Após cerca de 12 horas de discussão, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados suspendeu por volta das 23h05 desta terça-feira (12) o debate sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A próxima reunião da CCJ será no dia 19.
O Congresso Nacional não terá outras atividades nesta semana em razão do encontro da cúpula do Brics, em Brasília, nestas quarta (13) e quinta-feira (14).
A programação do evento prevê reuniões no Palácio do Planalto, no Palácio Itamaraty e em um centro de convenções. Com isso, foram adotadas medidas para restringir o acesso a toda a Esplanada dos Ministérios.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal entendeu que as prisões de pessoas condenadas só podem ser decretadas quando houver o trânsito em julgado, isto é, quando não couber mais recurso no processo.
Segundo o artigo 5º da Constituição, ninguém será considerado culpado de um crime até o trânsito em julgado.
As propostas de emenda à Constituição (PEC) em debate na CCJ da Câmara propõem justamente alterar o inciso 57 do artigo 5º da Constituição.
O que dizem as PECs
Pelas propostas, o artigo 5º passará a dizer que ninguém será considerado culpado até a condenação em segunda instância. Com isso, o condenado poderá começar a cumprir a pena antes do trânsito em julgado.
A relatora, deputada Caroline De Toni (PSL-SC), já apresentou parecer a favor da tramitação. Compete à CCJ analisar se as propostas não ferem nenhum princípio constitucional ou norma jurídica. O mérito (conteúdo) será analisado posteriormente, por uma comissão especial.
Autor da PEC principal, o deputado Alex Manente (Cidadania-SP) diz ter votos suficientes para aprová-la na CCJ, mas articula a apresentação de um outro texto para conseguir mais apoio. Essa estratégia, diz Manente, considera as etapas seguintes da tramitação do texto.
O texto de Manente acaba com o recurso extraordinário, apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e com o recurso especial, apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na prática, o objetivo é fazer com que o réu só possa recorrer até a segunda instância e, depois disso, o processo transitará em julgado. O processo, pelo texto, até poderia ir ao STF ou ao STJ, mas por meio de uma nova ação, autônoma, para questionar aspectos formais.
Nos bastidores, esse movimento intermediário tem o apoio de partidos do chamado Centrão, que têm vários parlamentares alvo de processos, incluindo na Lava Jato.
Debates
No total, 110 deputados se inscreveram para debater as propostas: 63 a favor e 37 contra. Destes, 43 chegaram a discursar nesta terça (23 a favor, e 20 contra). O debate deverá ser retomado na próxima terça-feira (19) com os demais parlamentares inscritos.
"Para que esse Estado de Direito funcione é preciso que a Justiça funcione, é preciso que qualquer ato fora da lei tenha consequência, tenha punição", disse Adriana Ventura (Novo-SP), ao defender as emendas à Constituição.
"O problema aqui não é se é de direita ou esquerda. A questão é se os constituintes derivados podem ou não alterar uma norma constitucional feita pelos constitucionais originários. Não podem", argumentou José Guimarães (PT-CE).
Reunião
A reunião da CCJ desta terça transcorreu em clima menos tenso em comparação à sessão desta segunda (11), quando defensores do texto tentaram dar início aos debates e houve bate-boca e troca de provocações em vários momentos.
A oposição chegou a fazer obstrução no início da reunião, com a apresentação de diversos recursos, para tentar atrasar os debates. Alguns parlamentares argumentam que as propostas alteram cláusulas pétreas da Constituição e, portanto, não podem ser alteradas.
As legendas também acusaram a comissão de casuísmo por incluir a proposta na pauta justamente após o STF derrubar a possibilidade prisão após a segunda instância.
Com o resultado do julgamento no STF, pessoas que estavam presas por condenação em segunda instância apresentaram pedidos de liberdade à Justiça, entre as quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solto na última sexta (8).
G1
Portal Santo André em Foco
O governador João Azevêdo foi chamado para falar em nome de todos os governadores do Brasil, durante a abertura da XI Cúpula do Brics, realizada nesta terça-feira (12), em Brasília. Em sua fala, o gestor paraibano ressaltou a importância da união dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no combate às desigualdades sociais e na cooperação técnica para assegurar o desenvolvimento econômico.
“É importante que saiamos daqui com a consciência tranquila de que estamos buscando fazer o melhor para o nosso povo dentro de cada país. Eu não tenho dúvida nenhuma de que a manutenção, a continuidade e a possibilidade de atuação do escritório do banco do Brics no Brasil permitirão que os Estados possam acessar financiamentos para termos uma sociedade cada vez mais justa”, pontuou João Azevêdo.
O evento cujo tema é ‘Brics: crescimento econômico para um futuro inovador’, é voltado para um grupo de países que representa cerca de 42% da população, 23% do Produto Interno Bruto (PIB), 30% do território e 18% do comércio mundial. Até a próxima quinta-feira (14), o encontro irá reunir líderes, empresários e autoridades internacionais na Capital federal.
Dentre as ações do Brics no Brasil previstas para este ano está a abertura do escritório regional do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como “Banco do Brics”, que ficará sediado em São Paulo. A iniciativa tem a finalidade de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros, beneficiando diretamente os Estados do Brasil.
As prioridades do Brics se concentram em acordos de cooperação em ciência, tecnologia e inovação, incentivos para a economia digital, combate aos ilícitos transnacionais e financiamentos para atividades produtivas.
Secom-PB
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já informou a aliados que fará no próximo dia 22, durante o Congresso do PT, um "discurso para o Brasil". O objetivo é expor o ponto de vista dele sobre os rumos do país e dar o tom da oposição que pretende fazer ao governo Jair Bolsonaro.
Até aqui, segundo um petista, Lula só fez "desabafo" para "desopilar o fígado" e soltar "o grito apertado na garganta".
Na última sexta (8), dia em que foi solto, Lula discursou em frente à Polícia Federal em Curitiba. No sábado, discursou em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), e afirmou que Bolsonaro foi eleito para governar para o povo, não para os milicianos do Rio de Janeiro.
"O senhor vai mandar ver no discurso para o Brasil?", perguntou um aliado, antes de Lula subir ao palco em São Bernardo.
"Não, meu discurso para o Brasil será no Congresso do PT. Até lá, vou pensar, organizar minhas ideias", respondeu o ex-presidente.
Para os petistas que lá estiveram, Lula cumpriu o roteiro costumeiro: primeiro, falou para a militância, agregando apoiadores e, sobretudo, agradecendo aos que mantiveram vigília no tempo em que esteve preso.
Agora, ele pretende definir a estratégia para o PT, principal partido de oposição ao governo Bolsonaro que esteve muito discreto até aqui. A economia será o alvo de Lula, e isso está certo, segundo aliados.
"Ele vai fazer oposição ao governo Bolsonaro, mas não será aquela metralhadora giratória", emendou um dirigente do PT.
Antes do Congresso do PT, Lula irá a Salvador, onde o partido tem grande apoio popular, para uma reunião da Executiva Nacional. De lá, ele segue para Recife para participar do "Festival Lula Livre", onde pode fazer apenas um agradecimento à mobilização dos artistas.
G1
Portal Santo André em Foco
O chanceler do Brasil, Ernesto Araújo, disse que o Brasil reconhece a senadora opositora Jeanine Áñez como presidente da Bolívia. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer Áñez, pouco menos de uma hora depois da sessão no Senado em que ela se proclamou presidente interina, sem quórum, votação ou a presença do Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales, que detem a maioria das duas Casas. Araújo falou a repórteres ao chegar a um jantar com representantes dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que se encontram nesta quarta e nesta quinta-feira em Brasília.
— Nossa percepção é que a Constituição boliviana está sendo seguida. [Presidente] interinamente, claro, acho que é importante o compromisso de convocar eleições. Então nossa primeira percepção é que está sendo cumprido o rito constitucional boliviano, e queremos que isso contribua para a pacificação, a normalização no país.
Áñez, do Movimento Democrata Social, de direita, e segunda vice-presidente do Senado, se declarou presidente interina da Bolívia na noite desta terça-feira.
Perguntado se o Brasil a reconhece como presidente, Araújo respondeu:
— É, por tudo que eu estou informado sim. Nosso entendimento é que todos os ritos estão sendo cumpridos. Portanto, ela assume legalmente.
Araújo não respondeu quando questionado sobre a ausência de quórum no Parlamento. Ele criticou, ainda, o uso do termo "presidente autoproclamado", afirmando que a expressão não existe na Constituição da Venezuela nem na da Bolívia. Referia-se ao líder opositor e presidente da Assembleia Nacional venezuela, Juan Guaidó, que o Brasil reconhece como presidente desde janeiro deste ano.
Mais cedo, o governo brasileiro reforçou sua posição contrária ao que chama de "tese" de que teria ocorrido um golpe de Estado na Bolívia . Em nota divulgada nesta tarde, o Itamaraty disse que a permanência de Morales no poder ameaçava a ordem democrática naquele país.
"O governo brasileiro rejeita inteiramente a tese de que estaria havendo um 'golpe' na Bolívia", diz um trecho do comunicado. Ao renunciar no domingo, depois de enfrentar um motim na polícia e receber uma "sugestão" do comando das Forças Armadas, Morales afirmou que foi vítima de um "golpe cívico-policial".
A nota do Itamaraty afirma que o governo brasileiro está pronto a colaborar com as autoridades interinas da Bolívia, de modo a contribuir para uma transição pacífica, democrática e constitucional. Na avaliação do Itamaraty, o processo constitucional boliviano está sendo preservado na sua integralidade: "O Brasil deseja manter e aprofundar sua amizade e cooperação com a Bolívia em todas as áreas".
Morales, que se asilou no México, aonde chegou da tarde desta terça, disse que a posse de Áñez conclui um golpe de Estado na Bolívia. "É consumado o golpe mais astuto e nefasto da história foi consumado. Uma senadora de direita golpista se autoproclama presidente do Senado e, logo em seguida, presidente interina da Bolívia, sem quórum legislativo, cercada por um grupo de cúmplices e apoiada pelas Forças Armadas e pela polícia. Denuncio ante a comunidade internacional que o ato de autoproclamação de um senadora como presidente a viola a Constituição da Bolívia e os regulamentos internos da Assembleia Legislativa. O golpe se consuma com o sangue de irmãos mortos pelas forças policiais e militares", escreveu no Twitter.
O Globo
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De zero hora de quarta-feira até meia-noite de quinta-feira, aeronaves consideradas suspeitas ou hostis , que apresentem ameaça à segurança da reunião de cúpula dos líderes do Brics (bloco integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), poderão, "em último recurso", ser destruídas ou abatidas. É o que prevê um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado em edição extra do Diário Oficial nesta terça-feira.
A definição de aeronave vai além de aviões de asas fixas ou rotativas. Estão incluídos balões, dirigíveis, planadores, ultraleves, aeromodelos; drones, asas-deltas e parapentes.
O decreto classifica como aeronave suspeita aquela que, no espaço aéreo brasileiro brasileiro, enquadrar-se em uma série de situações. São exemplos voar sem plano de voo aprovado; omitir aos órgãos de controle de tráfego aéreo as informações necessárias à sua identificação; não exibir marcas de nacionalidade, matrícula, bandeira ou insígnia; voar sob falsa identidade; efetuar manobras que evidenciem a intenção de se evadir do interceptador; e estar sequestrada ou sob suspeita de sequestro.
As aeronaves classificadas como suspeitas estarão sujeitas às medidas coercitivas de averiguação, intervenção e persuasão, de forma progressiva e sempre que a medida anterior não tiver êxito.
As medidas de averiguação têm por objetivo determinar ou confirmar a identidade da aeronave, ou vigiar seu comportamento. Será permitida a aproximação ostensiva ou a interceptação do equipamento, para interrogar os condutores por meio de rádio ou de sinais visuais convencionados em legislação internacional.
Na intervenção, poderá ser ordenada a modificação de rota da aeronave suspeita e seu pouso em algum aeródromo que for determinado pelas autoridades. Já as medidas de persuasão consistirão no disparo de tiros de aviso, para obrigar a tripulação da aeronave suspeita a obedecer às ordens transmitidas.
Ainda pelo decreto, será classificada como hostil a aeronave que, entre outros procedimentos, não cumprir as determinações das autoridades de defesa aeroespacial, após ser tida como suspeita; atacar, manobrar ou se postar de maneira agressiva, em condição de ataque a outras aeronaves, instalações militares ou aglomeração pública; lançar paraquedistas, desembarcar tropas ou materiais de uso militar sem autorização; e ingressar na área de voo proibida durante a realização do evento.
"As situações urgentes e excepcionais relacionadas às aeronaves suspeitas ou hostis serão solucionadas pelo comandante da Aeronáutica", diz o decreto, que estabelece que a destruição se dará por meios aéreos e antiaéreos sob controle do Comando da Aeronáutica.
O Globo
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O ministro Marco Aurélio Mello , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), disse nesta terça-feira que eventual aprovação de mudança na regra das prisões de condenados seria afronta à Corte. Na semana passada, o tribunal mudou a regra anterior , que permitia a prisão de condenados em segunda instância , para permitir o início do cumprimento da pena só depois de analisados todos os recursos à disposição do réu.
— Primeiro, seria uma tentativa de ultrapassar a decisão do Supremo, que foi tomada em processos objetivos. E em segundo lugar, teríamos que examinar se essa nova redação é harmônica ou não com a cláusula constitucional do inciso 57 do artigo 5º, que advém do poder constituinte originário — disse.
O ministro se refere à regra da presunção de inocência contida na Constituição Federal, segundo a qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado. Segundo Marco Aurélio, essa regra não poderia ser modificada nem por emenda constitucional, nem por projeto de lei.
Durante o julgamento da semana passada, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, declarou que o Congresso Nacional poderia mudar a regra, desde que respeitasse as cláusulas pétreas da Constituição — ou seja, as regras que não podem ser modificadas. Marco Aurélio minimizou a posição de Toffoli.
— O presidente estava numa situação tensa, para desempatar (o julgamento) —afirmou.
O Globo
Portal Santo André em Foco
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal ( STF ) decidiu que condenados em segunda instância poderão recorrer em liberdade , revertendo orientação anterior que permitia a execução da pena após condenação em segunda instância. Com a nova decisão, a prisão só será efetuada após o trânsito em julgado , quando não é mais possível apresentar recursos. Na prática isso significa que, em muitos casos, um condenado será preso apenas depois da análise de algum recurso pelo próprio STF. Mas o ex-deputado Nelson Meurer (PP-PE) e seu filho Nelson Meurer Junior, que já foram condenados e tiveram recursos rejeitados pela Corte em um dos processos da Lava-Jato , tentam emplacar a tese de que eles também não tiveram o trânsito em julgado e, por isso, devem ser soltos.
Após a condenação dos dois, em maio de 2018, a Segunda Turma do STF já negou um tipo de recurso, chamado "embargos de declaração", apresentado pela defesa. Em 30 de outubro de 2019, o ministro Edson Fachin , relator dos processos da Lava-Jato na Corte, decretou a prisão de ambos. Foram as primeiras pessoas a serem presas em decorrência de uma ação da operação no STF. O ministro deixou de analisar os segundos embargos de declaração da defesa por entender que tinham caráter protelatório, ou seja, serviam apenas para retardar o desfecho do processo.
Por outro lado, Fachin também destacou que a defesa ainda poderia apresentar um outro tipo de recurso, o que, segundo os advogados de Meurer e filho, levaria à suspensão da execução da pena. Em outras palavras, os dois deveriam ser soltos. Na mesma decisão, porém, o ministro ressaltou que o recurso que ainda pode ser apresentado não tem efeito suspensivo, ou seja, não impede a prisão.
Na semana passada, o STF decidiu que, enquanto não houver o trânsito em julgado, a pessoa pode apenas ter a prisão preventiva decretada, conforme as regras estabelecidas no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP). Esse artigo diz que, mesmo sem condenação, alguém pode ser preso "como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria". Ou ainda "em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares". Isso foi destacado pela defesa dos dois condenados.
"Nesse contexto, ressalta-se que, no presente caso, além da inexistência do trânsito em julgado da ação penal em referência, haja vista não exaurimento dos instrumentos recursais — os quais serão apresentados em momento oportuno —, o ora requerente não se enquadra nas hipóteses previstas no artigo 312 do referido diploma processual, o que torna a presente execução provisória inconstitucional, merecendo a mesma ser suspensa, até o efetivo e real trânsito em julgado da condenação criminal", diz trecho de pedido apresentado pela defesa de Meurer e de seu filho.
Em maio de 2018, o ex-parlamentar foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e pegou um pena de 13 anos, nove meses e dez dias em regime fechado . O filho dele foi condenado a quatro anos, nove meses e 18 dias de prisão em regime semi-aberto . Cristiano Meurer, outro filho do ex-deputado, também foi condenado a três anos e quatro meses de prisão. No entanto, houve extinção da punibilidade e, por isso, ele não foi preso.
Meurer foi punido pelo recebimento de propina em troca do apoio à nomeação e à permanência de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Segundo o processo, Meurer recebeu R$ 29,7 milhões em pagamentos periódicos. Durante a tramitação do processo no STF, a defesa negou irregularidades.
O Globo
Portal Santo André em Foco
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou nesta terça-feira (12) relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) pela aprovação do acordo que permite aos Estados Unidos o lançamento de foguetes e de satélites na base de Alcântara, no Maranhão.
O colegiado também aprovou um requerimento para que o projeto tramite com urgência e seja apreciado rapidamente pelo plenário da Casa.
Para entrar em vigor, o acordo precisa do aval do plenário do Senado. A Câmara já aprovou a matéria.
O acordo foi assinado em março, durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Washington. O texto passa a permitir o uso comercial da base. Em troca, o Brasil receberá recursos para investir no desenvolvimento e no aperfeiçoamento do Programa Espacial Brasileiro.
O território onde a base está localizada permanece sob jurisdição do governo brasileiro.
O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas proíbe o lançamento de mísseis da base de Alcântara, assim como a produção, a compra e o teste desses. Será permitido somente o lançamento de equipamentos civis de países signatários do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MCTR).
O MCTR busca limitar a proliferação de mísseis e de tecnologia para a fabricação. Portanto, não só os EUA estarão aptos a operar na base. Países que utilizam a tecnologia norte-americana têm a possibilidade de aderir ao acordo.
G1
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A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse ao blog que, além da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da volta da prisão após condenação em segunda instância, vai pautar projetos de lei sobre o tema que mudam o Código de Processo Penal.
Esse seria o caminho mais fácil para aprovar a medida, já que exige um quórum bem menor de aprovação do que uma PEC, que demanda os votos de 308 deputados e 49 senadores.
“Há pelo menos dois novos projetos de lei, apresentados pelos senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que propõem mudar o artigo 283 do Código de Processo Penal, permitindo a prisão após condenação em segunda instância. Vou pautá-los na próxima sessão da CCJ, na semana que vem, além da PEC do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)”, afirmou Tebet.
A senadora Simone Tebet reconhece que os projetos de lei de autoria de Kajuru e Alessandro Vieira podem ser uma forma mais fácil de fazer a mudança, principalmente depois dos votos do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e da ministra Rosa Weber.
Durante o julgamento que mudou a jurisprudência do STF sobre o tema, os dois disseram que consideravam constitucional o artigo 283 do Código de Processo Penal, que proíbe a execução de uma sentença antes de esgotados todos os recursos nos tribunais superiores.
“De fato, na linha dos votos do presidente do Supremo e da ministra Rosa Weber, uma mudança no CPP pode levar a uma maioria no STF a favor da prisão após a condenação em segunda instância”, afirmou a presidente da CCJ.
Ela admite, porém, que a mudança no Código de Processo Penal pode gerar questionamentos jurídicos, já que poderia contrariar artigos da Constituição que tratam do trânsito em julgado.
No julgamento finalizado na semana passada, o STF decidiu, por seis votos a cinco, mudar sua jurisprudência, proibindo a prisão em segunda instância e determinando que uma execução de sentença só aconteça após esgotados todos os recursos em tribunais superiores.
G1
Portal Santo André em Foco
Uma pesquisa desenvolvida por um professor e quatro estudantes de engenharia elétrica do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) alia conhecimento e tecnologia para ajudar médicos no diagnóstico de problemas cardíacos. O projeto chamado de “Detecção de Infarto Agudo do Miocárdio pela análise automática dos parâmetros extraídos do Vetorcardiograma” usa técnicas de processamento de sinais e inteligência artificial para auxiliar médicos a diagnosticarem infartos em fases iniciais.
O software é capaz de analisar o exame de eletrocardiograma e, a partir dele, gerar um sinal tridimensional sobre o estado de saúde do paciente. Por meio de inteligência artificial, o equipamento se aperfeiçoa conforme os pacientes são examinados.
O sistema já foi registrado e a próxima etapa da pesquisa é testá-lo em hospitais do Brasil. “Com esses testes, serão realizados ajustes, e a pesquisa poderá auxiliar os médicos, além de ser expandida para outras patologias”, esclareceu o idealizador do projeto, professor Carlos Danilo Regis.
Para o pesquisador do IFPB, o trabalho surgiu dentro da visão de que a pesquisa deve criar e aprimorar tecnologias que possam ajudar a comunidade e desenvolver as capacidades dos alunos a criarem soluções que ajudem a sociedade.
G1 PB
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