Novembro 30, 2024
Arimatea

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A Caixa Econômica Federal notificou extrajudicialmente o Corinthians de que executará a dívida de quase R$ 500 milhões relativa ao financiamento da obra da Arena, em Itaquera.

Tanto o clube como a Caixa confirmam a informação, que foi publicada inicialmente pelo "O Globo".

O banco estatal emprestou R$ 400 milhões para a construção do estádio. R$ 175 milhões já foram pagos. Porém, por conta de juros e correções, o valor da dívida atualmente é de R$ 487 milhões.

Em nota oficial, o Timão tratou a decisão da Caixa como um "gesto intempestivo" e comunicou que "se a Caixa escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos."

Há meses o Corinthians vinha negociando o financiamento com o banco estatal. Paralelamente, o clube costurou um acordo para o pagamento da dívida que tem com a Odebrecht. O Timão não acredita que a execução da Caixa afete no acordo com a construtora.

– Não há nenhum beneficio ou “perseguição”. Mas se a Caixa não recebe e não tem renegociação, ocorre a cobrança de garantias. A execução é natural - afirmou Pedro Guimarães, presidente da Caixa, ao "O Globo".

Segundo especialistas, a primeira alternativa da Caixa será executar as garantias financeiras. Uma das principais é o Equity Support Agreement (ESA), assinado pela Odebrecht. Trata-se de um documento no qual a construtora se dispõe a cobrir os valores exigidos numa eventual execução com recursos próprios. Vale lembrar que a Odebrecht está em processo de recuperação judicial.

Outra garantia oferecida para que o Corinthians conseguisse o financiamento junto ao BNDES, tendo a Caixa como intermediária, foi parte do terreno do Parque São Jorge. Porém, a execução de imóveis é mais demorada e gera um custo muito elevado, bem maior do que em outros processos de execução.

Veja abaixo a nota oficial do Corinthians na íntegra:

"O Sport Club Corinthians Paulista informa que enquanto finalizava negociações com a Caixa para um reperfilhamento do financiamento da Arena – processo iniciado nos primeiros dias da atual gestão — foi surpreendido por uma notificação extrajudicial alegando que diversos procedimentos prescritos pelo atual contrato não estariam sendo cumpridos.

Esta mudança de atitude não encontra respaldo na realidade dos fatos. Um acordo preliminar de adequação do contrato ao fluxo de caixa efetivo da Arena havia sido negociado há quase um ano, mas ficou suspenso pela perspectiva da iminente troca de comando da Instituição, à espera da orientação da nova gestão. Desde então, os compromissos vinham sendo honrados, como se os termos do acordo preliminar estivessem vigendo.

Além dos ajustes financeiros, a Caixa requeria a implantação de procedimentos administrativos com os quais o clube esteve sempre de acordo e cuja implementação dependia, como depende, de procedimentos dentro da Caixa até hoje não especificados definitivamente.

Assim, tanto no plano financeiro como no administrativo, o clube sempre se pautou por total transparência quanto à sua atuação operacional e subordinação inconteste a um processo de pagamentos compatível com a realidade financeira do mercado esportivo atual.

Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação.

Ao contrário de inúmeras outras arenas que receberam da mesma linha de financiamento, o clube nunca repudiou sua dívida nem deixou de dialogar com o repassador destes recursos, a CEF, quando dificuldades transitórias se interpunham. Se a CEF escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos.

O clube continua aberto a voltar à mesa de negociação, se a Caixa optar por prosseguir a trajetória amigável que juntos vínhamos construindo até aqui."

Globo Esporte
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A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou proposta que aumenta as fontes de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). O texto também prevê o repasse das verbas diretamente aos municípios, o que hoje não ocorre.

O Projeto de Lei 2763/19, do deputado Benes Leocádio (Republicanos-RN), destina ao fundo recursos de acordos de leniência com empresas acusadas de danos à administração pública; 10% da arrecadação de taxas e multas aplicadas pelas agências que regulam o setor de transporte; e 2% do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

Atualmente, as principais fontes do fundo são as dotações orçamentárias, parte da arrecadação das loterias e doações de pessoas físicas e jurídicas.

O relator, deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), explicou que as novas fontes de receita vão compensar o repasse dos recursos para os municípios. “A proposição é coerente com a situação fiscal delicada dos estados, que teriam a arrecadação diminuída com a entrada dos municípios entre os beneficiados.”

Municípios
O texto também permite a transferência direta de valores para políticas municipais do setor, atualmente limitada a fundos de estados e do Distrito Federal. Para isso, as prefeituras terão de criar um fundo municipal de segurança.

Pela proposta, 80% do arrecadado com as novas fontes serão repassados, a título de transferência obrigatória, para os fundos estaduais (40%) e municipais (40%) de segurança pública. Os 20% restantes ficarão com a União.

“Essa medida vai ao encontro do previsto na Política Nacional de Segurança Pública, que atribui maior protagonismo aos municípios”, avaliou o relator.

Capitão Alberto Neto propôs emenda para permitir a transferência de recursos aos municípios inadimplentes no Serviço Auxiliar de Informação para Transferências Voluntárias (CAUC). Segundo ele, a grande maioria das prefeituras estão inadimplentes.

Critérios
O texto estabelece ainda critérios para a distribuição dos novos recursos aos municípios, o que será feito mediante ato do Poder Executivo, observando as diretrizes da Política Nacional de Segurança Pública, dando preferência aos municípios com alta taxa de violência.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara
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Duas mudanças que vêm sendo questionadas no relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) à reforma da Previdência (PEC 6/2019) serão retiradas do texto e inseridas na chamada PEC paralela (PEC 133/2019). Foi o que indicou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, nesta quinta-feira (12).

Para Davi, a solução apresentada pelo relator e pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet, é o caminho mais prudente para evitar futuros questionamentos e evitar atrasos na votação da reforma.

— Pelo que o senador Tasso e a senadora Simone me informaram ontem, eles vão retirar e colocar na PEC paralela, para proteção. Acho que é razoável. Apesar de ter sido aprovado por unanimidade como emenda na CCJ, há uma dúvida, e se há uma dúvida, acho que o caminho que o relator adotou foi o melhor. Foi prudencial — disse Davi.

No entendimento tanto do relator quanto da presidente da CCJ, as mudanças feitas na comissão em relação ao texto que veio da Câmara não alteram o mérito. Tasso acolheu emendas supressivas (que retiram partes do texto) e de redação (que não alteram a essência da proposta) para evitar que o texto retornasse à análise dos deputados. Mas parlamentares e alguns consultores do Congresso consideram que as retiradas mudam, sim, o mérito, e exigiram nova análise da Câmara.

Uma das emendas que têm sido alvo de questionamentos dá autonomia a estados e municípios para adotarem alíquotas extraordinárias de contribuição de seus servidores para cobrir eventuais deficits em seus regimes próprios de Previdência. No parecer, Tasso retirou a expressão “no âmbito da União” do trecho sobre a cobrança de contribuição extraordinária.

Outra mudança refere-se à inclusão de trabalhadores informais na reforma. Na redação, a emenda altera o trecho “a lei poderá” para “a lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária” e inclui a expressão “aos que se encontram em situação de informalidade”. A medida permite que trabalhadores informais contribuam com a Previdência Social com alíquotas favorecidas.

PEC paralela
Solução para incorporar mudanças na reforma da Previdência sem mexer na essência do texto principal já aprovado pelos deputados, a PEC paralela deve ter sua votação concluída em até 15 dias após a votação da PEC 6/2019, como prevê acordo firmado por lideranças.

O presidente do Senado disse que foi procurado por alguns senadores para dar um prazo maior para votação da PEC paralela (entre 35 e 45 dias), mas, para ele, a expansão do prazo inviabilizaria a votação da proposta pela Câmara neste ano.

— Se a gente perder mais 15 ou 20 dias, pode ser que a gente não consiga o nosso intuito, que é fazer com que essa matéria seja deliberada na Câmara — disse Davi.

Congresso
Davi Alcolumbre disse ainda que ainda não há previsão sobre uma nova sessão do Congresso para analisar vetos presidenciais. O presidente negou que a demora para a convocação de sessão conjunta tenha relação com o Veto à gratuidade para bagagem de até 23 quilos nos aviões. A medida foi incluída pelo Congresso na MP que liberou capital estrangeiro em companhias aéreas (MP 863/2018), mas acabou vetada pelo presidente Jair Bolsonaro.

O presidente do Senado destacou que uma sessão agora pode atrapalhar o andamento da reforma da Previdência e de outras matérias importantes.

— Não tem nada a ver com o veto das bagagens. Posso perder o prazo da tramitação da reforma aqui, assim como matérias importantes. Não quero atrapalhar. Estamos sem previsão — disse Davi, que informou que vai conversar com líderes da Câmara e do Senado para encontrar uma data.

Reforma tributária
O presidente do Senado voltou a afirmar que a exoneração de Marcos Cintra da chefia da Receita Federal não deve atrapalhar as discussões acerca da reforma tributária.

— A reforma tributária é uma reforma do Brasil. O próximo interlocutor que ficar no lugar do doutor Cintra vai ter que dialogar com o Congresso — assinalou.

Outra pauta importante, segundo Davi, é o avanço do pacto federativo. O senador destacou que está em análise na CCJ uma proposta para rever o dispositivo da Lei Kandir que impede os estados de cobrar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre exportações de produtos e serviços.

— Esse é um dos compromissos do governo com o pacto federativo — apontou.

Agência Senado
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quinta-feira (12) que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fiquem "atentos" a sinais contrários à democracia liberal. O discurso foi feito na última sessão da qual Dodge participou na Corte como representante do Ministério Público.

"Faço um alerta para que fiquem atentos a todos os sinais de pressão sobre a democracia liberal, uma vez que no Brasil e no mundo surgem vozes contrárias ao regime de leis, ao respeito aos direitos fundamentais e ao meio ambiente sadio também para as futuras gerações", disse Dodge aos ministros.

No início da sessão, o presidente da Corte, Dias Toffoli, fez um discurso de homenagem a Raquel Dodge. O decano do Supremo, ministro com mais tempo de atuação no tribunal, Celso de Mello, também elogiou a procuradora.

O mandato dela na Procuradoria-Geral da República (PGR) termina na próxima terça-feira (17). O presidente Jair Bolsonaro indicou para o lugar dela o subprocurador-geral da República Augusto Aras, que ainda terá que ser sabatinado e ter o nome aprovado no Senado.

Dodge afirmou que, em um cenário de ataques à democracia, "é grave a responsabilidade do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal, seja para acionar o sistema de freios e contrapesos, seja para manter leis válidas perante a Constituição, seja para proteger o direito e a segurança de todos, seja para defender minorias".

A procuradora também pediu, no fim do discurso, que a sociedade proteja a democracia.

"Quero lhes fazer um pedido muito especial, que também dirijo à sociedade civil e a todas as instituições: protejam a democracia brasileira, tão arduamente erguida, em caminhos de avanços e retrocessos, mas sempre sob o norte de que é o melhor model o para construir uma sociedade de mais elevado desenvolvimento humano."

A fala da procuradora não mencionou nenhum ataque específico à democracia. Mas, nesta semana, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente da República Jair Bolsonaro, publicou uma mensagem que gerou críticas veementes das autoridades. Segundo Carlos, a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade almejada, pelas vias democráticas.

Durante o discurso, Dodge comentou ainda que o desafio do século atual é impedir que a democracia liberal morra. "Se o esforço do século XX foi o de erguer a democracia liberal brasileira, o esforço deste século XXI é o de impedir que ela morra."

Decano do STF
Em sua fala, Celso de Mello destacou o papel do Ministério Público na sociedade brasileira para preservação da democracia.

"Sabemos todos que regimes autocráticos, cidadãos corruptos e autoridades impregnadas de vocação tendente à desconstrução da ordem democrática temem o Ministério Público. O Ministério Público, longe de curvar-se aos desígnios do poder, político, econômico ou corporativo, ou ainda religioso, o MP tem a percepção superior da preservação da ordem democrática, fora da qual não há salvação,"

Segundo Celso de Mello, um Ministério Público independente "constitui certeza dos direitos e liberdades fundamentais". "Especialmente em um país como o nosso que ainda lamentavelmente se evidencia relações conflituosas que tentam a patrimonializar o público."

O decano disse ainda que o MP atua para proteger "uma massa enorme de cidadãos, povos da floresta e filhos da natureza injustamente perseguidos com avidez predatória dos que transgridem com desrespeito a lei".

Discurso do presidente do STF
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, afirmou que "sem um Ministério Público forte e independente e no combate à corrupção, valores democráticos e republicanos da Constituição Federal estariam permanentemente ameaçados. Judiciário não age de ofício".

Segundo o ministro, Dodge "fez uma defesa contundente das liberdades de expressão, manifestação de pensamentos e de reunião de cátedra, bem como do pluralismo de ideias".

G1
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O subprocurador-geral Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro para procurador-geral da República, disse nesta sexta-feira (12) ter alertado o presidente de que o ocupante do cargo tem garantias constitucionais e que ele, Bolsonaro, "não vai poder mandar, desmandar".

Aras tem feito diariamente visita aos gabinetes de senadores, em busca de apoio, antes da sabatina à qual será submetido no próximo dia 25 – depois, a indicação será votada pelo plenário do Senado. Nesta sexta, Aras teve encontro com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O repórter cinematográfico da TV Globo Marcione Santana registrou parte da conversa:

"Tive o primeiro contato com o presidente da República através de um amigo de muitos anos e, nesse mesmo primeiro contato, eu disse ao presidente exatamente isso: 'Presidente, o senhor não pode errar (...) porque o Ministério Público, o procurador-geral da República, tem as garantias constitucionais, que o senhor não vai poder mandar, desmandar ou admitir sua expressão. Tem a liberdade de expressão para acolher ou desacolher qualquer manifestação. O senhor não vai poder mudar o que for feito'", disse Aras ao senador.

No plenário do Senado, a aprovação do nome do novo procurador-geral exige maioria absoluta, ou seja, pelo menos 41 votos favoráveis dentre os 81 senadores.

O mandato da atual procuradora-geral, Raquel Dodge, termina no próximo dia 17. Se o nome de Aras ainda não tiver sido aprovado pelo Senado até essa data, assumirá temporariamente da PGR o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, o subprocurador Alcides Martins. Nessa hipótese, Martins fica no "mandato-tampão" até a posse de Augusto Aras.

A previsão é que Aras seja sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado no próximo dia 25. Para a presidente da comissão, senadora Simone Tebet (MDB-MS), não haverá dificuldades para que ele seja aprovado.

G1
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Estudantes de pós-graduação contarão com 3.182 novas bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) neste ano. O Ministério da Educação (MEC) articulou a liberação de novos recursos junto ao Ministério da Economia e à Casa Civil e assegurou mais oportunidades de bolsas de estudo em 2019.

As bolsas liberadas são para os programas de excelência com notas 5,6 e 7 – 1.068, 1.052 e 1.062 unidades, respectivamente –, as maiores da Capes. O investimento soma, ao todo, R$ 22.466.654 para 2019.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, citou a relevância das pesquisas como fator primordial para a liberação. “São as bolsas dos programas com maiores notas, porque são os com maior retorno à sociedade. De onde vêm esses recursos? Do pagador de imposto”, disse em entrevista à imprensa na sede do MEC, em Brasília, nesta quarta-feira, 11 de setembro.

A medida alia responsabilidade na gestão dos recursos públicos e incentivo à pesquisa científica. “É importante entender como funciona: a pessoa está no programa, a gente só vai dar a bolsa se a gente tiver convicção de que vai pagar”, enfatizou o ministro.

Mais dinheiro para 2020

O orçamento da Capes para 2020 terá mais R$ 600 milhões. O valor total subirá de R$ 2,45 bilhões para cerca de R$ 3,05 bilhões.

Com esse aporte, será possível manter todos os bolsistas já ingressados no sistema e adicionar os novos. Em outras palavras, não há previsão de cortes, só a entrada de mais beneficiários. “O orçamento extra vai garantir essas novas bolsas e a manutenção do que a gente tem em vigor para todo o ano que vem”, reforçou o presidente da Capes, Anderson Correia.

GOV.BR
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O projeto Future-se que prevê o aumento da autonomia dos institutos e universidades públicas federais segue para novo passo. Agora, o Ministério da Educação reunirá com especialistas para consolidar as contribuições e deverá ser enviada uma proposta legislativa à Câmara dos Deputados no começo de outubro. Após consulta pública, o programa recebeu mais de 59 mil cadastros no site do MEC, das quais 20.462 responderam pelo menos uma pergunta do formulário.

Duas hipóteses estão sendo estudadas segundo a Secretaria de Educação Superior do MEC: uma Medida Provisória, já que os pressupostos de urgência e relevância estão sendo observados, ou um projeto de lei com regime de urgência que garante uma tramitação mais rápida no legislativo.

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima, que participou nesta semana do Programa Brasil em Pauta da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), defendeu que o ministério esteve aberto neste processo de consolidação do Future-se. “É bom deixar claro que isso demonstra a capacidade de diálogo que nós abrimos com a sociedade. Poderíamos ter enviado um projeto diretamente para o Congresso. Nós preferimos escutar os especialistas, todos aqueles que amam a educação e querem sugerir aperfeiçoamentos”, disse.

Contribuições
Entre as sugestões, que devem estar na proposta legislativa do Future-se, estão a possibilidade dos reitores das universidades públicas federais poderem definir como vai ser a contratação das organizações sociais para gestão dos recursos financeiros que vão ser captados no mercado.

Essas organizações sociais são entidades privadas com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que recebem recursos do Estado para prestar serviços em determinado setor, como já ocorre nas áreas da saúde, educação e ciência e tecnologia.

Outra contribuição, que surgiu da consulta pública, é deixar claro que as universidades poderão usufruir das fundações de apoio, que são instituições de direito privado ligadas à extensão, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico no ensino superior. De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima, a ideia é potencializar projetos já existentes. “Elas arrecadam mais de R$ 5 bilhões por ano. Então, já têm projetos desenvolvidos que a gente vai potencializar, afirmou.

A consulta pública ainda sugeriu ao MEC a possibilidade de universidades federais prestarem serviços como consultorias para as administrações públicas municipais, estaduais e federal sem a necessidade de licitação. Arnaldo Barbosa antecipou que essa sugestão se baseia no conhecimento das universidades, sendo também mais uma fonte de receitas para elas. “A gente contrata várias fábricas de softwares sendo que nas nossas universidades nós temos um potencial gigantesco nos nossos departamentos de ciência da computação”, exemplificou.

Future-se
O Future-se foi lançado pelo ministério da Educação em 17 de julho com a meta de aumentar a autonomia dos institutos e universidades públicas federais na captação de recursos financeiros no mercado.

O programa tem três eixos: gestão, governança e empreendedorismo; pesquisa e inovação; e internacionalização. A meta é fazer com que os institutos e universidades públicas federais possam captar cerca de R$ 100 bilhões de reais em recursos a partir do aluguel de prédios públicos, parcerias público-privadas e patrocínios, além do acesso aos fundos constitucionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Estes recursos vão ser administrados por fundos que vão ser criados como o Soberano do Conhecimento, que vai custear o programa, e os de autonomia financeira, que vão funcionar nas próprias universidades.

A adesão ao Future-se é voluntária e os recursos captados vão ser receita extra. O governo vai continuar a financiar o ensino superior público e gratuito por meio do Orçamento Geral da União. Segundo a secretaria de Educação Superior do MEC, das 63 universidades públicas federais existentes no Brasil, 16 já manifestaram a vontade de aderir ao Future-se.

GOV.BR
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Três casos de sarampo foram confirmados em João Pessoa, conforme divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nesta quinta-feira (12). A Secretaria de Estado da Saúde informou que esses são os primeiros registros confirmados da doença no estado este ano. Em todo o país, até o dia 4 deste mês, segundo o Ministério da Saúde, 2.753 casos haviam sido contabilizados desde junho, quando um novo surto da doença teve início.

De acordo com a SMS, as três pessoas com casos confirmados da doença são adultos com idades entre 20 e 40 anos. Os sintomas iniciais apareceram na primeira quinzena do mês de agosto e os procedimentos necessários foram realizados.

A Secretaria declarou que foi feita a coleta de material biológico e as pessoas com quem os pacientes tiveram contato foram imunizadas. Até esta quinta, 35 casos da doença foram notificados na capital paraibana, sendo nove descartados e 23 que ainda estão sob investigação. Em toda a Paraíba, até o dia 4 deste mês, 54 casos suspeitos estavam sendo investigados.

O secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, afirmou que estratégias de combate a doenças como o sarampo são constantes na rede municipal. Ele também comentou que o monitoramento e a vigilância da doença permanecem intensos, com uma articulação entre as diferentes unidades de saúde.

Vacina
A vacina tríplice viral - que protege contra sarampo, caxumba e rubéola - é ofertada nas salas de vacinação distribuídas entre as Unidades de Saúde da Família (USF), as policlínicas municipais e o Centro Municipal de Imunização. Segundo a Prefeitura, a dose é direcionada para crianças de seis meses de vida até adultos de 49 anos de idade.

As crianças de seis meses devem tomar a chamada “dose zero”. A vacina deve ser ministrada em duas doses a partir de um ano de idade até 29 anos, 11 meses e 29 dias de vida do cidadão, respeitando o intervalo das doses do calendário vacinal. Caso a pessoa comprove as duas doses, não é necessário tomar nenhuma a mais, já sendo considerada imunizada.

Já para adultos com idade de 30 a 49 anos, 11 meses e 29 dias, basta uma dose da vacina para que seja considerado imunizado. Os profissionais da área de saúde, independentemente da idade, devem tomar duas doses. Caso comprove que tomou as duas doses, não é necessária nenhuma outra.

G1 PB
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O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (11) que o número de casos prováveis de dengue na Paraíba subiu 43,7%. Passou de 9.717, em 2018, para 13.959, em 2019.

Já os casos de chikungunya subiram 20,5% e de Zika 1,6%. Os dados foram divulgados no Boletim Epidemiológico de arboviroses urbanas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti do Ministério da Saúde. O documento também mostra que o Estado é o único do país a apresentar mortes por causa da Zika.

Dados são referentes ao período de 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto de 2019, comparados com informações do mesmo período do ano anterior.

As informações são referentes ao período de 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto de 2019, comparados com informações do mesmo período do ano anterior.

Chikungunya
O número de casos suspeitos de chikungunya subiu de 845, em 2018, para 1.018, em 2019. A variação é de 20,5%. Segundo o boletim, das 57 mortes registradas este ano no Brasil, pelo menos uma aconteceu na Paraíba.

Zika em gestantes
Os casos de zica cresceram somente 1,6%. O aumento foi de 307, em 2018, para 312, em 2019. Ainda em 2019, segundo o boletim, foram registrados 1.649 casos prováveis de Zika em gestantes. Deles, 447 foram confirmados em todo o país e 16 foram notificados na Paraíba. O estado é o único que morte por Zica no Brasil, com dois casos.

G1 PB
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em uma rede social nesta quinta-feira (12) que ele deverá tornar a relação do país com a Venezuela e com Cuba mais agressiva.

Ele fez o comentário em resposta ao texto do senador republicano Marco Rubio, da Flórida.

"Acabei de falar com Donald Trump sobre a Venezuela. É verdade que ele discordava de seu último conselheiro. Mas ele me lembrou que é na verdade o oposto do que muitos afirmou ou assumem. Se de fato houver uma mudança de política [em relação ao país latino-americano] não será para torná-la mais frágil", escreveu Marco Rubio, o senador da Flórida.

"Na verdade, minha postura sobre a Venezuela, e especialmente sobre Cuba, eram mais duras do que as de John Bolton. Ele estava me segurando", respondeu Trump.

Bolton, ex-conselheiro nacional de segurança, foi demitido na terça (10).

Ele e Trump tinham "discordâncias fundamentais" sobre como lidar com políticas externas em relação ao Irã, Coreia do Norte e Afeganistão, segundo o jornal "The New York Times".

De acordo com a agência Reuters, Trump havia dito que Bolton e ele discordavam em relação à Venezuela. “Eu considerava que ele estava completamente fora de linha e pensava que eu já tinha dado provas de que eu estava correto”, disse Trump.

O presidente dos EUA disse que Bolton, com sua abordagem linha dura e ríspida, “não estava se relacionando bem com as pessoas na administração que eu considero importantes”.

“Ele não estava em sintonia com o que estamos fazendo”, acrescentou.

Trump disse que ele se deu bem com Bolton e que torcia para que os dois tenham terminado a relação em bons termos, mas afirmou também: “Talvez tenhamos, talvez não. Eu preciso tocar o país da maneira como estamos tocando o país”.

Impaciência
De acordo com a Reuters, Trump tem ficado impaciente com o fracasso para tirar Nicolás Maduro da liderança da Venezuela por meio de uma campanha de sanções aplicadas pelos EUA e por diplomacia, na qual Bolton era a principal força.

G1
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