O Brasil tem a mais baixa cobertura vacinal para a tríplice viral dos últimos cinco anos. De acordo com um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (15), em todas as regiões do país a cobertura não chega aos 70%. No total do Brasil, está em 57,19% atualmente.
A esta altura do ano, deveria estar próxima da meta de 95%. A cobertura vacinal é a proporção do público alvo que já foi vacinada.
A queda da cobertura para a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, começou em 2017. Mesmo que ainda não tenhamos terminado o ano de 2019, o ministério já apresenta os dados como sinal de forte alerta, especialmente para o sarampo.
"O Brasil vem enfrentando grandes surtos de sarampo, que estão em consonância com o decréscimo das coberturas vacinais", diz o Ministério da Saúde.
A pasta "vem lançando mão de estratégias que visem a reversão deste cenário epidemiológico, aumentando a proteção da população, principalmente dos grupos prioritários que são as crianças", afirma a pasta.
O estado com a mais baixa cobertura vacinal neste ano é o Pará, com 44,9%. Já o mais bem posicionado é Alagoas, com 67,7%.
Falta de homogeneidade
Outro problema é a falta de homogeneidade da cobertura entre os municípios do país. Isso porque as doenças podem transitar de uma cidade para outra e, se a vacinação não for feita de forma homogênea nos diferentes estados, é impossível criar "cinturões" de imunização na população brasileira.
A meta é de que 70% dos municípios atinjam a cobertura vacinal desejada - algo que nunca foi alcançado, conforme o boletim.
Mas, entre 2015 e 2019, esse dado só piorou, e hoje estamos em apenas 6,2%. Por outro lado, o ministério acredita que "muito ainda pode ser feito para o alcance da homogeneidade adequada".
G1
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O balanço do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgado no início da tarde de hoje (16) mostra que 1,109 milhão de candidatos no Enem acessaram o Cartão de Confirmação da Inscrição nas primeiras duas horas e meia após a liberação do documento. O número representa 20% do total de inscritos. As provas serão nos dias 3 e 10 de novembro e a edição deste ano terá 5,1 milhões de candidatos.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) preparou um tutorial mostrando onde identificar o local de provas, que aparece especificado com endereço e número de sala no Cartão de Confirmação da Inscrição. Além disso, o documento também traz as informações pessoais do participante, como o CPF; o número de inscrição; as datas e os horários do exame; a opção de língua estrangeira feita durante a inscrição; e o tipo de atendimento específico e/ou especializado, com recursos de acessibilidade, caso tenha sido solicitado e aprovado, ou pelo nome social.
O participante que precisar comprovar sua presença no Enem deve acessar a Declaração de Comparecimento, também disponível na Página do Participante. O documento é personalizado. Ele deve ser impresso e levado nos dias da prova, e entregue ao aplicador na porta da sala do exame. Haverá uma declaração para cada dia de aplicação. Para o primeiro domingo de prova, 3 de novembro, a declaração já está disponível no site. O Inep avisa que não fornece comprovante de presença após o dia da prova. A declaração de presença para o segundo domingo de exame, 10 de novembro, ficará disponível para impressão a partir de 4 de novembro, segunda-feira.
Agência Brasil
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Os cartões de confirmação de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 já estão disponíveis. Entre outras informações, os estudantes têm acesso ao local onde farão o exame neste ano. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.
“A recomendação primeira é que o participante imprima o cartão de confirmação e, aqueles que precisam, imprimam a declaração de comparecimento e levem os dois para a aplicação do exame”, disse à Agência Brasil o diretor de Gestão e Planejamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Murillo Gameiro.
Uma vez sabendo o local de aplicação, o diretor recomenda que os participantes façam o trajeto de casa até o lugar, para avaliar a duração do trajeto no dia da prova: “o participante deve conhecer o trajeto até o local de prova, considerando que no dia da prova vai ter um trânsito mais complicado, e haverá várias pessoas participando do Enem. É bom que o participante conheça o trajeto e saiba o tempo que vai gastar de casa até o local da prova.”
No dia do Enem, a dica é chegar no local com antecedência. Os portões abrirão às 12h, pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h.
O Cartão pode ser consultado na Página do Participante, na internet, ou pelo aplicativo do Enem, disponível para download nas plataformas Apple Store e Google Play. Para acessar o Cartão, o participante precisa informar a senha cadastrada na hora da inscrição no Enem 2019. O Inep divulgou um vídeo orientando aqueles que perderam a senha sobre como recuperá-la.
Os estudantes podem conferir, no Cartão, o número da sala onde farão o exame; a opção de língua estrangeira feita durante a inscrição; e o tipo de atendimento específico e especializado com recursos de acessibilidade, caso tenham sido solicitados e aprovados; entre outras informações.
Declaração de comparecimento
Segundo Gameiro, além do cartão, o Inep disponibiliza hoje a declaração de comparecimento do primeiro dia do exame, que deverá ser levada no dia 3 de novembro. A declaração do segundo dia estará disponível a partir do dia 4 de novembro e deverá ser usada no dia 10 de novembro. Essa declaração precisa ser impressa e levada para a prova, quando será assinada pelo coordenador de local de prova.
“Dependendo do regime de trabalho, algumas pessoas têm plantão no final de semana e precisam de declaração para ter a falta abonada. São casos específicos”, diz. Essas pessoas, de acordo com o diretor, devem ficar atentas pois o Inep não irá fornecer o comprovante de presença após o dia da prova.
O Enem 2019 será realizado em 1.727 municípios brasileiros. Cerca de 5,1 milhões de estudantes estão inscritos no exame.
Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior. Os estudantes podem ainda concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Agência Brasil
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Após dias de controvérsia sobre o tema no país, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que os abrigos para tufão do Japão "deveriam ser abertos a todos". A declaração veio após as críticas sofridas quando duas pessoas sem-teto foram rejeitadas durante a pior tempestade do país em décadas.
O tufão Hagibis trouxe chuva pesada e ventos de 225km/h no fim de semana, deixando 72 mortos.
Mas quando dois moradores de rua tentaram entrar em um abrigo em Tóquio durante a tempestade, eles foram recusados porque não tinham endereço.
O caso gerou um grande debate no Japão — em que nem todos foram solidários aos sem-teto.
O que aconteceu no episódio?
Quando o Hagibis apareceu no sábado de manhã, um morador de rua de 64 anos buscou abrigo em uma escola de ensino fundamental que estava sendo usada como um centro de evacuação.
A escola ficava no bairro de Taito, que inclui San'ya — uma área em que historicamente moravam muitos operários, e agora moradores de rua.
De acordo com oficiais que falaram com a publicação "Asahi Shimbun", os atendentes pediram que o homem escrevesse seu nome e endereço. Quando ele disse que não tinha endereço, foi rejeitado e não pôde entrar.
"Eu disse para eles que eu tinha um endereço em Hokkaido (ilha a quilômetros de distância de Tóquio), mas nem assim eles me aceitaram", ele disse.
Sem lugar para dormir, o homem disse que passou a noite sob um guarda-chuva, improvisando um abrigo na marquise de um prédio. "O vento estava forte e chovia."
Naquela tarde, outro morador de rua foi rejeitado.
Como as pessoas reagiram?
À medida que a notícia se espalhou nas redes sociais, houve muita indignação a respeito da decisão do abrigo.
"É esse o país que vai ser anfitrião das Olimpíadas?", questionou um internauta no Twitter, lembrando que os Jogos Olímpicos do próximo ano serão na capital, Tóquio. "As pessoas de outros países vão ver isso e pensar que esse é um país horrível."
O Centro de Bem-estar dos Trabalhadores de San'ya, uma instituição de caridade, reagiu à polêmica abrindo o estabelecimento para funcionar como abrigo no sábado à noite.
Mas outros foram menos solidários, sugerindo que moradores de rua malcheirosos ou com doenças mentais só deveriam ser acolhidos nos abrigos se houvesse uma área separada.
"Se você quer seus direitos, cumpra suas obrigações primeiro", disse outro no Twitter. "Você consegue dormir perto de uma pessoa fedorenta?"
O primeiro-ministro foi questionado sobre o episódio no Parlamento e disse que "centros de evacuação deveriam deixar entrar qualquer pessoa". "Vamos analisar os fatos e tomar as providências necessárias", acrescentou.
Diante da repercussão, o bairro do Taito disse que revisará seus procedimentos para ajudar as pessoas sem endereço na região.
Segundo Yuko Kato, correspondente da BBC News em Tóquio, há cerca de 1,1 mil moradores de rua em Tóquio, circulando por parques, ruas e à beira do rio.
"Eles raramente se misturam com o resto da população. Mas o tufão os trouxe para a linha de frente da nossa consciência", diz. "Algumas pessoas ficaram simplesmente assustadas de dividir o mesmo espaço com eles."
As redes sociais, segundo Kato, mostraram a visão libertária que tem dominado a opinião pública japonesa. "Alguns disseram que os moradores de rua não deveriam se beneficiar de serviços públicos, porque eles não pagam impostos. Muitos rejeitaram essa ideia, não só por decência humana, mas por termos práticos, já que os moradores de rua pagam impostos quando compram alguma coisa."
Destruição e deslizamentos
O Hagibis deixou um rastro de destruição em sua passagem pelo Japão, provocando enchentes e deslizamentos de terra.
Hagibis — que significa "velocidade" em Tagalo, um idioma falado nas Filipinas — é o maior tufão a atingir o país em 60 anos.
O fenômeno atingiu a Península de Izu, no sudoeste de Tóquio, pouco antes das 19h hora local (7h de Brasília) no sábado (12), antes de se mover para o norte pela costa do país.
As chuvas torrenciais provocaram um aumento no nível de água de vários rios, incluindo o Arakawa, que atravessa a capital japonesa. No bairro de Nagano, no centro de Tóquio, a água cercou os famosos trens-bala, enquanto helicópteros retiraram moradores ilhados dos telhados de suas casas.
Dezenas de milhares de militares e socorristas foram mobilizados pelas autoridades japonesas.
Aproximadamente 150 mil casas na Grande Tóquio ficaram sem eletricidades e a distribuição de água corrente também foi atingida. Viagens de trem e voos foram cancelados.
Autoridades japonesas recomendaram que 7 milhões de pessoas deixassem suas casas, mas somente 50 mil permaneceram em abrigos.
No mês passado, outro tufão, o Faxai, causou destruição em partes do Japão, danificando 30 mil casas, muitas das quais ainda não foram reparadas.
BBC
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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou categoricamente a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo, exigiu que os curdos entreguem as armas e abandonem a "zona de segurança" designada por Ancara.
"Dizem-nos que devemos declarar um cessar-fogo. Nunca poderemos declarar uma trégua enquanto a Turquia não expulsar a organização terrorista da fronteira", declarou, em referência às milícias curdas.
"Nossa proposta é que agora, esta noite, todos os terroristas entreguem as armas, equipamentos, tudo, que destruam todas as fortificações e abandonem a zona de segurança que estabelecemos", afirmou em um discurso no Parlamento.
O objetivo da operação turca é a criação de "uma zona de segurança" de 32 km de largura ao longo da fronteira para separá-la das áreas sob controle da milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG) e repatriar parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios instalados na Turquia.
Mudança nas alianças
Com o início da operação militar, em 9 de outubro, contra contra alvos da YPG, Ancara modificou as alianças e transformou o norte da Síria no novo epicentro de uma guerra que devasta o país desde 2011.
Ancara considera que esta milícia, principal integrante das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma coalizão árabe-curda, é uma "organização terrorista" por seus vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que opera uma guerrilha na Turquia.
Para contra-atacar a ofensiva turca, as forças curdas pediram ajuda a Damasco, que enviou tropas ao norte do país, sobretudo em Manbij e Ras al-Ain. Graças ao acordo, o regime sírio de Bashar al-Assad retornou a regiões que não controlava há vários anos, e a Rússia, aliada de Damasco, preencheu o vazio deixado pela retirada das forças americanas.
No início, o presidente americano, Donald Trump, parecia aprovar a operação turca, pois retirou suas tropas de pontos estratégicos no norte do país, abrindo caminho para a ofensiva. A decisão provocou mal-estar entre os militares americanos já que os curdos foram os seus principais aliados na expulsão dos terroristas do Estado Islâmico na região. Alguns dias depois, Trump pediu o fim da ofensiva e autorizou sanções contra a Turquia.
Neste contexto, Trump decidiu enviar ao país o seu vice, Mike Pence, e seu secretário de Estado, Mike Pompeo. Erdogan disse que não se reunirá com nenhum dos dois.
"Não vou encontrá-los. Eles se encontrarão com seus colegas. Falarei quando Trump vier", declarou em entrevista à Sky News. Nesta quarta (16), porém, a presidência turca informou que ele se encontrará com Mike Pence.
Curdos não são anjos, diz Trump
Trump disse nesta quarta-feira (16) que os curdos "não são anjos" e que estão "bem protegidos".
"Os curdos estão mais seguros hoje", insistiu Trump. "Os curdos sabem lutar", acrescentou. "Eles lutam junto a nós, pagamos muito dinheiro para lutarem conosco e está tudo bem", disse ainda.
O americano também defendeu sua decisão de retirar as tropas americanas do nordeste da Síria.
"Se a Turquia entra na Síria, é uma questão entre a Turquia e a Síria, não é uma questão entre a Turquia e os Estados Unidos, como muitas pessoas estúpidas querem que se acredite", ironizou.
"Existem muitos países por aí que odeiam o grupo Estado Islâmico tanto quanto nós. Então acho que estamos numa posição estratégica", concluiu.
Encontro com Putin
O governo russo anunciou que Erdogan irá se encontrar com o presidente Vladimir Putin -- principal aliado do governo sírio. A data não foi informada.
Putin tenta restabelecer um diálogo com a Turquia - país com o qual a Rússia se aproximou, sobretudo após o governo de Erdogan comprar caças russos. Para o enviado especial do governo russo à Síria, Alexander Lavrentyev, "ninguém está interessado" em uma guerra entre tropas governistas sírias e forças turcas. "A Rússia não vai deixar isso acontecer", disse.
Combates e fuga de civis
Enquanto as novas alianças são formadas e prosseguem as tentativas de pressionar Erdogan a abandonar a ofensiva, os combates prosseguem na Síria. Na cidade fronteiriça turca de Ceylanpinar, era possível ouvir explosões na localidade de Ras al-Ain, onde os combatentes curdos tentam evitar o avanço das forças de Ancara.
Em sete dias, morreram 71 civis, 158 combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDS), e 128 militantes pró-Turquia, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Ancara informou que seis soldados morreram na Síria, assim como 20 civis que foram atingidos por foguetes disparados por combatentes curdos contra cidades turcas.
A ofensiva provocou a fuga de 160 mil pessoas do norte da Síria, anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU).
Vários países europeus temem uma fuga em massa de extremistas detidos em centros controlados pelos curdos já que as forças que cuidavam desses campos estão dedicadas a se proteger dos ataques turcos. Quase 12 mil combatentes do EI, que incluem de 2.500 a 3.000 estrangeiros, estão detidos nestes campos.
G1
Portal Santo André em Foco
Quatorze homens armados e um militar morreram nesta terça-feira (15) em um confronto registrado no estado mexicano de Guerrero, no sul do país, informou o governo regional. Mortes acontecem um dia depois de uma emboscada contra um comboio policial que deixou 14 agentes de segurança mortos no estado vizinho de Michoacán.
"Os civis armados iniciaram um ataque contra os agentes da Secretaria de Defesa Nacional, resultando na morte de um militar e de 14 civis armados", disse o porta-voz do governo de Guerrero, Roberto Álvarez.
A ação desta terça ocorreu após uma ligação anônima para um centro policial em Guerrero alertar sobre a presença de homens armados na comunidade de Tepochica, município de Iguala, acrescentou o porta-voz.
No local, os agentes entraram em confronto com homens fortemente armados que estavam circulando em três veículos roubados, de acordo com as informações oficiais.
Em Guerrero existem vários grupos criminosos que atuam principalmente no tráfico de drogas e que nos últimos anos travam uma guerra pelo controle das rotas do narcotráfico.
Ataque contra policiais
Na véspera, 14 policiais morreram em um ataque armado no município de Aguililla, em Michoacán, outro estado afetado pela violência ligada ao crime organizado.
De acordo com versões da imprensa local, a polícia estadual foi emboscada por homens a bordo de vans blindadas, e que também teriam queimado várias patrulhas.
Michoacán é um estado atingido pela presença de várias organizações criminosas, cuja ação causou o surgimento de grupos de autodefesa há cerca de seis anos.
Em 30 de agosto, um confronto entre dois grupos armados deixou nove mortos e 11 feridos na cidade de Tepalcatepec, a 75 km de Aguililla.
No mesmo mês, os corpos de 19 pessoas foram encontrados na cidade de Uruapan, no centro do estado.
No final de 2006, o governo lançou uma polêmica ofensiva militar contra o crime organizado, apontada por especialistas e defensores dos direitos humanos como uma das principais causas do aumento da violência no México.
Segundo dados oficiais, desde então mais de 250 mil assassinatos foram registrados, embora não seja detalhado quantos casos estão relacionados à luta contra o crime.
France Presse
Portal Santo André em Foco
A deputada Caroline De Toni (PSL-SC), relatora da proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a prisão após condenação em segunda instância, leu nesta quarta-feira (16) seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Em seu relatório, a parlamentar defende uma alteração constitucional para permitir que o réu seja considerado culpado após uma sentença penal condenatória em grau de recurso – isto é, um tribunal de segunda instância. Com isso, a pena já poderia ser executada antes mesmo do esgotamento dos recursos do réu a instâncias superiores do Judiciário.
A Constituição prevê que ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
“O protagonismo legítimo acerca do tema tem que vir do Parlamento”, defendeu a relatora, em referência ao julgamento marcado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir sobre o tema nesta quinta-feira. “Não se trata aqui só da Operação Lava Jato, que seria por si só suficiente. Está colocando em risco a Operação Lava Jato, sim, mas vai colocar na sociedade uma legião de criminosos”, afirmou a deputada.
A oposição pediu vista para analisar o texto. Com isso, a matéria poderá voltar para pauta da comissão após duas sessões deliberativas do plenário.
Durante a sessão, o presidente da comissão, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), se comprometeu a votar a PEC somente após a realização de audiências públicas sobre o tema.
Nesta terça-feira (15), Francischini já havia convocado uma reunião extraordinária para pautar a matéria. Após obstrução por parte de deputados da oposição e resistência de parlamentares de alguns partidos do chamado "Centrão", a sessão de terça-feira não avançou e acabou sendo suspensa com a abertura da ordem do dia no plenário da Câmara.
A tentativa de fazer avançar o texto da PEC se dá às vésperas do julgamento do tema pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para esta quinta-feira.
Desde 2016, o STF entende que há a possibilidade de o condenado ser preso a partir da condenação em segunda instância. Ações no tribunal, contudo, visam mudar o entendimento. O principal argumento é o de que é preciso aguardar o chamado trânsito em julgado, ou seja, quando não há mais possibilidade de recursos.
Sessão na CCJ
A sessão desta quarta-feira começou com a aprovação de um requerimento para adiantar a discussão da PEC – a matéria era o 11º item da pauta.
Os deputados também rejeitaram um requerimento para incluir na pauta um pedido de audiência pública. A oposição defendia que os debates fossem realizados antes da leitura do parecer.
“Por que é que o presidente [da CCJ] quer que, antes de ouvir especialistas, seja apresentado o relatório? Não é razoável. Se vamos ter audiências públicas por vontade da comissão, se vamos debater, é melhor fazer o debate e aí o relatório ser preparado”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
O autor da proposta, Alex Manente (Cidadania-SP), defendeu o avanço da matéria na comissão e disse que as audiências públicas podem acontecer após a leitura do relatório.
“Estamos aqui [na CCJ] para discutir a admissibilidade da matéria e não para discutir o mérito, que será amplamente debatido eu espero numa comissão especial futura”, disse. “É necessário termos a leitura do relatório, que é o nosso compromisso e a nossa vontade, já dita pelo presidente da CCJ, e também a vontade do autor em realizar os debates para melhorar inclusive o próprio relatório.”
Oposição
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) criticou Francischini por pautar a matéria sem que houvesse diálogo com os líderes. Disse que a presidência da comissão “não foi razoável” ao pautar a matéria e, ainda, que o Parlamento “não é lugar apenas da presença ou da vontade individual”, se referindo à decisão do deputado.
“Trata-se de uma alteração constitucional de alta relevância e gravidade para o país, um tema complexo que trata de cláusula pétrea que o Constituinte não apenas estruturou como clausula pétrea mas estabeleceu como um freio à ação persecutória do estado aos indivíduos”, disse Maria do Rosário.
Durante a sessão, a oposição chegou a pedir vista antes mesmo da relatora ler seu parecer, na tentativa de impedir a leitura. O argumento era de que o regimento prevê uma vista por processo, não por relatório.
"Se a vista não é do processo e sim do parecer, eu te pergunto, senhor presidente: caso haja mudança de parecer, caberá sempre nova vista? É isso que Vossa Excelência, então, está determinando a partir de agora? Se a vista é de um parecer, se tiver alguma alteração do parecer, cabe nova vista?”, argumentou a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ).
O presidente da comissão, porém, negou o pedido, argumentando que a vista não poderia acontecer enquanto o parecer não estivesse disponível para os deputados.
Houve também um princípio de confusão quando os deputados de oposição reclamaram que De Toni não disponibilizou seu parecer no sistema durante a leitura, além de não ter lido o texto de 20 página na íntegra.
"É uma vergonha o que está acontecendo aqui”, disse Talíria. “Tem que ser lido o relatório inteiro porque não tinham disponibilizado para nós.”
A relatora argumentou que antes de começar a leitura pedir permissão para pular “partes de fundamentação” do texto.
G1
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Os ministérios da Agricultura e da Justiça assinaram nesta quarta-feira (16) um acordo de cooperação técnica para ações de combate à venda casada e proteção ao produtor na tomada de crédito agrícola, informaram as pastas em nota.
De acordo com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, apesar de a legislação já prever medidas contra a venda casada, o agricultor se sente constrangido a adquirir outros produtos financeiros para conseguir ter acesso ao crédito com taxa de juros subsidiada.
Segundo ela, o combate à venda casada significará redução de custo para o produtor e melhoria da competitividade do agronegócio brasileiro.
Na venda casada, instituições financeiras condicionam o crédito rural à contratação de outros serviços bancários, como consórcios e seguros --o que, de acordo com o Ministério da Agricultura, tem "gerado situações de constrangimento ao agricultor nas negociações".
"A aquisição indesejada de produtos e serviços financeiros como condição para contratação do crédito rural anula boa parte dos esforços do estado em proporcionar acesso ao crédito para o produtor rural", disse em nota o secretário adjunto de Política Agrícola, José Ângelo Mazzillo Júnior.
O acordo entre as pastas visa estimular o produtor a denunciar instituições que promovam a venda casada, acrescentou o comunicado.
O ministro Sergio Moro disse que a ideia é proteger a livre escolha do produtor. Ele pediu que os produtores denunciem a prática para que o governo saiba a dimensão do problema.
"Esta é uma iniciativa simples que visa proteger o produtor rural de práticas abusivas quando ele está na condição de consumidor de crédito. Ao mesmo tempo, franquear a plataforma consumidor.gov.br para buscar soluções de conflitos”, disse em nota Moro.
G1
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As vendas para o Dia das Crianças tiveram crescimento em relação ao ano anterior, segundo dados da Serasa Experian e Boa Vista SCPC.
De acordo com a Boa Vista, as vendas do comércio para o Dia das Crianças cresceram 3,1% em relação a 2018. O aumento foi maior do que o observado em 2018, quando as vendas para a data cresceram 2,2% na comparação com 2017.
O Dia das Crianças também registrou o melhor desempenho do ano em relação às demais datas comemorativas. Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais registraram crescimento das vendas de 1,7%, 1,4% e 1,2%, respectivamente, na comparação com 2018.
O indicador de atividade do comércio Dia das Crianças da Serasa Experian mostrou que as vendas na semana de 5 a 11 de outubro tiveram alta de 1,7% com relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho superou o crescimento do Dia dos Pais, Dia dos Namorados e Dia das Mães. No fim de semana que antecedeu a data (4 a 6 de outubro), houve queda de 3,2% quando comparado com os dias equivalentes de 2018 (5 a 7 de outubro).
Fatores
Segundo a Boa Vista, "apesar do desemprego ainda elevado e do fraco crescimento da renda, a inflação em queda, o aumento das concessões de crédito e os resgastes dos recursos do FGTS são os principais fatores por trás do bom desempenho das vendas na data, e que devem colaborar para o aquecimento do movimento do comércio até o final do ano".
Segundo os economistas da Serasa Experian, "o resultado reflete a melhora no setor varejista já apontada pelos dados de atividade de setembro. O comércio no Dia das Crianças ainda foi positivamente impactado pelo aumento na massa de rendimentos da população brasileira, ou a soma da renda das pessoas, que, aliada à queda dos juros e da inflação, acabam beneficiando o varejo".
G1
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A Caixa Econômica Federal, que inicia na próxima sexta-feira (18) a liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para quem não possui conta no banco, informou que terá horários de atendimento especial para esses trabalhadores em parte de sua rede de atendimento - incluindo a abertura de agências aos sábados.
Até março do ano que vem, a instituição está liberando o saque de até R$ 500 por conta vinculada do trabalhador - processo que não tem relação com o saque-aniversário, que só começa a ser pago somente em abril de 2020. Saques de até R$ 100 poderão ser realizados em unidades lotéricas.
Os trabalhadores que não são correntistas da Caixa e terão direito aos saques somam 62,5 milhões de pessoas, que poderão sacar em torno de R$ 25 bilhões.
O atendimento estendido começará na próxima sexta-feira (18), acontecerá no sábado (19) - de 9h as 15h -, na segunda (21) e na terça (22). O objetivo, além de realizar os pagamentos aos trabalhadores que têm direito ao benefício, é solucionar dúvidas, promover acertos de cadastro e emitir a senha do Cartão Cidadão.
A Caixa informou, porém, que os dias a abertura no sábado não acontecerá somente no próximo fim de semana. Ela está programada para acontecer, também, nos fins de semana do cronograma de pagamentos.
Já os horários estendidos nas sextas, segundas e terças feiras destes finais de semana dependerão da demanda pelos serviços, acrescentou a instituição financeira.
De acordo com a Caixa, 2.302 agências da Caixa abrirão em horário estendido nestes dias de atendimento especial (sexta, sábado, segunda e terça), o que representa quase metade da rede de atendimento da instituição financeira, composta por 4.132 unidades próprias (3.374 agências e 762 postos de atendimento).
A instituição informou que as agências que participarão do atendimento especial estão no site da liberação dos saques do FGTS.
Abertura de agências
"Se a gente verificar que abrimos menos agências do que deveríamos no sábado, vamos abrir mais [agências em horário estendido nos dias seguintes]", afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
De acordo com o vice-presidente de Distribuição da Caixa, Valter Nunes, é possível que sejam registradas filas no atendimento desses trabalhadores que não têm conta na instituição financeira, para os saques do FGTS, mas em menor volume do que aconteceu com os saques de contas inativas do FGTS. Ele disse acreditar, porém, que boa parte dos pagamentos (valor de até R$ 100) seja feita por meio da rede lotérica.
A Caixa informou que os trabalhadores deverão levar um documento de identidade para sacar os valores nas suas agências, mas recomendou que eles também tragam sua carteira de trabalho - para agilizar o atendimento. Para saques de até R$ 100, nas lotéricas, o trabalhador deve levar apenas o documento de identidade.
O valor sacado será de até R$ 500 por conta vinculada de titularidade do trabalhador, limitado ao valor do saldo tanto das contas ativas (emprego atual) como inativas (empregos anteriores). Por exemplo: se ele tiver duas contas, uma com saldo de R$ 1.000 e outra com saldo de R$ 2.000, ele poderá sacar R$ 500 de cada uma delas. Se tiver R$ 70 na conta, poderá retirar o valor total.
Saques para correntistas
A Caixa iniciou em 9 de outubro os saques de até R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para correntistas do banco nascidos entre setembro e dezembro. De acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, já foram sacados, até o momento, R$ 15 bilhões para 37 milhões de trabalhadores.
O dinheiro das contas ativas e inativas foi depositado automaticamente para quem tem conta poupança individual da Caixa. Para quem tem conta corrente individual, conjunta ou fácil e conta poupança conjunta, o crédito automático ocorreu apenas se esses correntistas fizeram a autorização até o dia 4 de outubro. A liberação antecipada vale somente para contas abertas na Caixa até o dia 24 de julho deste ano.
G1
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