Fatos históricos do dia 07 de outubro
Combate ao Afeganistão
Em 07 de outubro de 2001, Estados Unidos une-se ao Reino Unido e inicia o combate ao Afeganistão. A represália foi referente ao atentado de onze de setembro nos Estados Unidos no World Trade Center, em Nova York. As cidades escolhidas pelos norte-americanos foram: Kabul, Jalalabad e Kandahar.
1737 - Um furacão causa a morte de 300 mil pessoas no Golfo da Bengala.
1813 - Derrotado na Espanha o Exército de Napoleão. Tropas formadas por espanhóis, portugueses e ingleses invadem a França a mando do duque de Wellington.
1872 - Inicia um incêndio que dura dois dias e destrói 17.450 prédios em Chicago. Duzentas pessoas morreram.
1886 - Declarada a abolição da escravatura em Cuba.
1904 - Disputada a primeira corrida de automóveis, em Westburg, Long Island, nos Estados Unidos. A vitória é do norte-americano George Heath.
1932 - Plínio Salgado lança um manifesto criando a Ação Integralista Brasileira, movimento fascista brasileiro.
1949 - Criada a República Democrática Alemã, a Alemanha Oriental, com apoio soviético.
1950 - ONU autoriza a invasão da Coréia do Norte.
1956 - Estados Unidos abdicam de direitos no Marrocos.
1957 - Moscou anuncia criação de bomba poderosa.
1959 - Estados Unidos alertam China para risco de guerra mundial.
1962 - Jânio Quadros perde eleição paulista.
1965 - Uruguai decreta estado de sítio.
1968 - Rio de Janeiro sedia reunião de bolsas de valores.
1969 - Estados Unidos e União Soviética propõem projeto de desnuclearização.
1971 - Aos 19 anos, o brasileiro Mequinho vence o Torneio Internacional de Xadrez, realizado na Iugoslávia.
1985 - Um comando palestino seqüestra o transatlântico italiano Achille Lauro. Os seqüestradores se entregam dois dias depois.
1991 - Croácia e Eslovênia convertem-se em repúblicas independentes e separam-se da Iugoslávia.
1992 - O dirigente do grupo Sendero Luminoso Abimael Guzmán é condenado a prisão perpétua por um tribunal peruano.
1995 - O papa João Paulo II celebrou uma missa para 250 mil católicos em Nova York, nos Estados Unidos.
1997 - Telescópio Hubble descobre estrela mais brilhante.
2001 - Estados Unidos e Reino Unido iniciam ataques contra o Afeganistão, em represália aos atentados contra o World Trade Center, de Nova York com ataques a Kabul, Jalalabad e Kandahar.
Redação Terra
Portal Santo André em Foco
Nossa Senhora do Rosário
O Rosário é uma forma de oração muito antiga, usada pelos cristãos dos primeiros tempos. Desde os monges do oriente, até os beneditinos e agostinianos, era costume contar as preces com pedrinhas. Aliás, foi um beneditino, o venerável Santo Beda, a sugerir que elas fossem enfileiradas em um cordão, para facilitar o transporte e manuseio.
A prática da oração do Rosário, como conhecemos hoje, nasceu no início do século XVII e tornou-se de grande valia na solução de um problema relevante das novas Ordens de frades mendicantes, franciscanos e dominicanos, onde a maioria era de analfabetos. Nessa época, o Papa Inocêncio III decidiu colocar um fim à heresia albigense, instalada no sul da França. O pontífice enviou para lá dois sacerdotes, Diego de Aceber e Domingos de Gusmão. Como o primeiro teve morte súbita, a missão ficou por conta do segundo. Mas a questão foi resolvida com muita eficiência, pois ele acabou contando com uma forte aliada: a Virgem Maria.
Diz a tradição que, em 1207, o então fundador da Ordem dominicana estava na cidade francesa de Santa Maria de Prouille inaugurando o primeiro convento feminino de sua congregação. Na capela desse convento, Nossa Senhora apareceu a Domingos de Gusmão e ensinou-lhe a oração do Rosário, para ser difundida como arma da fé contra todos os inimigos do cristianismo e também para a salvação dos fieis. A partir daí a Ordem Dominicana se tornou a guardiã do Rosário, cujos missionários iniciaram a propagação do culto em todo o mundo.
Outra intercessão de Nossa Senhora sob a força da oração do Rosário se deu no século XVI, quando os turcos muçulmanos pretendiam dominar a Europa. O papa Pio V convocou as nações católicas a unirem suas tropas e seguirem para Veneza, que há três anos lutava sozinha, impedindo o avanço do exército turco. E pediu para toda comunidade cristã rezar o Santo Rosário pedindo ajuda à Virgem Maria, nesse momento tão decisivo. No dia 7 de outubro de 1571, as tropas cristãs se uniram e houve a famosa batalha naval de Lepanto, nas águas da Grécia, sob domínio turco. Num combate de três horas, os cristãos venceram os muçulmanos, colocando um ponto final na ameaça turca à Europa pelo mar.
No ano seguinte, o mesmo papa Pio V, instituiu a festa a "Nossa Senhora da Vitória", para celebrar o Rosário e recordar o êxito obtido na batalha de Lepanto por intercessão de Maria Santíssima. A celebração ocorria em toda a cristandade, mas em datas diferente. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração em 7 de outubro para toda a Igreja. A partir de 1960, com a reforma do calendário litúrgico, o papa João XXIII proclamou o novo título mariano para essa festa — Nossa Senhora do Rosário — e dedicou o mês de outubro ao Santo Rosário e às missões apostólicas. O culto chegou às Américas através dos missionários dominicanos, vindos com as expedições colonizadoras, nas primeiras décadas do século XVI.
COMECE O DIA FELIZ
Portal Santo André em Foco
Com 11 jogadores em Singapura nesta segunda-feira - Matheus Henrique e Everton, do Grêmio, e Santos, do Athletico, chegam no fim do dia no país asiático (ainda pela manhã de segunda no Brasil) -, a seleção brasileira foi a campo pela primeira vez nesta na preparação para os amistosos contra Senegal e Nigéria, dias 10 e 13, respectivamente.
Sem goleiro ainda com o grupo, os atletas fizeram trabalho bem leve no campo anexo ao estádio Nacional de Singapura, palco das partidas na próxima quinta e domingo. Casemiro e Thiago Silva participaram do aquecimento e depois deram voltas ao redor do campo. O grupo fez trabalho físico, com bola, e terminou o treino depois de cerca de uma hora no gramado.
Neymar, Marquinhos e Thiago Silva foram os primeiros a desembarcar em Singapura - com Coutinho chegando praticamente do aeroporto direto para o primeiro treino, às 17h30 local, 6h30 no horário de Brasília. Nesta manhã de terça, chegam Arthur e Alex Sandro, além de Ederson e Gabriel Jesus. O grupo só fica completo por volta das 15h, quando estão previstas as chegadas de Weverton, Gabigol, Marcinho e Rodrigo Caio.
No fim da atividade, Marquinhos e Eder Militão, que não atuaram no fim de semana, fizeram trabalho separado com o auxiliar técnico Matheus Bacchi e Cesar Sampaio, auxiliar pontual da seleção brasileira pela segunda data Fifa consecutiva. Lucas Paquetá, reserva na partida do Milan na última rodada do Campeonato Italiano, fez trabalho de finalização e técnico com o auxiliar Cleber Xavier.
Globo Esporte
Portal Santo André em Foco
Com uma série de desfalques por lesão e Gabigol, suspenso, o Flamengo sofreu no fim, mas conseguiu segurar uma vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, na manhã deste domingo, em Chapecó. Bruno Henrique, mais uma vez, balançou a rede e garatiu o resultado, que pode aumentar a vantagem do time na liderança do Campeonato Brasileiro, dependendo do resultado do Palmeiras contra o Atlético-MG, em São Paulo.
Massacre inicial
O Flamengo fez o que se espera do seu sistema de jogo. Apertou a Chapecoense de forma intensa, mesmo sem contar com Arrascaeta, Filipe Luís e Gabigol. Antes de fazer o gol aos 34 minutos, Bruno Henrique já havia acertado a trave de Tiepo e quase aproveitado uma bobeira na saída de bola do goleiro. Lanterna do Brasileirão, a Chapecoense só encontrou algum espaço na reta final e levou perigo apenas em bolas cruzadas.
Marca histórica
O Flamengo chegou a 52 pontos em 23 rodadas. É o recorde da história do sistema de pontos corridos, que passou a ser utilizado em 2003. Antes, a maior marca era de 50 pontos e pertencia a São Paulo (2007), Fluminense (2012), Cruzeiro (2013) e Corinthians (2015 e 2017). Todos acabaram conquistando o título nos respectivos anos dos recordes.
VAR na área
O lance do gol precisou ser analisado pelo árbitro de vídeo. Na Central do Apito, Sandro Meira Ricci concordou com a marcação do gol. O zagueiro Douglas deu condição para Bruno Henrique completar o cruzamento de Vitinho.
O que vem pela frente?
Os próximos compromissos dos dois times são pelo Brasileirão. O Flamengo, agora, recebe na quinta-feira o Atlético-MG, no Maracanã, às 20h (de Brasília). A Chapecoense joga fora de casa contra o Fortaleza, na quarta-feira, às 20h30 (de Brasília).
Globo Esporte
Portal Santo André em Foco
Palmeiras e Atlético-MG empataram em 1 a 1 na tarde deste domingo, na arena do Verdão, pela 23ª rodada do Brasileirão, e quem agradeceu foi o Flamengo. Com o resultado, a distância do Palmeiras para o Fla agora é de cinco pontos - 52 a 47 para o time carioca. O Atlético-MG, que fez um primeiro tempo quase impecável e abriu o placar com Nathan, recuou demais na etapa final e viu o Verdão empatar aos 37, com Dudu. Enquanto o Palmeiras segue na segunda colocação, o Atlético-MG fica em 11º, com 31 pontos, sete atrás do último time do G-6.
Um grupo de torcedores do Palmeiras protestou contra a diretoria após o jogo. O presidente Mauricio Galiotte e o diretor de futebol Alexandre Mattos foram os alvos das ofensas.
Em desvantagem no placar, o Palmeiras foi vaiado na saída para o intervalo. O zagueiro reserva Antônio Carlos se irritou com uma ofensa de um torcedor e bateu-boca. O atacante Deyverson, que também estava no banco, foi outro a sair do sério com as vaias.
Como jogou o Palmeiras
Sem Mano Menezes à beira do campo, suspenso, o time foi comandado pelo auxiliar Sidnei Lobo e demorou todo o primeiro tempo para entender a proposta tática do Atlético-MG - com três zagueiros e formando linha de cinco quando não tinha a bola, o Galo anulava o ataque palmeirense e saía em vantagem numérica com o avanço dos alas nos contra-ataques. O gol sofrido nos acréscimos do primeiro tempo não fez o Palmeiras voltar diferente para a segunda etapa - o time voltou da mesma forma, mas ainda mais nervoso, por conta da pressão da torcida, que vaiou os jogadores na saída para o intervalo. A mudança veio aos 13, com a entrada de Deyverson no lugar de Lucas Lima. A formação com dois centroavantes durou 11 minutos, período em que o Palmeiras não levou perigo ao gol adversário em nenhum momento. Aos 24, Scarpa entrou no lugar de Borja, e o Verdão partiu para um “abafa” um pouco mais organizado. O empate saiu aos 37 com Dudu, recebendo do próprio Scarpa. O time foi para o tudo ou nada no fim. Sem sucesso.
Como jogou o Atlético-MG
O técnico Rodrigo Santana surpreendeu e escalou três zagueiros: quando o time não tinha a bola, formava uma linha de cinco; com ela, os alas saíam para jogar, ajudando na armação e levando superioridade numérica sobre os meio-campistas do Palmeiras, principalmente nos contra-ataques. A tática deu muito certo no primeiro tempo. Apesar de a posse ser mais do Palmeiras, as melhores chances eram do Galo, que chegou ao gol nos acréscimos, com Nathan aparecendo como homem-surpresa entre as linhas de marcação. Na etapa final, o Galo se fechou mais na defesa e acabou levando o empate aos 37, quando o Palmeiras partiu para o abafa.
Primeiro tempo
A posse de bola foi do Palmeiras (60%), mas a etapa inicial foi toda do Atlético-MG. Num esquema 5-4-1, o Galo não deixou o time da casa jogar e criou ótimas chances nos contra-ataques. Weverton já aparecia como o principal jogador em campo quando Nathan, já nos acréscimos, apareceu de surpresa na entrada da área e chutou colocado no canto direito do goleiro palmeirense, fazendo justiça no placar.
Segundo tempo
O Atlético-MG deixou de tentar sair nos contra-ataques e passou a ficar apenas fechado na defesa, tentando explorar o nervosismo do Palmeiras. Deu certo até os 37 minutos, quando Dudu empatou, recebendo ótimo passe de Gustavo Scarpa. Os minutos finais foram de pura tensão, com o Palmeiras todo no ataque e o Galo com espaços para o contragolpe. O empate, porém, acabou sendo o resultado mais justo.
Agenda
Palmeiras e Atlético-MG têm jogos dificílimos no meio de semana: o Verdão encara o Santos na Vila Belmiro, quarta, às 21h30, e o Galo pega o Flamengo na quinta, às 20h, no Maracanã.
Os gols do jogo
Nathan abriu o placar para o Atlético-MG aos 47 minutos do primeiro tempo, e Dudu empatou aos 37 minutos do segundo.
Globo Esporte
Portal Santo André em Foco
Em um jogo sem muita inspiração, o Fluminense venceu o Botafogo por 1 a 0, neste domingo, no Nilton Santos, e se afastou da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O Tricolor marcou no primeiro tempo, com Yony González, e foi melhor que o rival durante quase todo o clássico. A partida foi válida pela 23ª rodada do Brasileirão.
Primeiro tempo
Mesmo fora de casa, o Fluminense começou o clássico tentando pressionar o Botafogo e impor seu estilo de jogo. As principais chances, mesmo que não tão claras, passaram a ser do Tricolor, que abriu o placar merecidamente com Yony González. No lance, o atacante aproveitou bom cruzamento de Gilberto após trocas de passes no campo ofensivo, como vinha sendo. O primeiro tempo foi todo de um só time no clássico do Nilton Santos.
Segundo tempo
Depois do intervalo, Eduardo Barroca fez alterações no Botafogo e passou a atacar um pouco mais o Fluminense. Mesmo assim, não foi o suficiente para buscar o empate em casa. O Tricolor passou a apostar mais em contra-ataques do que na posse de bola e contou com uma tarde inspirada de Muriel para confirmar a vitória no Nilton Santos. No fim, três pontos para os visitantes.
A briga contra o rebaixamento
Com a vitória, o Fluminense se afastou uma posição da zona do rebaixamento, está em 15º lugar e tem 25 pontos. Já o Botafogo está em 12º, com 27 pontos. O Cruzeiro, primeiro time do Z-4, tem 20 pontos.
Próximos jogos
Na quarta-feira, o Botafogo encara o Goiás, às 19h15 (de Brasília), também no Nilton Santos. No mesmo dia, mas às 21h30, o Fluminense visita o Cruzeiro no Mineirão. Os dois jogos são válidos pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Globo Esporte
Portal Santo André em Foco
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste domingo (6) que "não houve ruído" sobre a divisão de recursos do megaleilão do pré-sal da chamada cessão onerosa. Segundo Maia, "está todo mundo tentando ajudar" – em referência ao poder Legislativo e Executivo – na discussão do tema.
Maia deu a declaração após participar da convenção nacional do MDB, em Brasília, que elegeu o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) presidente da legenda. A partilha dos recursos do petróleo da cessão onerosa está em discussão na Câmara dos Deputados.
"Não houve ruído. Está todo mundo tentando ajudar, o Paulo Guedes [ministro da Economia] tentando ajudar, o presidente Bolsonaro tentando ajudar", disse o presidente da Câmara dos Deputados.
Segundo Maia, a articulação sobre esse assunto está com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o Congresso vai construir um texto em conjunto para ser votado.
De acordo com o deputado, o projeto vai garantir os 15% de recursos da cessão onerosa para os municípios e a regra que o presidente do Senado entender relevante para a distribuição dos 15% que vai para os estados terá o seu respaldo.
O assunto está sendo tratado em uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que foi retirada da PEC que viabilizou o leilão do excedente da cessão onerosa. O governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões com o leilão.
Segundo informações do colunista do G1 Valdo Cruz, na semana passada, os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes, afirmaram para Alcolumbre que governo defende a manutenção do acordo fechado para divisão dos recursos do leilão do excedente de petróleo da cessão onerosa.
Rodrigo Maia também é a favor do acerto, mas deputados estão se articulando para mudar a divisão durante a votação do texto na Câmara, de acordo com informações do Valdo Cruz.
O acordo prevê a transferência de 30% dos recursos para estados e municípios em partes iguais. Há o temor que a discussão atrapalhe a votação do segundo turno da reforma da Previdência no Senado.
Reunião com Bolsonaro
A divisão de recursos da cessão onerosa, segundo Maia, foi um dos assuntos tratados entre ele e o presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo. Maia se encontrou com o presidente no Palácio da Alvorada.
"Foi uma ótima conversa sobre a pauta, sobre os projetos, sobre a preocupação dele para que a gente organize a questão da cessão onerosa. Disse que o presidente Davi [Alcolumbre] estava tocando isso e vai dialogar com os governadores, com os nossos líderes para a gente mostrar que há unidade nas duas Casas, que não vai ter conflito de jeito nenhum", disse.
Segundo ele, durante a reunião os dois também discutiram projetos que o governo ainda deve enviar para o Congresso como a reforma administrativa e o projeto que altera a regra de ouro.
G1
Portal Santo André em Foco
Em convenção nacional em Brasília, o MDB elegeu neste domingo (6) o deputado federal e líder da legenda na Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (SP), como presidente nacional do partido para um mandato de dois anos. Do total de 319 votos, 311 foram para a chapa de Baleia Rossi.
Baleia Rossi substituirá o ex-senador Romero Jucá (RR), que comandava o partido desde o licenciamento do ex-presidente Michel Temer, em abril de 2016. Jucá disputou as últimas eleições, mas não conseguiu ser reeleito senador por Roraima.
O ex-presidente Michel Temer não participou da convenção, que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-deputado federal e ex-ministro Bruno Araújo (PE), presidente do PSDB.
Em discurso durante a convenção, Baleia Rossi afirmou que o MDB precisa escolher suas "bandeiras" e saber que "é possível viver sem governo".
"Nosso partido foi até conhecido como o partido da governabilidade, mas, por isso, nós pagamos um preço muito alto também. Precisamos escolher nossas bandeiras, ter a nossa identidade, precisamos saber que é possível viver sem governo. Precisamos de agenda, mas não precisamos de governo para sobreviver, porque o MDB é maior do que isso", disse.
Renovação
A necessidade de mudança e renovação do partido foi o assunto mais tratado durante os discursos na convenção. Com a eleição deste domingo, a direção executiva da legenda será formada por políticos que jamais haviam ocupado postos na cúpula nacional.
O discurso de renovação, no entanto, chegou a ser criticado nos bastidores já que Baleia Rossi chegou à presidência do partido com o apoio de integrantes tradicionais do partido como Romero Jucá e os senadores Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL).
Sobre esse apoio, o ex-ministro Moreira Franco afirmou que não se cria uma liderança política "da noite para o dia".
"É uma questão de fazer diferente. Temos que entender, e digo para todos, os com mais idade, com mais experiência, e os mais novos, que nós temos que fazer diferente, não se cria uma liderança política da noite para o dia", afirmou.
Segundo o ministro, o MDB não se saiu bem nas últimas eleições e a nova presidência do partido deve ampliar o diálogo com a base do MDB.
Em 2018, o MDB foi partido que teve a maior queda nas eleições para as assembleias legislativas nos estados.
No mesmo ano, o partido elegeu 3 dos 14 candidatos a governador, levou 34 deputados para a Câmara, na eleição de 2014 foram 66. No Senado, o partido elegeu 7 senadores. Em 2010, última eleição na qual 2/3 da Casa também foram renovados, a sigla havia eleito 14 senadores.
Mutirão de emprego
Ao chegar para a convenção, Baleia Rossi afirmou que o MDB vai propor ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um grande "mutirão de emprego". Segundo ele, com o uso de recursos de fundos que estão parados, como o Fundo Penitenciário Nacional, é possível gerar cerca de um milhão de empregos em todo o Brasil.
"Em uma parceria com os 5.570 municípios vamos propor uma grande frente de trabalho, trabalho simples de zeladoria, cuidar da cidade, varrer rua, cuidar das praças, para emergencialmente podermos criar mais de um milhão de empregos. Dinheiro para isso há, temos muitos fundos que não são utilizados para nada e que não justifica ter desemprego, aumento da pobreza e o governo ter nesses fundos bilhões de reais parados", afirmou.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, o desemprego atinge 12,6 milhões de pessoas no país.
Perfil
Baleia Rossi foi eleito deputado federal em 2014 e reeleito em 2018. É presidente do MDB em São Paulo e líder do partido na Câmara. Ele é filho do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi.
Em abril deste ano, o deputado apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária que está sendo discutida na Câmara. A proposta tem como referência sugestões do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), cujo diretor é o economista Bernard Appy.
Comissão Executiva Nacional eleita neste domingo (6)
G1
Portal Santo André em Foco
Sem constar na agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro se encontrou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na manhã deste domingo no Palácio da Alvorada, para discutir o envio nos próximos dias da reforma da administrativa, que prevê o fim da estabilidade para servidores públicos, e outro texto para a regra de ouro, que, segundo Maia, terá “gatilhos para controlar as despesas obrigatórias do governo”.
A regra está prevista na Constituição e determina que as operações de crédito da União não podem ser maiores que as despesas de capital (essencialmente investimentos) — isso serve para que o governo aumente sua dívida para pagar despesas correntes, como folha de salários e serviços como luz e telefone de órgãos públicos.
— (A reunião) foi sobre a pauta, os projetos e a preocupação dele para que se organize a questão da cessão onerosa. Disse que o presidente Davi (Alcolumbre, do Senado) está tocando isso e disse que ia dialogar com senadores e nossos líderes para mostrar que há unidade nas duas Casas, não vai ter conflito de jeito nenhum, com projetos do governo que já estão na Câmara e com os que vão chegar — afirmou Maia, após a convenção da executiva nacional do MDB, em Brasília.
Maia afirmou que o governo deve enviar na próxima quinta-feira, ou, no máximo, em dez dias a nova proposta de emenda à Constituição sobre a regra de ouro, que deve ser fatiada para tramitar paralelamente na Câmara e no Senado.
— Uma parte vai para o Senado para que a gente possa acelerar. O senado está terminando a Previdência, nós estamos tratando a tributária junto com o Senado para sair um texto único desse trabalho.
O presidente da Câmara considera “prioridade” o envio de propostas que possam controlar os gastos com as despesas.
— A gente precisa rapidamente controlar os gastos porque senão tudo que a gente vem fazendo vai se perdendo. O estado nunca será eficiente se as despesas correntes continuarem crescendo em detrimento da capacidade de investimento do estado brasileiro.
Cessão onerosa
Maia admitiu estar costurando um novo texto sobre cessão onerosa para beneficiar as regiões do Sul, Sudeste e Centro Oeste. Em setembro, houve um impasse em torno da divisão dos recursos de um megaleilão de petróleo localizado numa área cedida à Petrobras, cujo excedente será dividido entre União, estados e municípios.
Ao analisar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada pelo Senado com critérios para a divisão, deputados não gostaram das projeções e resolveram debater o assunto posteriormente. Os senadores aprovaram a partilha de 67% para a União, 15% para estados e 15% para municípios e 3% para o Rio, o estado produtor.
O principal motivo de insatisfação foi uma disputa regional histórica entre Sul/Sudeste (regiões mais fortes na Câmara) e Norte/Nordeste (mais bem representadas no Senado). Os deputados criticaram o fato de a divisão proposta pelos senadores beneficiar estados opositores à reforma da Previdência.
Na semana passada, em meio à disputa entre Senado e Câmara por recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal, o senador Cid Gomes (PDT-CE) chamou de “achacador” o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), e disse que o Senado não podia ficar refém de decisões da Câmara sobre a destinação do dinheiro.
Maia classificou o episódio como um "ruído" e classificou a postura de Gomes como deselegante:
— Houve ruído com o senador Cid Gomes, que foi deselegante e não foi correto. A forma que ele ataca é a mesma que os radicais de direita atacam nas redes sociais, desqualificando os outros e tentando transmitir ódio para aqueles que ele não gosta. O deputado Arthur Lira não tem nenhum problema com os 15%, a Câmara já tinha votado. Nós transferimos para o presidente do Congresso a articulação desse processo. O senador Cid está errado, está isolado. O grande problema é que os estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste também querem participar dos 15% e vamos construir um texto que possibilite isso — afirmou Maia.
O Globo
Portal Santo André em Foco