O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou parcialmente os efeitos de decisões do Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) na fase 64 da Operação Lava Jato – denominada Operação Pentiti – que tenham relação com o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/Governos Lula e Dilma). Também anulou as buscas na portaria da garagem do prédio onde um dia foi sediado o escritório do criminalista José Roberto Batochio, que já defendeu Antônio Palocci, antes que o ex-ministro (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) fechasse acordo de delação.
A Polícia Federal deflagrou, no dia 23 de agosto, a Pentiti, para apurar supostos crimes de corrupção envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobrás na exploração do pré-sal e ‘em projeto de desinvestimento de ativos’ na África. Naquele dia, foram alvos de buscas a ex-presidente da Petrobrás, Graça Foster, além do executivo André Esteves.
Mantega, que havia sido alvo da fase anterior da Lava Jato, a Carbonara Chimica, era citado na Pentiti por causa da delação de Palocci.
Segundo a Corte, ao ‘acolher parcialmente a terceira extensão na reclamação (RCL) 36542, o ministro Gilmar Mendes analisou a representação da Polícia Federal que motivou a deflagração da Operação Pentiti e concluiu que apenas um dos fatos investigados – o possível recebimento de informações de Graça Foster (ex-presidente da Petrobras) sobre contratos da estatal com empresas privadas para posterior solicitações de vantagens indevidas – justifica a competência da 13.ª Vara Federal de Curitiba, por ser desdobramento da Operação Lava Jato’.
De acordo com a Corte, ‘outros fatos seriam a possível participação de Mantega nos pagamentos feitos pela Odebrecht ao marqueteiro João Santana e à sua esposa Mônica Moura em conta no exterior, pelos quais Palocci foi integralmente responsabilizado; a eventual atuação do ex-ministro para gerir recursos do banco BTG Pactual que seriam disponibilizados ao ex-presidente Lula; e a possibilidade de repasse de informações privilegiadas ao banqueiro André Esteves em razão do cargo’.
Gilmar afirma que nenhum dos fatos atrai a competência do Juízo de Curitiba, sob pena de afronta às decisões da Segunda Turma do STF nas Petições 7075 e 6664, quando se fixou o entendimento de que os fatos considerados conexos com a Operação Lava Jato são os relativos a fraudes e desvios de recursos no âmbito da Petrobrás.
Em decisão anterior, o ministro já havia declarado a incompetência da 13.ª Vara de Curitiba para processar e julgar a ação penal contra Mantega e anulado medidas cautelares impostas a ele na fase 63 da operação, determinando a remessa dos autos à Justiça Federal de Brasília.
Busca e apreensão em escritório de advocacia
Na Operação Lava Jato 64, rotulada ‘Pentiti’, a Polícia Federal pediu buscas também no escritório do criminalista José Roberto Batochio, em São Paulo, mas a força-tarefa do Ministério Público Federal da Lava Jato no Paraná se manifestou contra a medida. A juíza Gabriela Hardt não autorizou a inspeção da PF no endereço de Batochio.
“Quero registrar minha indignação a essa pretensão, sábia, correta e justamente rechaçada pelo Ministério Público da Lava Jato no Paraná e pela própria juíza (Gabriela Hardt)”, reagiu o criminalista, no dia da operação. “Onde já se viu querer associar o advogado?”
Em outro pedido de extensão na Reclamação (RCL) 36542, Gilmar Mendes revogou a medida de busca e apreensão no antigo endereço profissional de Batocchio.
O criminalista ressaltou, na época, que ‘não sofreu buscas e apreensão’. “Nem aqui (no escritório), nem em minha casa, em lugar nenhum.”
Gabriela Hardt autorizou a PF a fazer uma verificação minuciosa exclusivamente na portaria do endereço da Avenida Paulista, 1471, ao lado do Parque Trianon, onde Batochio manteve escritório por muitos anos porque Palocci delatou supostas entregas de dinheiro vivo da empreiteira Odebrecht na garagem do prédio.
Em sua decisão, Gilmar observou que, embora Batochio não tenha sido parte na petição da OAB, que fundamentou reclamação da entidade, a circunstância justificava sua atuação de ofício, em respeito ao princípio constitucional da proteção judicial efetiva.
Segundo o ministro, o deferimento pelo juízo de Curitiba da busca e apreensão ultrapassou os limites da legalidade. “Além de não restarem devidamente demonstrados, de forma pormenorizada, os crimes cometidos pelo advogado no decreto autorizador da medida, este extrapola qualquer juízo de razoabilidade ao se estender a clientela de José Roberto Batochio e a outros profissionais”, concluiu.
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA FABIO TOFIC SIMANTOB, QUE DEFENDE MANTEGA
As decisões do STF precisam ser cumpridas. Já é antigo o entendimento do STF de que a competência de Curitiba na LJ se restringe a ilícitos cometidos nã Petrobras no chamado Petrolão. A lei e a jurisprudência precisam valer mais do que a vontade pessoaal dos agentes incumbidos da repressão penal, por mais bem intencionados que sejam.
Estadão
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O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decretou a prisão do ex-deputado federal Nelson Meurer (PP-PR), primeiro político a ser condenado pelo STF no âmbito da Operação Lava Jato. É a primeira vez que Fachin manda prender um ex-parlamentar condenado pelo próprio STF dentro da investigação que apura um esquema de desvio de recursos bilionários da Petrobrás.
Em abril deste ano, em decisão unânime, a Segunda Turma do STF negou recursos contra a sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal acusou o ex-parlamentar, que integrava a cúpula do Partido Progressista, de ter recebido vantagens indevidas para dar apoio político à permanência de Paulo Roberto Costa na diretoria de abastecimento da Petrobrás.
Em maio do ano passado, a Segunda Turma condenou Nelson Meurer a 13 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão.
Estadão
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se disse nesta quarta-feira (30) surpreso que um delegado de polícia do Rio de Janeiro tenha ignorado os registros e áudios da portaria de seu condomínio e inventado o depoimento do porteiro que citou seu nome nas investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Para o presidente, essa "invenção" ocorreu "por ordem e determinação do senhor governador Witzel", para tentar prejudicá-lo.
"Tem o registro, sim, para casa outra. Agora, nos surpreende a qualquer um a Polícia Civil, o delegado que tá fazendo o inquérito, ignorar isso e inventar um depoimento, no meu entender por ordem e determinação do senhor governador Witzel para tentar me prejudicar", respondeu Bolsonaro.
"Não tem nada na sua casa, então, presidente?", questiona um jornalista.
"Não tem. Já determinei... meu filho foi na portaria, pegou os registros de voz inclusive para aquele horário onde foi feita a ligação. Não foi para a casa minha, e a voz que se apresenta lá está muito longe de ser a minha", disse Bolsonaro.
O presidente fazia referência a imagem e áudio divulgados na manhã desta quarta pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, no Twitter. A postagem foi compartilhada, sem seguida, pela conta do presidente.
Segundo Carlos, os registros são do sistema que grava as ligações feitas da portaria para as casas do condomínio.
O filho do presidente fez isso para contestar as informações fornecidas à policia pelo porteiro e o registro manual de entrada no condomínio, já analisado pela investigadores. A TV Globo teve acesso, com exclusividade, a registros da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, onde mora o principal suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa – é o mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa.
O porteiro contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. E que alguém na casa dele, a de número 58, liberou a entrada.
Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia. Como o nome do presidente foi citado, a lei obriga que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise o caso.
No áudio mostrado pelo vereador nesta quarta, uma voz anuncia a chegada de Élcio para a casa 65, onde morava o outro acusado, Ronnie Lessa. O vereador conclui dizendo que há algo de errado nas informações passadas para a Rede Globo.
Fontes ouvidas pela TV Globo dizem que há divergências entre as entradas registradas no documento em papel com as exibidas no vídeo. São, por exemplo, entradas que aparecem em um registro e não aparecem em outro.
As gravações de áudio estão em poder da polícia, mas não foram periciadas porque os investigadores decidiram esperar por uma manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) em função da citação ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Primeiras acusações contra Witzel
Ainda na noite de terça-feira (29), horas após a revelação feita pelo JN, Bolsonaro culpou Witzel por repassar as informações à imprensa, o que o governador nega. Nesta quarta, mais cedo, Bolsonaro disse que Witzel contou a ele no dia 9 de outubro sobre a citação do seu nome no caso Marielle.
"Deixar bem claro também: dia 9 de outubro, às 21h, eu estava no Clube Naval no Rio de Janeiro. Chegou o governador Witzel e chegou perto de mim e falou o seguinte: 'o processo está no Supremo'. Eu falei: 'que processo?' 'O processo da Marielle.' 'Que que eu tenho a ver com a Marielle?' 'O porteiro citou teu nome.' Quer dizer: Witzel sabia do processo que estava em segredo de Justiça. Comentou comigo", afirmou o presidente.
"No meu entendimento, o senhor Witzel estava conduzindo o processo com o delegado da Polícia Civil pra tentar me incriminar ou pelo menos manchar o meu nome com essa falsa acusação, que eu poderia estar envolvido na morte da senhora Marielle", afirmou Bolsonaro.
Após as declarações do presidente, o governador disse que não manipula o Ministério Público ou a Polícia Civil, e chamou as acusações contra ele de "levianas".
"A Polícia Civil, no meu governo, tem independência, o MP tem e sempre terá independência e, infelizmente, eu recebi com muita tristeza essas levianas acusações." Witzel também negou ter vazado qualquer informação sobre o processo.
Mais tarde, Witzel disse por meio de sua conta no Twitter esperar que Bolsonaro peça desculpas ao povo do Rio de Janeiro.
Investigação sobre os investigadores
Mais cedo, Bolsonaro disse que ia falar com o ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre a possibilidade de colher um novo depoimento do porteiro – desta vez, pela Polícia Federal. Horas depois, o presidente voltou a ser questionado sobre isso e afirmou:
"O Moro o, a AGU [Advocacia-Geral da União] defende o governo nesses momentos, e obviamente a defesa não é do ministério ele [inaudível]... Com toda certeza, tomará a medida cabível que é pedir uma investigação dos que investigavam o caso Marielle através do Ministério Público."
Elcio Queiroz
Jornalistas questionaram Bolsonaro se ele conhecia o ex-policial militar Elcio Queiroz, suspeito de envolvimento na morte de Marielle.
"Não vi, olha eu tiro foto com centenas, milhares de policiais no Rio de Janeiro, de décadas... Por ocasião da campanha, tinha dia que eu tirava mais de 500 fotografias. Pode ser que tenha foto com ele, mas dentro do condomínio nunca frequentei, não é a casa dele, a casa de ninguém", disse Bolsonaro.
Elcio foi preso junto com Ronnie Lessa em março deste ano. Segundo as investigações da Polícia Civil do Rio, Ronnie é o autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson; ele estava no banco de trás do Cobalt que perseguiu o carro da vereadora. Elcio é apontado como o motorista do Cobalt na noite do crime.
G1
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido de instauração de inquérito para investigar o depoimento do porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca.
O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, a registros da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, onde mora o principal suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa – é o mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa.
O porteiro contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Mas os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia.
No documento enviado a Aras, Moro diz que o porteiro pode ter se confundido ou ter sido manipulado por terceiros para prejudicar o presidente.
"É ainda possível que o depoente em questão tenha simplesmente se equivocado ou sido utilizado inconscientemente por terceiros para essas finalidades", afirmou o ministro.
No dia do crime, o porteiro trabalhava na guarita que controla os acessos ao condomínio. Às 17h10 da data do crime, ele escreve no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o visitante iria, a de número 58.
Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime.
O Jornal Nacional apurou o teor de suas declarações. O porteiro contou que, depois que Élcio se identificou na portaria e disse que iria pra casa 58, ligou para a casa 58 para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar.
Disse também que identificou a voz de quem atendeu como sendo a do "Seu Jair" – ele confirmou isso nos dois depoimentos.
O porteiro explicou que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66 do condomínio. A casa 66 era onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson.
Lessa é apontado pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios como autor dos disparos.
O porteiro disse, em depoimento, que ligou de novo para a casa 58, e que o homem identificado por ele como "Seu Jair" teria dito que sabia para onde Élcio estava indo.
No documento enviado à PGR, Moro disse que, como a reportagem da TV Globo mostrou, Bolsonaro estava na Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 14 de março. Isso, segundo o ministro, mostra "inconsistência" no depoimento do porteiro.
"A inconsistência sugere possível equívoco na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do Presidente da República no crime em questão, o que pode configurar crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa, neste último caso tendo por vítima o Presidente da República, o que determina a competência da Justiça Federal e, por conseguinte, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal", afirmou o ministro.
Bolsonaro
O pedido de Moro foi encaminhado à PGR depois de o presidente Jair Bolsonaro ter dito que solicitaria essa providência ao ministro da Justiça.
"Estou conversando com o ministro da Justiça o que pode ser feito para tomar, via Polícia Federal, o depoimento novamente desse porteiro. Agora pela PF, para esclarecer de fato. De modo que esse fantasma que querem botar no meu colo como possível mentor da morte de Marielle seja enterrado de vez", afirmou o presidente em Riad, na Arábia Saudita, onde participa de encontros com autoridades locais.
Questionado por jornalistas o que Moro pode fazer no caso, o presidente respondeu: "Com toda certeza, tomará a medida cabível, que é pedir uma investigação dos que investigavam o caso Marielle através do Ministério Público".
Bolsonaro também disse que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, conduziu o processo para atingir o presidente da República.
"É uso político por parte do governador Witzel que agiu, no meu entender, criminosamente, não só conduzindo para onde queria o inquérito bem como tendo acesso a um processo que tramitava em segredo de justiça. No meu entender um ato criminoso do governador do rio de janeiro que tem ambições políticas", concluiu o presidente.
G1
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Em setembro, as despesas da União foram maiores que as receitas e o saldo das contas públicas foi negativo em R$ 20,372 bilhões. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Tesouro Nacional.
Este é o resultado primário das contas federais, isto é, não considera o que o governo ainda precisará desembolsar para pagar os juros da dívida pública (resultado nominal).
Apesar de negativo, este é o melhor desempenho para o mês em quatro anos. Em relação a setembro do ano passado, quando o déficit foi de R$ 23,026 bilhões, houve uma queda real de 14%.
A melhora em relação a 2018 se deve, principalmente, ao aumento de R$ 3,6 bilhões das receitas líquidas (após transferências para estados e municípios). Grande parte desse dinheiro veio da distribuição de dividendos da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Por outro lado, os gastos se mantiveram praticamente constantes em relação a setembro do ano passado.
Em setembro, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram superávit de R$ 13,147 bilhões no mês passado, a Previdência Social puxou o resultado para o campo negativo ao registrar déficit de R$ 33,520 bilhões.
Acumulado do ano e meta fiscal
De janeiro a setembro, o déficit acumulado é de R$ 72,469 bilhões – resultado 14,5% menor do que o rombo registrado no mesmo período de 2018. É o melhor desempenho para os primeiros nove meses do ano desde 2015.
Somente o INSS, acumula déficit de R$ 93,166 bilhões em 2019. A previsão é que os gastos com a Previdência gerem um rombo de R$ 218 bilhões neste ano.
A meta fiscal, estabelecida por lei, permite um déficit primário das contas da União de até R$ 139 bilhões, e para todo o setor público (incluindo estados, municípios e empresas estatais) de até R$ 132 bilhões.
De acordo com o Tesouro Nacional, os leilões de petróleo que serão realizados ainda este ano, como o megaleilão da cessão onerosa, dificuldades na execução orçamentária e um resultado melhor das estatais vão permitir uma redução do déficit primário em 2019.
“É possível que todos esses fatores acima, assumindo projeções conservadoras para o ingresso de recursos do leilão do excedente da cessão onerosa (...) levem a um déficit primário do setor público melhor que R$ 100 bilhões”, diz o Tesouro Nacional em texto divulgado nesta quarta.
G1
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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou nesta quarta-feira (30) que o banco público não abrirá mais parte de suas agências aos sábados para saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - ao contrário do que havia sido informado inicialmente.
Segundo ele, a abertura de parte das agências da instituição financeira aos sábados se mostrou "matematicamente e empiricamente desnecessário". Guimarães informou que esteve em Vitória (ES) no último sábado e que, as agências, estavam "muito vazias".
Além disso, afirmou o presidente da Caixa, 90% dos pagamentos de não correntistas são feitos por meio de lotéricas ou ATM´s (caixas eletrônicos), não sendo necessário, portanto, entrar nas agências. "Há uma necessidade [de entrar na agência] quando se esquece a senha, mas isso é menos de 10% dos casos", explicou ele.
Com a decisão de não abrir mais aos sábados, ele informou que a instituição financeira deixará de gastar em horas extra e transporte de valores, além de outros gastos operacionais. "Vimos que não precisa. Vamos economizar alguma s centenas de milhões de reais", declarou Guimarães.
Até março do ano que vem, a instituição está liberando o saque de até R$ 500 por conta vinculada do trabalhador - processo que não tem relação com o saque-aniversário, que só começa a ser pago somente em abril de 2020. Saques de até R$ 100 poderão ser realizados em unidades lotéricas.
Os trabalhadores que não são correntistas da Caixa e terão direito aos saques somam 62,5 milhões de pessoas, que poderão sacar em torno de R$ 25 bilhões.
MP do FGTS
Questionado sobre mudanças na Medida Provisória do FGTS promovidas pelo relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), de que os trabalhadores que tinham até um salário mínimo, de R$ 998 no fundo na data da publicação da MP possam sacar todo o valor, ao invés de R$ 500, Guimarães não demonstrou preocupação.
"Estamos tranquilos, pois 82% [dos trabalhadores com direito a saque] têm conta na Caixa. Para quem não tem, estão usando lotéricas, ou ATMs [máquina de saques], de uma maneira. Essa medida sendo aprovada estamos tranquilos, pois temos até 31 de março para realizar esses pagamentos", declarou.
Taxa de administração do FGTS
Sobre outra proposta do relator, de reduzir de 1% para 0,5% a taxa de administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o presidente da Caixa afirmou que essa é uma prerrogativa do Congresso Nacional - que ainda vai debater a proposta.
"Estamos melhorando muito pela tecnologia a eficiência. Os custo que temos hoje são muito inferiores a 2017. Agora, a gente ainda não recebeu [a proposta], não houve discussão. Mas estamos muito tranquilos", disse ele.
Atualmente, a Caixa tem um faturamento de cerca de R$ 5 bilhões, por ano, com a administração do FGTS, com uma taxa de 1%. Se o valor recuar para 0,5%, a instituição pode perder cerca de R$ 2,5 bilhões por ano.
Pedro Guimarães informou que a instituição financeira tem uma "operação superavitária", tendo o lucro dobrado, na parcial deste ano, em relação ao ano de 2017, e avançado 25% sobre o ano passado.
"A Caixa nunca teve um resultado tão forte. Em duas semanas, teremos o resultado do terceiro trimestre. Mas certamente não haverá nenhuma necessidade de fechar nenhuma agência [se a taxa de administração do FGTS diminuir]. A Caixa está lucrativa como nunca esteve , por uma série de medidas de redução de custos", declarou.
No começo deste mês, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a gestão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pela Caixa gera prejuízo ao trabalhador e defendeu que o monopólio do banco para operar os recursos seja discutido.
G1
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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (30) que as taxas de juros de suas linhas de crédito imobiliário, com recursos da poupança, terão nova redução.
Esse é o terceiro corte de juros das linhas de crédito para compra da casa própria neste ano, e o segundo no mês de outubro. A primeira redução deste mês foi anunciada no dia 8. As novas taxas terão validade para novos contratos, fechados a partir de 6 de novembro.
A redução se aplica a créditos com saldo devedor atualizado pela taxa referencial (TR) no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e, também, do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
De acordo com o banco, a taxa efetiva mínima para imóveis residenciais será de 6,75% ao ano e a máxima será de 8,5% ao ano, mais a taxa referencial. As taxas anteriores variavam de 7,5% a 9,5% ao ano, mais TR.
Na linha com correção da inflação, a taxa continua entre 2,95% e 4,95% ao ano, mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esses valores não foram alterados nesta semana.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou que o banco é o primeiro no Brasil a operar com custo efetivo total abaixo de 7% ao ano. Ele disse ainda que essa taxa de juros possui custos inferiores ao Minha Casa Minha Vida, na faixa 3 (população de renda mais alta, para famílias com renda bruta de até R$ 7 mil)
O presidente da instituição financeira acrescentou que, mais importante do que olhar para a taxa básica de juros, atualmente em 5,5% ao ano (podendo recuar para 5% ao ano fim desta quarta-feira), é atentar para os juros futuros.
“Fizemos uma comparação matemática com o que houve de redução de 31 de dezembro até hoje [na curva de juros futura]. Ao redor de 23%, redução que também fizemos na linha de TR. Chegamos de 8,5% a 6,75% [ao ano]. Acreditamos que essas taxas são totalmente sustentáveis do ponto de vista matemático, temos convicção que vão gerar mais demanda”, afirmou ele.
Os clientes da Caixa que têm operações de crédito imobiliário com juros mais caros não podem migrar para as taxas menores, anunciadas nesta quarta-feira, informou o vice-presidente de Habitação da Caixa, Jair Mahl.
G1
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O dólar passou a cair nesta quarta-feira (30), à espera da decisão sobre os juros do Brasil e repercutindo o novo corte na taxa dos Estados Unidos, o terceiro este ano.
Às 16h41, a moeda norte-americana tinha queda de 0,4%, a R$ 3,9867.
Na terça, o dólar encerrou o dia em alta de 0,26%, vendido a R$ 4,0026.
No final da tarde desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia a nova taxa básica de juros da economia brasileira. Os analistas preveem uma nova redução na Selic, que hoje está em 5,5% ao ano. Se confirmada a nova redução, a Selic atingirá o menor patamar em 30 anos, ou seja, desde que o Banco Central começou a série histórica.
Ainda da agenda doméstica, além da reunião do Copom após o fechamento da sessão, continuam em pauta as reformas propostas pelo governo, destaca a Reuters, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que a reforma tributária é a atual prioridade do Congresso e que a reforma administrativa deve ficar apenas para o próximo ano.
No âmbito político, o mercado repercute a notícia que um dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco entrou no condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro dizendo que iria à casa do então deputado, mas, na verdade, foi para a residência do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.
"Embora tenham passado um pouco do padrão dos 'ruídos' anteriores, não se sabe se haverá algum respingo para o mercado", informou a Terra Investimentos em nota a clientes. Já a Levante Investimentos afirmou que "de qualquer forma, os investidores não devem repercutir negativamente a notícia nos ativos - ainda mais em um dia agitado, com decisão de juros por aqui e nos EUA. Estaremos atentos para qualquer outro desdobramento".
Juros e dados dos EUA
Já nos Estados Unidos o Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa básica em 0,25 ponto percentual, na terceira redução do ano, levando a taxa de juros para a faixa entre 1,50% a 1,75%.
A valorização do dólar recebeu algum impulso após os dados melhores que o esperado do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre, que subiu 1,9% em termos anualizados, acima da expectativa de 1,6%. Já o núcleo da inflação medida pelo PCE, bastante acompanhada pelo Fed, avançou a uma taxa anualizada de 2,2%, também acima da expectativa de 2,1%.
Para analistas do ING, os números ainda são robustos, mas demonstram uma economia lidando com ventos contrários em meio ao ciclo mais longo de expansão da história. "Acreditamos que o quarto trimestre será ainda mais fraco que o anterior, dado que a desaceleração no número de vagas criadas e no crescimento dos salários irá se traduzir em um consumo das famílias menor, enquanto os pedidos de bens duráveis sugerem que o investimento deve contrair pelo terceiro trimestre consecutivo", diz o banco holandês em nota, segundo o Valor Online.
G1
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Um homem foi preso na manhã desta quarta-feira (30) suspeito de tráfico de drogas, em São Mamede, no Sertão paraibano. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o homem foi detido durante uma abordagem da Unidade Operacional localizada na BR-230, no km 310. Com ele, a polícia apreendeu 5 kg de cocaína escondidos dentro de uma bolsa que estava no porta-malas de um táxi.
Conforme a polícia, o homem seguia em um táxi com mais quatro pessoas. A droga estava escondida dentro da bagagem do suspeito, que estava no porta-malas do carro. Durante a abordagem, o suspeito, de 37 anos, se identificou como proprietário da bolsa.
Ao realizar a vistoria na mala, a PRF encontrou nove tabletes de cocaína. O homem detido não tinha passagem pela polícia e informou aos policiais que entregaria a droga na rodoviária de João Pessoa. Ele e o material foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de São Mamede, onde permanecem à disposição da Justiça.
G1 PB
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Um acidente foi registrado na manhã desta quarta-feira (30) em frente ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. De acordo com a Polícia Militar, uma enfermeira que saía do local acabou perdendo o controle do carro e colidindo em um árvore. Duas pessoas que estavam sentadas no local foram atingidas pelo veículo e levadas para a unidade de saúde.
O caso aconteceu por volta das 7h30. Segundo a polícia, a enfermeira saía do hospital após uma noite de plantão. Em uma curva localizada em frente a unidade de saúde, a condutora perdeu o controle do veículo e colidiu em uma árvore. No mesmo local, havia uma grade em que estavam sentadas duas pessoas, que foram atropeladas.
Conforme o hospital, uma das vítimas atingidas pelo carro teve apenas arranhões. A outra pessoa teve um ferimento na perna, mas permanece com estado de saúde estável. A mulher que dirigia o carro não ficou ferida, mas ficou em estado de choque e também precisou ser atendida no hospital.
Segundo a polícia, ainda não é possível afirmar o que teria acontecido para que a motorista perdesse o controle do veículo. O genro da condutora informou que ela tirou a Carteira Nacional de Habilitação há poucos meses.
G1 PB
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