Fevereiro 05, 2025
Arimatea

Arimatea

Um exame sorológico capaz de identificar a contaminação por Zika vírus mesmo depois da infecção por dengue começou a ser comercializado no país. Os kits são voltados principalmente para mulheres em idade fértil e para estudos epidemiológicos que pretendam determinar pessoas que já tenham sido expostas ao vírus. Essa era uma das principais demandas após a epidemia de Zika no Brasil, entre 2015 e 2016.

O teste é resultado de uma pesquisa iniciada há dois anos por um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. O estudo foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e teve o pedido de patente licenciado pela empresa AdvaGen Biotec e recentemente aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para uso comercial. O produto foi testado em cerca de 3.200 mulheres no Brasil.

O exame detecta a presença de anticorpo específico do Zika vírus produzido pelo organismo depois de 15 a 20 dias, após o indivíduo ser infectado. Entretanto, como os vírus da Zika e da dengue são muito parecidos, os testes disponíveis no mercado acabam por confundir com resultando em falso positivo ou negativo, dificultando ou impedindo o diagnóstico preciso em áreas endêmicas para a dengue. O teste possui 95% de especificidade para Zika, enquanto os outros do mercado possuem até 75%.

“Esse anticorpo dá proteção para o resto da vida e é muito difícil achar uma proteína que seja específica para o Zika. Mas achamos um local na proteína, que chamamos de Delta NS1, e que não dá reação cruzada com a dengue”, explicou um dos pesquisadores, o especialista em virologia Edison Luiz Durigon.

Segundo o pesquisador, o kit facilitará o acompanhamento de gestantes que farão o exame a cada três meses para prevenir a microcefalia em bebês. Caso a mulher seja infectada só no período final da gestação, o bebê corre o risco de desenvolver problemas neurológicos.

“Se a gestante tiver Zika o teste acusará. E aí muda-se a conduta médica, com a possibilidade de acompanhar essa criança para que ela seja conduzida a um padrão normal na infância e adolescência”, disse.

O exame é baseado no método Elisa e também será útil para estudar a prevalência do vírus porque a maioria das pessoas infectadas não apresentam sintomas, assim a mulher pode ter o vírus sem saber e passar para o feto. Dessa forma, algumas crianças podem nascer sem microcefalia, mas podem ter lesões invisíveis no cérebro em um primeiro momento, podendo desenvolver problemas cognitivos severos.

“O exame deve ser feito em laboratório e fica pronto em três horas e meia. É um teste que qualquer laboratório clínico está equipado para fazer. Esse foi um cuidado nosso”, explicou o especialista.

RFI
Portal Santo André em Foco

Uma em cada três crianças com menos de cinco anos está desnutrida ou sofre de sobrepeso no mundo. Das 676 milhões de crianças que viviam no planeta em 2018, pelo menos 227 milhões são afetadas por problemas alimentares, calcula o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) em relatório publicado nesta terça-feira (15), o maior sobre o assunto dos últimos 20 anos.

“Esses problemas são uma ameaça para o crescimento das crianças”, explica Victor Aguayo, responsável pelo Programa Mundial de Nutrição do UNICEF. Segundo o especialista, essas crianças talvez nunca alcancem o seu pleno potencial físico e intelectual.

No total, 149 milhões de crianças no planeta têm atraso no crescimento devido à desnutrição crônica e 50 milhões são magras em relação à sua estatura, devido à desnutrição aguda ou a um problema de absorção de nutrientes.

Esta situação está estreitamente relacionada à pobreza, pois afeta mais os países pobres e as populações em situação precária nos países ricos. Contudo, conforme mostra o estudo, não existe mais o clichê de que crianças de países pobres são malnutridas, enquanto as de países ricos têm sobrepeso. A situação é bem mais complexa, havendo uma justaposição dos problemas num mesmo lugar.

“No passado tínhamos uma tendência a acreditar que o sobrepeso era resultado da má nutrição dos ricos e que o baixo peso resultava da má nutrição dos pobres. Mas esse não é o caso, pois podemos ter exemplos de subnutrição e de obesidade dentro da mesma comunidade”, explica Aguayo.

"As diferentes formas de má nutrição coexistem cada vez mais em um mesmo país e até em um mesmo lar", com a mãe com sobrepeso e o filho desnutrido. Um exemplo é o México, onde "ainda há uma grande proporção de crianças desnutridas e, ao mesmo tempo, uma grande pandemia de sobrepeso e obesidade infantil, considerada uma emergência nacional pelo governo", completa o especialista.

Globalização é um das causas
São inúmeras as razões que podem ter impacto sobre a nutrição infantil. Cada vez mais famílias têm deixado o campo para viver nas cidades, a entrada das mulheres na força de trabalho, mudanças no clima e biodiversidade são variáveis que precisam ser analisadas, segundo os pesquisadores do UNICEF. Além disso, dietas tradicionais têm sido substituídas por hábitos de consumo ricos em gorduras e açúcares, com baixa concentração de nutrientes.

“Há um mundo que está mudando por causa da globalização. Um regime alimentar que compreende frutas, legumes, produtos lácteos e ovos está se tornando cada vez mais caro, enquanto regimes alimentares que são pobres do ponto de vista nutricional se tornam mais baratos”, analisa Victor Aguayo.

Esta situação está estreitamente relacionada à pobreza, pois afeta mais os países pobres e as populações em situação precária nos países ricos. Contudo, conforme mostra o estudo, não existe mais o clichê de que crianças de países pobres são malnutridas, enquanto as de países ricos têm sobrepeso. A situação é bem mais complexa, havendo uma justaposição dos problemas num mesmo lugar.

“No passado tínhamos uma tendência a acreditar que o sobrepeso era resultado da má nutrição dos ricos e que o baixo peso resultava da má nutrição dos pobres. Mas esse não é o caso, pois podemos ter exemplos de subnutrição e de obesidade dentro da mesma comunidade”, explica Aguayo.

"As diferentes formas de má nutrição coexistem cada vez mais em um mesmo país e até em um mesmo lar", com a mãe com sobrepeso e o filho desnutrido. Um exemplo é o México, onde "ainda há uma grande proporção de crianças desnutridas e, ao mesmo tempo, uma grande pandemia de sobrepeso e obesidade infantil, considerada uma emergência nacional pelo governo", completa o especialista.

Globalização é um das causas
São inúmeras as razões que podem ter impacto sobre a nutrição infantil. Cada vez mais famílias têm deixado o campo para viver nas cidades, a entrada das mulheres na força de trabalho, mudanças no clima e biodiversidade são variáveis que precisam ser analisadas, segundo os pesquisadores do UNICEF. Além disso, dietas tradicionais têm sido substituídas por hábitos de consumo ricos em gorduras e açúcares, com baixa concentração de nutrientes.

“Há um mundo que está mudando por causa da globalização. Um regime alimentar que compreende frutas, legumes, produtos lácteos e ovos está se tornando cada vez mais caro, enquanto regimes alimentares que são pobres do ponto de vista nutricional se tornam mais baratos”, analisa Victor Aguayo.

O UNICEF alerta para o fato de que o sobrepeso e a obesidade se desenvolvem rapidamente, com 40 milhões de crianças pequenas afetadas, inclusive nos países pobres. Enquanto este problema era praticamente inexistente nos países com baixa renda em 1990 (3% deles tinham mais de 10% de crianças com sobrepeso), agora três quartos destes Estados enfrentam a questão.

RFI
Portal Santo André em Foco

A partir de amanhã (16), os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão acessar o Cartão de Confirmação da Inscrição e saberão o local onde farão o exame. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. Cerca de 5,1 milhões de estudantes estão inscritos no Enem 2019.

O cartão, que poderá ser consultado na Página do Participante, na internet, ou pelo aplicativo do Enem, disponível para download nas plataformas Apple Store e Google Play.

Além do local de prova, os participantes poderão conferir, no Cartão, o número da sala onde farão o exame; a opção de língua estrangeira feita durante a inscrição; e o tipo de atendimento específico e especializado com recursos de acessibilidade, caso tenham sido solicitados e aprovados; entre outras informações.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, recomenda que os participantes, assim que souberem onde farão o exame, façam o trajeto até o local de prova para verificar a distância, o tempo gasto e a melhor forma de chegar ao local de prova, evitando atrasos no dia da aplicação.

No dia do Enem, a dica é chegar no local com antecedência. Os portões abrirão às 12h, pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h. O Inep recomenda que os participantes levem o Cartão de Confirmação da Inscrição impresso nos dois dias de aplicação do exame e alerta para que não deixem para acessar o documento somente na véspera da prova.

Aplicativo do Enem
Segundo o Inep, mais de 2,5 milhões de pessoas já baixaram o aplicativo desde seu lançamento, em setembro de 2016. O dispositivo é gratuito e oferece acesso a diversas informações do Enem.

O usuário tem acesso, por exemplo, ao cronograma do exame, mural de avisos, edital, vídeo do edital em Língua brasileira de sinais (Libras), notícias, o programa Hora do Enem, da TV Escola, entre outras informações. O local de prova também estará disponível no aplicativo.

Após as provas, o participante poderá consultar no aplicativo o gabarito e o resultado final, conforme cronograma de divulgação.

O Enem 2019 será realizado em 1.727 municípios brasileiros. Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada, que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior. Os estudantes podem ainda concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos e a financiamentos pelo Fundo de Financiamento Estudantil.

Agência Brasil
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Luciane Molina é professora universitária. Sua história com a educação não começou por vontade, mas por necessidade. Ficou cega aos 13 anos, passou por uma série de obstáculos na educação e decidiu dedicar a vida para que outros como ela pudessem alcançar horizontes distantes.

“Quando falamos de acesso à educação, precisamos entender que ela precisa ser acessível”.

A mestre em educação de 36 anos perdeu a visão ainda adolescente na escola regular. A deficiência foi um choque para ela e para família, que conheceram um mundo de obstáculos que vão além da falta de pisos táteis e calçadas irregulares. Na escola, livros e apostilas apenas com versão em tinta – termo usado para materiais que não são feitos em braile.

Em Guaratinguetá, cidade onde mora, não havia professores especializados para a alfabetização em braile e ela passou a depender de terceiros para que lessem e escrevessem por ela.

“Buscamos a independência. No meu caso, quanto mais eu tentava ser uma profissional para me desvincular dos meus pais, mais eu dependia deles. A educação não era acessível para mim”, conta.

Ajuda da mãe
Diferente dos pais que influenciam os filhos a trilharem os mesmos caminhos profissionais, ela acabou por desenhar a carreira da mãe que, para que não desistisse do sonho, entrou para a faculdade para cursar pedagogia com ela.

A mãe usava um gravador para traduzir textos e imagens das apostilas para que ela estudasse, escrevia os trabalhos, ajudava na tradução em braile de livros. Em uma comparação, cada página em tinta de um livro, corresponde a cinco impressões em braile. Eram quilos de apostilas e materiais todos os dias.

Um dos episódios mais emblemáticos foi em uma especialização em que a apresentação da pesquisa final deveria ser feita em banner. Como ela não conseguiria ler, pediu apoio de um computador e teve o pedido negado. Em resposta, imprimiu o material em braile.

“Quando os professores viram o banner em braile, disseram que não poderiam ler e avaliar. Eu disse a eles que eu entendia o que estava ali e podia traduzir, da mesma maneira que estavam me colocando. Foi quando percebi que não podia parar”, conta.

Inclusão na educação
As pedras no meio do caminho de Luciane, construíram para ela um caminho: o de lutar por acesso à educação, de fato. Achou que mais de dez anos depois, com o avanço da tecnologia e chegada de ferramentas que possibilitam leitura, escrita e comandos, seria mais fácil.

“Encontrei os mesmos problemas. Salas inacessíveis, materiais inacessíveis. Filmes legendados, sem opções para mim em casos que eles pediam até que eu saísse da sala de aula. Sustentei até o fim e minha tese fala exatamente sobre o caminho da pessoa cega pela educação e hoje estou na universidade para fazer mais por eles”.

Professora na plataforma EAD em disciplinas ligadas a educação, muitos não sabem que ela é cega – uma de suas bandeiras.

“A educação acessível é um direito de todos e não um benefício de quem tem deficiência. Isso criou um estigma e nos afasta ainda mais de um ambiente de equidade”.

Apesar do avanço, ainda há muitas pedras a serem superadas. Provas como o Enem, principal exame para quem quer chegar à graduação, por exemplo, tem 300 páginas na versão em braile. A leitura exige resistência, a fricção dos dedos por tempo tão longo chega a levar a sangramentos.

Luciane diz que não desiste pela paixão pelo poder transformador da educação.

“A pessoa com deficiência está acostumada a ouvir que não é capaz. Encontrar alguém que dê a ele a chance de aprender com equidade pode ser o gás para ir mais longe”.

Na sala de casa, ajuda outros alunos a serem independentes com o uso de ferramentas digitais. Pela tela do computador, ajudou dezenas a se formarem e realizar sonhos de criança: advogados, professores, nutricionistas, engenheiros. Juntos, eles unem as pedras do caminho para construir um novo caminho.

Um exemplo é Mariana Prado, nutricionista. Deixou a universidade depois de perder a visão e passou um ano e meio afastada depois de a universidade responder que não teria como aplicar as disciplinas para ela. Desacreditada do sonho, encontrou a professora e com a ajuda de ferramentas digitais, ganhou a independência.

Aplicativos leem textos, escrevem com base em ditados e em ambientes virtuais, participam das aulas de igual para igual. Hoje, ela atende em um consultório em Cachoeira Paulista e atua com pacientes da Santa Casa da cidade.

“Não ver não me impede de exercer minha profissão ou de ter conhecimento, que é o maior bem de alguém. Isso nos traz dignidade, liberdade. Espero por um dia com mais professores assim, que acreditem em pessoas como nós”.

Para a professora, histórias como essas, a faz realizada na escolha pela educação.

Não é um caminho fácil, não temos os recursos que precisamos. Mas se estou mudando realidades, eu me esforço. Esse era o meu sonho.

G1
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Os confrontos registrados na Catalunha na segunda-feira (14) deixaram 40 policiais e 131 manifestantes feridos. No aeroporto El Prat, em Barcelona, um manifestante perdeu o olho e um outro, parte dos testículos.

Os protestos continuam nesta terça-feira (15) contra a decisão da Suprema Corte da Espanha de determinar penas de 9 a 13 anos de prisão para os líderes catalães envolvidos na fracassada tentativa de independência da região. Foram bloqueadas rodovias e ferrovias que dão acesso a Barcelona.

Por causa dos protestos, 45 voos foram cancelados nesta terça no El Prat, outros 110 voos já tinham sido cancelados na segunda, segundo a Reuters.

O terminal aéreo foi palco de um confronto logo depois da divulgação da sentença de prisão para nove líderes catalães. Dos 131 feridos, 115 se feriram no aeroporto. Um manifestante perdeu o olho após ser atingido por uma bala de borracha ou alguma outra arma não-letal.

Um outro manifestante perdeu 40% da massa testicular no confronto com as forças de segurança no terminal 1, segundo relato dos organizadores do protesto ao jornal “El Mundo”.

Condenações
A Suprema Corte da Espanha absolveu todos réus, que já estavam presos, da acusação mais grave, a de rebelião, os nove foram condenados a penas de prisão que vão de 9 a 13 anos por sedição (uma forma mais branda de rebelião contra autoridade). Três outros réus foram absolvidos da acusação de malversação de dinheiro público e não foram condenados ao cárcere.

O principal ausente nesse julgamento é o ex-presidente catalão Carles Puigdemont, que ele mora na Bélgica para fugir da justiça espanhola após a fracassada declaração de independência da Catalunha. Em caso de crimes graves, a Justiça espanhola não julga à revelia.

Porém, em uma outra decisão, o juiz Pablo Llarena emitiu um novo mandado de prisão internacional contra Puigdemont "por crimes de sedição e desvio de recursos públicos".

Tentativa de independência
A sentença contra os separatistas volta a colocar a questão da Catalunha no centro do debate político, a menos de um mês de novas eleições nacionais legislativas, em 10 de novembro.

A ofensiva independentista da Catalunha atraiu a atenção do mundo, provocou a maior crise política espanhola em décadas e causou apreensão nos mercados financeiros.

Em 1º de outubro de 2017, os independentistas organizaram um referendo para decidir sobre a independência da região, que tinha sido proibido pela Justiça espanhola. O resultado da votação foi amplamente favorável à separação da Catalunha apesar do forte esquema judicial para impedir a sua realização.

Em 27 de outubro, os separatistas catalães proclamaram uma república independente, de forma unilateral. Horas mais tarde, o governo espanhol, então dirigido pelo conservador Mariano Rajoy, destituiu em bloco o Executivo de Puigdemont, dissolveu o Parlamento catalão e suspendeu a autonomia da região.

G1
Portal Santo André em Foco

A operação militar da Turquia no norte da Síria continuará até que "alcance seus objetivos", apesar da pressão exercida pelos Estados Unidos para que termine, afirmou nesta terça-feira (15) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

"Vamos continuar nossa luta até que alcance os objetivos que estabelecemos", disse Erdogan em um discurso em Baku.

Os Estados Unidos anunciaram sanções contra integrantes do governo da Turquia na segunda-feira (14), após os recentes ataques de militares turcos a bases curdas no nordeste na Síria.

Há uma semana, o presidente Donald Trump retirou tropas norte-americanas da região que lutavam ao lado dos curdos contra o Estado Islâmico, o que abriu caminho para uma ofensiva turca.

As sanções afetam dois ministros e três funcionários do alto escalão do governo de Erdogan na Turquia.

Quem mantiver relações econômicas com essas pessoas poderá ser sofrer punições também.

As sanções, porém, não foram suficientes para que Trump agradasse aliados contrários às retiradas das tropas norte-americanas.

O governo britânico anunciou, nesta terça-feira (15) a suspensão das exportações militares à Turquia.

Extremistas do Estado Islâmico
Em um artigo publicado no “Wall Street Journal”, Erdogan escreveu que a Turquia impedirá a saída dos milicianos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) do nordeste da Síria.

"Garantiremos que nenhum miliciano do EI abandone o nordeste da Síria", destacou Erdogan.

Há milhares de suspeitos de integrar o EI detidos sob a custódia da milícia curda YPG, alvo dos turcos, o que provocou uma preocupação internacional sobre o destino dos prisioneiros.

"Estamos dispostos a cooperar com os países de origem (dos jihadistas presos) e as organizações internacionais para uma reinserção das esposas e filhos de milicianos terroristas estrangeiros" escreveu Erdogan.

A Turquia acusou na segunda-feira (14) as forças curdas de liberar de forma voluntária diversos integrantes do Estado Islâmico para "semear o caos" na região.

As autoridades curdas afirmaram no domingo que quase 800 parentes de integrantes do EI fugiram de um campo de detenção do norte da Síria, aproveitando a confusão criada pela ofensiva turca.

Em uma mensagem em uma rede social, o presidente americano Donald Trump deu a entender que tem a mesma opinião do governo turco. "Os curdos poderiam estar liberando alguns presos para obrigar o nosso envolvimento", escreveu.

Erdogan criticou os países ocidentais que pretendem dar "lições à Turquia sobre como lutar contra o EI hoje e tenham sido incapazes de deter o fluxo de milicianos estrangeiros entre 2014 e 2015".

Jihadistas de outras nações
De acordo com estimativas curdas, quase 12 mil suspeitos estão em prisões no nordeste da Síria. Deste grupo, 2.500 não são sírios nem iraquianos.

A ONG Human Rights Watch alertou os países europeus nesta terça-feira (15) sobre o risco de transferir suspeitos jihadistas estrangeiros das prisões do norte da Síria para o Iraque.

A organização expressou preocupação com o fato de que vários países, que têm um importante grupo de prisioneiros na Síria, estariam considerando transferi-los para o outro lado da fronteira devido ao avanço da operação turca no norte da Síria.

Muitos países europeus se recusaram a repatriar os prisioneiros para julgá-los e já transferiram alguns para o Iraque, onde serão processados.

"Como o Iraque tem o recorde de julgamentos injustos, os países europeus não deveriam se esforçar para levar seus concidadãos a este país para sejam julgados", disse Belkis Wille, da HRW.

Qualquer governo que apoie um movimento deste tipo "sem adotar medidas para reduzir o risco de tortura, julgamentos injustos ou riscos de execução está contribuindo para abusos graves", completou.

France Presse
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Sob ameaça de novas chuvas, milhares de socorristas no Japão continuam em busca de sobreviventes, três dias após a passagem do poderoso tufão Hagibis. A TV estatal informou nesta terça-feira (15) que foi a 67 o número de mortos e que ao menos 15 pessoas estão desaparecidas. Há 204 feridos.

Hagibis atingiu a terra no sábado (12) à noite vindo do Pacífico, acompanhado por rajadas de vento de quase 200 km/h. A passagem do tufão foi precedida por chuvas torrenciais que afetaram 36 das 47 prefeituras do país (centro, leste e nordeste) e causou deslizamentos de terra e inundações.

"Ainda há muitas pessoas desaparecidas. As equipes estão fazendo o possível para procurá-las e tentar salvá-las, trabalhando dia e noite", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe em uma reunião de emergência do gabinete.

Ao menos 110.000 socorristas, incluindo 31.000 soldados da Força de Autodefesa Japonesa, foram mobilizados.

Mas os meteorologistas japoneses previram mais chuvas no centro e no leste do Japão e alertaram para o perigo de novos deslizamentos de terra e inundações. "Hoje é esperado chuva nas áreas atingidas pelo desastre", disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, que pediu à população que "permaneça totalmente vigilante".

Operações
Na região de Nagano (centro), uma das mais atingidas, está chovendo. "Estamos preocupados que essas chuvas tenham impacto nos esforços de busca e resgate", disse uma autoridade local, Hiroki Yamaguchi. "Continuaremos as operações, sempre atentos a novos desastres devido às chuvas contínuas", acrescentou.

No total, 176 rios transbordaram, principalmente no norte e no leste do Japão, segundo a imprensa local.

Um dique desmoronou na região de Nagano, descarregando as águas do rio Chikuma em uma zona residencial cujas casas foram inundadas.

Em alguns lugares, helicópteros resgatavam moradores refugiados em suas varandas ou telhados, enquanto equipes de resgate a bordo de barcos trafegavam pelas águas barrentas entre as casas em busca de pessoas presas.

"Tudo em minha casa foi arrastado pela água diante dos meus olhos imaginei", disse uma moradora de Nagano à NHK. "Acho que tenho sorte de estar viva", acrescentou.

Dezenas de milhares de pessoas estão em abrigos, sem garantia de poder voltar para suas casas em breve.

Cerca de 75.900 famílias no país ainda estão sem eletricidade e cerca de 135.000 não têm acesso a água potável.

Hagibis paralisou os transportes na região de Tóquio no final de semana, prolongado por um feriado na segunda-feira (14), mas a maioria das ligações ferroviárias e aéreas foi retomada.

France Presse
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (15) uma consulta pública para alterar as regras da chamada geração distribuída, sistema pelo qual consumidores podem produzir sua própria energia, normalmente por meio do uso de painéis solares.

A proposta da agência é alterar as regras sobre a energia que o consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de energia. Pela regra atual, a energia que o consumidor gera a mais durante o dia é devolvida pela distribuidora praticamente sem custo para que ele consuma quando não está gerando energia.

Com a mudança proposta, o consumidor passará a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz. A cobrança será feita em cima da energia que ele receber de volta do sistema da distribuidora.

Segundo o relator do processo, diretor da Aneel Rodrigo Limp, pelas regras atuais, os consumidores que não têm sistema de geração próprio de energia acabam pagando pelos incentivos dados a quem instalou o próprio sistema de geração.

“Para a mini e microgeração distribuída, a manutenção das regras atuais pode levar ao custo de R$ 23 bilhões até 2035 para quem não tiver instalado a geração própria”, afirmou Limp.

A proposta vai passar por consulta pública e pode sofrer alterações. O prazo para sugerir mudanças será de 17 de outubro a 30 de novembro.

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que a agência agora quer buscar um desenvolvimento sustentável da tecnologia.

“A gente tem que buscar agora a eficiência e o desenvolvimento sustentável da tecnologia. Os consumidores que usam a rede de energia devem pagar o custo da rede que realmente usam. Essa alocação de custo diante da tecnologia precisa ser direcionada de maneira equilibrada”, afirmou.

Transição
A Aneel propôs ainda uma regra de transição. Quem já tem o sistema instalado e quem pedir autorização para instalar até a publicação da nova regra fica dentro das regras atuais até dezembro de 2030.

Quem pedir a instalação após a publicação da nova regra também terá um período de transição em que pagará apenas o custo da rede de distribuição até 2030. Após dezembro de 2030,l todos passarão a pagar pelo uso da rede de transmissão da distribuidora e também pelos encargos.

Como funciona o incentivo
Quando um consumidor adere à geração distribuída, passa a produzir energia em casa ou no trabalho.

Essa energia pode ser consumida imediatamente ou então ser transmitida para a rede da distribuidora e compensada depois. Nesse caso, a rede da distribuidora acaba funcionando como uma bateria.

A regra atual prevê incentivos para quem participa desse sistema, entre os quais a isenção do pagamento de tarifas pelo uso do sistema elétrico. Porém, outros consumidores acabam bancando esses incentivos.

De acordo com a agência, o objetivo da mudança proposta nesta terça é justamente evitar que o custo desses incentivos seja repassado aos demais consumidores.

O reflexo disso é que a conta de luz de quem fizer parte da geração distribuída ficará mais cara e, consequentemente, o prazo para reaver o investimento na instalação, por exemplo, de painéis solares, vai ficar mais longo.

G1
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou levemente a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste ano, mas piorou a projeção para o desempenho da atividade econômica do país em 2020.

No relatório "World Economic Outlook", divulgado nesta terça-feira (15), o Fundo passou a estimar um crescimento de 0,9% em 2019, uma ligeira alta de 0,1 ponto percentual em relação ao cenário traçado em julho.

Para 2020, a expectativa do órgão é que o PIB avance 2%, uma queda de 0,4 ponto percentual em relação a previsão anterior.

"No Brasil, a reforma da previdência é um passo essencial para garantir a viabilidade do sistema de seguridade social e a sustentabilidade da dívida pública", afirma o FMI em seu relatório. O fundo destaca, porém, que para garantir o crescimento sustentado da economia brasileira o governo precisará buscar uma "ambiciosa agenda de reformas", incluindo reformas tributárias, abertura comercial, e investimento em infraestrutura.

"Mais ajustes fiscais serão necessários para cumprir o teto constitucional de gastos seja respeitado nos próximos anos", alertou.

O Fundo pontuou que, depois da retração do PIB no primeiro trimestre, a economia brasileira voltou a crescer nos três meses seguintes.

A tímida melhora de cenário para a economia brasileira neste ano precisa ser colocada em perspectiva. Em janeiro, o FMI estimava que o Brasil teria um crescimento econômico de 2,5% neste ano.

Mundo mais fraco
O FMI também revisou as estimativas para o desempenho da economia global. Segundo o Fundo, o PIB mundial deve crescer 3% neste ano. Em relação ao relatório de julho, a projeção representa uma queda de 0,2 ponto percentual.

A desaceleração da economia global é explicada, de acordo com o FMI, pelo aumento das barreiras comerciais, crescimento da incerteza envolvendo o comércio global e problemas estruturais como baixo crescimento da produtividade nas economias emergentes, além do envelhecimento da população nos países avançados.

"A economia global está em uma desaceleração sincronizada, com crescimento para 2019 rebaixado novamente – para 3% –, no ritmo mais lento desde a crise financeira global", pontou o Fundo.

Para 2020, o FMI estima que o mundo deve crescer 3,4%. O resultado esperado embute uma ligeira queda de 0,1 ponto percentual ante a projeção de julho, mas aponta o cenário um pouco melhor do que o esperado para este ano.

"O agravamento das condições macroeconômicas entre 2017 e 2019 em um pequeno número de economias sob severa gravidade (como Argentina, Irã, Turquia e Venezuela) responde por cerca de metade do declínio do crescimento mundial de 3,8% em 2017 para 3,0% em 2019", afirmou o FIMI.

"Essas mesmas economias – junto com o Brasil, México e Rússia, todos esses três países devem crescer cerca de 1% ou menos em 2019 – contam para mais de 70% da aceleração do crescimento para 2020."

G1
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O dólar opera em alta nesta terça-feira (15), em meio a outro dia de incertezas no exterior, diante de preocupações com a desaceleração da economia global e sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China.

Às 15h42, a moeda norte-americana subia 0,66%, vendida a R$ 4,1551. Na máxima do dia até o momento chegou a R$ 4,1561 e, na mínima, foi a R$ 4,1219.

No dia anterior, o dólar encerrou os negócios em alta de 0,82%, a R$ 4,1278. Na parcial do mês, acumula avanço de 0,82% ante o real. Já no ano tem alta de 6,55%.

Cenário externo e interno
"A falta de sinalizações concretas sobre o acordo comercial entre EUA e China continua a trazer incerteza. Já estamos vendo esse cenário misto nas negociações há um tempo e o mercado precisa ver um acordo com avanços substanciais para acreditar que as coisas estão andando", afirmou à Reuters Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora.

Reportagem publicada nesta terça-feira pela Bloomberg afirma que a China terá dificuldades para comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos Estados Unidos anualmente, a menos que os EUA removam as tarifas retaliatórias.

Trump disse na sexta-feira que a China concordou em comprar de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos em uma primeira fase de um acordo para encerrar a guerra comercial.

O Fundo Monetário Internacional alertou que a guerra comercial entre Estados Unidos e China reduzirá o crescimento global de 2019 a seu ritmo mais lento desde a crise financeira de 2008 e 2009, de acordo com relatório publicado nesta terça.

Segundo o Fundo, o PIB mundial deve crescer 3% neste ano, ante previsão anterior de 3,2%. Paralelamente, o FMI também reduziu a projeção de crescimento para o Brasil em 2020 para 2%.

"Essas projeções ajudam a afugentar o ingresso de fluxo de capital estrangeiro para o país, considerando que mais cortes de juros estão por vir, o que ajuda a pressionar a moeda local", afirmou Faganello.

No Brasil, o mercado aguarda pela aprovação no Senado das regras de divisão dos recursos do megaleilão da cessão onerosa, que se aprovada deve garantir a votação em 2° turno da reforma da Previdência no próximo dia 22.

O Banco Central vendeu nesta terça-feira 2 mil contratos de swap cambial reverso, de oferta de até 10.500 contratos, e US$ 100 milhões à vista, de oferta de até US$ 525 milhões. Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019.

G1
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