Governo e entidades privadas da indústria automotiva anunciaram nesta sexta-feira (20) a criação de um programa de investimento para fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e aumentar a competitividade da indústria nacional.
O objetivo, nos próximos 5 anos, é recolher R$ 1 bilhão – o valor será repassado para 6 entidades, que ficarão responsáveis por desenvolver as tecnologias a serem usadas pela própria indústria, na produção de veículos e componentes mais modernos.
Tudo isso para atender parâmetros mais rígidos de emissões, segurança e eficiência energética, previstos no regime automotivo vigente no Brasil, o Rota 2030.
O dinheiro é proveniente da redução de impostos de autopeças importadas (sem similar de produção nacional). Em vez de pagar uma alíquota de 2%, a taxa foi zerada.
Em contrapartida, as empresas terão que investir o valor equivalente em um fundo, gerido por um comitê formado pelas entidades do setor, academia e sindicatos. Desde janeiro, o governo diz que o caixa já supera os R$ 100 milhões. Por ano, a estimativa é arrecadar R$ 200 milhões.
“Existe uma lista de peças com imposto zerado, então, quando chega ao porto, fica livre de tributação. No mês seguinte, a empresa deve fazer o depósito no fundo”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
As empresas selecionadas para utilizar os recursos e investir em tecnologias são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Serviço Nacional da Indústria (Senai), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa de Minas Gerais (Fundep).
Veja abaixo quais programas serão abraçados por cada empresa:
Dentro dessas áreas, ainda não há uma definição dos projetos específicos que cada uma delas irá desenvolver. “O comitê gestor do fundo irá decidir onde o dinheiro será investido. Mas será em tecnologias para alcançar as metas do Rota 2030”, disse Moraes.
As próprias credenciadas nos programas poderão ter apoio de startups e outras empresas.
De acordo com governo e Anfavea, o objetivo é, daqui alguns anos, ter opção de produção local para tecnologias que hoje são importadas. Além disso, devem ser aprimoradas as áreas de logística e manufatura.
G1
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