A agressão do gerente de futebol do Vasco, André Souza, no atacante Gabigol, do Flamengo, vai parar no STJD. Revoltada com a atitude, a diretoria rubro-negra entrará ainda nesta quinta-feira com representação contra o dirigente rival.
- Flamengo, em nome do bom futebol, da ética e da paz nos estádios, fará o possível para que haja uma condenação dura nesse caso. Não podemos permitir que pessoas ligadas à gestão do futebol tenham uma conduta desqualificada como essa. O STJD certamente será rigoroso contra isso - disse ao GloboEsporte.com o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee.
Para fazer a denúncia, o departamento jurídico vai se basear nos artigos 254-A, 257 e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tratam de agressão ou conduta contrária à disciplina e à ética esportivas. O que prevê suspensão de até 180 dias ao dirigente cruz-maltino.
O que diz a regra
Pena do artigo 254-A: suspensão de quatro a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de trinta a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código.
Pena do artigo 257: suspensão de duas a dez partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código
Pena do artigo 258: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código.
O episódio aconteceu durante o bate-boca que ocorreu após o clássico, que terminou em 4 a 4, na última quarta-feira, no Maracanã, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. No meio da discussão, André Souza deu uma joelhada no camisa 9 do Flamengo, o que revoltou companheiros no campo, principalmente o lateral-esquerdo Renê.
Após o ocorrido, o lado cruz-maltino não se pronunciou. Quem deu a versão do lado rubro-negro foi o próprio agredido, Gabigol.
- Estava conversando com o Fellipe (Bastos) sobre o jogo. Ele (André Souza) veio e me deu um tostão. Me agrediu, sim, fica nítido na imagem. Não tive nem reação. A agressão realmente não dá para entender - disse.
Globo Esporte
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Anota aí: sete gols a favor, um contra, duas viradas, 11 cartões... Não perca a conta: pênalti, confusão, provocações... Teve tudo isso e mais um pouco no Flamengo x Vasco da noite desta quarta-feira no Maracanã. Em jogo antecipado da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, a partida maluca e para lá de emocionante terminou em empate: 4 a 4, com dois gols de Bruno Henrique e outros de Everton Ribeiro, Pikachu, Marcos Júnior, Marrony e Ribamar, além de um contra de Danilo Barcelos. Na tabela, resultado ruim para os dois lados: o Rubro-Negro não tem mais chances de ser campeão essa semana, e o Cruz-Maltino fica cada vez mais distante do sonho de classificação para a Libertadores.
Como fica
Com o resultado, o Flamengo chega aos 78 pontos na liderança do Campeonato Brasileiro, abre 11 do Palmeiras, mas com um jogo a mais. Matematicamente, só poderá ser campeão após a final da Libertadores, independentemente do resultado de Bahia x Palmeiras. Já o Vasco alcançou os 43, ganhou um posição e subiu para 10º. Na próxima rodada, o Rubro-Negro visita o Grêmio, domingo, em Porto Alegre. O Cruz-Maltino recebe o Goiás, na segunda-feira, no Rio de Janeiro.
Gol relâmpago
O Flamengo abriu o placar logo aos 37 segundos de jogo. Após bela jogada pela esquerda, Reinier passou por quatro marcadores e cruzou rasteiro. A bola sobrou para Everton Ribeiro que bateu forte a marcou para o delírio dos torcedores rubro-negros.
Vasco vira em apenas três minutos
Mesmo com o gol no início, o Vasco não se abalou e conseguiu uma virada também relâmpago. Aos 33, Rossi recebeu pela esquerda e cruzou na cabeça de Raul, que ajeitou para Marrony bater de primeira e empatar. Três minutos depois, Pikachu fez ótima jogada e foi derrubado na área: pênalti. O próprio bateu, desempatou e colocou o Vasco definitivamente no jogo. Mas os gols do clássico não pararam por ai. Aos 49, Rafinha recebeu passe em jogada ensaiada e cruzou, Danilo Barcelos foi cortar e fez contra.
Segundo tempo com nova virada, mas rubro-negra
Assim como na etapa inicial, o segundo teve foi muito bom e com outra virada, mas para o lado rubro-negro. Antes, o Vasco chegou a ficar na frente com Marcos Júnior, que aproveitou um cruzamento de Rossi aos seis minutos e, sozinho, fez. Sempre muito intenso, o Flamengo foi atrás e contou com a estrela de Bruno Henrique para desempatar. No primeiro gol, ele fez tabela com Arrascaeta e marcou. No seguinte, recebeu pelo alto na área e bateu de primeira para fazer um golaço.
Ribamar iguala tudo nos acréscimos
Quando todos imaginavam que a partida estava decidida, Ribamar igualou tudo aos 47. Após chutão na área, Henríquez cabeceou para o meio, Ribamar ganhou de Rodrigo Caio pelo alto e aproveitou saída errada de Diego Alves. Fim de jogo no Maracanã: 4 a 4.
Confusão depois do jogo
Infelizmente, o clássico terminou em confusão. Jogadores dos dois times se desentenderam, trocaram empurrões e xingamentos. O clima tenso se estendeu para o acesso ao túnel dos vestiários. No final das contas, tudo foi controlado.
Central do Apito
Na Central do Apito, Sandro Meira Ricci, comentarista de arbitragem do Grupo Globo, disse que o lateral Rafinha, do Flamengo, foi derrubado por Danilo Barcelos no lance que gerou o contra-ataque para o gol de Marrony.
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Na ausência de Neymar, lesionado, a camisa 10 da seleção brasileira será de Lucas Paquetá nos próximos amistosos da equipe, contra a Argentina, sexta-feira, na Arábia Saudita, e Coreia do Sul, terça, nos Emirados Árabes Unidos.
A CBF divulgou nesta quarta a numeração dos jogadores para as últimas partidas de 2019, tendo como principal novidade a escolha do meia do Milan para vestir a camisa mais emblemática da Seleção.
Paquetá já usou a camisa 10 do Brasil este ano, nos dois primeiros amistosos da temporada, em março, também durante ausência de Neymar: o ex-meia do Flamengo fez o gol do Brasil no empate em 1 a 1 com o Panamá, no Porto, e foi novamente titular na vitória por 3 a 1 sobre a República Tcheca, em Praga. Na Copa América, quando Neymar ficou fora por lesão, Paquetá ficou com a camisa 18, e coube a Willian vestir a 10 - o meia do Chelsea ficou com 19 dessa vez.
O jovem Rodrygo, do Real Madrid, será o camisa 21 nos próximos amistosos, e o também atacante Wesley Moraes, do Aston Villa, supresa da lista ao ser chamado para substituir o lesionao David Neres, ficou com a 18.
Confira a numeração da Seleção para os amistoso:
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O técnico Tite têm planos diferentes para os dois últimos amistosos da Seleção no ano. Diante da Argentina, nesta sexta-feira, o Brasil irá a campo com o time considerado ideal no momento, sem Neymar, que se recupera de lesão na coxa esquerda. Já contra a Coréia do Sul, na terça-feira, a ideia da comissão técnica é "rodar" a equipe e aproveitar para fazer observações.
As duas partidas acontecem no Oriente Médio. A primeira na Arábia Saudita, às 14h (de Brasília), e a segunda em Abu Dhabi, às 10h30.
O planejamento para estes amistosos é diferente do habitual nas datas Fifa. Normalmente, Tite faz poucas - ou até mesmo nenhuma - modificações entre uma partida e outra. Desta vez, porém, o treinador quer dar mais tempo para alguns atletas e promover estreias de outros.
Estes serão os últimos amistosos da seleção brasileira antes das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que começam em março.
Dentre os convocados, cinco nunca haviam ido para a Seleção. No total, Tite já chamou 27 estreantes desde a Copa da Rússia.
Vale lembrar que jogadores que atuam no Brasil não entraram na lista destes amistosos. Além disso, o goleiro Ederson e o atacante David Neres foram cortados por lesões.
A provável escalação do Brasil para enfrentar a Argentina é: Alisson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Coutinho; Gabriel Jesus, Willian e Firmino.
A Seleção não venceu após a conquista da Copa América. Desde então, perdeu para o Peru e empatou com Colômbia, Senegal e Nigéria.
Globo Esporte
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14), ao ser questionado sobre críticas de líderes do Brics ao protecionismo nas relações comerciais, que não entra em “guerra comercial” e que o Brasil “faz comércio com o mundo tudo”.
Bolsonaro deu a declaração ao sair do Palácio da Alvorada, antes de seguir para o Palácio Itamaraty, onde receberá os demais chefes de governo do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro de cúpula do bloco ocorre em Brasília.
Em rápida conversa com jornalistas, Bolsonaro foi perguntado sobre críticas ao protecionismo feitas pelos presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, durante fórum empresarial do Brics, na quarta-feira (13).
“Não entro nessa guerra comercial. Brasil faz comércio com o mundo tudo. Queremos o bem do nosso povo através desse tipo de relacionamento”, disse Bolsonaro, que é fã declarado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Sem citar diretamente o governo norte-americano, que trava uma guerra comercial com a China, Xi Jinping afirmou na quarta que o momento é de "grandes transformações" em todo o mundo, o que, para ele, gera "inúmeras oportunidades, mas também desafios".
O presidente chinês disse ainda, diante de uma plateia de empresários e autoridades, que o "crescente protecionismo" e "ameaças no mundo", sociais e econômicas, podem comprometer o comércio internacional e o investimento, levando a uma "desaceleração" na economia mundial.
"Temos que enfrentar as dificuldades que estão a comprometer nosso desenvolvimento econômico, propor novos caminhos para nossa indústria", afirmou.
Segundo Xi Jinping, a China vai “abrir ainda mais o seu mercado”. Já o presidente russo declarou que a economia global "continua complexa" e deve cair em 2019 ao menor nível de crescimento nos últimos dez anos.
"Temos visto crescimento de atitudes protecionistas, de problemas alfandegários, e os países do Brics têm que se esforçar para não se deixar abater por essas coisas. Temos que manter o nível de vida de nossas populações e até aumentá-lo", argumentou.
Brics
Antes de seguir para o Itamaraty, Bolsonaro fez um balanço do primeiro dia de atividades do encontro do Brics. Na quarta, ele teve reuniões bilaterais com Xi Jinping e com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e participou ao lado dos demais líderes do bloco do fórum empresarial e de um jantar.
Segundo Bolsonaro, o balanço “é muito bom” e parece uma “reunião de velhos amigos”. Na quarta-feira, ele defendeu ampliar as relações comerciais com os países do bloco.
G1
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A Presidência da República informou nesta quarta-feira (13) que o presidente Jair Bolsonaro viajará à Índia em janeiro de 2020.
A informação foi divulgada após Bolsonaro ter se reunido no Palácio do Planalto com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, por cerca de 25 minutos.
O primeiro-ministro está em Brasília para participar da reunião de cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Mais cedo, nesta quarta, Bolsonaro se reuniu com o presidente da China, Xi Jinping. Depois do encontro, disse que a China "cada vez mais faz parte do futuro do Brasil".
Para esta quinta de manhã está prevista a reunião de cúpula do bloco. Depois, Bolsonaro terá reuniões com os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).
Encontro de Bolsonaro e Modi
Segundo o Palácio do Planalto, Bolsonaro aceitou um convite para participar como "convidado principal" das comemorações pelo dia da República na Índia, em 26 de janeiro de 2020.
O presidente brasileiro, ainda conforme o governo, deseja aprofundar a cooperação entre os países em áreas como biocombustíveis e ciência e tecnologia.
O Planalto também informou que Modi ressaltou o interesse em fortalecer a cooperação com o Brasil e deu como exemplos de áreas o processamento de alimentos e a agropecuária.
Ainda de acordo com o Planalto , Bolsonaro apontou a possibilidades de acordos comerciais entre os países e falou em fortalecer a parceria estratégica com os indianos.
G1
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O governador João Azevêdo não faz mais parte da comissão provisória do PSB na Paraíba. A composição partidária registrada no Tribunal Regional da Paraíba (TRE-PB) já não conta com o nome do governador do Estado. O senador Veneziano Vital e o secretário Chefe de Governo e ex-presidente da legenda, Edvaldo Rosas, também deixaram a comissão.
Nas vagas deixadas pelos três entraram os deputados estaduais Buba Germano, Jeová Campos e Cida Ramos, nomes que sempre foram mais ligados ao ex-governador Ricardo Coutinho.
João Azevêdo era o vice-presidente da comissão, função que agora é ocupada pelo deputado federal Gervásio Maia. Já Veneziano Vital era secretário-geral – cargo que ficou com Cida Ramos. Valquíria Alencar e Edvaldo Rosas eram secretários especiais, sendo substituídos por Buba Germano e Jeová Campos.
Como ficou a comissão provisória:
ClickPB
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O governador João Azevêdo foi destaque na TV China Central Television (CCTV), oportunidade em que apresentou as potencialidades da Paraíba e as oportunidades de negócios geradas pelo Estado, a exemplo do projeto para a instalação do estaleiro para reparos navais no município de Lucena e para a ampliação do Porto de Cabedelo. Na entrevista à emissora chinesa, o gestor paraibano também ressaltou o potencial da Paraíba na geração de energias alternativas.
“As potencialidades do nosso Estado são muito grandes, principalmente, na geração de energias alternativas, como a eólica e solar. Nós temos a possibilidade muito grande de receber investimentos para a construção de um estaleiro para reparos de navios e para a ampliação do Porto de Cabedelo”, destacou João Azevêdo à CCTV, que possui uma rede de 50 canais e é assistida por mais de um bilhão de telespectadores.
Nessa terça-feira (12), o chefe do Executivo estadual manteve reunião com representantes da Communications Construction Company Ltd. (CCCC), empresa multinacional de engenharia envolvida em projetos de construção e operação de ativos de infraestrutura, ocasião em que apresentou aos investidores chineses os projetos para implantação do estaleiro para reparos navais no município de Lucena e do Polo Turístico Cabo Branco e destacou as ações do Governo para manter a solidez fiscal e investimentos na Paraíba.
Secom-PB
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Na tentativa de chegar a um texto que diminua a possibilidade de questionamentos na Justiça, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), incluirá na pauta do colegiado da próxima quarta-feira cinco projetos de lei que preveem a prisão de condenados em segunda instância por meio de modificações no texto do Código de Processo Penal (CPP). No entendimento de juristas, inclusive do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que alterasse o artigo 5º da Constituição deverá ser contestada por mexer em cláusula pétrea, o que não é permitido.
Em vez de modificar trechos da Constituição, como ocorre em PECs, os projetos de lei preveem mudanças no CPP e na Lei Introdução às Normas do Direito Brasileiro com o mesmo objetivo: abrir caminho para que a pena seja executada depois da condenação em segunda instância. Uma PEC precisa de três quintos dos votos de deputados e senadores para ser aprovada; já um projeto de lei passa com a maioria absoluta das duas Casas.
Defensores da alteração via projeto de lei, e não PEC, argumentam que esse caminho evita questionamentos na Justiça sobre eventual desrespeito a cláusulas pétreas da Constituição. Outro grupo de parlamentares diz, porém, que a mudança por meio de projeto pode ser da mesma forma alvo de ações na Justiça, caso seja interpretado que houve um atropelo da Constituição.
Na pauta de Tebet, o projeto mais antigo é de 2015 e foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele altera o CPP para definir o que é trânsito em julgado. No texto, o senador estabelece que os condenados podem ser presos quando os recursos disponíveis não são mais capazes de reverter ou anular a sentença, o que ocorre a partir da segunda instância. O projeto garante, porém, que ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal podem suspender a execução da pena.
“Estatísticas levantadas pelo então ministro Cézar Peluzo, do STF, revelam que apenas 15% dos recursos extraordinários e especiais (que são dirigidos às cortes superiores) em matéria criminal são providos. Desse número, boa parte não resulta em reversão da condenação, só em redução da reprimenda”, alega o senador.
Pacote anticrime
Outros três projetos foram apresentados em 2018. O do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) acrescenta na Lei Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em trecho que trata de “coisa julgada ou caso julgado”, o dispositivo: “para fins de cumprimento de sentença penal condenatória, o trânsito em julgado será considerado a partir da condenação em 2º grau, em única instância ou após julgamento de recurso”.
O senador acrescenta que “o STF tem formado uma maioria muito volátil em torno do tema”, o que permitiria debater um “limite mais elástico à coisa julgada”.
Os outros dois projetos do ano passado são de Laisier Martins (Podemos-RS) e novamente de Randolfe Rodrigues, e modificam respectivamente os artigos 283 e 674 do CPP, com o mesmo objetivo de permitir a prisão após condenação em segunda instância.
O quinto projeto na pauta de Tebet é parte do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, que está na Câmara. Idêntico ao que propõe o ministro, o texto foi apresentado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) para ser debatido também no Senado. Ele prevê que se acrescente ao CPP um trecho que determina que a execução provisória da pena seja decisão dos tribunais de segunda instância.
Simone Tebet reconhece, no entanto, que, de forma mais rápida, a menor chance de consenso é sobre a proposta de Moro, porque no mesmo pacote o ministro propõe outra série de alterações na legislação, demandando mais tempo de debate.
Os cinco projetos de lei no senado
PL 238/2015
Autor: Randolfe Rodrigues (Rede-AP): Muda o entendimento previsto no artigo 674 do CPP sobre trânsito em julgado, que se daria quando esgotados os recursos ordinários (até a 2ª instância)
PL 147/2018
Autor: ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Modifica o o artigo 6º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, também considerando o trânsito em julgado na 2ª instância.
PLs 166 e 201/2018
Autores: Lasier Martins (Podemos-RS) e Randolfe Rodrigues. Alteram os artigos 283 e 674 do CPP para permitir que a execução provisória de pena seja determinada por tribunais de 2ª instância.
PL 1.864/2019
Autora: Eliziane Gama (Cidadania-MA). Reproduz trecho do pacote anticrime de Sergio Moro para autorizar que a pena de prisão seja determinada já em segunda instância.
O Globo
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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a prisão após condenação em segunda instância levou à soltura de oito condenados na Operação Lava-Jato do Paraná. Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro José Dirceu, seis réus que cumpriam pena já deixaram a cadeia nesta semana.
Logo em seguida a decisão do STF na noite de quinta-feira, as defesas dos presos na operação protocolaram pedidos de soltura. Na lista de réus que passaram a responder os processo em liberdade estão Sérgio Cunha Mendes, ex-vice-presidente da Mendes Júnior; Alberto Vilaça, ex-diretor da empreiteira; Gerson Almada, ex-executivo da Engevix; o operador Fernando Moura, além do ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves e o empresário Enivaldo Quadrado, que foram soltos nesta terça-feira.
Há ainda outros sete réus na operação que podem ser beneficiados pela decisão do Supremo e que estão presos no Paraná e em São Paulo. No entanto, em alguns casos a soltura pode não ser imediata, já que antes de tomar a decisão, os juízes costumam citar o Ministério Público, cujo prazo para se manifestar pode levar até cinco dias úteis.
Entre os condenados que podem deixar o Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficam os presos da Lava-Jato, estão o empresário Enivaldo Quadrado, o lobista João Augusto Henriques e o publicitário Ricardo Hoffmann.
Além deles, o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, segue preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. A defesa de Duque já pediu sua soltura, mas pesa contra ele um mandado de prisão preventiva. O Ministério Público Federal ainda deve se manifestar sobre se mantém ou não o mandado. Duque já está preso há mais de quatro anos.
E não foram só os presos que foram beneficiados. Réus que haviam progredido para o regime semiaberto como Delúbio Soares e João Vaccari Neto, ambos ex-tesoureiros do PT, e que usavam tornozeleira eletrônica, foram autorizados pela Justiça a retirar o equipamento.
Em São Paulo, há ainda outros três presos na penitenciária de Tremembé, conhecido como o presídio dos famosos, no interior paulista. Dentre esses, estão o empresário Márcio de Andrade Bonilho, Júlio Cesar dos Santos, sócio do ex-ministro José Dirceu, e Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Este último é irmão de Dirceu. Esses presos também já pediram liberdade à Justiça.
No Rio, segundo o Tribunal de Justiça do Rio, o único pedido de soltura feito após a decisão do STF foi o do ex-governador Sérgio Cabral. O processo foi encaminhado ao MP, que fez alegações e o repassou à Vara de Execuções Penais. O MP não informou seu posicionamento sobre a soltura. Cabral está preso preventivamente. Por isso, não deve ser beneficiado.
O Globo
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