O Hezbollah alertou a Arábia Saudita nesta sexta-feira (20) sobre a possibilidade de uma guerra contra o Irã, alegando que isso destruiria o reino, e disse que Riad e os Emirados Árabes Unidos deveriam interromper o conflito no Iêmen para se protegerem.
O líder do grupo islâmico xiita apoiada pelo Irã, Sayyed Hassan Nasrallah, também afirmou que novas defesas aéreas poderiam não proteger a Arábia Saudita do tipo de drones utilizados nos ataques a instalações de petróleo em 14 de setembro.
As tensões na região se agravaram desde os ataques, atribuídos por autoridades sauditas e norte-americanas ao Irã, que nega envolvimento. O grupo houthi do Iêmen reivindicou a autoria dos ataques.
O Hezbollah é um grupo xiita armado criado pela Guarda Revolucionária do Irã em 1982 e uma parte importante de uma aliança regional apoiada por Teerã.
"Não apostem em uma guerra contra o Irã, porque eles vão destruir vocês", advertiu Nasrallah em um discurso televisionado.
Nasrallah disse que os ataques às instalações da Aramco mostraram a força da aliança apoiada pelo Irã e que as novas defesas aéreas poderão não ser eficientes para defender a Arábia Saudita, devido ao seu tamanho e à capacidade de manobra dos drones usados.
Novas defesas aéreas "seriam muito caras e não servirão", afirmou. Seu conselho para a Arábia Saudita e seus aliados nos Emirados Árabes Unidos foi parar a guerra no Iêmen.
Observando as ameaças do movimento houthi contra os Emirados Árabes Unidos, ele acrescentou: "O que protegerá as instalações e a infraestrutura na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos será a interrupção da guerra contra o povo iemenita".
Guerra total
Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, disse na quinta-feira (19) que haverá uma guerra se o seu país for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita.
Ele deu a declaração à rede de TV CNN. Ao ser perguntado sobre qual seria a consequência de um ataque militar contra o Irã, Zarif respondeu: “Guerra total”, e que os sauditas teriam que lutar “até o último soldado americano”.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, respondeu com a afirmação de que seu país está fazendo uma coalizão para deter o Irã, mas que busca uma saída pacífica.
“Nós ainda estamos nos esforçando para construir uma coalizão em um ato de diplomacia enquanto o ministro de Relações Exteriores do Irã ameaça com uma guerra total e lutar até o último americano. Estamos aqui para construir uma coalizão para alcançar a paz”, ele afirmou a jornalistas.
Reuters
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.