A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda o julgamento do recurso contra a condenação dele no caso do sítio de Atibaia. O caso será analisado pelo ministro Luiz Edson Fachin.
Lula foi condenado em primeira instância a 12 anos e 11 meses por corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Os advogados do ex-presidente recorreram ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de segunda instância, para pedir a absolvição. O julgamento está marcado para o próximo dia 27.
A defesa afirma que é preciso suspender o julgamento porque ainda está pendente o julgamento de recursos sobre o processo nos quais os advogados questionam, entre outras questões, o descumprimento do julgamento dos casos no TRF por ordem cronológica.
Recurso no STJ
Antes de recorrer ao STF, a defesa já tinha tentado a suspensão do julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nesta terça-feira (19), o ministro Leopoldo Raposo considerou que não havia razões para atender o pedido e manteve o julgamento marcado para a próxima quarta.
Ao STJ, os advogados do ex-presidente Lula argumentaram contra a decisão do TRF-4 de pautar tanto o recurso de apelação do petista quanto a discussão, que deverá ser preliminar e separada, sobre a ordem das alegações finais.
A defesa ressaltou que o recurso principal, que questiona pontos da condenação, aponta outras circunstâncias processuais que podem levar à anulação da condenação - ou seja, é mais abrangente que a discussão sobre a ordem das alegações finais.
O ministro considerou que não houve “constrangimento ilegal” por conta da inclusão do tema na pauta. “Se a defesa vislumbra numerosos incidentes processuais que podem gerar a absolvição do paciente ou a nulidade total ou parcial do processo, ainda menor razão há que justifique a pretensão de protelar o julgamento do recurso de apelação, que, repise-se, já se encontra apto para apreciação”.
Outro pedido de suspensão da análise pelo tema tinha sido concedido pelo ministro do STJ, o que tinha provocado o adiamento do julgamento do fim de outubro para o dia 27 de novembro.
G1
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A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, decidiu, nesta quarta-feira (20), tirar da 13ª Vara Federal de Curitiba o inquérito que apura a possibilidade de envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em irregularidades na construção da Usina de Belo Monte e enviá-lo à Justiça Federal de Brasília.
A apuração é conduzida pela Polícia Federal e tramita em sigilo. A Justiça acompanha, e autoriza eventuais medidas, como busca e apreensão. Com a decisão, esse acompanhamento passa da Justiça Federal de Curitiba para a de Brasília.
O G1 entrou em contato com a defesa do ex-presidente e não teve retorno até a publicação desta reportagem.
Para o relator da Lava Jato no Tribunal, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, os fatos apurados no inquérito estão vinculados à competência da Subseção Judiciária de Brasília/DF, já que o Grupo Eletrobrás e Norte Energia S/A, responsável pela construção da usina, tem endereço na capital federal. A hidrelétrica está sediada no Pará.
Gebran ainda ressaltou que não há elo entre a Petrobras e a Usina Belo Monte. A 13ª Vara Federal de Curitiba é o juízo responsável pelas apurações da Lava Jato, que envolvem a companhia.
A defesa de Lula ainda pede que os autos fossem enviados à Justiça Eleitoral, pois a investigação envolve a possibilidade de pagamentos de propina através de doações para partidos. Esse pedido foi negado, uma vez que o Tribunal entende que a concessão de vantagens ilícitas a integrantes de grupos políticos não implica, por si só, conexão eleitoral.
Em delação firmada com a Polícia Federal, no início desse ano, o ex-ministro Antonio Palocci informou que Lula teria recebido propina da Odebrecht e da Andrade Gutierrez nos contratos de construção da usina.
Processo de Edison Lobão
A defesa do ex-senador e ex-ministro Edison Lobão também obteve a remessa do processo a que ele responde pelo caso de Belo Monte, no julgamento desta quarta-feira (20).
O advogado de Lobão alegava incompetência do foro, já que os fatos apurados aconteceram enquanto Lobão era ministro de Minas e Energia em Brasília. Também citava que o processo não poderia ser julgado no âmbito da Operação Lava Jato, uma vez que não tem relação com a Petrobras.
Os desembargadores decidiram ainda, de forma unânime, anular as decisões que haviam sido publicadas até agora pela Justiça do Paraná neste caso. Lobão é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), houve corrupção e pagamentos ilícitos, entre 2011 e 2014, no valor de R$ 2,8 milhões, envolvendo o contrato de construção da Usina de Belo Monte, no Pará.
Após a divulgação da denúncia, a defesa do ex-ministro manifestou que os fatos se baseiam "unicamente nas palavras dos delatores".
O advogado de Lobão, Fábio Medina Osório, informou que ficou satisfeito com a decisão.
"A Lava Jato é uma operação muito importante, que tem depurado o país. Porém, é fundamental respeitar as regras de competência. No caso concreto, o TRF-4 reconheceu, com acerto, que a Justiça da 13ª Vara Federal do Paraná não tinha competência para julgar esse processo, o que violava o princípio do juiz natural", disse, ao G1.
A defesa também sustenta que o processo deve ser levado à Justiça Eleitoral, por envolver denúncias de repasse de propinas a diretórios partidários, como o MDB, ao qual Lobão é filiado, o que também foi negado.
G1
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O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), votou em julgamento nesta quarta-feira (20), pela restrição ao compartilhamento de dados da Receita Federal com órgãos de investigação, como o Ministério Público e as polícias.
De acordo com o voto do ministro, a Receita não pode encaminhar a esses órgãos documentos na íntegra, como extratos bancários e declarações de Imposto de Renda, porque, no entendimento dele, o compartilhamento desse tipo de informação exige autorização judicial.
O voto de Toffoli foi proferido no primeiro dia do julgamento do STF que decidirá se informações sigilosas podem ser compartilhadas com o MP sem autorização judicial e de forma detalhada ou se permitirá que somente dados genéricos (sem detalhamento) sejam compartilhados sem ordem judicial.
No voto, Toffoli considerou constitucional o compartilhamento de informações pelo antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, atual Unidade de Inteligência Financeira, UIF). Mas destacou que os Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do órgão não podem ter sido emitidos a pedido do Ministério Público – caso o MP tenha solicitado dados de um contribuinte específico.
O julgamento terá continuidade nesta quinta-feira. As duas sessões desta quarta foram dedicadas ao voto de Toffoli. Faltam os votos dos outros dez ministros. A decisão terá repercussão geral, ou seja, valerá para todos os casos semelhantes nas demais instâncias do Judiciário.
Na noite desta quarta, o gabinete de Toffoli reafirmou que a única restrição no voto dele se refere ao compartilhamento de informações da Receita Federal com órgãos de investigação. Isso porque a Receita não poderá mandar documentos completos, como extratos bancários e declaração de Imposto de Renda.
Em relação a relatórios do antigo Coaf, não há nenhuma limitação ao compartilhamento, conforme o gabinete. Como os relatórios de inteligência financeira (RIF) não inclui documentos detalhados, o órgão pode continuar a emitir esses relatórios como eram feitos antes da decisão dele. De acordo com o voto do ministro, o Ministério Público pode se comunicar com o Coaf pedindo complemento de informações, desde que esses complementos sejam de informações que o Coaf já tenha em seu banco de dados.
O voto de Toffoli
Relator do caso, Toffoli argumentou em seu voto que somente valores globais, como o total do patrimônio, renda total e a movimentação financeira por ano podem ser compartilhados com o Ministério Público. “O resto, o MP vai pedir autorização judicial”, afirmou. No caso da UIF, segundo o voto do ministro, pode haver mais informações, desde que não sejam documentos na íntegra.
O ministro argumentou que, sem decisão judicial, há o risco de haver abusos, como “investigações de gaveta que servem apenas para assassinar reputações sem ter elemento ilícito nenhum. Isso pode ser utilizado contra qualquer cidadão, contra qualquer empresa”, disse Toffoli.
Dias Toffoli também afirmou que não suspendeu todos os procedimentos investigatórios no país, apenas os que continham dados detalhados, e quer se criar um “clima de terrorismo”.
“Qualquer agente público, ao se verificar diante de uma eventual ilicitude, tem o dever de tomar atitudes e de dar as informações a quem é de direito”, afirmou Toffoli.
Segundo o ministro, “só pessoas mal intencionadas” podem interpretar que sua decisão impediu o andamento de todas as investigações no país.
O ministro disse ainda que informações de 600 mil contribuintes já estão “disseminadas, espalhadas” entre diversos órgãos, como MP e polícia.
Toffoli foi criticado após ter ordenado que relatórios da UIF contendo esses dados sigilosos fossem enviados ao STF. “Temos que afastar as lendas urbanas”, afirmou. “Quem aqui é contra o combate à lavagem de dinheiro? Temos que acabar com essas lendas urbanas, com caluniadores.”
O presidente do STF afirmou ainda que o Ministério Público também requisita relatórios, por meio de requerimentos, e não só os recebe, como afirmou o procurador-geral da República, Augusto Aras. “Foram 1.165 [nos últimos três anos], 14 deles feitos especificamente pela PGR”, disse.
“Ficou parecendo que o MP não faz nenhum tipo de solicitação. Requerimento da Polícia Federal é recordista: 3.221. Praticamente a metade dos relatórios de inteligência financeira, a PF requereu de ofício”, disse.
Para Toffoli, no caso da UIF, o compartilhamento de informações não pode ser feito mediante requisição do Ministério Público, apenas de forma espontânea, ou seja, enviado pela própria unidade financeira.
No caso da Receita Federal, Toffoli propõe que, após o envio de relatórios para fins penais, seja aberto procedimento investigativo criminal e comunicado o juiz, para que haja supervisão.
Ao final do julgamento, os demais ministros conversavam sobre o voto do relator. Vários saíram do plenário dizendo que não haviam entendido.
Posição da PGR
Antes de Toffoli votar, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que seja mantida a possibilidade de compartilhamento dos dados, sem restrição.
Aras, que falou em nome do Ministério Público na sessão, defendeu que a manutenção do compartilhamento ajudará no combate à lavagem de dinheiro.
"Este sistema opera em 184 países do mundo. E o Brasil necessita respeitar esse sistema”, afirmou Aras.
Ainda conforme o procurador-geral, o Ministério Público não requisita informações da UIF, apenas recebe os relatórios, e não há quebra de sigilo de informações por parte de procuradores nas investigações.
“Não queremos extratos bancários em nenhuma hipótese. Esses estão submetidos à reserva de jurisdição, mas não os dados encaminhados pelo Coaf”, afirmou.
Em seguida, o advogado Gustavo Badaró, que falou em nome do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, disse que é preciso garantir que o repasse de dados detalhados, que firam a privacidade, passem por intermediação e autorização da justiça.
Segundo ele, limitar as informações recebidas desses órgãos a dados globais não prejudica as investigações e garante que o sigilo do cidadão, que é direito fundamental, só será quebrado se um juiz permitir.
“Esse modelo não anula o papel de inteligência”, afirmou. “O que impede é que essas comunicações cheguem com um grau e um nível de detalhamento e aprofundamento que verdadeiramente signifiquem uma intromissão na vida privada sem um controle jurisdicional.”
O caso
Em julho deste ano, o presidente do STF, Dias Toffoli, concedeu liminar (decisão provisória) suspendeu em todo o território nacional processos que tiveram origem em dados fiscais e bancários sigilosos de contribuintes compartilhados sem autorização judicial.
O ministro Toffoli tomou a decisão ao analisar pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro. O senador argumentava que o Ministério Público do Rio de Janeiro teve acesso a informações fiscais dele sem autorização judicial.
A decisão de Toffoli foi tomada após esse pedido, mas não abarcou somente a investigação de Flávio Bolsonaro. A liminar suspendeu todos os processos e investigações no país.
Um levantamento do Ministério Público Federal (MPF) apontou que, após a decisão de Toffoli, 935 ações e investigações estão paralisadas na Justiça.
Sob a justificativa de subsidiar o julgamento, Toffoli ordenou que o Banco Central (BC) enviasse relatórios contendo dados sigilosos de 600 mil pessoas e empresas ao STF dos últimos três anos. O ministro afirmou que não acessou os dados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a ordem, classificando a medida de "demasiadamente interventiva". O ministro manteve a decisão, e só a revogou após receber novas informações da UIF e do Ministério Público, que considerou terem sido satisfatórias.
Dias Toffoli suspendeu o uso de dados detalhados de informações do Coaf até que o plenário da Corte julgue qual é extensão possível da troca de informações sem que um juiz autorize e sem que isso represente quebra de sigilo. Esse é o julgamento que começou nesta quarta-feira.
O que pode acontecer
Os ministros do Supremo podem
G1
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O Ministério Público Federal (MPF) reavaliou pontos do parecer que havia protocolado no processo do sítio de Atibaia, que pedia a anulação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva devolvendo, assim, a ação para a primeira instância. Na nova posição, o procurador Mauricio Gotardo Gerum se diz a favor do julgamento do mérito.
O documento foi anexado ao processo no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) na terça-feira (19). "(...) Não se identifica qualquer prejuízo na ausência de prazo especial para o réu Luiz Inácio apresentar suas alegações finais", pontua.
O TRF-4 marcou o julgamento do caso do sítio para 27 de novembro.
O G1 tentou contato com a assessoria dos advogados de Lula e ainda não foi atendido.
Antes de analisar o mérito, ou seja, se a condenação de Lula deve ser mantida e a pena modificada, os desembargadores da 8ª Turma irão avaliar se a ação deve ou não voltar para a fase das alegações finais com a anulação da sentença da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Essa movimentação é baseada na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que definiu que réus delatados devem fazer as suas alegações finais depois dos réus delatores. Em agosto, a Segunda Turma anulou a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine com base nesse argumento.
Esse julgamento antes do mérito é chamado de preliminar, e foi incluído na mesma sessão da apelação por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Antes dessa decisão, ele estava marcado para 30 de outubro. Foi nessa ocasião que o MPF protocolou o parecer anterior.
Na primeira instância, a Justiça Federal do Paraná condenou Lula a 12 anos e 11 meses por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.
Mudança de posição
O procurador reavaliou a questão do prejuízo para o reconhecimento de nulidades no processo penal. No novo parecer, ele cita uma fala do ministro Edson Fachin, do STF, em julgamento de um habeas corpus, em que ele diz que "a configuração de nulidade processual, como se sabe, subordina-se à existência de prejuízo que legitime sua proclamação."
"(...) pelo que se percebe de recentes decisões, o Supremo Tribunal Federal permanece fiel a esse vetor, inclusive os ministros que votaram nesses habeas corpus sem aparentar especial preocupação com a demonstração do prejuízo", segue o procurador.
Ele também cita análise feita pela Procuradoria Geral da República no habeas corpus de Lula no STF, que pede anulação da ação. "Em suas alegações finais os réus colaboradores não imputaram crimes ou pediram a condenação dos demais réus, inclusive no que se refere ao ex-presidente Lula (...) A defesa do paciente não foi prejudicada pelas alegações finais simultâneas", diz o trecho.
Gerum também critica a atuação dos advogados de Lula. "A defesa, sem maiores compromissos éticos com a eficiência da prestação jurisdicional, orienta sua atuação em 'buscar a anulação do processo penal como estratégia defensiva de alongar o seu curso e eventualmente garantir que a pretensão punitiva seja atingida pela prescrição'", assinala.
Pedido para aumentar a pena
Em junho de 2019, outro parecer do MPF no processo do sítio de Atibaia recomendava o aumento da pena de Lula. As alegações finais do órgão no cado foram protocoladas no começo do mesmo mês.
Sobre a denúncia
De acordo com o MPF, Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, e das empreiteiras OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente frequentava com a família.
A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS.
Para os procuradores, parte desse dinheiro foi usada para adequar o sítio às necessidades de Lula. Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão.
O MPF afirma que a Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade. Já Bumlai fez o repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil, ainda conforme o MPF.
Segundo o MPF, Lula ajudou as empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato.
G1
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O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou nesta quarta-feira (20) que cerca de 30 deputados do PSL devem migrar para o novo partido do presidente Jair Bolsonaro.
O partido articulado pelo presidente chamará Aliança pelo Brasil e fará a primeira convenção nesta quinta (21), em Brasília.
Nesta terça (19), Bolsonaro disse em uma rápida entrevista que deverá presidir a nova sigla, embora tenha acrescentado que "na política tudo muda".
"Por enquanto, o presidente [da Aliança] sou eu, mas na política tudo muda", declarou o presidente na ocasião.
A mudança de partido pelo presidente e por aliados dele acontece após a crise que atingiu o PSL no mês passado.
Em 8 de outubro, Bolsonaro disse a um apoiador para "esquecer" a legenda, acrescentando que o presidente do PSL, Luciano Bivar, está "queimado para caramba".
A declaração gerou uma disputa entre a ala que apoia Bolsonaro e o grupo de Bivar, levando, por exemplo, à destituição do líder do partido na Câmara, deputado Delegado Waldir.
O grupo ligado ao presidente da República conseguiu colocar no lugar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro.
Processo no Conselho de Ética
Diante da crise instalada no partido, o Conselho de Ética decidiu abrir processos para apurar as condutas dos deputados ligados a Bolsonaro. O presidente da sigla, Luciano Bivar, tem dito que os parlamentares feriram o código de ética da legenda.
Nesta quarta, os deputados enviaram as defesas ao conselho. Para Vitor Hugo, há uma "perseguição política" contra os parlamentares.
"Respeitamos o PSL e todos os seus integrantes, mas discordamos do modo que o partido vem sendo conduzido neste ano", disse.
"Nada mais fizemos do que buscar, em sintonia com o presidente Jair Bolsonaro, a adoção de medidas de transparência partidária", acrescentou.
G1
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) relatório favorável a uma proposta que permite a execução da pena de prisão logo após a condenação do réu na segunda instância do Judiciário.
O texto foi aprovado por 50 votos a 12 e segue agora para uma comissão especial. Depois, ainda terá de ser discutido no plenário da Casa.
Há duas semanas, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu de forma contrária e vinculou o início do cumprimento da pena ao chamado trânsito em julgado (momento em que se esgotaram as possibilidades de recurso do réu).
Nesta quarta, a CCJ analisou um parecer complementar apresentado pela deputada Caroline de Toni (PSL-SC).
A relatora se manifestou favoravelmente a uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que modifica os artigos 102 e 105 da Constituição, acabando com o recurso extraordinário, apresentado ao STF, e o recurso especial, apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na prática, pela PEC, o réu só poderá recorrer até a segunda instância e, depois disso, o processo transitará em julgado. O processo até poderá seguir para o STF ou STJ, mas por meio de uma nova ação para questionar aspectos formais da sentença.
Novo relatório
A proposta foi apresentada nesta terça-feira (19) pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP). O texto foi apensado (juntado) a outras duas PECs que permitem a prisão em segunda instância, mas alteram o artigo 5º da Constituição, considerado cláusula pétrea (que não pode ser alterado, mas que, para os autores das duas PECs, pode).
Em seu parecer, a relatora votou favoravelmente às três propostas, mas teve de recuar. Partidos favoráveis e contrários à antecipação da execução penal ameaçaram obstruir a votação se não fossem excluídos do relatório os projetos que mexiam na cláusula pétrea.
“Registro minha convicção pessoal no sentido de que as três PECs são admissíveis tendo em vista não vislumbrar qualquer violação ao núcleo essencial e intangível da Constituição Federal como detalhadamente exposto na leitura do meu voto”, insistiu Caroline Toni.
“Reconheço que a PEC 199/2019 apresenta solução ainda mais assertiva que as demais, porque a um só tempo inibe a interposição de recursos meramente protelatórios e desafoga a carga de trabalho da suprema corte”, concluiu, votando pela rejeição de duas das propostas, como exigido pelos demais deputados.
A reunião da CCJ chegou a ser suspensa para ajuste no relatório. Com a alteração, o texto foi aprovado por xx a xx e segue agora para uma comissão especial. Depois, ainda terá de ser discutido no plenário da Casa.
G1
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira, 20, a postura do ex-ministro Ciro Gomes, candidato derrotado à Presidência pelo PDT, durante as eleições de 2018, quando o petista Fernando Haddad e Jair Bolsonaro disputaram o segundo turno.
“Eu fico pensando o que o Ciro fez. As coisas boas e ruins, e prefiro ficar com as boas. Ele nos ajudou no governo”, disse Lula. “Agora, ele escolheu ir para Paris no segundo turno e xingar o povo que votou no Haddad e não nele”. As declarações do ex-presidente foram dadas em entrevista ao blog Nocaute e publicadas também no perfil oficial do petista no Twitter.
Lula afirmou ainda que é “grato” a Ciro pela lealdade do ex-ministro, mas que o pedetista “não é um homem do debate político, ele é um homem de uma verdade só que é a dele”.
Eu fico pesando o que o Ciro fez. As coisas boas e ruins, e prefiro ficar com as boas. Ele nos ajudou no governo. Agora, ele escolheu ir pra Paris no segundo turno e xingar o povo que votou no Haddad e não nele. — Lula (@LulaOficial) November 20, 2019
Nesta quarta-feira, em entrevista ao Estado, Ciro afirmou que só fala com Lula se for procurado pelo petista. “Evidentemente que atendo. Se ligar, atendo”, disse Ciro. No entanto, segundo o pedetista, essa conversa precisa de uma “testemunha”. “Mas a conversa terá de ser com testemunha, porque perdi a confiança nele. E só converso se for sobre o futuro do Brasil. O que Lula diz de manhã não serve de tarde”, afirmou Ciro.
‘Por que vamos abrir mão da nossa grandeza?’, diz Lula
Na entrevista ao blog, Lula voltou a defender que o PT não faça autocrítica, apesar da pressão que a sigla tem sofrido, inclusive por aliados. Para o ex-presidente, a autocrítica é desnecessária e que cabe somente aos que fazem oposição à sigla. Lula disse que o PT “é o mais importante partido político de esquerda da América Latina” e que deve se portar de acordo com o seu tamanho. “Por que vamos abrir mão da nossa grandeza?”, disse o ex-presidente.
Lula também defendeu que o PT não abra mão de candidaturas próprias nas eleições municipais de 2022 quando puder ter candidaturas competitivas. Citando São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o petista disse que “um partido do tamanho do PT tem que ter candidatos próprios”.
O ex-presidente disse que “gosta” de Manuela d’Ávila (PCdoB) e de Marcelo Freixo (PSOL), potenciais candidatos às prefeituras de Porto Alegre e Rio de Janeiro, respectivamente, em 2022. No entanto, segundo Lula, o PT não pode prescindir de ter candidaturas próprias nessas capitais, e citou o nome de Benedita da Silva (PT) como possível indicação do PT no Rio de Janeiro. O petista disse, porém, que o PT pode apoiar candidatos “progressistas, de esquerda”, em eventuais situações de segundo turno nas quais o partido fique de fora.
O petista falou ainda sobre sua relação com Marta Suplicy, hoje sem partido, e abriu as portas para que a ex-prefeita retorne ao PT. “Não misturo relação pessoal com política. A Marta fez muito pelo PT, foi a melhor prefeita que São Paulo teve. Se quiser voltar, da mesma maneira que saiu, ela pede para entrar.”
Estadão
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (20), durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, que a instituição está organizando um mutirão para os clientes renegociarem suas dívidas com os bancos antes do Natal e do Ano Novo.
Segundo ele, a intenção é que as instituições financeiras abram suas agências, além do horário normal de expediente, para renegociar as dívidas dos clientes. Com isso, eles poderão "limpar" o nome e realizar novas compras neste fim de ano.
"Vai estar atrelada à educação financeira", disse Campos Neto, explicando que, no mutirão, também serão concedidos cursos de como melhor administrar os recursos e evitar linhas bancárias "emergenciais", como cheque especial e cartão de crédito rotativo, com taxas de juros muito elevadas.
Ele afirmou que, para 2020, há outras ações de educação financeira sendo programadas pelo Banco Central.
"Queremos fazer [ações] junto com os 'bureaus' de crédito. Que quem faça o curso, acaba tendo uma classificação de crédito superior atrelado a ganhar pontos que gerem desconto em produtos financeiros. Porque quem tem mais educação financeira tem menos inadimplência", disse Campos Neto.
O presidente do BC voltou a observar que as linhas de crédito emergenciais (cheque especial e cartão de crédito rotativo) tiveram queda de juros nos últimos meses, mas em patamar bem inferior ao restante das linhas bancárias.
"Para 85% da massa de crédito, os juros vêm caindo. Nos produtos emergenciais caíram menos", declarou.
Ele disse novamente que o BC deve lançar, até o fim do ano, um plano para baixar os juros do cheque especial das pessoas físicas, atualmente acima de 300% ao ano.
"É um produto muito regressivo. Quem está pagando o custo está embaixo na pirâmide. É como se quem estivesse embaixo pagasse o luxo de quem está em cima. É um produto mais usado pela renda mais baixa e por quem tem menos educação financeira. Precisamos fazer uma reengenharia para diminuir regressividade", disse.
Para baixar o chamado "spread" bancário, que é a diferença entre a taxa de captação (quanto os bancos pagam pelos recursos) e o que cobram do tomador final do crédito, ele afirmou que é preciso organizar melhor as garantias dadas nas operações de crédito e, também, agilizar o processo de recuperação desses bens.
"Hoje, a recuperação de crédito é um processo judicial que leva muito tempo. Precisamos aperfeiçoar", afirmou.
Pagamentos instantâneos
Campos Neto também afirmou na Comissão Mista de Orçamento que o Banco Central quer implementar, até o fim de 2020, um sistema de pagamentos instantâneo que funcionará sete dias por semana, 24 horas por dia.
A ideia é permitir as transações a qualquer momento e torná-las mais baratas. Atualmente, os clientes têm de utilizar os DOCs e TEDs e pagar os custos envolvidos.
"Os pagamentos instantâneos devem estar funcionando no fim do ano que vem. O dinheiro vai sair de uma conta para outra, independente de quem seja, empresa ou pessoa física, 24 horas por dia, sete dias por semana. Diminui a demanda por dinheiro em espécie", declarou.
O chamado "ecossistema" de pagamentos instantâneos brasileiro será formado pelo arranjo aberto instituído pelo BC, pelos prestadores de serviços de pagamento participantes do arranjo e pelo Sistema Pagamentos Instantâneos (SPI).
O BC será o desenvolvedor, o operador e o gestor da base de dados única e centralizada do "ecossistema".
Essa base de dados armazenará as informações das chaves ou apelidos que servem para identificar as contas transacionais dos usuários recebedores de maneira intuitiva e simplificada, permitindo que o usuário pagador utilize informações que ele já possui sobre o usuário recebedor para iniciar o pagamento.
G1
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O Flamengo está a caminho de Lima. Após recepção dos torcedores na saída do Ninho do Urubu, em Vargem Grande, e festa até o Aeroporto Internacional do Galeão, a delegação decolou rumo ao Peru às 16h30 (de Brasília) desta quarta-feira.
A viagem dura aproximadamente 5h30. A expectativa da delegação é pousar na capital peruana por volta das 22h. O GloboEsporte.com acompanha a chegada em Tempo Real direto de Lima.
A festa começou cedo no Rio de Janeiro. Os torcedores começaram a se aglomerar na porta do Ninho a partir das 9h, horário da última atividade do Flamengo no Brasil antes do embarque. De acordo com a Polícia Militar, cerca de dez mil pessoas estavam reunidas no momento da saída do ônibus rumo ao Galeão.
O trajeto até o aeroporto foi tomado por camisas rubro-negras. Por volta das 14h15, o ônibus chegou ao terminal de cargas do Galeão para o embarque e encontrou uma concentração enorme de torcedores, que se espremeram entre as grades, no principal momento de tumulto, com direito a gás de pimenta por parte dos policiais.
A programação do Flamengo em Lima já está definida. Serão dois treinos, um quinta e outro sexta, ambos às 10h, no centro de treinamento da Federação Peruana, o Villa Deportiva Nacional. Na véspera da final, está previsto uma atividade às 17h30, no Estádio Monumental de Lima, palco da decisão, e coletivas de Jorge Jesus e Everton Ribeiro.
Globo Esporte
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Alunos de escolas públicas urbanas em mais de 5,2 mil municípios do país poderão ser beneficiados com acesso à internet. Em cerimônia no Palácio do Planalto, com participação do presidente Jair Bolsonaro, o governo anunciou hoje (19) a ampliação do programa Educação Conectada, do Ministério da Educação (MEC). A medida prevê investimentos de R$ 224 milhões até o final de 2020. Ao todo, cerca de 70 mil escolas serão atendidas, alcançando um total de 27,7 milhões de alunos.
No início do mês, o MEC já havia anunciado a expansão do programa para 24,5 mil escolas urbanas, além de garantir que outras 9,9 mil escolas contempladas em 2018 continuassem com a cesso à internet a partir do repasse do dinheiro para a manutenção do serviço.
"Das escolas urbanas, a gente vai para mais de 80% [de cobertura de internet]. Das escolas rurais, que é via satélite, [a cobertura] era zero, esse ano a gente já vai para 40%, e aí a gente começa a acelerar esse processo", afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista a jornalistas. No caso das escolas rurais, o Educação Conectada é realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que recebeu do MEC, em 2019, um total de R$ 60 milhões para implantar internet por meio de tecnologia via satélite. Até o fim deste ano, o governo prevê conexão de 8 mil escolas rurais à internet.
A velocidade da internet, segundo a pasta, depende da velocidade ofertada na região, mas o MEC disse que garante a melhor oferta disponível. O Educação Conectada tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.
Para receber a conexão de internet, as instituições públicas precisam ter número de matrículas maior que 14 alunos; ter, no mínimo, três computadores para uso pelos alunos; e, ter, no mínimo, um computador para uso administrativo e pelo menos uma sala de aula em funcionamento.
Livros didáticos
O governo também lançou nesta terça-feira um concurso nacional de desenho da bandeira nacional para estudantes de escolas públicas. As ilustrações mais bem avaliadas vão estampar a quarta capa dos livros didáticos, que fazem parte do Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD). Batizado de 1º Concurso Sua Arte no Livro Didático", a iniciativa é do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC, e principal financiador da educação básica no Brasil. Atualmente, cerca de 7 milhões de alunos do Ensino Médio em mais de 20 mil escolas são atendidos pelo PNLD.
Segundo as regras do concurso, os cinco primeiros colocados vão ganhar computador, uma viagem para a cidade de São Paulo, para receberem a premiação, além de terem o desenho impresso nos livros. Os diretores de escolas públicas devem indicar a participação dos alunos pelo portal do FNDE na internet.
Agência Brasil
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