O dólar opera em alta nesta terça-feira (15), em meio a outro dia de incertezas no exterior, diante de preocupações com a desaceleração da economia global e sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China.
Às 15h42, a moeda norte-americana subia 0,66%, vendida a R$ 4,1551. Na máxima do dia até o momento chegou a R$ 4,1561 e, na mínima, foi a R$ 4,1219.
No dia anterior, o dólar encerrou os negócios em alta de 0,82%, a R$ 4,1278. Na parcial do mês, acumula avanço de 0,82% ante o real. Já no ano tem alta de 6,55%.
Cenário externo e interno
"A falta de sinalizações concretas sobre o acordo comercial entre EUA e China continua a trazer incerteza. Já estamos vendo esse cenário misto nas negociações há um tempo e o mercado precisa ver um acordo com avanços substanciais para acreditar que as coisas estão andando", afirmou à Reuters Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora.
Reportagem publicada nesta terça-feira pela Bloomberg afirma que a China terá dificuldades para comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos Estados Unidos anualmente, a menos que os EUA removam as tarifas retaliatórias.
Trump disse na sexta-feira que a China concordou em comprar de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos em uma primeira fase de um acordo para encerrar a guerra comercial.
O Fundo Monetário Internacional alertou que a guerra comercial entre Estados Unidos e China reduzirá o crescimento global de 2019 a seu ritmo mais lento desde a crise financeira de 2008 e 2009, de acordo com relatório publicado nesta terça.
Segundo o Fundo, o PIB mundial deve crescer 3% neste ano, ante previsão anterior de 3,2%. Paralelamente, o FMI também reduziu a projeção de crescimento para o Brasil em 2020 para 2%.
"Essas projeções ajudam a afugentar o ingresso de fluxo de capital estrangeiro para o país, considerando que mais cortes de juros estão por vir, o que ajuda a pressionar a moeda local", afirmou Faganello.
No Brasil, o mercado aguarda pela aprovação no Senado das regras de divisão dos recursos do megaleilão da cessão onerosa, que se aprovada deve garantir a votação em 2° turno da reforma da Previdência no próximo dia 22.
O Banco Central vendeu nesta terça-feira 2 mil contratos de swap cambial reverso, de oferta de até 10.500 contratos, e US$ 100 milhões à vista, de oferta de até US$ 525 milhões. Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019.
G1
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