A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12), por 393 votos favoráveis e 14 contrários, em primeiro turno o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano.
A sessão foi suspensa após problemas técnicos no sistema da Casa, o Infoleg, que registra os votos de parlamentares de forma remota. A votação está prevista para ser retomada na manhã desta quarta-feira (13). Os parlamentares ainda precisam analisar os destaques, ou seja, propostas que ainda podem modificar trechos da medida e, posteriormente, a analisá-la em segundo turno.
Segundo o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), a Polícia Federal foi chamada para investigar o “apagão” no sistema. O congressista afirmou que os dois servidores que abrigam o sistema, de empresas diferentes, apresentam instabilidade.
Além de inviabilizar a votação remota, todas as plataformas da Câmara estão fora do ar. Para deputados de oposição, a suspensão da sessão foi uma manobra de Lira para evitar um revés na votação, já que pelo regimento interno a suspensão só pode ter uma hora de duração.
A PEC traz medidas para a redução do valor dos combustíveis e também prevê o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano. A matéria consolida as redações de duas PECs (15/22 e 1/22), sem alterar o mérito já aprovado no Senado para a PEC 1/22. A PEC 1/22, que prevê o pagamento dos benefícios sociais, foi apensada à PEC 15/22, que trata dos combustíveis e estava em estágio adiantado de tramitação na Câmara.
O texto prevê um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil até dezembro. A PEC também propõe, até o fim do ano, um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros, vale-gás de cozinha e reforço ao programa Alimenta Brasil, além de parcelas de R$ 200 para taxistas, financiamento da gratuidade no transporte coletivo de idosos e compensações para os estados que reduzirem a carga tributária dos biocombustíveis.
Segundo a legislação, não pode haver concessão de novos benefícios ou distribuição de valores em ano eleitoral, a não ser em casos excepcionais, como o estado de emergência. Por isso, há um dispositivo na PEC que prevê a decretação de estado de emergência no país até 31 de dezembro, justificado pela elevação “extraordinária e imprevisível” dos preços do petróleo, combustíveis e seus impactos sociais.
Agência Brasil
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O presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu suspender a votação da PEC do Estado de Emergência (PEC 15/22) após instabilidade nos sistemas de internet da Câmara dos Deputados. A sessão do Plenário será retomada nesta quarta-feira (13).
“O encaminhamento será a suspensão desta sessão. A Polícia Federal está vindo para esta Casa para fazer as investigações. Retomaremos amanhã para continuidade das votações”, disse Lira.
A decisão gerou protesto dos líderes partidários pela intenção de manter a presença dos deputados até amanhã. Eles cobram que haja uma nova verificação de presença.
Mais cedo, Lira explicou que a Câmara dos Deputados tem dois sistemas de internet alternativos, coordenados por empresas diferentes, mas nenhum dos dois estava funcionando. Isso exigiu que o presidente cobrasse das lideranças a presença em Plenário para a votação, dispensando o Sistema de Deliberação Remota e dificultando a votação dos deputados que não estão em Brasília – o que interfere no quórum da sessão e no resultado final.
“Não é usual, não é normal, não é compreensível que dois sistemas de internet sejam desligados simultaneamente na Câmara dos Deputados. E isso nós vamos investigar sem juízo de valor”, disse.
Nota à imprensa
Em nota divulgada à imprensa, o presidente da Câmara relatou o incidente:
"A área técnica da Câmara dos Deputados verificou instabilidade no sistema de votação remota a partir das 19 horas. A situação se agravou rapidamente, suspendendo qualquer possibilidade de votação à distância, inclusive com a queda da rede wi-fi.
Foram interrompidos simultaneamente os dois links de internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes.
Para assegurar que todos os deputados exerçam seu legítimo direito de voto, foi suspensa a sessão e determinada a investigação imediata das causas e responsabilidades da pane do sistema."
Texto-base aprovado
Nesta terça-feira, os deputados aprovaram, em primeiro turno, o texto-base da PEC do Estado de Emergência. Estão pendentes de análise os destaques que podem alterar pontos do texto.
A proposta foi aprovada por 393 votos a 14, na forma de um substitutivo do relator, deputado Danilo Forte (União-CE).
A proposta permite ao governo gastar por fora do teto de gastos mais R$ 41,25 bilhões até o fim do ano para aumentar benefícios sociais, conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas, ampliar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda e diminuir tributos do etanol.
Agência Câmara
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Retirada do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLN 5/2022) após acordo entre governo e oposição, a impositividade das emendas de relator (as RP-9) não está definitivamente descartada. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta terça-feira (12) que o relator do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), vai trabalhar para definir critérios que garantam maior transparência para esse tipo de emenda, de forma a permitir uma participação mais ampla do Legislativo na elaboração da peça orçamentária.
Segundo Pacheco, as emendas de relator (RP-9) podem ser úteis para estados e municípios desde que sejam atendidas regras de transparência e clareza. O acordo para aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) envolveu a retirada da impositividade das emendas, ou seja, a retirada da obrigação do governo de efetuar esses gastos.
— É preciso que o Congresso Nacional, sobretudo por meio da Comissão Mista de Orçamento, se debruce para que se possa demonstrar com clareza que essas emendas de relator podem ser úteis aos municípios e aos estados, que elas têm transparência, que elas têm critério. [...] o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro, vai ter de desenvolver a partir de agora para ter clareza nisso. E no futuro, então, pensar eventualmente em impositividade, mas não agora — disse Pacheco após o Congresso aprovar a LDO para 2023.
Além da retirada da impositividade das emendas de relator, o acordo envolveu também a convocação de uma sessão do Congresso para análise de vetos da Presidência da República. Pacheco confirmou a sessão para esta quinta-feira (14). Entre os vetos a serem analisados estão o relacionado a repressões violentas a manifestações pacíficas e democráticas e o que está relacionado à criminalização de fake news durante eleições.
— Foi um bom acordo entre os líderes do Congresso, para que pudéssemos aprovar a LDO, apreciar os PLNs e então agora na quinta-feira cumprir esse compromisso — afirmou ele.
Notícia-crime
Questionado sobre a notícia-crime feita pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) ao Supremo Tribunal Federal, sobre um possível favorecimento nas emendas de relator a apoiadores de sua candidatura à Presidência do Senado, no ano passado, Rodrigo Pacheco classificou a denúncia como “oportunismo político próprio de período pré-eleitoral”.
— Eu lamento isso de alguém que não é capaz de reconhecer aquilo que eu tenho buscado fazer desde que eu assumi a Presidência do Senado, quando já existiam essas emendas de relator, previstas em lei. Isso desconsidera aquilo que eu tenho buscado fazer a todo momento em relação às emendas de relator, para que elas tenham a maior clareza possível, sejam úteis e possam enfim ser compreendidas pela opinião pública — declarou Pacheco.
O presidente do Senado negou favorecimento ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) na distribuição de emendas parlamentares, como suposta retribuição ao apoio recebido durante a eleição para a Presidência da Casa, e salientou que o tratamento dado por ele aos senadores é isonômico, tanto a aliados como não-aliados.
Agência Senado
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O ex-presidente Lula rebateu, em discurso para apoiadores em Brasília nesta terça-feira (12), que a polarização seja responsável por casos de violência política, como o assassinato do guarda municipal e militante Marcelo Arruda, no Paraná. Em evento no Centro de Convenções com detector de metal e esquema de segurança especial, Lula afirmou que não estimula a violência na campanha.
"Estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra. Estão querendo dizer que tem uma polarização criminosa. É interessante porque, desde 1994, o PT polariza nas eleições e não tem sinal de violência", disse.
Lula fez um discurso de cerca de 30 minutos, levantando ainda temas como a miséria. Ele afirmou que respeita banqueiros, mas quer "o voto do povo de Samambaia [região carente do Distrito Federal]" e disse que o Brasil voltou ao mapa da fome.
O evento também serviu como palanque para pré-candidatos do Distrito Federal, como Leandro Grass (PV), que deve disputar o GDF, e Rosilene Corrêa (PT), que é pré-candidata o Senado. Ambos subiram ao palco com Lula e Geraldo Alckmin.
CNC
Mais cedo, Lula participou de evento com empresários na Confederação Nacional do Comércio (CNC), que tem entregado uma carta com demandas do setor aos presidenciáveis. A imprensa acompanhava a agenda em uma sala reservada do prédio com transmissão ao vivo, mas o áudio foi cortado antes de o petista começar o discurso.
No último mês, o presidente Jair Bolsonaro e a senadora Simone Tebet também se reuniram com a Confederação. Os presidenciáveis receberam a Agenda Institucional do Sistema Comércio, que indica pautas prioritárias aos setores do comércio de bens, serviços e turismo.
R7
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta terça-feira (12) o inquérito das milícias digitais por mais 90 dias. O argumento do magistrado é que a investigação não terminou e ainda existem diligências em andamento. A suspeita é de que essas milícias teriam sido orquestradas para ameaçar a democracia e atacar as instituições da República.
O inquérito foi aberto em 2021, depois que um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que outra investigação, que mirava aliados do presidente Jair Bolsonaro, fosse arquivada. Apesar do arquivamento, Moraes começou uma nova apuração mirando ataques coordenados por milícias digitais.
A intenção da investigação é descobrir se há participação de políticos e de outros agentes públicos na organização dessas milícias e se houve financiamento dos ataques com verba pública e com doações de empresários.
Em maio, a pedido da PGR, Alexandre de Moraes juntou outra investigação ao processo, que apura os ataques do presidente da República às urnas eletrônicas. A apuração contra Bolsonaro também começou em 2022.
R7
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O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta terça-feira (12) com dois irmãos do militante do PT e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, morto no domingo (10), em Foz do Iguaçu, por Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do chefe do Executivo. Bolsonaro disse condenar a violência do caso e chamou de "desequilibrado" o assassino de Marcelo.
"O que a gente quer é que reine sempre a paz. O que não justifica é a violência. Esse cara [que assassinou Marcelo], pelo que tudo leva a crer, é um desequilibrado. Por mais que, porventura, tenha tido uma troca de palavras grosseiras, não justifica o cara voltar armado e fazer o que fez. No meu entender, nada justifica o que aconteceu. Nada justifica", afirmou Bolsonaro, em chamada de vídeo com José e Luiz de Arruda.
A conversa de Bolsonaro com os irmãos de Aloizio foi intermediada pelo deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que viajou para Foz do Iguaçu para encontrar os familiares da vítima. O presidente reclamou do fato de a esquerda politizar o episódio e disse que nunca estimulou atos de violência.
"A verdade é que essa esquerda aí está fazendo uso político. A gente busca sempre a paz. Vocês nunca viram eu estimulando qualquer tipo de atrito, apesar de grande parte da imprensa dizer exatamente o contrário", comentou.
Durante o contato com José e Luiz, o presidente sugeriu que eles venham a Brasília para conversar com a imprensa sobre o caso. "A possível vinda de vocês a Brasília, se concordarem, qual é a ideia? É ter uma coletiva de imprensa para falar o que aconteceu. Até para [poupar] ataques ao seu irmão. Não é a direita, a esquerda. Eu faria isso para vocês terem a imprensa na frente de vocês para mostrar o que aconteceu", ponderou.
"Se bem que a imprensa dificilmente vai voltar atrás, porque grande parte da imprensa tem o seu objetivo também, que é desgastar o meu governo", acrescentou Bolsonaro.
R7
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT ao Planalto, está confiante na sua política de alianças e acredita que o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) pode pegar mal — inclusive em Brasília, onde o governador Ibaneis Rocha (MDB) deve apoiar o atual chefe do Planalto.
"Vamos ver se essa aliança vai se firmar, inclusive pelo comportamento de Bolsonaro, que está longe de ser alguém confiável ou estável. Acho triste, no Distrito Federal, com tantos servidores públicos, as pessoas votarem em alguém que desrespeitou tanto o funcionalismo, como Bolsonaro", disse ao Correio, em resposta a uma entrevista respondida na véspera da chegada dele à capital.
Lula chega nesta terça-feira (12/7) a Brasília para participar de um ato público, às 17h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Também vai cumprir agenda com empresários de vários segmentos da economia. Uma programação para, entre outros assuntos, tentar desconstruir o antipetismo com a ideia de uma aliança ampla para "reconstruir o Brasil".
Nesta entrevista, o ex-presidente explica que quer manter o auxílio de R$ 600 e que seu compromisso é novamente tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU. "Isso é um compromisso de vida. É a prioridade."
Sobre ataques do bolsonarismo aos seus apoiadores ou ameaças ao processo democrático das eleições, Lula diz que "Bolsonaro faz um discurso violento, cheio de bravata, bem típico de um covarde, que tenta estimular a violência no país". Também chama o atual presidente de "mentiroso".
CB
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O presidente dos EUA, Joe Biden, recebe o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador na Casa Branca nesta terça-feira (12), em busca de atenuar a inflação e a crise migratória e aparar as arestas de uma relação que está longe de ser tranquila.
O desprezo de López Obrador por Biden em junho na Cúpula das Américas em Los Angeles - à qual ele não compareceu em protesto contra a recusa da Casa Branca em convidar os governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua - decepcionou a classe política americana.
López Obrador, pragmático, minimiza a situação: "É uma reunião para reafirmar nosso compromisso de trabalhar juntos em benefício de nossos povos", disse o presidente, que antes de se reunir com Biden participará de um café da manhã de trabalho com a vice-presidente Kamala Harris.
A visita é marcada pelo luto pela tragédia dos mais de 50 migrantes mortos em um trailer no Texas, dos quais mais da metade era mexicana. Um drama que dá o tom do diálogo: migração e segurança.
Grande apoiador de "programas de cooperação para o desenvolvimento", não só no México, mas também na América Central, López Obrador provavelmente pedirá a Biden mais vistos para trabalhadores temporários, especialmente no setor agrícola, e investimentos em alguns projetos para deter as caravanas de migrantes.
Uma funcionária do governo dos Estados Unidos, que pediu anonimato, concorda que lidar com a migração irregular requer "abrir vias legais adicionais" que podem impulsionar o crescimento econômico e "buscar outras vias legais, como reassentamento de refugiados e reunificação familiar".
Mas acrescentou que a reunião será muito mais focada "na cooperação e na implementação" de acordos "e não tanto em compromissos numéricos específicos".
Outro funcionário do governo, que também não quis revelar sua identidade, garantiu que anúncios serão feitos durante o encontro.
"Esperamos anunciar ações conjuntas para melhorar a infraestrutura fronteiriça" e "melhorar a cooperação policial para interromper o fluxo de fentanil", acrescentou, reiterando a importância da segurança nas fronteiras, não só pelo tráfico de drogas, mas também de pessoas e de armas.
Além da migração, a questão que realmente preocupa os cidadãos é conter a inflação, superior a 6% nos Estados Unidos e de quase 8% no México, e afastar o espectro da recessão.
R7
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Milhares de pessoas se reuniram nesta terça-feira (12) nas ruas de Tóquio para observar a passagem do cortejo fúnebre do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, assassinado na semana passada. O cortejo ocorreu depois de um funeral privado organizado em um templo budista.
A cerimônia fúnebre teve apenas familiares e amigos como convidados, mas longas filas de pessoas vestidas de preto foram observadas diante do templo Zojoji para se despedir do primeiro-ministro que permaneceu mais tempo no poder no Japão.
"Não consigo superar a tristeza. Vim para deixar flores e orar", declarou à AFP a consultora Tsukasa Yokawa, de 41 anos, que chamou Abe de "grande primeiro-ministro".
Abe foi baleado na última sexta-feira (8) durante um comício na cidade de Nara, dois dias antes das eleições para o Senado, nas quais seu partido consolidou uma grande maioria no domingo (10).
O criminoso, Tetsuya Yamagami, de 41 anos, detido logo depois de atirar contra o ex-premiê, declarou à polícia que o atacou porque acreditava que Abe estava vinculado a uma organização religiosa que, ao que parece, prejudicou sua família.
"É desprezível", disse Yuko Takehisa, uma enfermeira que também acompanhou a passagem do cortejo.
"Poderiam ter feito mais para evitar isso", afirmou, antes de apontar que "ninguém denunciou Yamagami" à polícia, apesar dos relatos de que ele havia tentado fazer uma arma de fabricação caseira antes do ataque.
Após a homenagem, o cortejo com o caixão de Abe passou por locais emblemáticos da capital japonesa e pelos símbolos do poder, como a residência oficial do primeiro-ministro, conhecida como Kantei, e a sede do Parlamento.
Do lado de fora dos edifícios, funcionários prestaram reverência como sinal de respeito.
A viúva de Abe, Akie, sentou na parte da frente do carro da funerária com a lápide de seu marido com seu nome póstumo, de acordo com a tradição budista. Akie retribuiu as reverências durante o cortejo. No trajeto, várias pessoas rezaram e exibiram fotografias de Abe.
Falhas de segurança
Satoshi Ninoyu, presidente da Comissão Nacional de Segurança Pública, organismo que supervisiona a polícia, prometeu uma análise profunda das possíveis falhas de segurança.
A polícia de Nara admitiu problemas no esquema de segurança de Abe, que foi atacado por trás em plena luz do dia.
Na casa do suspeito, a polícia encontrou peças que poderiam ser utilizadas para fabricar armas como a que usou no ataque, informou a imprensa japonesa.
Yamagami teria passado três anos na Marinha japonesa e supostamente afirmou aos investigadores que sua mãe fez uma grande doação a uma organização religiosa, o que deixou a família com problemas financeiros.
A Igreja da Unificação, um movimento religioso fundado nos anos 1950 na Coreia do Sul, conhecido como "seita Moon", afirmou na segunda-feira que a mãe de Yamagami era integrante da igreja, mas não citou as doações que ela teria feito.
Condolências
O assassinato de Abe provocou uma grande comoção e revolta no Japão e no mundo, com muitas mensagens de condolências.
O ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, disse que o governo recebeu mais de 1.700 mensagens de condolências de mais de 250 países, territórios e organizações internacionais.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez uma visita não programada a Tóquio para prestar homenagem a Abe, que chamou de "homem de visão".
O vice-presidente taiwanês William Lai também visitou Tóquio, segundo a imprensa local. Sua presença pode irritar a China, mas Hayashi afirmou que o funcionário taiwanês fez a viagem em caráter pessoal.
Abe era de uma família tradicional da política japonesa e se tornou o primeiro-ministro mais jovem do pós-guerra quando assumiu o poder pela primeira vez em 2006, aos 52 anos, um mandato que durou 12 meses. Ele retornou ao poder em 2012 e renunciou oito anos depois, por problemas de saúde.
Suas opiniões nacionalistas provocaram divisão no país, em particular o desejo de reformar a Constituição, e ele enfrentou vários escândalos, incluindo denúncias de favorecer amigos.
Outros o elogiavam por sua estratégia econômica baseada em uma política monetária expansiva, estímulos fiscais e reformas estruturais, batizada pela imprensa como "Abenomics".
Muitos também destacaram seus esforços para posicionar o Japão no cenário mundial, incluindo a relação próxima que estabeleceu com o ex-presidente americano Donald Trump.
AFP
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Os presidentes da Rússia, Turquia e Irã irão se reunir na próxima semana em Teerã, capital iraniana, para um encontro de cúpula sobre a Síria e discussões bilaterais, em pleno conflito na Ucrânia, anunciou o governo russo.
"A viagem do presidente Vladimir Putin ao Irã em 19 de julho está sendo preparada", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Ele explicou que o presidente russo terá uma reunião sobre a Síria com os colegas iraniano Ebrahim Raisi e turco Recep Tayyip Erdogan, assim como um encontro bilateral com Erdogan
Rússia, Turquia e Irã integram as chamadas "negociações de Astana", iniciadas em 2017 para tentar solucionar o conflito na Síria, que devasta o país desde 2011.
Esta será a segunda viagem de Putin ao exterior desde o início da ofensiva na Ucrânia no final de fevereiro, após uma viagem ao Tadjiquistão em junho.
AFP
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