Fevereiro 08, 2025
Arimatea

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) firmou nesta terça-feira (19) convênios com mais cinco instituições de ensino superior portuguesas que passam a aceitar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a admissão de estudantes. Com estes acordos, agora são 47 universidades que usam este critério.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que a ampliação dos convênios, iniciados em 2014, cria mais oportunidades para os brasileiros. “Toda a oportunidade que a gente possa dar ao estudante brasileiro, dele se abrir para o mundo, buscar conhecimentos novos, é enriquecedora, e este é um trabalho muito importante para o Inep”, afirmou.

Segundo o Inep, uma mudança na legislação portuguesa em 10 de março de 2014 tornou possível o ingresso de estudantes internacionais no país europeu. A partir daí foi possível ampliar o acesso dos estudantes brasileiros às universidades portuguesas.

Para o reitor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), Mário Caneva Moutinho, uma das universidades que aceitam estudantes brasileiros, o intercâmbio vai permitir, no futuro, que os alunos “tenham implicação na vida social, econômica e cultural de ambos os países.”

As instituições que, a partir destas assinaturas, também passam a integrar o Enem Portugal são: Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (Ismat), em Portimão; Instituto Superior Dom Dinis (Isdom), em Marinha Grande; Instituto Superior de Gestão (ISG), em Lisboa; Instituto Superior de Gestão e Administração de Santarém (Isla Santarém), em Santarém e Instituto Superior de Gestão e Administração de Gaia (Isla Gaia), em Vila Nova de Gaia.

Agência Brasil
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Pacientes diagnosticados com câncer devem ter exames de saúde realizados no prazo máximo de 30 dias, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), na Paraíba. A lei que garante a realização dos atendimentos dentro do prazo, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (20).

Conforme a Lei 11.518/2019, de autoria do deputado Wilson Filho (PTB), os exames clínicos, laboratoriais e complementares estão entre os procedimentos que devem ser feitos por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna.

Ainda de acordo com texto publicado, ficam isentos da lei, os pacientes que precisarem de procedimentos clínicos de urgência e emergência, que exijam atendimento imediato, não podendo aguardar o prazo máximo estabelecido.

G1 PB
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O uso consciente de antibióticos requer a atuação de diversos atores, que vão desde a população em geral até profissionais da saúde e indústria farmacêutica. "Sem uma ação urgente, caminhamos para uma era pós-antibióticos, em que infecções comuns e ferimentos leves podem voltar a matar", alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).organização que promove até domingo (24) a Semana Mundial do Uso Consciente de Antibióticos. A programação teve início nesta segunda-feira (18).

Segundo a OMS, o uso inadequado de antibióticos faz com que as bactérias se alterem, tornando-se resistentes a medicamentos. Infecções como pneumonia, tuberculose e gonorreia, estão se tornando cada vez mais difíceis e, às vezes, impossíveis de tratar. A OMS estima que pelo menos 700 mil pessoas morrem por ano devido a doenças resistentes a medicamentos antimicrobianos e alerta que o número de mortes pode chegar a 10 milhões, a cada ano, até 2050, mantido o cenário atual.

"Isso é um problema que tem se tornado cada vez mais grave. A resistência bacteriana hoje em dia é considerada uma das 10 maiores ameaças à saúde pública global. Infecções para as quais antigamente a gente tinha tratamento, hoje praticamente não temos mais opções", disse a chefe do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz, Ana Paula Assef, em entrevista à Rádio Nacional.

A pesquisadora ressalta que vários atores podem contribuir para reverter esse cenário. Profissionais da saúde podem ter mais cuidado e prescrever antibióticos de forma correta e consciente, escolhendo melhor o medicamento na hora de receitá-lo.

E a população também pode se proteger. "Muitas vezes acontece de a gente usar o antibiótico que tem no armário da vizinha, ou da tia, que falou que usou aquele antibiótico para tratar uma infecção parecida. Não pode. A população tem que ter essa noção de que antibiótico só pode ser usado, que só adianta, para infecções bacterianas. E quem tem que receitar é o médico", afirmou.

Consumo no mundo
Relatório da OMS publicado no ano passado aponta grandes discrepâncias nas taxas de consumo entre os 65 países analisados, variando de aproximadamente quatro doses diárias definidas (DDD) por cada mil habitantes para mais de 64 doses diárias definidas por cada mil habitantes.

Segundo a organização, a grande diferença no uso de antibióticos em todo o mundo indica que alguns países provavelmente estão usando antibióticos, enquanto outros podem não ter acesso suficiente a esses medicamentos que salvam vidas.

No Brasil, a taxa de consumo é 22,75, a maior entre os países americanos com dados disponíveis. O país é seguido por Bolívia, com taxa de consumo de 19,57 doses diárias definidas por cada mil habitantes; Paraguai, com 19,38; Canadá, com 17,05; Costa Rica, com 14,18; e Peru, com 10,26.

De acordo com o médico infectologista Hélio Bacha, grande parte do uso do antibiótico no Brasil, especialmente o ambulatorial, é desnecessária. "Há uma pressão muito grande por parte da população, que acha que antibiótico é medicação eficaz para todo tipo de infecção e há uma formação médica nem sempre adequada para distinguir o bom uso do antibiótico", diestacou Bacha, que é consultor técnico representante da Sociedade Brasileira de Infectologia no Conselho Científico da Associação Médica Brasileira.

Bacha disse que grande parte das doenças infecciosas virais e mesmo infecções bacterianas tem cura espontânea. É preciso, portanto, "melhorar a prescrição por parte dos médicos. E isso não basta, se não houver consciência coletiva da população. [É preciso] melhorar o nível de saber dessa população dos limites do uso do antibiótico e das ameaças que isso traz."

Segundo a OMS, há uma série de ações que podem ser tomadas por diversos setores da sociedade.

A população pode:
Prevenir infecções, lavando as mãos regularmente, praticando uma boa higiene alimentar, evitando contato próximo com pessoas doentes e mantendo atualizado o calendário de vacinação.

Usar antibióticos apenas quando indicado e prescrito por um profissional de saúde.

Seguir a prescrição à risca.

Evitar reutilizar antibióticos de tratamentos prévios que estejam disponíveis em domicílio, sem adequada avaliação de profissional de saúde.

Não compartilhar antibióticos com outras pessoas.

Profissionais de saúde podem:
Prevenir infecções ao garantir que as mãos, os instrumentos e o ambiente estejam limpos.

Manter a vacinação dos pacientes em dia.

Quando uma infecção bacteriana é suspeita, realizar culturas e testes bacterianos para confirmá-la.

Prescrever e dispensar antibióticos apenas quando realmente forem necessários.

Prescrever e dispensar o antibiótico adequados, assim como sua posologia e período de utilização.

Os gestores em saúde podem:
Implantar um robusto plano de ação nacional para combater a resistência aos antibióticos.

Aprimorar a vigilância às infecções resistentes aos antibióticos.

Reforçar as medidas de controle e prevenção de infecções.

Regulamentar e promover o uso adequado de medicamentos de qualidade.

Tornar acessíveis as informações sobre o impacto da resistência aos antibióticos.

Incentivar o desenvolvimento de novas opções de tratamento, vacinas e diagnóstico.

O setor agrícola pode:
Garantir que os antibióticos dados aos animais – incluindo os produtores de alimentos e os de companhia – sejam usados apenas no tratamento de doenças infecciosas e sob supervisão de um médico veterinário.

Vacinar os animais para reduzir a necessidade do uso de antibióticos e desenvolver alternativas ao uso de antibióticos em plantações.

Promover e aplicar boas práticas em todos os passos da produção e do processamento de alimentos de origem animal e vegetal.Adotar sistemas sustentáveis com melhor higiene, biossegurança e manejo dos animais livre de estresse.

Implementar normas internacionais para o uso responsável de antibióticos estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal, FAO [Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura] e OMS.

A indústria da saúde pode:
Investir em novos antibióticos, vacinas e diagnósticos.

Agência Brasil
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O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde tem casa o presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal nessa terça-feira, 19. Ele foi ouvido no inquérito aberto por ordem do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) para apurar ‘tentativa de envolvimento indevido’ do nome de Bolsonaro nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

O relato de Alberto Mateus não foi divulgado. O inquérito está sob sigilo.

A investigação teve início após reportagem da TV Globo mostrar que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no condomínio Vivendas da Barra em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, de Bolsonaro. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o ‘seu Jair’.

O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara dos Deputados.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos há 616 dias – março de 2018 – em circunstâncias até hoje não esclarecidas.

A repercussão do caso levou Moro a solicitar, via Procuradoria-Geral da República, a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar o depoimento do porteiro.

Segundo o ministro, há ‘inconsistências’ no depoimento do funcionário, o que poderia classificar o ato como ‘crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa’.

Aras aceitou o pedido de Moro e enviou o ofício ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que solicitou a abertura das investigações no dia 06. No mesmo dia, a Polícia Federal abriu o inquérito.

Perícia questionada. No dia seguinte à citação do nome de Bolsonaro no caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou perícia nos áudios, feita em menos de duas horas e meia.

Foi a partir desta análise que promotoras do caso sustentaram a tese de que o porteiro mentiu em depoimento, o que motivou a abertura do inquérito contra o funcionário do Vivendas.

O Ministério Público afirma que os áudios não foram editados, nem adulterados, mas perícia é questionada por especialistas. Segundo eles, não houve tempo suficiente para uma análise aprofundada das provas e ressaltam que, como os computadores do condomínio não foram avaliados, não é possível saber se algum áudio foi suprimido ou renomeado de forma a enganar os investigadores.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, exibiu nas redes sociais gravações alegadamente obtidas com o síndico do Vivendas da Barra. O próprio presidente chegou a declarar que havia pego os áudios antes que fossem ‘adulterados’. A declaração provocou questionamentos sobre suposta obstrução de justiça.

Federalização. Em setembro, a então a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o caso fosse conduzido em âmbito federal, o que será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o fim deste ano. Foi um dos últimos atos de Raquel no cargo.

A defesa de Lessa e Queiroz, inclusive, utilizam a manifestação de Raquel para pedir a suspensão do processo, alegando falhas na investigação e obstrução por parte da Polícia Civil.

A federalização do caso, no entanto, enfrenta resistências do Ministério Público do Rio, que comanda as investigações. Se aprovada, o caso deixará as mãos da promotoria estadual.

Em entrevista ao ‘Estado’, o ex-ministro da Defesa e Segurança Pública na gestão Michel Temer, Raul Jungmann, classificou como ‘injustificável’ a ação do Ministério Público do Rio em barrar a federalização.

O Ministério Público repudiou as declarações do ex-ministro e afirmou que o acionou formalmente para dar explicações à Justiça.

Estadão
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta quarta-feira (20) que seja mantida a possibilidade de compartilhamento de relatórios de inteligência financeira de órgãos de controle como o antigo Coaf, atualmente Unidade de Inteligência Financeira (UIF), e a Receita Federal, com o Ministério Público, sem decisão judicial.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar na manhã desta quarta se esse compartilhamento de informações poderá ser feito de forma detalhada ou apenas com dados genéricos.

A decisão terá repercussão geral, ou seja, valerá para todos os casos semelhantes nas demais instâncias do Judiciário.

Aras, que falou em nome do Ministério Público na sessão, defendeu que a manutenção do compartilhamento ajudará no combate à lavagem de dinheiro. "Este sistema opera em 184 países do mundo. E o Brasil necessita respeitar esse sistema", afirmou Aras.

Ainda conforme o procurador-geral, o Ministério Público não requisita informações da UIF, apenas recebe os relatórios, e não há quebra de sigilo de informações por parte de procuradores nas investigações.

"Não queremos extratos bancários em nenhuma hipótese, esses estão submetidos à reserva de jurisdição, mas não os dados encaminhados pelo Coaf", afirmou.

Em seguida, o advogado Gustavo Badaró, que falou em nome do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, disse que é preciso garantir que o repasse de dados detalhados, que firam a privacidade, passem por intermediação e autorização da Justiça.

Segundo ele, limitar as informações recebidas desses órgãos a dados globais não prejudica as investigações e garante que o sigilo do cidadão, que é direito fundamental, só será quebrado se um juiz permitir.

"Esse modelo não anula o papel de inteligência", afirmou. "O que impede é que essas comunicações cheguem com um grau e um nível de detalhamento e aprofundamento que verdadeiramente signifiquem uma intromissão na vida privada sem um controle jurisdicional."

O julgamento
O Supremo Tribunal Federal começou a decidir, em julgamento na manhã desta quarta (20), até que ponto órgãos de controle – como o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira (UIF), a Receita Federal e o Banco Central – podem compartilhar sem autorização judicial dados fiscais e bancários de cidadãos com o Ministério Público a fim de embasar investigações criminais.

Em julho deste ano, o presidente do STF, Dias Toffoli, concedeu liminar (decisão provisória) que suspendeu em todo o território nacional processos que tiveram origem em dados fiscais e bancários sigilosos de contribuintes compartilhados sem autorização judicial.

O ministro Toffoli tomou a decisão ao analisar pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro. O senador argumentava que o Ministério Público do Rio de Janeiro teve acesso a informações fiscais dele sem autorização judicial.

Um levantamento do Ministério Público Federal (MPF) apontou que, após a decisão de Toffoli, 935 ações e investigações estão paralisadas na Justiça.

Sob a justificativa de subsidiar o julgamento, Toffoli ordenou que o Banco Central (BC) enviasse relatórios contendo dados sigilosos de 600 mil pessoas e empresas ao STF dos últimos três anos. O ministro afirmou que não acessou os dados.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a ordem, classificando a medida de "demasiadamente interventiva". O ministro manteve a decisão, e só a revogou após receber novas informações da UIF e do Ministério Público, que considerou terem sido satisfatórias.

Uso de dados do antigo Coaf
No julgamento desta quarta, o STF deve definir se relatórios como os que o antigo Coaf vinha elaborando podem continuar sendo feitos sem autorização de um magistrado.

Dias Toffoli suspendeu o uso de dados detalhados de informações do Coaf até que o plenário da Corte julgue qual é extensão possível da troca de informações sem que um juiz autorize e sem que isso represente quebra de sigilo.

No entendimento do presidente do STF, somente informações genéricas – sem detalhamento – poderiam ser compartilhados sem permissão de um juiz.

Após a decisão de Toffoli, o Coaf decidiu alterar o formato para os casos sem autorização da Justiça e passou a gerar planilhas com o nome do suspeito e valores genéricos, não detalhados, da movimentação atípica.

Nesta terça, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que relatórios genéricos são inúteis à persecução de crimes relacionados à lavagem de dinheiro e à corrupção, pois inviabilizam o cruzamento de informações relevantes e o acesso a dados que de fato caracterizam esses crimes.

Em resposta ao Supremo, Aras também afirmou que as comunicações recebidas pelo Ministério Público não incluem extratos financeiros completos e rejeitou a possibilidade de "devassa" nas movimentações de contribuintes por parte do órgão.

O que pode acontecer
Os ministros do Supremo podem manter a decisão de Toffoli e considerar que somente dados gerais podem ser repassados pelos órgãos de controle ao Ministério Público sem autorização judicial.

Nesse caso, se quiserem complementar a apuração com mais informações, promotores ou procuradores terão que requerer aval da Justiça.

Se esse for o entendimento, é possível que ocorra um debate entre os ministros do Supremo para "modular" o alcance da decisão, ou seja, decidir a partir de quando o entendimento vale, a fim de evitar nulidades de atos passados.

Em outro cenário, os ministros podem considerar que o repasse de dados detalhados não é quebra de sigilo porque o MP também mantém o segredo das informações.

Nessa hipótese, seria necessária autorização judicial somente para se obter extratos bancários ou declaração de Imposto de Renda.

Investigadores defendem que o compartilhamento detalhado facilita as investigações e advertem que, se houver limitações, o papel do MP será esvaziado.

Investigações suspensas
A decisão de Toffoli foi tomada em um pedido feito pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no recurso que já estava na Corte, apresentado pelo Ministério Público Federal em 21 de junho de 2017 contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

Nesse recurso, que agora será analisado pelo plenário, dois sócios de um posto de gasolina de Americana, município do interior de São Paulo, foram multados em 2003 por auditores fiscais por sonegação. Os empresários foram condenados por sonegação após investigação do MP e recorreram contra a atuação da Receita.

Flávio Bolsonaro alegou que o caso dele era idêntico e pediu que a investigação fosse suspensa. A decisão de Toffoli foi tomada após esse pedido, mas não abarcou somente a investigação de Flávio Bolsonaro. A liminar suspendeu todos os processos e investigações no país.

No fim de 2018, relatório do Coaf apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O documento do conselho revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que havia atuado como motorista e assessor de Flávio Bolsonaro à época em que o parlamentar do PSL era deputado estadual.

A investigação que envolve o filho de Jair Bolsonaro faz parte da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados estaduais.

Na decisão, Toffoli também determinou a suspensão de inquéritos e procedimentos de investigação criminal (PIC) tanto do Ministério Público Federal (MPF) quanto dos estaduais que tenham sido instaurados sem a supervisão do Judiciário e sem autorização prévia de um magistrado com base em dados compartilhados pelos órgãos de fiscalização e controle (Fisco, Coaf e Banco Central).

G1
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A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou que convocará, nas próximas horas nesta quarta-feira (20), eleições gerais, uma demanda de vários setores da sociedade após as anuladas eleições de 20 de outubro.

"Se Deus permitir, hoje pela manhã, vamos lançar a convocação para as eleições, como todo país está pedindo", disse Áñez à imprensa, acrescentando que ainda não se definiu qual será o mecanismo legal - se por uma lei aprovada no Congresso, ou se por decreto supremo presidencial, em caso de ausência de consenso político.

Áñez afirmou que a convocação será observada por organismos internacionais e por outras instituições, como a Igreja Católica, que tentam mediar um diálogo interpartidário para agilizar uma nova disputa eleitoral e definir o cronograma do processo.

"Vamos estar o mais agarrado possível à Constituição", disse ela.

O Senado foi convocado para esta tarde, mas tudo faz antecipar que haverá complicações nos trabalhos.

O oficialismo não quer que os parlamentares tratem da renúncia de Morales, alegando que é um aspecto superado. Já os congressistas leais ao líder indígena pretendem rejeitar sua saída, com o argumento de que foi pressionado pelos militares.

Convocação era compromisso
A convocação para eleições é um compromisso assumido por Áñez, ao ocupar a presidência do país há uma semana, assim como a formação de um novo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), depois que todas as autoridades deste órgão foram detidas.

A prisão e a investigação das autoridades do TSE se deram após uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontar irregularidades na eleição que teve o agora ex-presidente Evo Morales como vencedor, frente ao candidato Carlos Mesa.

Resolução da OEA pede eleições urgentemente
Nesta quarta-feira (20), a maioria dos 35 países que compõem a OEA aprovou uma resolução para pedir que a Bolívia convoque novas eleições "urgentemente". O texto foi aprovado com 26 votos a favor; México, Nicarágua e São Vicente e Granadinas, contra; quatro abstenções; e uma ausência.

Evo denuncia 'genocídio'
O ex-presidente Evo Morales insistiu, nesta quarta-feira (20), em que a repressão dos protestos é um "genocídio" na Bolívia, onde 27 pessoas morreram desde que explodiu a crise após as eleições e que levou à renúncia do líder indígena.

"Na Bolívia, depois do golpe de Estado, temos cerca de 30 mortos. Este massacre é parte de um genocídio que ocorre em nossa querida Bolívia", disse Morales, em entrevista coletiva na Cidade do México, para onde embarcou após renunciar e se encontra na condição de asilado político.

"Estão matando meus irmãos e irmãs", completou.

"Faço um apelo à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e à ONU para que denunciem e freiem esse massacre de irmãos indígenas que pedem paz, democracia e respeito à vida nas ruas", escreveu Morales, em sua conta em uma rede social.

Do exílio, Morales lembrou que, após a interrupção da ordem constitucional, o Congresso boliviano não cumpriu o requisito de avaliar se aceitava, ou não, sua renúncia.

"Não permitem que volte para a Bolívia. Se a Assembleia (Congresso) não avaliou minha renúncia, eu sou presidente, e ainda, presidente eleito no primeiro turno", reivindicou Morales na mesma coletiva de imprensa.

Suposta conversa de Evo com 'cocalero'
O ministro interino de Governo da Bolívia, Arturo Murillo, apresentou nesta quarta-feira (20) uma gravação de áudio, a qual ele atribui ao ex-presidente Evo Morales. Nela, um homem instrui um líder "cocalero" a sitiar as cidades e cortar o abastecimento de alimentos.

"Que não entre comida nas cidades. Vamos bloquear, cerco de verdade", afirma a voz, em uma comunicação com o dirigente "cocalero" Faustino Yucra Yarmi, que "tem sentença executada por tráfico de drogas", relatou o ministro.

Ainda de acordo com Murillo, em uma entrevista coletiva, Morales "ordena que não entre comida nas cidades. Isso é um crime de lesa-humanidade. Nas próximas horas, apresentaremos a demanda internacional sobre isso".

Na mesma entrevista, ele também divulgou um texto que seria a transcrição deste suposto telefonema.

Segundo Murillo, o ex-presidente "está fazendo terrorismo".
"Não é possível que Evo continue colocando bolivianos em confronto com bolivianos, que ordene que não entre comida. É um crime de lesa-humanidade", insistiu.

No áudio, a mesma voz afirma: "Quando me expulsaram do Congresso em 2002, bloquearam e, agora, me expulsam da Bolívia, e há bloqueio. Vamos ganhar".

Na gravação, o homem suspeito de ser Evo Morales diz a Yucra que, se o Congresso rejeitar sua renúncia, vai "tentar entrar" no país, mesmo correndo o risco de ser preso.

France Presse
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O embaixador dos Estados Unidos para a União Europeia, Gordon Sondland, disse nesta quarta-feira (20) ao comitê de impeachment de Donald Trump que ele e outras autoridades dos EUA pressionaram a Ucrânia a investigar democratas “porque o presidente nos direcionou a fazê-lo”.

Sondland confirmou que havia um claro “toma lá dá cá” que vinculava um encontro na Casa Branca com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a investigações dos rivais políticos de Trump.

Ele disse ainda que estava preocupado por “um potencial ‘toma lá dá cá’ que condicionava uma doação de US$ 391 milhões (R$ 1,64 bilhão), suspendida por Trump, às tentativas, pela Ucrância, de descobrir algo a respeito do filho do democrata Joe Biden.

Sondland é um empresário do setor de hotéis que fez doações ao Partido Republicano antes de se tornar embaixador. Ele afirmou que ele e duas outras autoridades pressionaram os ucranianos por insistência de Trump. São eles:

  • Rick Perry, secretário de energia
  • Kurt D. Volker, enviado especial para a Ucrânia
  • Gordon Sondland, embaixador dos Estados Unidos na União Europeia

Esses três trabalharam com o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, em temas ligados à Ucrânia.

“Nós não queríamos trabalhar com Giuliani. De uma forma simples, nós estávamos lidando com as cartas de baralho que recebemos.”

"Quando soubemos que a Casa Branca também havia suspendido a ajuda à segurança da Ucrânia, eu era categoricamente contrário a qualquer suspensão da mesma, uma vez que os ucranianos precisavam dessa verba para lutar contra as agressões", assinalou.

Todos na jogada
Em agosto, Sondland avisou ao vice-presidente, Mike Pence, que tinha medo de que a ajuda miitar retida fosse ligada às investigações que Trump queria. Ele também disse que mantinha Mike Pompeo, o secretário de Estado, ciente de suas ações para pressionar a Ucrânia.

“Todos estavam na jogada, não era segredo”, ele afirmou.

“Não me lembro de encontrar nenhuma objeção”, disse também.

A caminho de se tornar o terceiro presidente americano a ser submetido a um processo de impeachment, Trump afirma que não fez nada de mal, que não houve nada irregular na conversa, e chamou a investigação de uma "caça às bruxas".

Trump afirmou nesta quarta-feira (20) que não conhece bem Sondland, mas que ele parece ser "um cara legal". O presidente dos EUA também disse que ele não buscou um toma lá dá cá com a Ucrânia.

G1
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O Papa Francisco chegou, nesta quarta-feira (20), à Tailândia, a primeira etapa de sua jornada asiática que também o levará ao Japão, uma viagem focada no diálogo inter-religioso e na eliminação de armas nucleares.

Ele será o primeiro pontífice em mais de 30 anos a visitar esses dois países onde os católicos são minoria. O avião que transportava o pontífice aterrissou no fim da manhã no aeroporto internacional de Don Mueang em Bangcoc, de acordo com a AFP.

Francisco, de 82 anos, foi recebido pelo vice-primeiro-ministro da Tailândia, Somkid Jatusripitak, e pelo ministro das Relações Exteriores, Don Pramudwinai.

Dezenas de jovens com as bandeiras da Tailândia e do Vaticano cumprimentaram Francisco, que pegou nos braços uma menina Hmong, uma das muitas minorias étnicas do país, em traje tradicional preto e rosa.

O papa então partiu para a embaixada do Vaticano, no centro da capital da Tailândia, onde "agora está descansando de sua longa jornada", segundo a irmã Ana Rosa Sivori, que é prima do pontífice.

Esta é sua quarta viagem ao continente asiático, após ter visitado a Coreia (2014), Sri Lanka e Filipinas (2015), e Mianmar e Bangladsh (2017).

Com este tour, Francisco totalizará 51 países visitados desde o início de seu pontificado, afirmou o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

Prima do papa
Ana Rosa Sivori, missionária há mais de 50 anos no reino, disse que a visita de Francisco “não é uma honra para mim, mas para todos os tailandeses porque ele veio aqui para falar sobre tolerância religiosa".

"Ele me disse que estava feliz em me ver e por eu poder servir de intérprete", declarou Ana Rosa, que tem um bisavô em comum com o papa.

Agenda
Na quinta-feira (21), ele se encontrará com o 20º patriarca supremo, Somdej Phra Maha Muneewong, em um local sagrado do budismo, religião praticada por 95% das pessoas no reino.

Ele também manterá conversas privadas com o primeiro-ministro, o general Prayut Chan-O-Cha, bem como com o rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn.

Francisco finalmente celebrará uma missa no grande estádio de Bangcoc para a comunidade católica do país, que tem cerca de 400 mil batizados. Cerca de 50 mil fiéis - incluindo várias centenas de cristãos, membros da minoria karen vindos das províncias remotas na fronteira com Mianmar - devem estar presentes.

Na sexta-feira (22), o pontífice participará de reuniões com padres, religiosos e bispos do país, mas também celebrará uma missa na Catedral de Bangcoc, especialmente dedicada aos jovens.

No sábado (23), ele voará para o Japão, um país que desejava conhecer desde a época em que era um jovem seminarista.

O ápice da visita será no domingo, dia dedicado a Nagasaki e a Hiroshima, as duas cidades atacadas há 74 anos com bombas atômicas americanas e que causaram a morte de 74 mil e 140 mil pessoas, respectivamente.

Nestas cidades, símbolos do horror da guerra, o papa argentino prestará uma comovente homenagem às vítimas dos primeiros e únicos ataques atômicos da história e suplicará ao mundo pela eliminação total das armas nucleares.

"Usar armas nucleares é imoral", clamou o papa antes de embarcar.

Católicos são minoria
Tailândia e Japão foram evangelizados por missionários jesuítas em meados do século XVI, mas os católicos são minoritários.

Em uma mensagem aos tailandeses antes de sua partida, Francisco disse que espera "fortalecer os laços de amizade" com os budistas.

O pontífice também prestou homenagem a uma "nação multiétnica" que "trabalhou duro para promover a harmonia e a convivência pacífica, não apenas entre seus habitantes, mas também em toda a região do Sudeste Asiático".

France Presse
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Ao menos seis pessoas morreram e cerca de 30 ficaram feridas em uma operação em conjunto da polícia e exército em uma refinaria na cidade de El Alto, na Bolívia, na terça-feira (19), de acordo com a Defensoria do país.

Manifestantes haviam bloqueado a saída da refinaria de Senkata. Os piquetes foram organizador por apoiadores do ex-presidente Evo Morales, que renunciou e está exilado no México.

A violência começou quando um comboio com combustíveis deixou a usina produtora para aliviar o abastecimento na região de La Paz, capital administrativa da Bolívia. Policiais e militares das Forças Armadas fizeram operação para abrir as passagens nos bloqueios pelos caminho.

Manifestantes haviam bloqueado a saída da refinaria de Senkata. Os piquetes foram organizador por apoiadores do ex-presidente Evo Morales, que renunciou e está exilado no México.

A violência começou quando um comboio com combustíveis deixou a usina produtora para aliviar o abastecimento na região de La Paz, capital administrativa da Bolívia. Policiais e militares das Forças Armadas fizeram operação para abrir as passagens nos bloqueios pelos caminho.

“Hordas decidiram entrara na refinaria de Senkata com dinamite, que eles colocaram nas paredes, queimaram veículos e roubaram cilindros de gás; consideramos que é um simples vandalismo”, disse ele.

Segundo o jornal “La Razón”, o ministro ainda disse que os manifestantes recebem ordens, dinheiro, álcool e folhas de coca para causar pânico.

G1
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O “Diário Oficial da União” publicou nesta quarta-feira (20) a sanção pelo presidente Jair Bolsonaro da lei 13.903, que autoriza o governo a criar a empresa NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea. A nova estatal do país será resultado da divisão da Infraero.

A autorização para criar a empresa pública foi proposta pelo próprio governo, por meio de uma medida provisória, aprovada pela Câmara e pelo Senado.

A lei sancionada abre espaço para que a empresa se torne sociedade de economia mista, com a participação de capitais privados. A NAV Brasil será vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica. Sua sede será no Rio de Janeiro e todo o capital social será da União.

Segundo o texto sancionado, a divisão parcial da Infraero será definida por meio de deliberação da Assembleia Geral da empresa, após manifestação do Conselho de Administração e ouvido o Conselho Fiscal.

Com a divisão, a Infraero cuidará da administração da infraestrutura dos aeroportos, enquanto a NAV Brasil terá o objetivo de “implementar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeronáutica destinada à prestação de serviços de navegação aérea”.

A nova estatal terá como fonte de recursos, entre outras, as tarifas de navegação aérea; recursos originados por suas próprias atividades e convênios, além de rendas patrimoniais. Os trabalhadores da empresa serão regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, mas serão selecionados em concurso público.

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