Fatos históricos do dia 26 de dezembro
Sucesso brasileiro nos EUA
Em 26 de dezembro de 1939, Carmen Miranda inicia seu caminho de sucesso em palcos internacionais. Uns afirmam que ela viajou para criar uma imagem positiva do Brasil no exterior, com patrocínio de Getúlio Vargas. Outros já afirmavam que a única razão de ter sido escolhida provinha de seu talento.
1492 - Instala-se o primeiro povoamento espanhol na América.
1792 - Nasce Charles Babbage, inventor e matemático britânico, que construiu máquinas de calcular, baseando-se em princípios que se adiantaram ao sistema de informática atual.
1805 - Firmado o acordo de paz entre França e Áustria.
1893 - Nasce Mao Zedong, estadista chinês, presidente do Partido Comunista e principal fundador da República Popular da China.
1908 - O pugilista Jack Johnson vence o canadense Tommy Burns e torna-se o primeiro pugilista negro a conquistar o título mundial.
1938 - A declaração do Peru contra toda a intervenção estrangeira é aprovada pela Conferência Pan-americana.
1939 - Carmem Miranda começa as gravações musicais nos Estados Unidos. A famosa marchinha de carnaval Mamãe eu quero é a primeira música gravada.
1941 - Os Estados Unidos declaram a Manila, capital das Filipinas, como cidade aberta durante a II Guerra Mundial.
1941 - Winston Churchill é nomeado primeiro ministro britânico.
1971 - Dezesseis veteranos da guerra do Vietnã ocupam a estátua da Liberdade, em Nova York, para mostrar sua posição pacifista.
1972 - Morre Harry Truman, presidente dos Estados Unidos entre 1945 e 1953. Inicia a política internacional para conter o comunismo, que deu origem à Guerra Fria.
1974 - Lançada a estação espacial soviética Salyut 4.
1975 - Nasce o tenista Marcelo Ríos, em Santiago, Chile.
1975 - O avião supersônico Tupolev-144 é o primeiro do gênero no mundo a ter uma rota regular. Levava mensagens de Moscou ao Cazaquistão.
1977 - O presidente Ernesto Geisel sanciona a lei do divórcio, que já havia sido aprovada no Congresso.
1979 - Os soviéticos invadem o Afeganistão.
1988 - O presidente da Organização para a livre Palestina, a OLP, Yasser Arafat, conclui três dias de reunioes com altos funcionários em Bagdá, que se concentraram no processo de paz para o Oriente Médio.
1994 - Soldados do Haiti tentam invadir o quartel-general do Exército para exigir o pagamento de salários atrasados. Militares americanos cercam o local e prendem o grupo.
1994 - A polícia antiterrorista francesa invade um avião em Marselha e mata os quatro seqüestradores que pertenciam ao Grupo Islâmico Armado.
1999 - A Guatemala elege primeiro presidente do pós-guerra.
1999 - Israel anuncia que vai libertar 24 palestinos, inclusive alguns que mataram israelenses.
2000 - Os controladores da estação espacial MIR perdem contato com a nave durante 20 horas.
Redação Terra
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Santo Estevão
Protomártir (+35)
O primeiro mártir cristão aparece nos Atos dos Apóstolos por ocasião de uma desavença, talvez a primeira, surgida na comunidade cristã de Jerusalém depois da Ascensão de Jesus: '[...] surgiram murmurações dos helenistas contra os hebreus. Isto porque, diziam aqueles, suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária'.
A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, pusera à disposição das pessoas todos os bens, distribuindo diariamente o suficiente para o sustento. Tal incumbência foi confiada a sete ministros da caridade, chamados diáconos, escolhidos entre homens dignos, 'de boa reputação, repletos do Espírito e de sabedoria'.
Entre estes sete destacava-se Estêvão, 'homem cheio de fé e do Espírito Santo', o qual não se limitava à caridade material, mas desempenhava um verdadeiro e próprio apostolado da palavra. E o fazia com tanto zelo e sucesso que os judeus 'chegando de improviso, arrebataram-no e o levaram à presença do Sinédrio. Aí apresentaram testemunhas falsas que depuseram: Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei. Pois ouvimo-lo dizer repetidamente que esse Jesus, o Nazareu, destruíra este Lugar e modificará os costumes que Moisés nos transmitiu'. Era a mesma acusação levantada contra Jesus dois anos antes.
A pregação de Estêvão baseava-se em uma visão católica do cristianismo, ue desagradava aos próprios judeus ainda ligados ao nacionalismo hebraico. Diante do tribunal judaico, Estêvão, 'cheio de graça e de poder', procurou iluminar aquelas mentes fechadas à mensagem evangélica, demonstrando que Deus se revela também fora dos limites do templo santo.
Todavia, quando se preparava para expor a doutrina universal do Messias, encarnado em Jesus, como definitiva manifestação de Deus, seus acusadores impediram-no de prosseguir e 'dando grandes gritos, taparam os ouvidos e precipitaram-se sobre ele. E, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo'.
Isso é o que dizem os Atos dos Apóstolos. Depois, no século V, um 'Martyrium Stephani' teceu em torno da heroica figura do primeiro mártir uma lenda rica em pormenores. O reencontro de suas relíquias, ocorrido em 415, por obra do padre Luciano de Kefar-Gamla, tornou ainda mais popular esse santo.
Contam-se em Roma umas três dezenas de capelas e igrejas [a ele consagradas], das quais a mais famosa, Santo Estêvão Redondo, no Monte Célio, erigida pelo papa Simplício, no século V, foi lugar de peregrinações dos próprios pontífices.
COMECE O DIA FELIZ
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O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que estabelece o número mínimo de dias que devem ser dedicados em 2020 ao cinema nacional, pelas empresas proprietárias de complexos de exibição de filmes. O decreto foi publicado em edição extra do "Diário Oficial da União" desta terça-feira (24).
Conforme o texto, a empresa que tiver apenas uma sala de cinema, terá de exibir, no mínimo, 27,4 dias de filmes brasileiros. Nesse caso, a empresa terá de reproduzir três títulos nacionais diferentes.
O decreto anterior a esse, publicado em 2017 e que valeu em 2018, determinava 28 dias de exibição nesse caso. Não foram elaboradas normas para 2019.
A chamada “cota de tela” varia de acordo com a quantidade de salas da empresa que reproduz os filmes. Um complexo formado por mais de 20 salas, por exemplo, terá de exibir ao menos 24 filmes brasileiros em 2020.
Segundo o decreto, as empresas que ofertarem espontaneamente sessões com filmes nacionais a partir das 17h serão beneficiadas com uma redução de 20%, na hora do cálculo, da obrigatoriedade de exibição das obras rodadas no Brasil.
Legislação
Uma medida provisória (MP) de 2001 obriga as salas de cinema a exibirem longas brasileiros por um número de dias fixo, definido anualmente por decreto presidencial. A legislação diz ainda que deverão ser "ouvidas as entidades representativas dos produtores, distribuidores e exibidores" para elaboração das regras.
A fiscalização do cumprimento da norma é de responsabilidade da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Regras para 2020
QUANTIDADE DE SALAS DO GRUPO EXIBIDOR/ OBRIGAÇÃO DE COTA DO COMPLEXO POR SALA (DIAS):
MÍNIMO DE VARIEDADE DE TÍTULOS POR COMPLEXO - QUANTIDADE DE SALAS DO COMPLEXO/ QUANTIDADE MÍNIMA DE TÍTULOS DIFERENTES
Mais de 20 salas: 24 filmes brasileiros diferentes
G1
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (25) que não pode "sempre dizer não ao Parlamento".
A declaração foi postada em uma rede social um dia depois de Bolsonaro sancionar projeto que torna mais rígidos o processo penal e a legislação contra crimes, mantendo na proposta trechos incluídos por deputados e senadores – como a criação da figura do juiz de garantias.
Na avaliação de Bolsonaro, "sempre dizer não" ao Legislativo poderia fechar portas para "qualquer entendimento". Na mesma postagem, o presidente parabenizou o ministro da Justiça, Sergio Moro, por obter "avanços contra o crime".
"Não posso sempre dizer não ao Parlamento, pois estaria fechando as portas para qualquer entendimento. Parabéns a Sérgio Moro, que, depois da votação e sanção presidencial, obteve avanços contra o crime", diz trecho da postagem de Bolsonaro.
O presidente afirma também que o governo só avançou com a proposta porque recuou em alguns pontos e lembra que, "na elaboração de leis, quem dá a última palavra sempre é o Congresso, 'derrubando' possíveis vetos".
É prerrogativa do presidente da República fazer vetos a partes ou à integra de propostas aprovadas pelo Legislativo. Em sessões conjuntas, deputados e senadores analisam os vetos presidenciais e podem mantê-los ou derrubá-los.
A nova lei anticrime entra em vigor no dia 23 de janeiro de 2020. Nesta data, começam a valer os pontos sancionados. Os trechos vetados, se derrubados pelo Congresso, entram em vigor posteriormente.
Moro defendeu veto
A criação do juiz de garantias é uma das medidas previstas no projeto anticrime. O texto foi sancionado por Bolsonaro na terça (24), com vetos.
O juiz de garantias passará a ser o responsável por acompanhar e autorizar etapas dentro do processo, mas não dará a sentença.
Devido à oposição de Moro a esse trecho, existia a expectativa de que Bolsonaro vetasse a medida. O presidente, entretanto, manteve a criação do juiz de garantias, com veto em apenas um ponto.
O veto atingiu um trecho que previa que presos em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória seriam encaminhados à presença de um juiz de garantias no prazo de 24 horas, para realização da audiência de custódia. O texto também vedava o uso de videoconferência nesses casos.
Caberá ao juiz de garantias atuar na fase da investigação e decidir, por exemplo, sobre a autorização de quebra dos dados resguardados por sigilo constitucional. Atualmente, o juiz que participa da fase de inquérito é o mesmo que determina a sentença posteriormente.
"O Presidente da República acolheu vários vetos sugeridos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O MJSP [Ministério da Justiça e Segurança Pública] se posicionou pelo veto ao juiz de garantias, principalmente, porque não foi esclarecido como o instituto vai funcionar nas comarcas com apenas um juiz(40 por cento do total); e também se valeria para processos pendentes e para os tribunais superiores, além de outros problemas", diz Moro em nota divulgada nesta quarta.
"De todo modo, o texto final sancionado pelo presidente contém avanços para a legislação anticrime no país”, completa a nota.
No fim da tarde desta quarta-feira, em uma rede social, Moro falou sobre a sanção da nova lei. "Não é o projeto dos sonhos, mas contém avanços. Sempre me posicionei contra algumas inserções feitas pela Câmara no texto originário, como o juiz de garantias. Apesar disso, vamos em frente", disse o ministro.
G1
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A Controladoria-Geral da União (CGU) cassou a aposentadoria do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. O petista era aposentado como professor pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.
Gabrielli comandou a Petrobras entre 2005 e 2012. Ele é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em processo que apura superfaturamento de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ele não tem condenações no âmbito da operação Lava-Jato.
O texto publicado no Diário Oficial cita um parecer de 6 de dezembro deste ano e informa que Gabrielli cometeu infrações disciplinares à frente do cargo. A publicação aponta que o ex-presidente da Petrobras descumpriu deveres de servidor público, como “ser leal às instituições a que servir”; “observar as normas legais e regulamentares”; e “manter conduta compatível com a moralidade administrativa”.
A decisão também aponta que Gabrielli descumpriu um artigo da lei que disciplina a conduta do servidor público e que proíbe o funcionário de “proceder de forma desidiosa” (ou seja, com desatenção). Também cita dispositivos que permitem a demissão de servidor em caso de “improbidade administrativa” e “incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição”.
Em nota, a executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores de Salvador afirmou que a cassação é vista como perseguição política e não tem embasamento legal. "O que está em curso é a contínua utilização das instituições da República para perseguir adversários, dificultando-lhes a vida, o sustento, atentando contra a própria dignidade humana ", diz trecho.
O Globo
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Em pleno recesso, no dia de Natal, senadores foram surpreendidos pela notícia de que o presidente Jair Bolsonaro sancionou o pacote anticrime com vetos, mas manteve na lei uma iniciativa da Câmara que ganhou o apelido de emenda "anti-Moro".
A criação do juiz de garantias, incluída pelos deputados, foi uma resposta política ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que acusou o golpe. No Senado, a expectativa e o acordo eram que o trecho seria riscado do texto pela caneta de Bolsonaro. Por isso, sua decisão foi recebida como uma afronta.
No retorno das atividades legislativas, em fevereiro, o presidente deve sofrer pressões e até retaliações por parte de senadores mais alinhados a Moro, especialmente os do grupo "Muda Senado" - bancada informal que reúne um quarto dos parlamentares da Casa.
Para garantir a aprovação do já desidratado pacote anticrime ainda em 2019, senadores aceitaram apenas carimbar o texto que saiu da Câmara. O projeto passou a jato pelo Senado, exatamente uma semana depois de ser aprovado pelos deputados, no último dia 11. Bolsonaro teria até o 6 de janeiro para sancionar ou vetar a matéria, mas o fez em edição extra do Diário Oficial da União na calada da noite de terça-feira.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi o fiador do acordo com parlamentares que concordavam com a maior parte do projeto e já se mobilizavam para tentar manter o hipotético veto em sessão conjunta do Congresso, no início de 2020.
Ao GLOBO, ele reconheceu que havia "o compromisso de defender a manutenção dos vetos", mas apontou que o presidente "preferiu acatar" a proposta dos deputados. E deu o assunto por encerrado, conclamando todos a trabalhar por uma "rápida e boa regulamentação".
Blindagem ao primogênito
"Inacreditável". "Inexplicável". "Decepcionante". Os adjetivos usados pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) para classificar a decisão de Bolsonaro dão o tom da reação dos parlamentares que participaram do acordo. E carregam peso mais que simbólico, já que ela preside e controla a pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Trata-se do mais importante colegiado da Casa, por onde devem passar todos os projetos, inclusive os de interesse do governo.
Como o veto esperado não veio, resta agora apenas a solução jurídica, que deve ser adotado pelo Podemos. O líder do partido no Senado, Alvaro Dias (PR), já avisou que a legenda vai ao Supremo questionar a constitucionalidade da criação do juiz de garantias. A crise também deve ser levada, portanto, para o Poder Judiciário.
Nos bastidores, começa a ganhar força a tese de que a decisão de Bolsonaro seria uma tentativa de proteger seu primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), investigado por suposta participação em esquema de rachadinha no seu gabinete na época em que era deputado estadual do Rio.
Ao sinalizar que a medida poderia ser positiva, em conversa com jornalistas no último sábado, o presidente comentou que "um juiz pode cometer absurdos na comarca dele". Na mesma entrevista, ele declarou que há um abuso do Ministério Público do Rio nas investigações envolvendo seu filho e defendeu um controle sobre o órgão.
Há ainda quem avalie a canetada do chefe do Palácio do Planalto como um gesto para ganhar o apoio do centrão, que na Câmara avalizou a criação do juiz de garantias, ou para tentar enfraquecer Moro, ainda tido como possível adversário nas eleições de 2022.
Na Câmara, por outro lado, o presidente tende a ganhar pontos. Relator do pacote anticrime, o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), disse que, no conjunto, Bolsonaro aprovou a essência do texto do grupo de trabalho composto para formular o substitutivo que virou lei e falou em "belo presente" para o Brasil. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por sua vez, só teceu elogios a Bolsonaro, com quem tem relação conturbada.
- Parabenizo o presidente Bolsonaro que sancionou os projetos dos ministros Alexandre Moraes e Moro e principalmente valorizando o trabalho do grupo de trabalho da Câmara e os plenários da Câmara e Senado - afirmou Maia ao GLOBO.
Previsão de confronto
Entre senadores, o clima é de insatisfação. O entendimento era que Bolsonaro seguiria a recomendação de Moro e vetaria o trecho do projeto incluído pela Câmara dos Deputados. Por isso, eles aceitaram votar o mesmo texto mesmo sem concordar com a íntegra e, assim, permitir sua aprovação ainda em 2019.
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR), líder de seu partido no Senado, afirmou que a suposição dos senadores era de que o veto seria “óbvio”. Ele disse ainda que sua equipe vai trabalhar o quanto antes em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF para questionar a criação do juiz de garantias nos próximos 30 dias, antes de a lei entrar em vigor.
- O presidente infelizmente não vetou, como eu imaginava, o juiz de garantias inserido no projeto anticrime. Defendo o veto, inclusive pela inconstitucionalidade, pois como mexe com organização judiciária teria que a iniciativa partir do Judiciário - explicou Dias, que é líder da bancada do Podemos no Senado.
Lasier Martins (Podemos-RS) diz que o projeto foi desfigurado pelos deputados e, para que não fosse “totalmente inutilizado”, Moro teria pedido aos senadores para que o aprovasse mesmo assim.
- A manutenção do juiz de garantias só servirá para protelações, além de desprestígio ao juiz original da causa. Utilizar dois juízes num mesmo processo é não conferir credibilidade e preparo ao juiz instrutor do processo. Por outro lado, é inconstitucional o segundo juiz por alterar a Lei de Organização judiciária - diz Lasier.
Ao GLOBO, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, classificou a decisão do presidente como "inacreditável, inexplicável e decepcionante". Ela frisou que havia um acordo com o líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), para manter o eventual veto à criação do juiz de garantias no Congresso.
- Vai gerar caos e inviabilizar o sistema criminal brasileiro - comentou a senadora, que está no Chile.
'Presente de Natal'
Além do elogio do presidente da Câmara, outros deputados celebraram o fato de Bolsonaro não ter vetado a criação do juiz de garantias. Na oposição, o fato foi comemorado. Em sua conta no Twitter, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que o juiz das garantias é um “presente de Natal para o povo brasileiro” e aproveitou para criticar Moro. “É a superação do modelo de juiz que se contamina, como foi a atuação do Sergio Moro, para que tenhamos mais julgamentos isentos no Brasil”, completou na mensagem.
Relator do pacote anticrime no grupo de trabalho na Câmara, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) avaliou que os vetos não tiraram a essência do projeto aprovado no Congresso e o país “ganha um belo presente” com a lei. O deputado acredita que, mesmo assim, pelo menos três vetos têm fundamentação mais fraca e devem ser derrubados pelos congressistas.
- Metade [dos vetos], ainda acho que a Câmara derruba. Sobre uso de armas de fogo de uso restrito, nas razões do veto, o presidente avaliou que pode prejudicar policiais ou agentes de segurança. Mas [o armamento] é de uso proibido pelos civis, não pelos policiais. Esse, eu acho que a Câmara derruba — afirmou o relator.
O deputado mineiro também citou vetos aos crimes contra a honra na internet e à prioridade da Defensoria Pública na defesa de agentes de segurança investigados por uso letal da força como pontos que não estão bem fundamentados. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também criticou o veto à possibilidade de triplicar a pena em casos de crimes contra a honra propagados em redes sociais, afirmando que trata-se de “favorecimento à criminalidade”.
— É o caso de um dispositivo muito bom incluído pelo Congresso Nacional, que estabelecia o aumento de pena para aquelas milícias digitais que atuam na internet atacando, caluniando, desqualificando pessoas, e espalhando crimes também. Neste caso, o presidente claramente favorece os criminosos de sua base, os seus criminosos de estimação — disse o líder da Oposição ao governo no Senado.
O Globo
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgou uma nota no começo da tarde desta quarta-feira para reforçar sua posição contrária à figura do "juiz de garantias". O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei do pacote anticrime com vetos a 25 dispositivos do texto aprovado pelo Congresso há duas semanas e manteve a criação do juiz das garantias, incluída pela Câmara dos Deputados. A decisão contraria Moro, um dos propositores do pacote.
"O presidente da República acolheu vários vetos sugeridos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O MJSP se posicionou pelo veto ao juiz de garantias, principalmente porque não foi esclarecido como o instituto vai funcionar nas comarcas com apenas um juiz (40% do total) e também se valeria para processos pendentes e para os tribunais superiores, além de outros problemas", cita na nota.
"De todo modo, o texto final sancionado pelo presidente contém avanços para a legislação anticrime no país", conclui.
No sábado, Bolsonaro disse que o juiz das garantias era o único ponto ainda em debate na análise do projeto. Trata-se de um magistrado que cuidaria da instrução processual, como a supervisão das investigações e a decretação de medidas cautelares. Nesta hipótese, outro juiz ficaria responsável pelo julgamento, analisando se o réu é ou não culpado. O presidente afirmou que Moro era contra sob o argumento que muitos municípios têm apenas um magistrado, mas que outros auxiliares da Presidência eram a favor.
No fim da tarde, Moro voltou a falar da sanção da proposta que cria o juiz de garantias, em tom crítico, e sem citar o nome do presidente. "Sancionado hoje o projeto anticrime. Não é o projeto dos sonhos, mas contém avanços. Sempre me posicionei contra algumas inserções feitas pela Câmara no texto originário, como o juiz de garantias. Apesar disso, vamos em frente", escreveu em sua conta no Twitter.
Podemos vai ingressar com ação no STF
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) informou ao GLOBO no início da tarde que o partido vai apresentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a criação do juiz de garantias. O parlamentar disse que sua assessoria vai preparar a ação "imediatamente", para impetrá-la dentro do período de 30 dias em que a lei ainda não estiver em vigor.
- O presidente infelizmente não vetou, como eu imaginava, o juiz de garantias inserido no projeto anticrime. Defendo o veto, inclusive pela inconstitucionalidade, pois como mexe com organização judiciária teria que a iniciativa partir do Judiciário - explicou Dias, que é líder da bancada do Podemos no Senado.
Entre grande parte dos senadores, o entendimento era que Bolsonaro seguiria a recomendação de Moro e vetaria o trecho do projeto incluído pela Câmara dos Deputados. Por isso, eles aceitaram votar o mesmo texto mesmo sem concordar com a íntegra e, assim, permitir sua aprovação ainda em 2019.
- Não houve acordo para votarmos, mas imaginamos que seria óbvio o veto - explicou Alvaro Dias.
O Globo
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Conhecido por polêmicas e discussões ‘agudas’ no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes será o relator da Operação Calvário na Corte. A informação foi publicada pelo ‘O Antagonista’ e confirmada pelo Blog. Referência em Direito Constitucional e autor de vários livros, o ministro tem se posicionado de forma diversa a entendimentos defendidos pelo Ministério Público, como no caso da prisão em segunda instância – por exemplo.
Ao retornar do recesso do Judiciário, Mendes deve receber em sua mesa vários pedidos de liberdade e outras demandas que fazem parte da investigação, capitaneada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público da Paraíba. Um deles é o pedido de liberdade do ex-secretário adjunto de Educação, José Arthur Viana Teixeira, encaminhado pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, ao relator Gilmar Mendes.
Habeas Corpus
No último sábado (21), o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB). Além do ex-governador também tiveram pedidos de habeas corpus deferidos pelo STJ os investigados David Clemente Correia, Cláudia Veras, a prefeita do Conde Márcia Lucena e Francisco das Chagas Pereira.
A operação
A ação desencadeada na terça-feira (17) teve o objetivo, de acordo com a Polícia Federal, de combater uma organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos.
A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado GAECO/PB, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União – CGU, apura desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.
Jornal da Paraíba
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O ministro Sérgio Moro, Justiça e Segurança Pública, foi escolhido pelo Financial Times como uma das 50 personalidades que marcaram a década. A lista, composta a partir do crivo de repórteres do jornal britânico, destacou ‘indivíduos que se mostraram capazes de arrancar o poder consolidado de instituições’. Ele foi o único brasileiro escolhido.
“Sérgio Moro liderou uma investigação anticorrupção que abalou as estruturas políticas da América Latina”, diz a revista.
A publicação diz que as investigações sobre os pagamentos de propina envolvendo a construtora Odebrecht levaram à prisão o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. O jornal ainda cita o envolvimento em escândalos de corrupção de quatro ex-presidentes peruanos.
O jornal lembra, ainda, a indicação política para ser ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro. “Um movimento rumo à política que atraiu dúvidas sobre a sua independência enquanto juiz, mas que pode colocá-lo no caminho para disputar a presidência.”
Estadão
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O Gerente Executivo de Promoção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Laureci Siqueira, e o advogado Francisco das Chagas Ferreira, foram exonerados pelo Governo da Paraíba. A publicação está no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (24).
Lau Siqueira, exonerado a pedido, foi secretário de cultura da Paraíba na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho. Já o advogado Francisco das Chagas Ferreira, dispensado pelo governador, preenchia um cargo na a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba.
Francisco das Chagas foi um dos presos na sétima fase da Operação Calvário - Juízo Final. Ele também foi alvo de mandado de busca e apreensão. O advogado Francisco das Chagas informou que está tranquilo quanto aos indícios que se referem a ele. "Nunca recebi um centavo que não tenha sido pela prestação dos meus serviços. Nunca fui sócio oculto de ninguém. Confesso que estou surpreso, mas acredito que a Justiça e o Ministério Público fazem o trabalho correto de investigar. Por isso, me apresentarei com tranquilidade e com a certeza de que provarei a minha total inocência", disse em nota.
com G1 PB
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