualmente, segundo dados da empresa.
Mas eliminar os problemas do Brasil cedo, disse Silva, será crucial para impedir que os criminosos se entrincheirem na indústria do petróleo. "Estamos trabalhando exatamente para impedir que o Brasil se transforme no México", disse ele.
A Transpetro criou um programa para reunir informações sobre grupos criminosos e está gastando R$ 100 milhões por ano para financiá-lo, de acordo com uma fonte de alto escalão da empresa, que pediu anonimato para evitar retaliação por parte dos grupos do crime organizado.
Agora, cerca de 50 funcionários estão estudando a questão, incluindo o rastreamento dos padrões e métodos dos ladrões de petróleo, e compartilhando essas descobertas com a polícia, disse a fonte. A empresa, que não respondeu a um pedido de comentário, também criou uma linha direta para o público denunciar roubo de combustível.
Alguns investidores estrangeiros também estão reforçando a segurança. Eles incluem a TAG, uma unidade de oleodutos que a francesa Engie SA comprou da Petrobras por US$ 8,6 bilhões em abril.
A empresa disse à Reuters em comunicado que está trabalhando com a Transpetro, cujos oleodutos costumam passar ao lado dos tubos da TAG, para aumentar as patrulhas a pé e reforçar as barreiras físicas, entre outras medidas.
"Esse fenômeno está se tornando muito organizado", disse Emmanuel Delfosse, diretor operacional da TAG. "É difícil ir atrás dessas pessoas."
Crimes de oportunidade
O combustível é uma mercadoria cara no Brasil, onde o preço da gasolina chega a ser vendido a mais de R$ 5 por litro.
As gangues tradicionalmente focadas no tráfico de drogas se ramificaram em roubo de combustível nos últimos anos, segundo as autoridades. O mesmo acontece com as milícias, dizem a polícia, que surgiram para combater as quadrilhas de traficantes, mas que se transformaram em temíveis aparatos criminais.
Esses grupos são altamente organizados, com divisões separadas dedicadas a explorar ilegalmente os oleodutos, transportando o combustível roubado e vigiando a polícia, disse Simone Sibilio, promotora-chefe da unidade de criminalidade organizada do estado do Rio de Janeiro.
Ela disse que os criminosos cercam o produto através de empresas como empresas de asfalto, cujas operações exigem grandes quantidades de derivados de petróleo. Eles também vendem para proprietários de postos de gasolina, prejudicando os concorrentes legais no preço, disseram as autoridades.
Os bandidos também se concentraram nas vendas no varejo. A polícia diz que criminosos entraram no posto de gasolina anos atrás como forma de lavar dinheiro de outras operações ilícitas. Agora, abastecer essas bombas com combustível roubado se tornou um novo e lucrativo centro de lucro.
O Primeiro Comando da Capital, uma das gangues criminosas mais famosas do Brasil, controla cerca de 300 postos de gasolina no estado de São Paulo, segundo Paulo Miranda, chefe do grupo industrial Fecombustíveis. Isso representa cerca de 3% dos aproximadamente 9.000 postos de gasolina do estado.
"É uma máfia do combustível", disse Miranda.
Combate
O presidente da Petrobras, Castello Branco, pediu sentenças mais duras para os invasores de dutos para reduzir o roubo de combustível. A empresa também está perto de assinar acordos formais com a Pemex do México e a Ecopetrol da Colômbia para facilitar o compartilhamento de estratégias anti-roubo, disse a fonte da Transpetro.
Nenhuma dessas empresas respondeu a pedidos de comentários feitos pela Reuters.
Enquanto isso, a vigilância aumentada parece estar valendo a pena. Até o final de julho, os roubos de combustível no Brasil caíram 33% em comparação com o mesmo período de 2018, mostram os registros de valores mobiliários da Petrobras, embora continuem altos pelos padrões históricos.
Lucas Tristão, secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio, disse que as autoridades fecharam 10 postos de gasolina no Rio por vários crimes em 2019.
Em julho, a polícia desmantelou uma rede de extorsão em uma refinaria da Petrobras no nordeste do Rio, onde Tristão alega que uma milícia local estava exigindo propinas de empreiteiros no complexo.
Gabriel Poiava, um dos investigadores do caso, disse que é um exemplo de criminosos que olham para cima e para baixo na cadeia de suprimentos de petróleo do Brasil para ver onde eles poderiam pegar um pedaço da riqueza.
"Se eles achassem que alguma atividade poderia ser extorquida lá, eles tentariam", disse ele.
Reuters
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Um homem de 40 anos foi preso na noite desta quinta-feira (19) suspeito de agredir, ameaçar e ofender a companheira, de 42 anos, a enteada, de 16 anos, e uma criança filha do casal, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. De acordo com a Delegacia da Mulher, a denúncia foi feita por meio de um aplicativo.
Conforme a Polícia Civil, a enteada, sem mais aguentar as violências, gravou um vídeo das agressões contra a mãe e denunciou os fatos em um aplicativo particular de apoio às mulheres. Quando a Delegacia da Mulher recebeu o vídeo, enviou uma equipe até a casa e prendeu o suspeito em flagrante.
De acordo com a delegada Cláudia Germano, a mãe sofria agressões físicas do suspeitos há 11 anos e a enteada era vítima desde os cinco. A criança, filha do casal, também era agredida.
O homem foi encaminhado para a Delegacia da Mulher, na Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel. A audiência de custódia deve acontecer nesta sexta-feira (20).
G1 PB
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Um conversa por meio de ligação telefônica revela o pagamento de uma suposta propina para um professor por um empresário investigado na Operação Famintos. A investigação desarticulou um esquema de fraudes em licitações e desvio de verba na merenda escolar em Campina Grande. No diálogo, interceptado pela Polícia Federal, o professor de uma escola pública diz que recebe quase R$ 700 por mês do fornecedor dos produtos da escola. A gravação foi feita, com autorização da Justiça, em maio deste ano.
Durante o diálogo, o professor pede ao empresário um aumento no valor recebido. Ele diz que precisa que o empresário aumente a suposta propina para R$ 1 mil, alegando que o valor aumentado será repassado para um colega de trabalho. O colega, de acordo com a gravação, teria auxiliado o professor no processo de reeleição para o conselho escolar.
O professor que estaria na ligação telefônica com o empresário não está sendo investigado na Operação Famintos. Já o empresário, alvo do suposto pedido de propina, é identificado nos relatórios da Polícia Federal como sendo Severino Roberto Maia de Miranda, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento no suposto esquema de fraudes na compra da merenda escolar em Campina Grande.
Na manhã desta sexta-feira (20), o G1 tentou contato com o advogado do empresário Severino Roberto Maia de Miranda, mas as ligações não foram atendidas.
Conversas apontam articulação para fraude
Em outras conversas interceptadas pela Polícia Federal, durante as investigações da Operação Famintos, o grupo de empresários investigado articulava a participação em licitações para o fornecimento de merenda escolar em Campina Grande.
Os diálogos fazem parte do processo que tramita na 4ª Vara da Justiça Federal da Paraíba. Em alguns casos, gestoras escolares se mostram confusas no momento de efetuarem os pagamentos, já que nem sempre as pessoas responsáveis pelas empresas eram as mesmas que administravam os empreendimentos no papel.
Na conversa interceptada no dia 14 de maio deste ano, dois empresários investigados na Operação falam sobre licitações que ocorreriam na Secretaria de Educação do município. Uma delas teria o valor superior a R$ 1 milhão.
Operação Famintos
A Operação Famintos foi desencadeada no dia 24 de julho em Campina Grande e outras cidades da Paraíba. Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União investigam um suposto esquema de desvios de recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), geridos pela Prefeitura de Campina Grande. O prejuízo ultrapassa R$ 2,3 milhões.
Segundo o MPF, foi instaurado um inquérito para apurar supostos delitos relacionados a licitações e contratações fraudulentas no município de Campina Grande, principalmente na Secretaria de Educação, envolvendo empresas de fachada e desvio de verbas provenientes de programas federais para compra de merenda escolar.
Em despacho que autorizou os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, o juiz da 4º Vara Federal de Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, afirma que se observa a presença de uma organização criminosa voltada à prática, especialmente, de crimes contra a administração pública, onde empresários, servidores e secretários estão envolvidos.
G1 PB
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