Novembro 29, 2024
Arimatea

Arimatea

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que estava preso desde abril de 2015 no Paraná, deixou a prisão na tarde desta sexta-feira (6). Ele vai cumprir pena no regime semiaberto e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

Vaccari saiu do Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, por volta das 16h15, conforme o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).

Ele foi alvo da 12ª fase da Lava Jato. Ele ficará em Curitiba, na casa de um tio, e vai trabalhar na Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A mudança de regime da pena foi determinada pela juíza Ana Carolina Bartolamei Ramos, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, nesta sexta-feira (6).

Nesse processo, o ex-tesoureiro foi condenado a 6 anos e 8 meses por corrupção passiva. Como já cumpriu 2 anos e 3 meses, ele teve o direito de progredir para o semiaberto, conforme a juíza.

Vaccari respondeu a cinco processos pela Lava Jato: em dois deles ele foi absolvido por falta de provas, em outro, em que teve a pena de 24 anos extinta, teve um indulto natalino concedido e foi condenado em primeira instância em mais dois processos. Um deles é referente à decisão da juíza Ana Carolina Ramos.

G1
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O presidente Jair Bolsonaro lançou nesta sexta-feira a carteira estudantil digital com críticas às organizações que atualmente são responsáveis pela emissão do documento. A carteira estará disponível em um aplicativo, e não será mais necessário ter o documento em papel. De acordo com Bolsonaro, é uma forma de economizar dinheiro e de facilitar a vida dos estudantes, mas também de evitar a promoção do "socialismo".

— Vai ajudar inclusive a evitar que certas pessoas promovam na universidade o socialismo. Socialismo que não deu certo em lugar nenhum do mundo. Nós devemos nos afastar deles.

Para Bolsonaro, atualmente os estudantes são representados por uma "minoria":

— Se podermos tê-la de forma gratuita, por que não? Inclusive, estou feliz também porque nós vamos poupar o trabalho de uma minoria que representa os estudantes — disse, acrescentando: — Não teremos mais uma minoria para impor certas coisas em troca de uma carteirinha. A liberdade estudantil é muito bem-vinda.

A mudança será feita por meio de medida provisória (MP), assinada nesta sexta por Bolsonaro. O texto precisa ser aprovado pelo Congresso, mas tem validade assim que for publicada no Diário Oficial. O governo espera começar a disponibilizar a carteira em três meses, iniciando por alunos do Ensino Superior. A estimativa é que fique disponível para todos em até seis meses. A emissão tradicional não será interrompida.

O secretário de Ensino Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, justificou que a carteira digital vai permitir conhecer a "jornada do estudante" desde que entra na creche até o ensino superior. Ele ressaltou ainda que o ID Estudantil vai evitar a combater fraudes em eventos, onde os estudantes pagam meia.

— Não será emitida nenhuma ID sem constar no banco dados. Vamos evitar fraudes. Não pagaremos mais da metade do dobro — disse, referindo-se ao fato de eventos cobrarem a mais entradas para compensar carteirinhas falsificadas.

Durante o lançamento, o governo anunciou ainda que pretende criar o diploma digital e biblioteca digital.

Sem citar a carteiras estudantis emitidas pela União Nacional de Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), o secretário do Ensino Superior defendeu que o governo precisa se comunicar com os estudantes "sem intermediários".

O ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, falou que "é preciso libertar os estudantes" em todo o Brasil.

O Globo
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O ex-deputado federal Indio da Costa foi preso na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. Relator da Lei da Ficha Limpa e candidato à vice-presidente em 2010, na chapa derrotada de José Serra (PSDB), Indio foi alvo da Operação Post Off, deflagrada para apurar fraudes de R$ 13 milhões nos Correios. A informação foi antecipada pelo blog do jornalista Lauro Jardim.

Foram expedidos nove mandados de prisão, cumpridos no Rio de Janeiro (onde ele foi preso), em São Paulo (nas cidades de Tamboré, Cotia, Bauru e São Caetano) e Minas Gerais (na capital, Belo Horizonte). O processo corre em sigilo na 7ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, em Santa Catarina. O nome dos outros presos ainda não foi divulgado. A PF informou apenas que foram detidos agentes dos Correios, empresários e funcionários de empresas que eram utilizadas como “laranjas” pela organização criminosa,

O Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal em Santa Catarina ainda não informaram quais são as suspeitas sobre a atuação de Indio da Costa. O advogado de Indio, Afonso Destri, afirmou que não vai comentar a prisão, porque ainda não teve acesso à fundamentação da prisão.

O objetivo da operação foi desarticular a organização criminosa que praticava fraudes junto à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). Os dados preliminares obtidos pelos agentes indicam um prejuízo de R$ 13 milhões, apenas no que se refere às postagens ilícitas já identificadas, sem contar o desvio de dinheiro diário que estava sendo causado pelo grupo investigado.

Uma das principais modalidades de fraude acontecia mediante identificação de grandes clientes dos Correios, que eram procurados por integrantes do grupo com a oferta de que rompessem seus contratos com os Correios e passassem a ter suas encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as empresas do grupo criminoso e a própria EBCT.

De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo pagava propina a funcionários dos Correios para facilitar o transporte de grandes volumes de cartas comerciais sem o devido faturamento, gerando evasão de receita e prejuízos aos cofres da estatal.

A investigação começou em novembro de 2018, após empresários ligados ao esquema tentarem iniciar a atuação do grupo em Santa Catarina. Pelo menos 10 empresas possuíam contratos com os Correios e participavam do esquema criminoso.

De acordo com o delegado Cristian Luz Barth, responsável pela investigação em Santa Catarina, o esquema era tão intrincado que até mesmo cargos nos Correios tinham um preço.

- Havia cargos que custavam de R$ 200 a R$ 250 mil - explicou.

O delegado, porém, não explicou quais cargos seriam e como eles agiam.

Fora da política
Antes de ser preso, em maio, Indio havia anunciado que estava deixando a política. À coluna da jornalista Berenice Seara, no jornal Extra, ele reclamou da polarização política no Brasil e disse que considerou o pedido da própria família para que se afastasse. Em 2016 e 2018, Indio concorreu à prefeitura e ao governo do Rio pelo PSD, mas acabou derrotado. Em março, deixou o partido.

"O Brasil hoje está muito na base da extrema direita ou da extrema esquerda. O caminho do centro, do bom senso, está se perdendo. Também pesou o pedido da minha família", afirmou o ex-deputado ao anunciar o afastamento.

Indio foi secretário de Infraestrutura do Rio, já na gestão de Marcelo Crivella. Também comandou pastas nas gestões dos ex-prefeitos Cesar Maia (Administração) e Eduardo Paes (Esportes), bem como na do ex-governador Sérgio Cabral (Ambiente).

Do período em que passou na Câmara dos Deputados (entre 2007 e 2011 e depois de 2015 a janeiro de 2019), elegeu como principal feito a relatoria favorável à aprovação da Lei da Ficha Limpa, que barra candidaturas de pessoas condenadas em segunda instância.

O Globo
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O Ministério da Saúde pretende atacar o problema da crescente obesidade no Brasil, principalmente a obesidade infantil, com muita informação sobre a alimentação saudável, mais atividade física dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e incentivo à rotulagem informativa, disse o ministro Henrique Mandetta.

O ministro tratou do assunto com representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), durante reunião em Brasília, nessa quinta-feira (5).

A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, divulgada no fim de julho pelo do Ministério da Saúde, registrou crescimento considerável de excesso de peso entre a população brasileira.

Segundo o levantamento, no Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006. O aumento da prevalência foi maior entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, os homens apresentam crescimento de 21,7% e as mulheres 40%.

Mandetta ressaltou que o combate à obesidade é uma aposta do Ministério da Saúde e considera essencial o apoio das sociedades médicas. “Nós vamos atacar a obesidade com muita informação sobre alimentação saudável, atividade física e rotulagem informativa. Tem que ser um desafio geracional e uma política sustentável ao longo do tempo, assim como foi com o tabaco. O apoio das entidades médicas é essencial”, disse.

“Compartilhamos com ele o fato que isso é uma informação que tem que entrar na Atenção Primária. Programa de Família, é lá que a gente tem que começar a como tratar alguém para que não tenha excesso de peso na vida. Obesidade é uma doença crônica, não é transmissível, ela não tem cura, tem controle”, acrescentou o presidente da Abeso, Mário Carra.

Guia Alimentar

O Guia Alimentar para a População Brasileira é uma importante ferramenta para incentivar a alimentação saudável. A publicação é o principal orientador de escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis pela população, baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. As informações também são úteis para a prevenção e controle de doenças específicas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes.

A pesquisadora do Idec Ana Paula Bortoletto disse que o Guia traz uma perspectiva nova, abrangente, de qualidade, baseado em evidências, com recomendações muito fáceis de compreensão para os consumidores escolherem alimentos de verdade, evitando o consumo de produtos os ultraprocessados. “Acho que um desafio ainda é disseminar as orientações do Guia para a população como um todo, para que as pessoas tenham acesso à informação qualificada”.

Reduzir o açúcar

Para incentivar a alimentação adequada e saudável, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.

Agência Brasil
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Dados apresentados nesta quinta-feira (5) pelo Ministério da Saúde mostram que a BCG foi a única vacina a alcançar a cobertura vacinal pretendida nos anos de 2017 e 2018.

O levantamento foi feito com informações acessadas na base do DataSus em 15 de julho deste ano e foi apresentado na Jornada Nacional de Imunizações, em Fortaleza. Foram consideradas as metas de 16 vacinas do esquema básico e de reforço indicadas para crianças de até um ano, de um ano e gestantes. Para as imunizações BCG e Rotavírus, a meta era vacinar mais de 90% do público alvo, e, para as demais, superar os 95%.

A BCG, que previne a tuberculose, teve cobertura de 96,41% em 2017 e de 96,09% em 2018. Já a hepatite B, que também deve ser tomada ao nascer, atingiu 84,7% em 2017 e 85,7% em 2018. Meningococo C, pentavalente e pneumocócica foram outras que ficaram perto dos 85% em 2018.

Um dos casos que mais chama atenção é da vacina de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, que atingiu 100% de imunização em 2013 e caiu para menos de 90% desde 2016, obtendo coberturas de 84,43% (2016), 83,82% (2017) e 88,6% (2018). A pólio já foi erradicada do país, mas ainda há casos registrados em localidades da Ásia Central.

Apesar de ter se elevado nos últimos anos, a cobertura da vacina dTpa para gestantes atingiu apenas 62,81% em 2018, enquanto a meta é chegar a 95%. A vacina previne contra difteria, tétano e coqueluche.

Para enfrentar a queda das coberturas vacinais, o Ministério da Saúde tem atuado com o Movimento Vacina Brasil, que inclui ações como incentivo para que os municípios estendam o horário de funcionamento das unidades básicas de saúde e reforcem a vacinação nas fronteiras. Entre os dias 16 e 27 de setembro, o ministério fará uma ação para vacinação contra o sarampo e a febre amarela nessas áreas.

Outra frente da pasta é a promoção de pesquisas para entender as causas da redução das coberturas de vacinação e a percepção social da imunização. A coordenadora geral substituta do Programa Nacional de Imunizações , Francieli Fantinato, representou o Ministério da Saúde na Jornada e defendeu ainda o engajamento dos profissionais de saúde no tema, para que não se perca oportunidades de vacinar também adolescentes e adultos.

"É de extrema importância que os profissionais tenham consciência, que em qualquer momento que o adolescente ou adulto estejam na unidade de saúde, seja avaliada a carteira de vacinação para que não seja perdida a oportunidade de vacinar".

Febre Amarela
Outra doença que está com cobertura vacinal abaixo da meta de 95% é a febre amarela. Segundo os dados apresentados pelo Programa Nacional de Imunizações, apenas 64% do público-alvo foi imunizado. O governo federal trabalha agora para intensificar a vacinação nos três estados da Região Sul, onde foram mapeadas áreas que requerem vacinação imediata, áreas de risco mais elevado e outras de risco mais moderado.

No Brasil, apenas Distrito Federal, Goiás e Roraima atingiram a meta de vacinar 95% do público-alvo. Santa Catarina tem uma das menores taxas de vacinação, com menos de 40%.

A vacina de febre amarela é indicada para pessoas que vivam ou vão viajar para áreas que tiveram vacinação recomendada. No entanto, há restrições e contraindicações, que podem ser consultadas no site do Ministério da Saúde.

Atualmente, a vacinação é recomendada na totalidade ou em partes de 19 estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Sarampo
A tríplice viral, que previne caxumba, rubéola e sarampo, também está com a cobertura vacinal em queda. Em 2016, somente a primeira dose atingiu 95,4%, enquanto a segunda ficou em 76,71%. Em 2017, tais coberturas caíram para 90,52% e 75,29% e, em 2018, chegaram a 90,84% e 75,63%.

Especialistas que participam da Jornada Nacional de Imunizações atribuem os surtos de sarampo registrados no ano passado na Região Norte e neste ano em São Paulo à queda nas coberturas vacinais.

OPAS
Com casos de sarampo voltando a ser registrados em países de diferentes continentes, o diretor do Fundo Rotatório da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), John Fitzsimmons, defendeu na Jornada Nacional de Imunizações que haja uma colaboração internacional para que a demanda pela vacina contra a doença seja atendida.

Em entrevista a jornalistas, Fitzsimmons disse que haverá um encontro na semana que vem em Washington, nos Estados Unidos, que reunirá atores internacionais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial de Saúde, para discutir a situação do sarampo.

"Todos estarão lá, todas as outras regiões da OMS estarão representadas, assim como Unicef, CDC e outros. É outra oportunidade para solucionar problemas".

Assim como São Paulo, onde mais de 2 mil casos já foram registrados, os Estados Unidos enfrentam um surto de sarampo que já dura um ano no estado de Nova York. Segundo a OPAS, o surto se espalhou em comunidades religiosas e ainda há o receio de que casos em crianças estejam sendo encobertos pelas famílias.

O diretor do Fundo Rotatório, que auxilia países da América Latina e do Caribe na compra de vacinas, disse que neste momento trabalha para atender a um pedido do Brasil de mais doses de vacina contra o sarampo.

"Estamos em parceria com outras organizações como a Unicef e o CDC [Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos], e estamos trabalhando com eles para liberar doses para o Brasil", disse ele, que acrescentou que é preciso fazer um trabalho de gerenciamento das encomendas que já haviam sido feitas aos fornecedores.

Agência Brasil
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Educadores brasileiros têm tido sua atenção despertada no estande da Microsoft, patrocinadora da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro (Bienal Rio 2019), por um sistema gratuito para instituições de ensino e professores. O sistema facilita a alfabetização de crianças com autismo e dislexia, entre outras dificuldades.

A Bienal foi aberta no último dia 30 de agosto, no Riocentro, na Barra da Tijuca e funcionará até o próximo domingo (8).

Através da plataforma Microsoft Learning Tools, os professores podem baixar no computador o sistema Ferramentas de Aprendizagem (Learning Tools, em inglês). Basta fazer o download. O professor pode escrever um texto ou baixar um texto da internet para usar e mesmo tirar uma foto e o sistema faz análise da imagem. A ferramenta é útil, em especial, para crianças que têm dificuldade de se concentrar durante a leitura ou têm alguma deficiência visual, por exemplo, disse o gerente de Negócios da Microsoft, Daniel Maia, nesta quinta-feira (5) à Agência Brasil .

“A ferramenta ajuda a fazer o treino da leitura”. O gerente relatou o caso de uma mãe que lamentava que o filho só lia seis palavras por minuto. Após o uso do sistema, em menos de uma ou duas semanas, ela passou a ler 60 palavras por minuto. “Já estava se tornando fluente”.

Inclusão
Os educadores que têm visitado o estande da Microsoft, sejam de língua portuguesa ou de humanas como um todo, se manifestam de forma positiva por poderem ampliar a inclusão dos alunos dentro de sala de aula. “Porque o aluno que não consegue ler, ele se isola, não consegue acompanhar os demais e, até, vira vítima de ‘bullying’, disse Maia. Segundo ele, a preocupação da Microsoft com essa plataforma é transformar o tempo em sala de aula entre aluno e professor, melhorar o resultado da aprendizagem e que a tecnologia que dá essa resposta ao aluno seja acessível e inclusiva.

Não é à toa que a Bienal Rio tem nesta edição a acessibilidade, a diversidade e a inclusão como carros-chefe. “Estamos super alinhados com a causa”, destacou o gerente da Microsoft. O sistema está disponível em vários idiomas. Implantado no Brasil há três anos, ele recebe atualizações mensais.

A psicopedagoga Zoraide Vianna, de 54 anos, professora do Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado de Barra Mansa, atendendo a 165 alunos com deficiência, afirmou que a tecnologia digital vai auxiliá-la no ensino da leitura para seus alunos. “Vai ser super interessante para eles”.

Daniel Maia salientou que as ferramentas gratuitas permitem leitura, escrita e compreensão de textos para crianças e, inclusive, adultos analfabetos. Um dos recursos é o ‘Immersive Reader’, que permite ao aluno customizar a visualização de textos no computador de acordo com sua necessidade. Ele pode, por exemplo, configurar o espaçamento entre letras, o tamanho da fonte e a cor de fundo. Conforme o estudante vai lendo, a palavra é iluminada na tela. “Inclusive, se a criança não sabe ler aquela palavra, o computador consegue ler para ela”. Outra coisa interessante é que algumas palavras trazem um ícone e quando o ‘mouse’ é colocado em cima, aparece o significado daquela palavra. “Consegue ilustrar o sentido daquela palavra, se for um objeto”, disse Maia.

Qualquer instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação tem acesso gratuito à ferramenta.

Bienal
A diretora da Bienal do Livro do Rio, Tatiana Zaccaro, disse à Agência Brasil que embora não haja ainda números definitivos, todas as expectativas dos organizadores estão sendo alcançadas. Os editores que participam do evento têm relatado, por exemplo, que o total de livros vendidos está de 10% até 60% acima do resultado registrado na edição anterior, em 2017. O número de visitantes também está dentro do esperado, que gira em torno de 600 mil pessoas, garantiu Tatiana.

Segundo a diretora, a Bienal tem um perfil de público diferente para dias de semana e finais de semana. De segunda a sexta-feira, no período de 9h às 17h, o foco principal é a visitação de escolas. À noite, há muitos adultos. Embora já tenha encerrado as inscrições para visitas de escolas públicas, Tatiana disse que alunos das escolas particulares também podem visitar o evento. Para isso, devem pagar meia entrada, cujo valor é R$ 15. Nos fins de semana, os corredores da Bienal ficam lotados de grupos de amigos e famílias.

“O evento está cheio. Houve número recorde de crianças na visitação de escolas (112 mil). Todas as sessões da programação cultural estão cheias. Todos os assuntos dos quais existem livros publicados estão na Bienal”, disse Tatiana.

Uma pesquisa iniciada na abertura da Bienal vai mostrar o impacto econômico do evento para a cidade do Rio de Janeiro e terá os resultados divulgados pós-Bienal. No próximo domingo (8), data de encerramento do evento, será divulgada uma parcial da pesquisa.

Agência Brasil
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 disponibilizará atendimento especializado a mais de 50 mil participantes que manifestaram necessidades especiais para fazer o exame. O número equivale a 1% dos 5,1 milhões de inscritos. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela aplicação da prova, oferece 15 recursos para que as pessoas com deficiência realizem as provas com comodidade.

Entre os recursos oferecidos pelo Inep estão: apoio para pernas e pés; mesa para usuários de cadeira de rodas; salas de fácil acesso; e prova impressa em braile. Para os participantes com baixa visão, o instituto também disponibiliza as provas nas modalidades ampliada ou superampliada,ou seja, impressas com fontes caligráficas e imagens aumentadas. Os candidatos que apresentaram laudo, declaração ou parecer que comprovando a necessidade de tempo adicional poderão dispor de um acréscimo de 60 minutos para fazer as provas.

De acordo com o MEC, uma inovação no Enem 2019 foi a possibilidade de o participante informar, no ato de inscrição, que usa aparelho auditivo ou implante coclear. O Inep registrou 1.846 usuários inscritos que utilizam um destes dispositivos ou os dois.

“A comunidade surda que tem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeiro idioma realiza a videoprova traduzida em Libras desde 2017. A modalidade permite que o participante faça a prova em notebook, mediante vídeo com enunciados das questões e opções das respostas traduzidas em Libras. Quem faz a videoprova conta com 120 minutos adicionais para cada dia do exame”.

Material próprio
Em alguns casos, o participante pode levar material próprio no dia do exame, como máquina para a escrita em braile, lupa, reglete, luminária e outros objetos descritos no edital. O participante que solicitou atendimento e apresentou a documentação que comprova essa necessidade poderá utilizar objetos próprios para realizar a prova.Atendimento específico

Atendimento específico
O Inep confirmou também a inscrição de 5.277 pessoas que terão atendimento específico. Entre elas, estão pessoas em situação hospitalar, gestantes, lactantes e idosos.

Data das provas
As provas do Enem 2019 serão aplicadas em dois domingos, 3 e 10 de novembro. No dia 3, serão realizadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. No dia 10, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

Agência Brasil
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Os efeitos do furacão Dorian já foram sentidos no sudeste dos Estados Unidos, com fortes ventos e uma chuva torrencial nesta quinta-feira (5), depois de o fenômeno ter devastado o norte das ilhas Bahamas, onde deixou ao menos 30 mortos e milhares de pessoas sem casa.

Os residentes da Carolina do Norte e da Carolina do Sul resistiam à chegada do furacão de categoria 2 à medida que aumentavam os esforços internacionais para ajudar as vítimas de Dorian nas ilhas baamianas que receberam o maior impacto: Grand Bahama e Ábaco.

A monstruosa tempestade também provocou vários tornados no sudeste americano, mas não foram reportadas vítimas imediatamente.

Em Charleston, Carolina do Sul, os fortes ventos derrubaram árvores, semáforos e postes de luz. As ruas estavam desertas e a maioria dos comércios tinham as janelas tapadas.

Às 14 horas (15 horas em Brasília), o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, informou que Dorian soprava com ventos máximos sustentados de 175 Km/hora. Situava-se a 95 Km de Myrtle Beach, na Carolina do Sul, deslocando-se para o nordeste a 13 Km/hora.

Várias nações se somaram aos esforços de resgate para as milhares de vítimas de Dorian nas ilhas Ábaco e Grand Bahama, no norte do arquipélago, enquanto nos Estados Unidos os residentes da Carolina do Norte e Carolina do Sul se preparavam para uma tempestade de categoria 2.

O estado da Flórida saiu em grande medida ileso da passagem de Dorian. "Tivemos sorte na Flórida. Muita, muita sorte na verdade", disse o presidente Donald Trump.

Destruição inimaginável
Dorian soprava com intensidade de categoria 5 quando se instalou durante quase dois dias sobre o norte das Bahamas, onde deixou uma destruição inimaginável.

Uma equipe da AFP que sobrevoou o povoado de Marsh Harbour na quinta-feira viu cenas de danos catastróficos, centenas de casas completamente destruídas, carros virados, campos inteiros de escombros e inundações generalizadas.

Pôde-se observar uma equipe de pessoas mascaradas com trajes protetores brancos carregando cadáveres em bolsas verdes sobre a plataforma de um caminhão.

Alguns residentes ainda aturdidos pela tempestade tinham saído às ruas arrastando suas malas com suas posses mais valiosas.

A extensão do dano nas Bahamas começava a ser conhecida nesta quinta, à medida que as equipes de socorro conseguiram percorrer a área para resgatar sobreviventes e levar ajuda às vítimas.

O primeiro-ministro baamiano, Hubert Minnis, disse que o furacão deixou uma "devastação geracional" e ao menos 30 mortos, embora essa cifra ainda deva aumentar.

As Nações Unidas enviarão "em breve" oito toneladas de víveres às Bahamas, onde cerca de 76 mil pessoas podem estar precisando de ajuda, 60 mil delas na forma de comida, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

"As projeções realizadas justo antes do impacto do ciclone indicam que mais de 76 mil pessoas em Ábaco e Grand Bahama podem estar precisando de comida ou ajuda humanitária", informou um porta-voz da agência especializada da ONU, Herve Verhoosel.

O secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, disse depois de se reunir com Minnis que precisa-se com urgência de abrigos, água potável, alimentos e remédios para cerca de 50 mil pessoas em Grand Bahama e para entre 15 mil e 20 mil em Grande Ábaco.

"É um inferno por todos os lados", disse à AFP Brian Harvey, um canadense que vive em Ábaco.

"Precisamos sair daqui", acrescentou. "Passaram-se já quatro ou cinco dias, é hora de ir embora".

Steven Turnquest, que foi de Marsh Harbour para Nassau com seus filhos de quatro e cinco anos, disse à AFP que tem sorte de estar vivo.

"Vejo meus filhos e agradeço a Deus, peço a ele que me leve, mas não leve meus filhos. Sobrevivi ao furacão me segurando em uma porta", contou.

Saqueadores advertidos
Minnis advertiu que os saqueadores serão punidos "com todo o peso da lei" e afirmou que haviam sido mobilizados agentes adicionais das forças de segurança.

A Guarda Costeira americana e a Marinha Real britânica transportaram sobreviventes e provisões de emergência à medida que as águas das inundações retrocediam nas Bahamas.

"Estamos correndo contra o tempo para ajudar os necessitados", disse o secretário-britânico de Desenvolvimento Internacional, Alok Sharma.

Em Grand Bahama foram usadas motos aquáticas e botes para retirar vítimas das casas inundadas ou destruídas pela tempestade.

Helicópteros americanos e britânicos realizavam evacuações médicas, avaliações aéreas para ajudar a coordenar os esforços de socorro e voos de reconhecimento para conhecer os danos.

Trump falou por telefone com Minnis e prometeu a ajuda de seu país, disse a Casa Branca.

A Guarda Costeira americana disse que havia resgatado 135 pessoas nas Bahamas nesta quinta-feira com 10 helicópteros e três barcos.

USAID, a agência de ajuda dos Estados Unidos, disse que estava enviando provisões, como kits de higiene e água a partir de Miami.

France Presse
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Um mecânico da American Airlines foi preso nesta quinta-feira (5) acusado de sabotar o sistema de orientação de uma das aeronaves da companhia no Aeroporto Internacional de Miami, nos EUA. A informação é do jornal "Miami Herald"

De acordo com a reportagem, o mecânico Abdul-Majeed Marouf Ahmed Alani colocou uma espécie de espuma em um tubo de pitot do avião. Esse dispositivo fornece informações de altitude e velocidade, e, entupidos, poderiam causar desorientação aos pilotos e levar a um acidente.

Porém, um alarme sobre a obstrução soou assim que os pilotos ligaram os motores do avião, que viajaria a Nassau, capital das Bahamas, com 150 pessoas. Eles, então, abortaram a decolagem, e a aeronave foi levada a manutenção.

A reportagem não informou qual o modelo do avião afetado pelo mecânico. A rota entre Miami e Nassau, geralmente, é feita com Boeing 737-800 ou Airbus A321, segundo o site "FlightRadar24".

Protesto contra atraso em negociações
O caso ocorreu em 17 de julho, mas a prisão ocorreu apenas nesta quinta-feira. Investigações preliminares indicam que o mecânico detido tentava protestar contra negociações salariais coletivas emperradas.

O acusado alega que ele sabotou o tubo de pitot para causar atrasos no voo. "A intenção dele não era causar nenhum mal ao avião ou aos passageiros", disse a agentes do FBI.

Segundo o "Herald", os investigadores chegaram a Alani após outros mecânicos da American Airlines o identificarem pelo sistema de vídeo do aeroporto. A companhia não divulgou nota sobre o assunto.

G1
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Juízes franceses rejeitaram as acusações contra a Air France e a Airbus decorrentes da queda do voo 447 no Oceano Atlântico durante voo do Rio a Paris, em 2009, que matou todas as 228 pessoas a bordo, culpando os pilotos por perderem o controle da aeronave.

Em suas conclusões, vistas pela Reuters, os juízes disseram que os pilotos do Airbus A330 não conseguiram processar todos os alertas e as leituras de instrumentos fornecidas pelo avião.

O avião caiu no oceano depois de entrar em estol (perder sustentação) e despencar de uma altitude de 38.000 pés durante uma tempestade. Suas turbinas funcionavam, mas as asas perderam sustentação.

"A causa direta do acidente foi a perda de controle da tripulação sobre a trajetória da aeronave", determinaram os juízes.

Outras tripulações que enfrentaram situações similares conseguiram manter o controle de suas aeronaves, de acordo com os juízes.

Os magistrados recusaram as alegações dos procuradores que investigam o caso, que haviam recomendado que a Air France fosse a julgamento em julho.

Em seu relatório de 2012, investigadores franceses de acidentes disseram que, pega de surpresa, a tripulação do voo AF447 não soube lidar com a perda das leituras de velocidade do ar dos sensores de pitot bloqueados pelo gelo e colocaram o avião em estol mantendo o nariz alto demais.

O relatório também citou o treinamento deficiente e a falta de um visor de cabine claro para problemas de velocidade.

A investigação civil de três anos não foi concebida para apontar culpados, o que foi o objetivo do inquérito judicial separado que culminou na decisão desta quinta-feira.

Um advogado que representa as famílias das vítimas disse que um recurso contra o veredicto dos juízes será apresentado imediatamente.

"Os juízes só escreveram em preto e branco que o congelamento dos sensores de pitot não teve nada a ver com o acidente. Não faz sentido", disse Sebastien Busy à Reuters. "Se os sensores de pitot não tivessem congelado, não teria havido um acidente".
A tragédia foi a mais letal da história da Air France e do A330.

Uma década depois, a indústria da aviação ainda está implantando lições aprendidas na queda. As mudanças se concentraram no treinamento, nos procedimentos de cabine e no monitoramento de aeronaves em zonas remotas.

Equipes de resgate levaram quase dois anos para localizar as caixas-pretas do A330 no fundo do oceano.

Reuters
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