O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, reforçou nesta sexta-feira (13) a intenção de criar um fundo de US$ 100 milhões (cerca de R$ 404 milhões) para a conservação da biodiversidade na Amazônia. O fundo terá um prazo de 11 anos, e será liderado pelo setor privado, de acordo com Pompeo.
A promessa de criar o fundo foi anunciada em março, quando o presidente Jair Bolsonaro esteve em Washington, em uma visita a Donald Trump.
O financiamento de ações de conservação é alvo de polêmicas na atual gestão. Entenda:
Fundo americano
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, fez a declaração ao lado do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, em um pronunciamento a jornalistas após uma reunião bilateral entre os dois em Washington na manhã desta sexta-feira (13).
"Vamos tirar do 'chão' um compromisso feito em março, um fundo de investimento de US$ 100 milhões, ao longo de 11 anos, para a conservação de biodiversidade na Amazônia, e esse projeto será liderado pelo setor privado", afirmou Pompeo.
Fundos de outros países
Em agosto, em resposta à suspensão de repasses da Alemanha para projetos de conservação, Bolsonaro afirmou que a Alemanha tentava "comprar" a Amazônia.
O presidente brasileiro comentou uma entrevista que a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, deu a um jornal, quando anunciou que não iria mais transferir dinheiro para o Brasil.
“Investir? Ela não vai comprar a Amazônia. Vai deixar de comprar a prestação a Amazônia. Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso”, declarou Bolsonaro.
Poucos dias depois, Bolsonaro voltou a dizer que o país não precisava dos países Europeus. Após a Noruega suspender um repasse de R$ 132,6 milhões para o Fundo Amazônia, o brasileiro disse: "A Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a dar exemplo para nós. Pega a grana e ajude a Angela Merkel a reflorestar a Alemanha".
No fim do mês de agosto, houve uma reunião de cúpula do G7, grupo de grandes economias mundiais. No encontro, houve o anúncio do envio de US$ 20 milhões (cerca de R$ 81 milhões) para combater incêndios na Amazônia.
Bolsonaro comentou a notícia com perguntas retóricas: "Será que alguém ajuda alguém – a não ser uma pessoa pobre – sem retorno?"
Após anúncio dos EUA, Araújo fala em soberania
Após a fala de Pompeo, Araújo também se dirigiu a jornalistas em Washington.
Ele mencionou a maneira como outros países abordam o tema, mas sem citar nenhum específico: "Vemos ao redor do mundo algumas ideias que questionam a soberania – no caso do Brasil, é específico para a Amazônia, como se talvez nós não fossemos capazes de suportar o desafio ambiental lá, o que não é verdade. Os nossos amigos aqui nos EUA sabem que não é verdade, é preciso que estejamos juntos no esforço para criarmos desenvolvimento em conjunto, que estamos convencidos, é a única forma de proteger a floresta".
Extinção do Fundo pode afetar fiscalização de desmatamento
Uma eventual extinção do Fundo Amazônia pode impactar diretamente na realização de fiscalizações contra o desmatamento ilegal na floresta. O risco se dá porque as verbas que vêm do fundo financiam, por exemplo, meios de transporte especiais, como veículos 4x4 e helicópteros, que são necessários para a realização das vistorias do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na região.
Desde 2016 o Ibama recebe recursos do fundo para bancar o aluguel de veículos especiais em operações na Amazônia. De 2016 a 2018, pelo menos 466 missões de fiscalização do órgão foram bancadas pelo fundo. Ao todo, essas ações geraram aplicação de mais de R$ 2,5 bilhões em multas.
Em abril de 2018 o Ibama assinou um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para receber R$ 140 milhões do fundo. A verba seria repassada ao longo de três anos: R$ 44 milhões em 2018, R$ 46 milhões em 2019 e R$ 48 milhões em 2020.
Governadores negociam em paralelo
O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), afirmou nesta sexta que a retomada dos repasses do Fundo Amazônia deve ser anunciada "nos próximos dias". Barbalho falou com a imprensa após uma reunião em Brasília entre governadores da região Norte e embaixadores de Alemanha, Noruega e Inglaterra. Segundo Barbalho, os países que contribuem com o fundo estão finalizando as negociações com o Ministério do Meio Ambiente para anunciar a retomada.
G1
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O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), afirmou nesta sexta-feira (13) que a retomada dos repasses do Fundo Amazônia deve ser anunciada "nos próximos dias". Barbalho falou com a imprensa após uma reunião em Brasília entre governadores da região Norte e embaixadores de Alemanha, Noruega e Reino Unido. O encontro foi na embaixada norueguesa.
Segundo Barbalho, os países que contribuem com o fundo estão finalizando as negociações com o Ministério do Meio Ambiente para anunciar a retomada. Noruega e Alemanha, principais financiadores do fundo, suspenderam os repasses em agosto, após a crise das queimadas na floresta e discordâncias com a política ambiental do governo Jair Bolsonaro.
"O recurso está garantido. A ideia é fortalecer o fundo apenas respeitando eventuais ajustes que o governo federal queira fazer", disse Barbalho.
"Está colocado é que estão em conclusão de diálogo com o Ministério do Meio Ambiente para que seja anunciado nos próximos dias a retomada do Fundo Amazônia", completou o governador.
Barbalho ainda afirmou que Noruega, Alemanha e Reino Unido manifestaram interesse em continuar com as parcerias para a preservação da Amazônia.
"Os países que fomentam o fundo sinalizaram que desejam prosseguir financiando e estão dialogando com o governo federal para que haja a liberação desses recursos", disse Barbalho.
Estiveram presentes ao encontro também representantes dos governos de Amapá, Roraima, Amazonas, Amapá, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia e Acre (países que formam a Amazônia Legal).
Na chegada à embaixada norueguesa, o embaixador britânico, Vijay Rangarajan, disse que a Amazônia é de total soberania do Brasil, mas que as questões ambientais têm importância mundial.
Para a tarde, está prevista uma reunião dos governadores na embaixada da França.
Fundo paralelo com estados
Após a reunião, os governadores informaram que apresentaram a ideia de criar com a comunidade internacional um fundo de preservação administrado diretamente pelos estados que compõem o Consórcio da Amazônia Legal.
"O que eu propus é que pudesse ser criado no âmbito do consórcio da Amazônia Legal um fundo que também pudesse ajudar nesse processo de preservação", disse o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
Segundo Waldez Góes (PDT), governador do Amapá, o novo fundo conviveria com o Fundo Amazônia.
"Pode manter o Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, com a interveniência do governo federal, financiando projetos para ONGs, para os estados na Amazônia. Mas também apresentamos essa alternativa do consórcio", afirmou Góes, que preside o consórcio.
Quando a Alemanha anunciou suspensão dos repasses, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil não precisava do dinheiro daquele país para preservar a Amazônia.
Questionado sobre o corte do investimento alemão, Bolsonaro afirmou que a Alemanha estava tentando "comprar" a Amazônia.
“Investir? Ela não vai comprar a Amazônia. Vai deixar de comprar a prestação a Amazônia. Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso”, disse o presidente na ocasião.
Créditos de carbono
Barbalho também afirmou que há interesse internacional em alugar crédito de carbono de propriedades privadas na região Amazônica. Segundo o governador, a proposta é que empresas internacionais paguem para que as áreas sejam preservadas.
O mercado de crédito de carbono funciona a partir de acordos entre empresas e governos de países. Em vez de tomar medidas para efetivamente diminuir as emissões de carbono, empresas podem compensar o que têm emitido comprando créditos dos países que reduziram emissões.
"Esses países estão dispostos a construir com as unidades particulares na Amazônia a possibilidade de aluguel internacional, no sentido de empresas particulares estarem dispostas a alugarem áreas que possam servir de crédito de carbono", disse o governador.
Segundo Barbalho, há atualmente 23 mil hectares de propriedade privada preservados na Amazônia. Segundo ele, os proprietários precisam ser remunerados para manter a floresta.
"Só vamos conseguir fazer esse estoque de floresta não ser desmatado se nós efetivamente transformarmos isso em uma alternativa econômica. Precisa do interesse de uma parte para financiar o proprietário rural na nossa região", concluiu Barbalho.
G1
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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta sexta-feira (13) em entrevista à Rádio Gaúcha que o governo vai trabalhar no Senado para retirar da chamada PEC paralela da Previdência o trecho que estabelece cobrança gradual de contribuições previdenciárias de entidades filantrópicas.
A proposta de emenda à Constituição paralela tramita no Congresso junto a com a PEC original da reforma da Previdência. A proposta paralela foi aprovada na semana passada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e será analisada no plenário da Casa. Se for aprovada, seguirá para a Câmara.
O texto prevê, entre outras medidas, o aval para que estados e municípios adotem as regras do regime próprio da Previdência dos servidores da União, por meio de aprovação de lei ordinária pelas assembleias legislativas.
Na entrevista, Onyx afirmou que o governo foi surpreendido pelo relator da proposta, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), no item da cobrança das entidades filantrópicas. O ministro disse que o governo não deseja fazer mudanças que afetem o terceiro setor (formado por organizações privadas sem fins lucrativos).
Entre as justificativas, Onyx citou o trabalho de entidades filantrópicas na área de educação, como universidades comunitárias.
“Esse é um sistema que não queremos alterações. Eu já orientei o líder no Senado Federal [Fernando Bezerra, MDB-PE] e a base, o próprio Ministério da Economia tem nos apoiado nisso. Nós vamos retirar do texto isso no plenário do Senado. Nós não queremos nenhuma alteração no regime de filantropia no Brasil”, afirmou Onyx.
Em nota publicada no site do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (Fonif), as entidades do setor afirmaram que receberam com "preocupação" o que consideram o fim de sua imunidade tributária, "o que poderá representar o encerramento das atividades de muitas instituições que atuam com saúde, educação e assistência social" no país.
As entidades ainda disseram que, no caso de aprovação da cobrança previdenciária pelo Congresso, o aumento do custo das instituições será repassado aos preços de serviços médicos, hospitalares e de educação, com impacto na oferta de bolsas em universidades.
As instituições também pediram que os parlamentares rejeitem o trecho da "PEC paralela" sobre a contribuição previdenciária.
Receita Federal
Na entrevista, Onyx disse acreditar que o futuro secretário da Receita Federal terá “perfil bastante técnico”, com a possibilidade de ser um “pouquinho” mais vinculado ao próprio órgão.
Segundo Onyx, o substituto de Marcos Cintra, demitido da Receita na última quarta-feira (11), deverá ser definido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na próxima semana.
Cintra teve como um dos motivos para sua demissão a defesa pela criação, dentro da proposta de reforma tributária que o governo enviará ao Congresso, de um imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da extinta Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Onyx abordou o futuro da Receita ao ser perguntando na entrevista sobre qual será o perfil do novo secretário. O ministro citou o perfil “bastante técnico” e disse ainda não acreditar que um ex-parlamentar assuma o órgão, vinculado ao Ministério da Economia.
“Eu acho que será um perfil bastante técnico e um pouquinho, talvez, mais vinculado provavelmente à própria Receita. Eu acho que deve ser com esse perfil”, disse Onyx.
O ministro ainda foi questionado se a proposta do governo (Câmara e Senado também discutem suas propostas de reforma tributária) terá algum imposto nos moldes da CPFM, com a cobrança sobre saques e depósitos. Ele descartou a possibilidade.
“Não, nada disso. Nós estamos trabalhando fortemente para que, a princípio vai ser um IVA federal, né, mas aí eu gostaria de conversar tendo a proposta do ministro Paulo Guedes conclusa e pronta para que a gente pudesse falar com mais tranquilidade”, afirmou.
A demissão de Cintra foi anunciada um dia depois da divulgação pelo secretário-adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, de detalhes da proposta de impostos nos moldes da CPMF.
Pela proposta que o governo analisava, cada saque e cada depósito em dinheiro seria taxado com uma alíquota inicial de 0,40% e cada operação de débito e de crédito deveria ser submetida a uma alíquota de 0,20%.
A divulgação irritou o presidente Jair Bolsonaro, internado desde domingo em São Paulo (8), onde passou por uma cirurgia na região abdominal.
Ainda na quarta, Bolsonaro publicou nas redes sociais texto segundo o qual a “tentativa de recriar a CPMF” derrubou o secretário da Receita Federal.
Segundo o texto, a recriação da contribuição ou o aumento da carga tributária "estão fora" da reforma tributária "por determinação do presidente da República".
G1
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O preço médio da gasolina comum em Campina Grande caiu 6,89% em setembro de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Procon Municipal. Segundo a pesquisa de preços dos combustíveis, realizadas nos dias 9 e 10 deste mês, o preço médio da gasolina comum comercializada na cidade é de R$ 4,264, enquanto que no mesmo período do ano passado era de R$ 4,580.
A pesquisa mostra também que, em comparação a agosto deste ano, o preço médio do litro de gasolina passou de R$ 4,296 para R$ 4,264 nesse mês de setembro, uma redução de 0,74%.
Conforme o levantamento do Procon, entre agosto e setembro deste ano houve também uma redução no preço médio do litro de etanol, que passou de R$ 3,416 para R$ 3,374, uma redução de 1,23%.
Aumento no preço do gás
Em relação ao mesmo período de 2018, em setembro deste ano a gasolina aditivada, o etanol, o diesel comum e o diesel S-10 também apresentaram redução de preço, mas o Gás Natural Veicular apresentou um aumento de 6,40%, ou seja, o produto passou de R$ 3,690 para R$ 3,926.
Já em relação ao mês anterior, em agosto deste ano o preço médio do metro cúbico de Gás Natural Veicular era de R$ 3,925 e passou para R$ 3,926, um aumento de 0,04%.
Pesquisa feita em 58 postos de combustíveis
A pesquisa feita nos dia 9 e 10 de agosto foi realizada em 58 postos de combustíveis da cidade, que comparou os maiores e menores valores. O Procon de Campina Grande orienta que, antes de abastecer o veículo, o consumidor deve pesquisar sobre os preços.
G1 PB
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que se recupera de uma cirurgia realizada em São Paulo, teve retirada a sonda nasográstica e voltou a receber dieta líquida, segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Hospital Vila Nova Star. Ele vinha se alimentando apenas por dieta endovenosa. Segundo os médicos, Bolsonaro recebe a dieta líquida via oral mas ainda precisa do complemento da dieta intravenosa para alcançar a quantidade de calorias necessárias.
"Tiramos a sonda, demos um pouquinho de líquido, em geral 50 ml de hora em hora. Daí a necessidade de manter a dieta intravenosa", diz o cirurgião Antônio Macedo. "Quando puder aumentar o volume da dieta líquida sem que ele se sinta mal ou tenha uma distensão, eu começo a diminuir a parenteral e paralelamente aumentar a dieta oral. Por enquanto fica perigoso aumentar rapidamente a dieta líquida".
Veja o boletim médico
"O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, apresenta boa evolução clínica. Permanece sem dor, afebril e com melhora acentuada dos movimentos intestinais. Foi retirada a sonda nasogástrica e reintroduzida a dieta líquida. Está mantida a alimentação parenteral (endovenosa). Continua com fisioterapia respiratória e motora, deambulando pelo corredor. As visitas seguem restritas", diz o boletim.
A retirada da sonda estava prevista para noite desta quinta-feira ou manhã desta sexta-feira. Segundo o cirurgião Antônio Macedo, durante a noite a sonda ainda estava aspirando ar, então decidiu fazer a retirada pela manhã.
"Nós pudemos retirar a sonda gástrica porque a drenagem foi bem reduzida de ontem para hoje. E ele começou a ter função intestinal", disse Macedo.
O presidente tem caminhado no corredor e feito fisioterapia respiratória.
Bolsonaro ficará afastado do cargo por mais quatro dias, segundo nota divulgada na tarde desta quinta-feira (12) pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Segundo o porta-voz Rego Barros, está mantido o afastamento do presidente do cargo por mais quatro dias, conforme já havia sido anunciado na quinta-feira. Ele deve retomar as funções do Executivo na próxima terça-feira (17).
"A alta se dá quando ele tiver sem a necessidade da parenteral e alimentando-se bem com a dieta líquida. O que deve acontecer daqui a três ou quatro dias", disse o doutor Macedo.
"Quando tiver alta ele vai para Brasília e a gente faz o retorno dele precoce, dentro de quatro ou cinco dias".
Segundo o porta-voz também está mantida a programação para a participação na Assembleia da ONU em Nova Iorque no dia 24.
Às 19h desta quinta (12), Bolsonaro fez uma live no Facebook e falou pela primeira vez desde que passou pela cirurgia de hérnia. Ele fez balanço de medidas do governo federal e agradeceu aos médicos que o atenderam desde que levou facada durante as eleições do ano passado.
Foi a quarta operação desde a facada sofrida por ele durante a campanha eleitoral de 2018. Desta vez, o objetivo era corrigir uma hérnia (saliência de tecido) surgida no local das intervenções anteriores.
Desde domingo, o vice-presidente Hamilton Mourão ocupa o cargo de presidente da República de forma interina.
Agência Brasil
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Problemas relacionados à saúde dos motoristas contribuíram para a ocorrência de cerca de 250 mil acidentes de trânsitos registrados em rodovias federais entre janeiro de 2014 e junho de 2019. A conclusão é da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a partir de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo os especialistas da associação, as ocorrências deixaram um saldo de 12.449 mortos e 208.716 feridos. De acordo com a pesquisa, doenças orgânicas dos motoristas são responsáveis por cerca de 12% do total de acidentes de trânsito fatais. Como não foram contabilizados os casos registrados nos centros urbanos e rodovias estaduais, os números representam apenas uma mostra dos acidentes de trânsito cuja causa está, de certa forma, relacionada ao quadro geral de saúde dos condutores.
De acordo com o diretor da Abramet e membro da Câmara Técnica do Conselho Federal de Medicina (CFM), Antonio Meira Júnior, as seis principais causas de acidentes nas rodovias federais - falta de atenção; ingestão de álcool; sono ao volante; mal súbito; visão restrita ou ingestão de substâncias psicoativas - estão, em maior ou menor grau, relacionadas a problemas de saúde dos motoristas.
“A maioria dos acidentes não é incidental. Eles não acontecem por acaso e, na grande maioria, são passíveis de ser prevenidos. E uma das formas mais eficazes de prevenção é a realização periódica do exame de aptidão física e mental por um médico de tráfego apto a avaliar se o condutor tem alguma doença que possa influenciar na direção”, disse Meira ao apresentar o resultado da análise da base de dados da PRF.
Ainda segundo Meira, motoristas com doenças cardiovasculares, diabetes e epilepsia são os que mais devem estar atentos a eventuais prejuízos à capacidade de dirigir. Para a Abramet, as implicações dessas doenças podem comprometer a visão e a capacidade de prestar atenção, além de, eventualmente, provocarem comprometimento motor ou do raciocínio, além de distúrbios de sono.
Avaliação médica
A divulgação dos números reforça os argumentos da Abramet e de outras entidades, como a Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego, o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Trânsito (Focotran) e a Associação Nacional dos Detrans (And), quanto à importância da adequada e periódica avaliação médica dos motoristas e de candidatos a obtenção de novas Carteiras Nacional de Habilitação (CNH).
“A realização do Exame de Aptidão Física e Mental é importante, pois caso o condutor tenha alguma comorbidade que possa prejudicar [sua capacidade de dirigir um veículo], o médico especialista em medicina de tráfego poderá diagnosticar sua inaptidão temporária ou definitiva para dirigir”, acrescentou Meira.
Ele criticou o Projeto de Lei 3.267/2019, que propõe várias mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), como a ampliação da validade do Exame de Aptidão Física e Mental dos atuais cinco anos para dez anos e de três anos para cinco no caso de condutores com mais de 65 anos de idade. O projeto de autoria do Poder Executivo também propõe elevar o limite de pontos para a suspensão da CNH dos atuais 20 pontos anuais para 40 pontos e extingue a cobrança de multa para quem transporta crianças fora da cadeirinha.
“Achamos que a aprovação do projeto pode aumentar as tragédias no trânsito. Por isso, estamos colaborando com o Poder Público com estudos e com dados científicos. Na medicina não trabalhamos com achismos. É tudo baseado em evidências científicas”, disse Meira, assegurando que pesquisas apontam a importância do exame de aptidão.
De acordo ainda com Meira, os dados revelam que a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças no banco traseiro dos veículos ajudou a reduzir o número de crianças mortas em acidentes.
Segundo o presidente da Abramet, Juarez Monteiro Molinari, representantes de várias entidades ligadas à Medicina do Tráfego estão percorrendo a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional para tentar sensibilizar o governo e parlamentares sobre o que classifica como “aspectos eleitoreiros” do projeto de lei.
“Já tivemos audiências com os ministérios da Saúde, da Previdência Social, da Infraestrutura e com membros de comissões parlamentares e apresentamos diversas estatísticas. Não somos contra a desburocratização dos procedimentos de obtenção da CNH, mas entendemos que, em primeiro lugar, está a vida dos cidadãos e com a redução dos índices de acidentes. Acidentes que vitimam principalmente jovens de 18 a 30 anos e causam prejuízos ao Sistema Único de Saúde [SUS] e para a Previdência Social”.
Molinari rebateu os argumentos de que o aumento do prazo de validade do exame médico é uma resposta para a demanda pelo barateamento dos custos de obtenção da CNH. "Essa redução de custo não traz benefícios para a comunidade. O custo do exame médico não chega a 5% do valor total da CNH. Há muitas outras coisas que a encarecem. Ampliar a validade do exame para dez anos é até compreensível para jovens até os 30 anos, mas, acima disso, é recomendável a revisão periódica."
Agência Brasil
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Se todos dedicarem apenas 10 minutos por dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa será possível reduzir os casos de dengue, chikungunya e zika no Brasil, diz o Ministério da Saúde, que lançou nesta quinta-feira (12) a campanha de combate ao Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão dessas doenças. O objetivo é conscientizar a população e convocar: “E você? Já combateu o mosquito hoje? Proteja sua família.”
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o papel da sociedade é fundamental no combate ao mosquito. “Ele [mosquito] fica sempre atrás do ser humano, que é fonte única de alimentação dele”, diz. O mosquito consegue se distanciar apenas 50 metros do local onde nasce, por isso, os ovos são colocados perto de casas e de outros locais onde haja presença de seres humanos.
As ações para impedir a reprodução do Aedes aegypti já são conhecidas pela população: tampar tonéis e caixas d’água, manter as calhas sempre limpas, limpar ralos e cobrí-los com tela e colocar areia em vasos de plantas, entre outras. “Não é tanto o problema de informação, mas a capacidade dessa informação fazer indução de comportamento e trazer responsabilidade sobre a doença”, disse Mandetta.
De acordo com o Ministério da Saúde, as ações devem ser diárias, todos devem usar alguns minutos do dia para verificar se existe acúmulo de água em casa, no ambiente de trabalho e de estudos.
A campanha será veiculada na televisão, no rádio, na internet e em outros meios de comunicação. Ao todo serão usados R$ 12 milhões. O governo federal pretende também mobilizar os governos estaduais e municipais, que receberão repasses no âmbito do Programa de Vigilância em Saúde, para o qual está previsto o orçamento de R$ 1,8 bilhão neste ano.
A campanha, que costuma ser lançada no fim do ano, foi antecipada em 2019, para que haja uma mobilização maior ainda no período de seca. Há também a preocupação com a possibilidade de maior circulação do chamado sorotipo 2 da dengue.
O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Segundo o Ministério da Saúde, os sorotipos 1 e 4 predominaram nos últimos anos. As pessoas que entraram em contato com algum desses tipos tornam-se imunes a eles. Como o sorotipo 2 não circula no Brasil há algum tempo, mais pessoas podem ficar doentes. Além disso, podem aumentar os casos mais graves, de dengue hemorrágica, acrescentou o ministério.
“O que temos é que deixar claro que temos mais um verão para não baixar a guarda. É questão de atitude. O que se pode fazer está do lado da sua casa, do lado do seu ambiente de trabalho”, enfatizou Mandetta.
Casos no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, de 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto deste ano, foram registrados 1.439.471 casos de dengue em todo o país. A média é 6.074 casos por dia e representa um aumento de 599,5%, na comparação com 2018. No ano passado, o período somou 205.791 notificações.
Atualmente, a taxa de incidência da dengue no país é 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde.
Em relação à febre chikungunya, o levantamento do ministério mostra que, ao todo, os estados contabilizavam, até o final de agosto deste ano, 110.627 casos, contra 76.742 do mesmo período em 2018.
De 2018 para 2019, o total de casos de zika saltou de 6.669 para 9.813, gerando uma diferença de 47,1% e alterando a taxa de incidência de 3,2 para 4,7 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Neste ano, o zika vírus foi a causa da morte de duas pessoas.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
Uma empresa na França precisará arcar com os custos decorrentes da morte, em 2013, de um de seus empregados, que faleceu em uma viagem de trabalho, mas de um ataque do coração que ele sofreu após uma relação sexual.
A Justiça do país decidiu que se trata de um acidente de trabalho.
O caso foi divulgado na semana passada por uma advogada francesa especializada em direito trabalhista.
O homem é identificado nos processos somente como Xavier. Ele viajou em 2013 à região de Loiret, no centro da França, como um técnico de segurança para a empresa ferroviária TSO.
Uma noite, depois do trabalho, ele teve relação sexual com uma mulher na casa dela, antes de voltar ao seu hotel. Mais tarde, teve um ataque cardíaco ligado ao encontro.
A seguradora considerou o caso como acidente de trabalho, mas a TSO recorreu. O argumento da empresa é que o funcionário tinha parado de trabalhar para ter uma relação, e portanto agiu fora do alcance da companhia.
A Justiça manteve a decisão do fundo, em uma decisão publicada em maio –o caso só ganhou atenção pública depois que os detalhes foram divulgados por uma advogada trabalhista francesa.
A TSO não mostrou uma escala de trabalho que provava que o homem deveria estar trabalhando no momento em que manteve a relação sexual, argumentou a seguradora. A Justiça concordou.
Na França, empresas que têm altos índices de acidentes de trabalho precisam pagar contribuições sociais mais altas.
Os dependentes de um trabalhador que morre nessas circunstâncias recebem pensões de valores que alcançam até 40% da renda do profissional que faleceu, de acordo com o “NY Times”.
G1
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Os parisienses vivem uma sexta-feira (13) caótica nos transportes públicos por uma greve, a mais grave dos últimos 12 anos, para protestar contra a reforma da previdência preparada pelo governo francês.
Dez das 16 linhas do metrô de Paris estavam fechadas e as demais saturadas, os ônibus circulavam em número reduzido e os grandes engarrafamentos nos acessos à capital evidenciavam o primeiro grande protesto sindical contra a reforma das aposentadorias estimulada pelo governo do presidente Emmanuel Macron.
Dié Sokhonadu, de 25 anos, esperou em vão em uma plataforma da linha 12, que atravessa Paris de norte a sul, mas nenhum trem da linha estava em circulação. "Sem metrô, terei que voltar para casa", disse o operário, que trabalha na reforma da catedral de Notre-Dame, no centro de Paris.
Para evitar o caos, muitos franceses optaram por trabalhar em casa. "Não queria perder tempo tentando pegar o metrô, minha linha está fechada", declarou à AFP Anne-Sophie Viger, executiva em uma empresa de seguros.
A Autoridade Autônoma de Transportes de Paris (RATP) pediu na quinta-feira aos moradores que saíssem de casa apenas em caso de extrema necessidade e anunciou "soluções alternativas de mobilidade", que incluem o uso gratuito limitado de motos ou bicicletas elétricas de livre serviço, subsídios a quem compartilhar o carro ou estacionamento pela metade do preço.
As pessoas também procuravam as bicicletas e patinetes elétricos de livre serviço que proliferam na capital francesa. Vários operadores, como o Jump da americana Uber ou a francesa Cityscoot, ofereceram trajetos gratuitos de 15 a 30 minutos.
Projeto de 'previdência universal'
Esta greve é a primeira grande mobilização contra o plano do presidente Macron de implementar um sistema de previdência "universal".
Os funcionários do metrô de Paris, assim como os trabalhadores de outras atividades consideradas difíceis ou perigosas, perderiam assim os benefícios associados a seus regimes especiais, que atualmente permite, por exemplo, a aposentadoria antes dos demais franceses.
O Tribunal de Contas calculou que a idade média de aposentadoria dos trabalhadores da RATP em 2017 era 55,7 anos, contra 63 anos da maioria dos trabalhadores franceses.
"Não é uma greve de privilegiados, esta é uma greve de trabalhadores que afirmam 'queremos nos aposentar com uma idade razoável e em condições razoáveis", declarou à rádio FranceInfo Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, um dos principais sindicatos da França.
A greve é a maior no setor de transportes de Paris desde 2007, quando o ex-presidente Nicolas Sarkozy apresentou uma reforma previdenciária que aumentou a idade de aposentadoria da maioria dos funcionários públicos.
"Estou na RATP desde 1996 e nunca vi algo assim. Tantos grevistas, de todas as áreas, e inclusive alguns diretores mobilizados. As pensões afetam todos", declarou ao jornal "Le Parisien" Marc Brillaud, do sindicato SUD.
A reforma da previdência é uma promessa de campanha de Macron, que se comprometeu a eliminar os 43 distintos regimes especiais e a criar um sistema "universal" com o uso de pontos, no qual "1 euro de contribuição concede os mesmos direitos".
Diante do projeto potencialmente explosivo, o governo quer enfrentar a situação com calma. "Levaremos todo o tempo necessário para abordar a reforma das aposentadorias, antes de uma votação prevista para 2020, afirmou o primeiro-ministro Edouard Philippe.
France Presse
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O Papa Francisco visitará a Tailândia e o Japão no fim de novembro, anunciou nesta sexta-feira (13) a Santa Sé em um comunicado. A viagem ao Japão será a primeira de um papa desde a visita de João Paulo II a Tóquio em 1981.
De 20 a 23 de novembro o pontífice estará na Tailândia e de 23 a 26 no Japão, onde visitará as cidades de Hiroshima e Nagasaki, informou o Vaticano.
Em janeiro, Francisco expressou o desejo de viajar ao Japão, país que tem 450 mil católicos.
Além disso, 500 mil protestantes vivem no país asiático, onde a maioria da população é budista, segundo a Agência Japonesa de Assuntos Culturais.
O papa já fez duas viagens ao continente asiático desde sua eleição em março de 2013. Ele visitou Filipinas e Sri Lanka em 2014 e Bangladesh e Mianmar ano passado.
France Presse
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