No mesmo dia em que embarca para o Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro condecorou autoridades do Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos (EAU), com o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Receberão a condecoração o rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al-Khalifa, o presidente dos EAU, Xeique Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
A concessão dos títulos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (12). A comenda foi criada em 1939 e é oferecida exclusivamente a chefes de estado que, “por qualquer circunstância, tenham merecido especial gratidão do governo brasileiro”.
Viagem ao Oriente Médio
Bolsonaro viaja nesta sexta-feira (12) para o Oriente Médio. Ele partirá às 10h para Lisboa, em Portugal, e de lá seguirá para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde se realiza a Expo Dubai 2020. Na próxima segunda (15), será comemorado o Brazilian Day no pavilhão do Brasil na feira. O vice-presidente Hamilton Mourão e ministros de Bolsonaro já estiveram na feira para a abertura, em setembro.
No dia 13, a programação de Bolsonaro inclui reunião seguida de almoço com o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan e sessão de assinatura de atos internacionais ainda em negociação. O presidente participará da Expo Dubai e deve se encontrar com o xeque Al Maktoum, de Dubai, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos.
Na segunda-feira (15), Bolsonaro vai abrir o seminário da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e na terça-feira (16) viaja para a capital do Bahrein, Manara. De lá, o presidente vai para o Catar na quarta-feira (17).
Presidente não vai ao Iraque
O presidente Bolsonaro não vai ao Iraque, como estava previsto anteriormente. De acordo com o Itamaraty, a decisão de não ir ao país se deu por questões de segurança. Entre os motivos apontados está uma tentativa de atentado contra o primeiro-ministro do país, Mustafa Al-Kadhimi.
g1
Portal Santo André em Foco
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou durante a live semanal do presidente Jair Bolsonaro — realizada uma hora mais cedo do que o habitual nesta quinta-feira (11) — que o banco vai financiar a instalação de placas solares em residências. Segundo ele, 1,5 milhão de famílias poderão ser beneficiadas. O empréstimo terá seis meses de carência e, ainda de acordo com Pedro Guimarães, a instalação das placas promoverá uma economia de 95%.
"A Caixa está anunciando o financiamento de placas solares. Nós temos, presidente, 6 milhões de famílias que têm casas e apartamentos e 1,5 milhão de famílias podem ter esse financiamento das placas solares. Teremos seis meses de carência, cinco anos para pagar. Isso é uma revolução," afirmou Pedro Guimarães.
Energia e inflação
De acordo com dados divulgados na quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação saltou 1,25% em outubro, o maior avanço para o mês desde 2002. E as contas de luz (+1,16%), junto com a alta dos combustíveis (+3,1%) representaram os maiores impactos individuais do índice.
A alta da energia elétrica ocorre em meio à manutenção da bandeira tarifária de escassez hídrica, que tem um custo adicional de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 quilowatts consumidos, o mais alto entre todas as bandeiras.
Aumento na conta de luz
A Creg (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética), formada pelo governo Bolsonaro para enfrentar a crise hídrica, anunciou em agosto que determinou à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a implementação da bandeira "escassez hídrica", que trouxe um aumento de 6,78% na tarifa média de energia elétrica. A taxa aumentou em quase 50% a bandeira vermelha (a mais cara) e passou a valer para todos os consumidores desde 1º de setembro até abril do ano que vem.
O governo justificou o aumento pelo alto custo de geração de energia por usinas termelétricas, que substituem as hidrelétricas durante os momentos de seca. Na época, o Ministério das Minas e Energia alegou "que a arrecadação realizada via bandeiras tarifárias, no patamar vermelho 2, era insuficiente para fazer frente aos custos reais observados e previstos, considerando a garantia do suprimento eletroenergético."
A conta de luz teve seu primeiro aumento em junho, pouco depois de o governo anunciar que o país passaria em 2021 pela maior crise hídrica em 91 anos. O Ministério de Minas e Energia ainda anunciou outros reajustes dentro da bandeira vermelha nos meses seguintes, até estabelecer a nova bandeira.
g1
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A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu nesta quinta-feira (11) que não houve irregularidade na tomada de depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a sua suposta interferência política na Polícia Federal (PF).
Bolsonaro prestou depoimento à PF, no último dia 3, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente respondeu a 13 perguntas do delegado Leopoldo Soares Lacerda, da Polícia Federal. Bolsonaro disse que não interferiu na PF e que trocou o então diretor-geral, Maurício Valeixo, no ano passado, por "falta de interlocução".
A AGU se manifestou após a defesa do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro questionar o fato de não ter sido notificada para participar e fazer questionamentos no depoimento de Bolsonaro.
A Advocacia-Geral da União afirmou que Sergio Moro não tem "qualidade de ator processual que lhe assegure prerrogativas de ampla participação na investigação".
A AGU também argumentou que a defesa de Bolsonaro não participou do depoimento do ex-juiz Sergio Moro, por isso, não teria ocorrido quebra de isonomia entre os investigados.
“Por derradeiro e não menos importante, observe-se que não houve participação de representantes da defesa do Senhor Presidente da República na oitiva realizada pela PF do Senhor SERGIO MORO, de modo que sequer pode ser invocada quebra de paridade de armas (outro argumento que, frise-se, não seria pertinente na fase investigativa)”.
Interferência na PF
O ex-juiz Sérgio Moro foi ministro da Justiça do governo do presidente Jair Bolsonaro entre os meses de janeiro de 2019 e abril de 2020.
A demissão de Moro foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo então ministro.
Moro afirmou que, desde 2019, Bolsonaro queria trocar o comando da PF com o objetivo de ter uma pessoa que pudesse fornecer informações e relatórios de inteligência.
Bolsonaro indicou para ocupar o cargo Alexandre Ramagem, amigo pessoal dos filhos do presidente. Ramagem chegou a ser nomeado, no entanto, a indicação foi suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Moraes identificou indícios de que Bolsonaro usaria Ramagem no cargo para interferir politicamente na PF. De acordo com o ministro, houve o chamado desvio de finalidade.
No depoimento à PF, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que: “em meados de 2019 solicitou ao ex-ministro Sergio Moro a troca do diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Maurício Valeixo, em razão da falta de interlocução que havia entre o presidente da República e o diretor da Polícia Federal; que indicou o delegado Alexandre Ramagem em razão da sua competência e confiança construída ao longo do trabalho de segurança pessoal do declarante durante a campanha eleitoral de 2018".
Bolsonaro disse ainda que Moro concordou com a indicação de Ramagem desde que fosse indicado à vaga no Supremo.
"Ao indicar o DPF Ramagem ao ex-ministro Sergio Moro, este teria concordado com o presidente desde que ocorresse após a indicação do ex-ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal; e que nunca teve como intenção, com a alteração da direção-geral, obter informações privilegiadas de investigações sigilosas ou de interferir no trabalho de Polícia Judiciária ou obtenção diretamente de relatórios produzidos pela Polícia Federal.”, disse o presidente.
g1
Portal Santo André em Foco
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (11) o projeto de lei que remaneja R$ 9,3 bilhões do orçamento do Bolsa Família para o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil.
A proposta, enviada pelo Executivo no fim de outubro, foi aprovada primeiramente pelos deputados e, em seguida, pelos senadores. Desde o início da pandemia, as sessões do Congresso Nacional têm sido realizadas em duas etapas — uma na Câmara e outra no Senado.
Após 18 anos de existência, o Bolsa Família foi extinto no dia 10 de novembro. Uma medida provisória editada pelo governo no dia 10 de agosto determinou, em 90 dias, que a lei de 2004 que criou o antigo programa de transferência fosse revogada.
De acordo com técnicos, no entanto, como a lei deixou de valer, não há mais base legal para o governo transferir o dinheiro por meio do programa Bolsa Família. A aprovação deste projeto, então, é uma formalidade necessária para o governo poder usar o dinheiro do programa antigo na versão nova.
O Ministério da Cidadania já informou que os pagamentos do Auxílio Brasil terão início no dia 17 de novembro e seguirão o calendário habitual do Bolsa Família.
De acordo com decreto publicado na última sexta-feira, o benefício terá um reajuste de 17,84% em relação ao antigo programa.
A partir de dezembro e somente até o fim de 2022, o governo promete valor mínimo de R$ 400 aos beneficiários. Para isso, o Executivo conta com a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que abrirá espaço orçamentário superior a R$ 90 bilhões para o próximo ano.
A PEC já passou pela Câmara e agora segue para o Senado.
Plano Plurianual
Outro projeto aprovado pelos congressistas nesta quinta alterou um anexo do Plano Plurianual (2020-2023), para incluir na programação o novo Auxílio Brasil.
O Plano Plurianual é um planejamento governamental que define as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal por quatro anos.
O projeto incluiu, entre as rubricas previstas, a "Promoção de Cidadania por meio do Auxílio Brasil" em substituição à "Inclusão Social por meio do Bolsa Família".
Ciência e Tecnologia
Deputados e senadores também aprovaram nesta quinta a liberação de um crédito especial no valor de R$ 16 milhões destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O recurso deve ser incluído na programação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O projeto aprovado nesta tarde não visa recompor o corte orçamentário enfrentado pelo MCTIC em outubro, quando o Congresso deu aval a uma proposta que remanejou mais de R$ 600 milhões do Orçamento da pasta que seriam utilizados para o financiamento de pesquisas. O corte se deu a pedido do Ministério da Economia.
Após a medida, o ministro Marcos Pontes criticou a decisão, chamada por ele de ‘falta de consideração’. Em audiência na Câmara, Pontes afirmou que o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a recompor o fundo – o que ainda não aconteceu.
O pedido de liberação dos R$ 16 milhões foi feito pelo governo em agosto e visa a aplicação do recurso em novas políticas de fomento, entre as quais no Sirius, o laboratório de luz sincrotron, em Campinas.
g1
Portal Santo André em Foco
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, ameaçou nesta quinta-feira (11) fechar um importante gasoduto que leva gás natural da Rússia para a União Europeia (UE) se seu governo for alvo de novas sanções por causa da crise migratória na fronteira entre o país e a Polônia.
“Estamos aquecendo a Europa e eles estão ameaçando fechar a fronteira”, disse Lukashenko, citado pela agência estatal Belta. “E se cortamos o gás para eles? Portanto, recomendo que os líderes da Polônia, da Lituânia e outras pessoas descerebradas pensem antes de falar.”
A ameaça, que ocorre em meio a uma crise energética na Europa, foi uma resposta às declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que a UE ampliará as sanções contra Belarus, um movimento que provavelmente será coordenado com os Estados Unidos e o Reino Unido.
Várias autoridades europeias fizeram duras críticas ao regime de Lukashenko nos últimos dias, acusando Belarus de levar os migrantes para a fronteira com a Polônia, em uma tentativa de desestabilizar o bloco.
Cerca de 20% do gás enviado pela Rússia à UE até agora neste ano passou por Belarus, segundo dados levantados pela agência Bloomberg. Na quarta (10), a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, telefonou para o presidente russo, Vladimir Putin, para que ele pressione Lukashenko, seu aliado, a recuar.
A crise energética fez os preços do gás natural dispararem em toda a Europa, em um outro capítulo da disputa do bloco com a Rússia. Algumas autoridades da UE acusam Putin de utilizar o recurso como uma arma estratégica para forçar o início das operações do recém-construído gasoduto Nord Stream 2, que ligará o país diretamente à Alemanha.
Williem Coppoolse, consultor do setor de gás com ampla experiência em lidar com os russos, sugeriu em entrevista ao jornal espanhol “El País” que a ameaça de Belarus é vazia.
“Claro que teria um impacto no preço do gás, mas Lukashenko não o fará, a Gazprom [estatal russa] é dona do gasoduto bielorrusso”, disse ele. “É só um jogo. Lukashenko diz bobagens e os russos riem porque serve para alarmar os europeus ingênuos. É o humor soviético”, acrescentou.
Valor Online
Portal Santo André em Foco
A polícia de Kalamazoo, no estado de Michigan, nos Estados Unidos, demoliu parcialmente uma casa durante o cerco a um suspeito, que teve início na quarta-feira e terminou apenas nesta quinta (11).
O homem, procurado por seu envolvimento em um tiroteio no qual uma mulher ficou ferida, trocou tiros com policiais enquanto estava dentro do imóvel.
O impasse durou 16 horas, até que as autoridades começaram a colidir veículos no local, tentando forçar o homem a sair. Os choques acabaram provocando o colapso parcial da casa.
Após determinar que o suspeito não oferecia mais perigo, policiais entraram no imóvel e o encontraram morto, no segundo andar.
Segundo a rede NBC, a polícia não declarou o motivo pelo qual destruiu a casa.
France Presse
Portal Santo André em Foco
Um importante shopping center de Pequim foi fechado e os moradores de vários complexos residenciais passarão por um confinamento obrigatório a partir desta quinta-feira (11), na região central da capital chinesa, devido a um recente foco com seis casos confirmados de Covid-19.
Embora o nível de infecções seja muito menor na China do que na maioria dos países, o governo chinês continua a adotar uma estratégia de tolerância zero contra o coronavírus, com a imposição de severas restrições e testes em massa quando poucos casos são detectados.
Os seis novos casos foram registrados nos distritos de Chaoyang e Haidian, no centro de Pequim, onde está ocorrendo uma sessão plenária do Comitê Central do Partido Comunista — que adotou uma resolução que reforça poder do presidente do país, Xi Jinping.
Eles estão vinculados a contatos com pessoas infectadas na província de Jilin, no nordeste do país, segundo o governo.
Confinamento e testagem em massa
Quatro complexos residenciais, uma escola do ensino básico e um prédio comercial entraram em lockdown nesta quinta, com dezenas de milhares de pessoas impedidas de sair e obrigadas a passar por testes de Covid-19.
Profissionais com trajes de proteção isolaram as áreas confinadas e entregaram alimentos aos moradores que estão confinados.
O shopping Raffles City, no centro da capital, foi fechado na quarta-feira (10) à noite, depois que um contato próximo de uma pessoa infectada visitou o local, segundo o jornal "Beijing Youth Daily".
As saídas foram bloqueadas e trabalhadores e clientes só deixaram o local após serem testados, e o centro comercial permanece fechado nesta quinta.
Enquanto outros países flexibilizaram as medidas para diminuir o contágio do vírus, devido ao avanço da vacinação, a China mantém sua estratégia de tentar erradicar completamente a doença quando um pequeno foco é registrado, adotando medidas rígidas e restrições à mobilidade.
France Presse
Portal Santo André em Foco
A primeira estimativa para a safra agrícola de 2022, divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevê a produção de 270,7 milhões de toneladas de grãos, cereais e leguminosas.
De acordo com o instituto, se os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) forem confirmados, será um recorde da série histórica, iniciada em 1975, com um aumento de 7,8% em relação às estimativas deste ano, o que representa 19,5 milhões de toneladas a mais.
A expectativa do IBGE é que a produção seja puxada pelo milho, após uma queda grande na safra do grão deste ano, por causa do atraso do plantio da segunda safra e da falta de chuvas nos principais estados produtores. Para 2022, a previsão é de alta de 11,1% para a primeira safra, com 2,8 milhões de toneladas, e de 26,8% para a segunda safra, com 16,2 milhões de toneladas.
Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, além da previsão de normalidade climática para o próximo ano, a alta do dólar incentiva os produtores de commodities.
“Outra razão para a perspectiva de recorde diz respeito à questão econômica. Apesar do aumento dos custos de produção, os preços das commodities agrícolas como milho, trigo e soja estão altos, ajudados pela valorização do dólar, fazendo o produtor aumentar o plantio e investir mais nessas lavouras”, explica.
O instituto prevê crescimento de 0,8% na produção de soja, com 1,1 milhão de toneladas a mais; de 2,4% no algodão herbáceo em caroço, com 84,9 mil toneladas, 12,8% no sorgo, com 302,4 mil toneladas; 6,9% no feijão primeira safra, com 80,9 mil toneladas, e aumento de 9,8% no feijão segunda safra, com previsão de 101 mil toneladas.
Por outro lado, a pesquisa estima quedas nas produções do arroz, de 3,9% ou 451,6 mil toneladas; do feijão terceira safra, de 0,9% ou 5,1 mil toneladas, e do trigo, de 10% ou 785,8 mil toneladas.
Safra de 2021
A pesquisa do IBGE aponta que a estimativa de outubro para a safra de 2021 é de 251,2 milhões de toneladas, o que representa 1,2% ou 3 milhões de toneladas a menos do que a obtida em 2020, quando a produção de grãos, cereais e leguminosas no país chegou a 254,1 milhões.
A área a ser colhida deve aumentar 4,6% este ano, alcançando 68,5 milhões de hectares. Somados, o arroz, o milho e a soja representam 92,5% da estimativa da produção do país e respondem por 87,6% da área a ser colhida.
Na produção deste ano, o IBGE aponta aumento de 10,3% para a soja e de 4,5% para o arroz em casca. Por outro lado, a previsão é de queda de 17,5% no algodão herbáceo e de 16% no milho, sendo 2,8% a menos na primeira safra e 20,6% de queda na segunda.
A produção de soja deve chegar a 134,1 milhões de toneladas e o milho 86,7 milhões de toneladas, sendo 25,9 milhões de toneladas na primeira safra e 60,9 milhões de toneladas na segunda safra. A produção do arroz foi estimada em 11,5 milhões de toneladas e a do algodão em caroço em 5,8 milhões de toneladas.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
As vendas no comércio varejista caíram 1,3% na passagem de agosto para setembro. É a segunda queda seguida, embora menos intensa que a verificada em agosto (-4,3%), após a alta de 3,1% de julho. Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O gerente da pesquisa, Cristiano dos Santos, afirmou que desde o começo da pandemia de covid-19, em março de 2020, os dados do comércio têm variado muito, volatilidade típica de um “novo rearranjo da estrutura econômica como um todo”.
“Desde o início da pandemia, temos uma sequência de grande amplitude. Houve uma grande baixa em abril de 2020, depois um cenário de recuperação bastante rápida que culmina em outubro, uma queda novamente para patamares de pandemia no início do ano de 202. Em seguida, tivemos um crescimento também forte, que posicionou o mês de maio como o segundo nível recorde, após outubro e novembro do ano passado. Agora, a trajetória experimenta uma nova queda.”
De acordo com Santos, o impacto da pandemia na receita das empresas está diminuindo, com apenas 2,3% delas dando essa justificativa para a diminuição ou crescimento.
“A receita varia próxima da estabilidade em -0,2%. Então, esse contexto de pandemia, pelo menos no que tange ao impacto detectado pela pesquisa nas empresas da nossa amostra, está cada vez menor nos últimos meses. A gente atinge patamares que são até menores do que o mínimo dessa série, ou seja, quase não há mais relatos de impactos da pandemia na receita das empresas. Impacto que já chegou a ser 63,1% de todos os relatos em abril de 2020.”
Inflação
Santos ressaltou que o principal fator que influenciou os resultados do comércio em setembro foi a alta da inflação, além de mudanças nos juros que afetaram o crédito.
“A inflação certamente é o mais importante nesses últimos dois meses, mas também tem outros. O saldo da carteira de crédito, tanto para pessoa física quanto jurídica, estabilizou nos últimos meses. Lembra que em setembro teve uma reunião do Copom que reposicionou a taxa Selic, os juros aumentam, então isso afetou o crédito. Tem o fenômeno também de aumento do emprego formal, mas que está desbalanceado com relação à renda. Cresce o emprego, mas num ritmo menor a renda”, disse.
De acordo com o gerente da pesquisa, isso se reflete na queda maior no volume de vendas do que na receita das empresas.
“O componente que joga o volume para baixo é a inflação. As mercadorias subiram de preço. Em combustíveis e lubrificantes, por exemplo, a receita foi -0,1%, totalmente estável, e o volume caiu 2,6%. O mesmo vale para hiper e supermercados, que passa de 0,1% de receita para -1,5% em volume.”
Atividades
Segundo o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em setembro. As maiores quedas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%) e combustíveis e lubrificantes (-2,6%). Porém, a atividade de maior peso na formação da taxa de setembro foi hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que caíram 1,5%.
No comércio varejista ampliado, que inclui, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro na comparação mensal.
Na comparação anual, o comércio varejista caiu 5,5%, reflexo da queda em sete das oito atividades. Apenas artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram crescimento, de 4,3%.
As quedas em relação a setembro de 2020 foram de 22,6% em móveis e eletrodomésticos; -14,8% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; -6,9% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; -4% em combustíveis e lubrificantes. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 3,7%; livros, jornais, revistas e papelaria diminuíram em 3,4% as vendas; e o setor de tecidos, vestuário e calçados ficaram estáveis, com queda de 0,1%.
Pandemia
Em relação ao cenário pré-pandemia, em fevereiro de 2020, o comércio varejista está 0,4% abaixo e o comércio varejista ampliado em -1,7%. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos estão 12,0% acima do nível pré-pandemia, material de construção está 11,7% acima e outros artigos de uso pessoal e doméstico estão com vendas 5,8% acima de fevereiro de 2020.
Por outro lado, as vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria estão 37,3% abaixo de fevereiro de 2020, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação continuam 18,7% abaixo e combustíveis e lubrificantes permanecem 10,6% abaixo do nível pré-pandemia.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O abate de suínos subiu 7,6% e o de frangos 1,2% no terceiro trimestre de 2021, conforme mostram os primeiros resultados da produção animal no período, na comparação com o ao mesmo trimestre de 2020. Já o abate de bovinos caiu 11,1% na mesma comparação.
Em relação ao segundo trimestre deste ano, foi registrada queda de 2,4% no abate de bovinos, mas o de suínos avançou 5,1% e o de frangos 0,6%. Os dados das pesquisas trimestrais do Abate de Animais, do Leite e do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, que englobam o período de julho a setembro de 2021, foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, no terceiro trimestre deste ano foram abatidas 6,91 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. A produção de carcaças bovinas ficou em 1,88 milhão de toneladas, o que significa recuo de 9,4% se comparado ao mesmo período de 2020 e avanço de 0,4% em relação ao segundo trimestre de 2021.
Suínos
Também de julho a setembro deste ano, o abate de suínos alcançou 13,70 milhões de cabeças. O número, além de representar ualta de 7,6% em relação a igual período do ano anterior, foi um avanço de 5,1% na comparação com o segundo trimestre de 2021.
O peso acumulado das carcaças atingiu 1,27 milhão de toneladas, o que equivale a uma elevação de 8,5% frente ao terceiro trimestre de 2020 e de 4,5% se comparado ao período imediatamente anterior.
Frangos
A alta de 1,2% na produção de frangos foi obtida com o abate de 1,53 bilhão de cabeças no terceiro trimestre de 2021, em relação aos mesmos meses de 2020 e de 0,6% ante o segundo trimestre de 2021.
O peso acumulado das carcaças alcançou 3,63 milhões de toneladas. É uma alta de 4,1% em relação aos meses de julho a setembro de 2020 e de 0,8% frente ao trimestre anterior.
Leite
A aquisição de leite cru, que é feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária federal, estadual ou municipal, ficou em 6,19 bilhões de litros. O volume equivale a queda de 5,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2020, mas avanço de 6,4% na comparação com o período imediatamente anterior.
Couro
Os curtumes declararam que receberam 6,96 milhões de peças inteiras de couro cru bovino entre julho e setembro de 2021. Isso representa queda de 15,4% em relação a igual período de 2020 e de 7,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
O IBGE destacou que os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro são aqueles que efetuam curtimento de, pelo menos, 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
Ovos de galinha
A produção de ovos de galinha atingiu 994 milhões de dúzias entre julho e setembro deste ano, o que representa recuo de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas aumento de 0,8% em comparação com o segundo trimestre de 2021.
Agência Brasil
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