Novembro 24, 2024

Dólar vira e passa a cair, em dia de decisões sobre juros

O dólar passou a cair nesta quarta-feira (30), à espera da decisão sobre os juros do Brasil e repercutindo o novo corte na taxa dos Estados Unidos, o terceiro este ano.

Às 16h41, a moeda norte-americana tinha queda de 0,4%, a R$ 3,9867.

Na terça, o dólar encerrou o dia em alta de 0,26%, vendido a R$ 4,0026.

No final da tarde desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia a nova taxa básica de juros da economia brasileira. Os analistas preveem uma nova redução na Selic, que hoje está em 5,5% ao ano. Se confirmada a nova redução, a Selic atingirá o menor patamar em 30 anos, ou seja, desde que o Banco Central começou a série histórica.

Ainda da agenda doméstica, além da reunião do Copom após o fechamento da sessão, continuam em pauta as reformas propostas pelo governo, destaca a Reuters, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmando que a reforma tributária é a atual prioridade do Congresso e que a reforma administrativa deve ficar apenas para o próximo ano.

No âmbito político, o mercado repercute a notícia que um dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco entrou no condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro dizendo que iria à casa do então deputado, mas, na verdade, foi para a residência do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.

"Embora tenham passado um pouco do padrão dos 'ruídos' anteriores, não se sabe se haverá algum respingo para o mercado", informou a Terra Investimentos em nota a clientes. Já a Levante Investimentos afirmou que "de qualquer forma, os investidores não devem repercutir negativamente a notícia nos ativos - ainda mais em um dia agitado, com decisão de juros por aqui e nos EUA. Estaremos atentos para qualquer outro desdobramento".

Juros e dados dos EUA
Já nos Estados Unidos o Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa básica em 0,25 ponto percentual, na terceira redução do ano, levando a taxa de juros para a faixa entre 1,50% a 1,75%.

A valorização do dólar recebeu algum impulso após os dados melhores que o esperado do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre, que subiu 1,9% em termos anualizados, acima da expectativa de 1,6%. Já o núcleo da inflação medida pelo PCE, bastante acompanhada pelo Fed, avançou a uma taxa anualizada de 2,2%, também acima da expectativa de 2,1%.

Para analistas do ING, os números ainda são robustos, mas demonstram uma economia lidando com ventos contrários em meio ao ciclo mais longo de expansão da história. "Acreditamos que o quarto trimestre será ainda mais fraco que o anterior, dado que a desaceleração no número de vagas criadas e no crescimento dos salários irá se traduzir em um consumo das famílias menor, enquanto os pedidos de bens duráveis sugerem que o investimento deve contrair pelo terceiro trimestre consecutivo", diz o banco holandês em nota, segundo o Valor Online.

G1
Portal Santo André em Foco

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