O Fortaleza volta a campo neste sábado (3), na Arena Castelão, a partir das 19 horas, para encarar Ceará, em clássico válido pela Série A do Campeonato Brasileiro. O goleiro do Leão, Marcelo Boeck, que está na reserva de Felipe Alves, mas segue focado, diz que a equipe está motivada para fazendo um grande jogo diante do Ceará, neste duelo que volta a acontecer pelo Brasileirão após muitos anos.
- O Ceará tem uma grande equipe, que vem fazendo uma ótima temporada até aqui. É um clássico e tudo pode acontecer. O grupo vai procurar fazer um jogo seguro, de muita intensidade e atenção, para sair com uma vitória. Vencer um clássico é sempre importante. Enfrentaremos um adversário qualificado e precisamos estar preparados - disse.
O objetivo central do elenco tricolor é se afastar do Z-4 nesta sequência da Série A cada vez mais.
- Estamos trabalhando muito para que a equipe inicie uma boa sequência para melhorar sua posição na tabela de classificação na Série A. Todos estão se dedicando ao máximo para que isso seja possível nestas próximas semanas.
Ceará x Fortaleza é neste sábado (3), a partir das 19 horas, na Arena Castelão, pela 13ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Globo Esporte
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Quando Botafogo-PB e Confiança entrarem no campo do Estádio Almeidão, em João Pessoa, neste domingo, mais um capítulo da história do Campeonato Brasileiro da Série C vai ser escrito. O duelo válido pela 15ª rodada pode significar muito para as equipes que lutam por uma vaga no tão almejado mata-mata do acesso à Série B de 2020. Porém, mais do que mais um confronto pelo Grupo A na temporada, os times da Paraíba e de Sergipe possuem um número interessante na história da Terceirona. É que ambos são recordistas em participações nessa competição nacional, mas desejam colocar um basta e, enfim, subir de divisão.
O Azulino lidera essa classificação. Afinal, das 38 edições de Série C, o Confiança disputou 20. No atual formato da competição, os sergipanos estão desde 2015, um ano após o acesso na Série D. Enquanto isso, o Botafogo-PB é segundo colocado, com 16 participações na Terceirona. No entanto, o Belo está empatado com outros dois clubes: o gaúcho Caxias e o mineiro Tupi. O Alvinegro da Estrela Vermelha retornou a essa divisão na temporada 2014, ao ser campeão da Série D no ano anterior, e desde então briga pelo acesso à Segundona.
A lista dos maiores participantes da Série C ainda contempla Brasil de Pelotas, Fortaleza e Treze, com 14 participações cada. De todos esses, nenhum nunca levantou o troféu. O campeão que mais vezes disputou o Brasileiro da 3ª divisão nacional foi o Atlético Goianiense, que tem duas taças e jogou a competição em 13 ocasiões.
O curioso é que tanto o Azulino quanto o Belo jamais foram campeões da 3ª divisão nacional. Por sinal, da dupla, apenas o Botafogo-PB possui um título nacional, que foi a Série D de 2013.
Mas e o mata-mata?
Ao longo de tantas participações no Campeonato Brasileiro da Série C, Botafogo-PB e Confiança encontram dificuldades para chegar ao tão esperado acesso. Inclusive, um fato bastante curioso é que as duas equipes não costumam se classificar juntas para a fase seguinte à de grupos. Isso aconteceu em apenas duas ocasiões.
A primeira foi em 1998, quando os dois times seguiram para se enfrentar logo no primeiro mata-mata. Naquela temporada, foi o Confiança quem levou a melhor, com direito a uma vitória por 3 a 1 no Estádio Batistão, em Aracaju, e perdendo por 1 a 0 na partida de volta, no Almeidão, o que levou a equipe a seguir adiante. No entanto, os sergipanos não chegaram ao acesso na sequência.
Na temporada 2003, os times voltaram a se classificar para a segunda fase, mas, dessa vez, não teve o confronto direto. Por sinal, naquela ocasião, o Botafogo-PB é quem foi mais longe, chegando ao quadrangular do acesso. E, assim como o Azulino, o Belo bateu na trave e não chegou a disputar a Série B em 2004.
No atual formato da Série C...
Desde que a Série C passou a ser disputada no atual formato, Botafogo-PB e Confiança jamais chegaram ao mata-mata juntos. Além disso, os dois times têm variado quem segue para as quartas de final.
O Botafogo-PB chegou a disputar o mata-mata do acesso em 2016 e 2018, mas nas duas ocasiões, bateu na trave, perdendo, respectivamente, para Boa Esporte e Botafogo-SP. Nessas temporadas, o Confiança acabou ficando pelo caminho na fase de grupos.
Em compensação, o Confiança chegou ao mata-mata nos anos de 2015 e 2017, enquanto o Botafogo-PB foi eliminado na primeira fase. O Azulino caiu diante do Londrina e também do São Bento.
Neste domingo
No atual cenário da Terceirona, o Confiança é quem está mais próximo da vaga no mata-mata, com a perspectiva de se manter a lógica curiosa do momento. O time sergipano é vice-líder do Grupo A, soma 24 pontos, enquanto o Botafogo-PB está em má fase, é sexto colocado, com 18.
Com os dois ainda com pretensões na reta final da temporada 2019, Botafogo-PB e Confiança se enfrentam neste domingo, às 18h, pela 15ª rodada da Terceirona.
Globo Esporte
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Com a promessa de derrubar o preço do gás natural em até 40%, a nova política para o setor precisará de medidas adicionais para que a redução chegue à cozinha do brasileiro. Estudo divulgado nesta semana pelo Ministério da Economia lista três medidas para melhorar a competitividade do preço aos consumidores residenciais.
Produzido pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) da pasta, o documento defende o fim da política que concentrou o mercado de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) nos botijões de até 13 quilogramas (kg). A medida pode ser implementada ainda neste mês.
O documento também pede que o Conselho Nacional de Política Econômica (CNPE) recomende à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um posicionamento sobre duas medidas anunciadas pelo governo: a liberação da venda fracionada de gás de cozinha e o enchimento de um mesmo botijão por diferentes marcas.
“Entende-se que essas mediadas constituem o ponto de partida para um processo de abertura efetiva do mercado de GLP à multiplicidade de agentes em todos os elos da cadeia, de modo a proporcionar benefícios aos consumidores em decorrência do aumento da concorrência”, destacou o documento. “Nesse sentido, a Secap visa contribuir com a discussão, para que os benefícios advindos do choque de energia barata também possam ser auferidos pelos consumidores residenciais do botijão de gás de cozinha”, diz o documento.
Fim de restrições
Prevista para ser decidida na reunião do CNPE no fim deste mês, a primeira medida pretende acabar com a política de preços diferenciados e com as restrições de mercado para botijões de gás de até 13 kg. Presentes em 72% do mercado nacional de gás, esses botijões têm o uso proibido em motores, no aquecimento de saunas e piscinas, em caldeiras industriais e em veículos.
Segundo o estudo, essa política barra a entrada de novos agentes no mercado e desestimula a concorrência. Para o Ministério da Economia, não existem provas de que os preços subsidiados para botijões de até 13 kg favoreçam apenas os mais pobres. Segundo a pasta, a população com renda mais elevada apropria-se do benefício. Na avaliação da secretaria, o fim das restrições não resultaria em aumento de preços, mas em aumento de competitividade.
Fracionamento
Em relação ao enchimento fracionado de recipientes, o documento informou que as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o abastecimento a granel de GLP aplica-se a todos os tipos de recipientes e volumes, sem normas específicas para o enchimento do botijões de 13 kg. Para a secretaria, a venda fracionada pode criar novos modelos de transporte e de compra do gás, resultando em preços mais baixos para o consumidor.
“É possível que, com o fracionamento, venha a existir um modelo de negócios, a exemplo do Uber Eats e iFood que compra alimentos de quaisquer restaurantes e entregam em domicílio, provisionando gás para o consumidor (de qualquer peso) residencial, a partir de qualquer ponto de abastecimento normatizado por meio de regras ABNT”, ressaltou o relatório.
Troca de botijões
Em relação ao fim da proibição de que um botijão de uma distribuidora seja retornado e enchido por outra, o Ministério da Economia alega que a medida permite a entrada de mais agentes no mercado de distribuição. Isso porque a necessidade de destrocar vasilhames de marcas diferentes da distribuidora antes do enchimento aumenta os custos, beneficiando empresas grandes.
Segundo a pasta, os países que derrubaram a restrição à troca de botijões viram a concorrência aumentar. “Em Portugal, por exemplo, não era permitida a troca de botijões, mas após investigação do órgão de defesa do consumidor, constatou-se que tal prática resultava em falta de competição no mercado, a tal ponto de seus preços serem injustificadamente superiores aos praticados na Espanha”, destacou o estudo.
O Ministério da Economia recomendou mais estudos sobre a prática, com a possibilidade de criação da figura de um Trocador Independente de Botijões, empresa que atuaria com regulação do governo e com remuneração pré-definida (recebendo quantia fixa) para encher botijões de marcas distintas.
Com Agência Brasil
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realiza na próxima semana duas audiências públicas destinadas a discutir um dos projetosdo chamado “pacote anticrime”. O PL 1.864/2019, da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), traz medidas contra a corrupção, o crime organizado e os crimes praticados com grave violência a pessoa.
Os debates terão a presença dos presidentes de entidades de classe do Judiciário, do Ministério Público, de instituições policiais e da Defensoria Pública. Na terça-feira-feira (6), a partir das 10h, a comissão receberá Jayme de Oliveira Neto, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); Magid Láuar, da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages); Fábio da Nóbrega, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); Edvandir de Paiva, da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF); Carlos Eduardo Jorge, da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol); e José Fabrício de Lima, do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege).
Já na quinta-feira (8), também às 10h, serão recebidos Fernando Marcelo Mendes, da Associação dos Juízes federais do Brasil (Ajufe); Victor Hugo e Azevedo Neto, da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp); e Rafael Sampaio, da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ). No mesmo dia comparecerá o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ex-ministro da Justiça.
As audiências também terão a participação de juristas, advogados, pesquisadores, acadêmicos e representantes de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais.
O PL 1.864 integra o chamado “pacote anticrime” do Senado. São três projetos que reproduzem o conteúdo de medidas encaminhadas à Câmara dos Deputados no início do ano pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A ideia da iniciativa é dar andamento imediato às propostas de Moro, enquanto a Câmara se ocupa com a reforma da Previdência Social. A apresentação de novas versões dos textos foi o único jeito de encaminhar as medidas para o Senado, porque projetos de autoria do Poder Executivo devem começar a tramitar pela Câmara.
Além do PL 1.864, fazem parte do pacote o PLP 89/2019, que determina que o julgamento de crimes comuns conexos a crimes eleitorais seja feito pela justiça comum, e o PL 1.865/2019, que criminaliza o caixa dois eleitoral.
Agência Senado
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O governo federal editou nesta quinta-feira (1º) uma Medida Provisória (MP 890/2019) que cria o programa Médicos pelo Brasil, em substituição ao programa Mais Médicos lançado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff. No entanto, para virar lei, o texto precisa ser aprovado pelo Congresso em até 120 dias.
O objetivo da medida é suprir a demanda por médicos no país, além de formar especialistas em Medicina de Família e Comunidade. Ao todo, serão disponibilizadas 18 mil vagas, sendo 13 mil em municípios de difícil acesso. 55% das oportunidades serão em municípios do Norte e Nordeste, em áreas mais pobres. O edital com as primeiras vagas deve ser publicado em outubro.
O programa será aberto a médicos brasileiros e estrangeiros formados lá fora, desde que façam o exame que permite um diploma obtido no exterior ser reconhecido no Brasil, o Revalida. Quem entrar para o novo programa vai substituir gradativamente quem está hoje no Mais Médicos e será contratado pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452, de 1943). Para concorrer, o candidato deverá ter registro válido um Conselho Regional de Medicina (CRM).
O novo programa vai mudar a forma de seleção. Antes, bastava fazer a inscrição na internet. Agora, o candidato vai ter que fazer uma prova escrita e, quem for aprovado, já vai poder trabalhar. Porém, o candidato selecionado deverá passar por um curso de especialização em medicina da família nos primeiros dois anos. O governo espera que a medida ajude a atrair profissionais em áreas de baixa cobertura de saúde pública.
Com informações da Agência Brasil
Agência Senado
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O governador João Azevêdo se reuniu, nesta sexta-feira (2), na Granja Santana, em João Pessoa, com integrantes da base de sustentação do Governo do Estado no Congresso Nacional. O encontro teve o objetivo discutir projetos de lei de interesse da Paraíba que tramitam na Câmara e no Senado Federal e de apresentar ações da gestão estadual que precisam da liberação de recursos para serem executadas. Participaram do encontro o senador Veneziano Vital do Rego e os deputados federais Efraim Filho, Hugo Motta, Damião Feliciano e Wilson Santiago.
Na ocasião, o chefe do Executivo estadual reforçou a necessidade de construir uma agenda positiva para o desenvolvimento da Paraíba e de debater pautas federativas. “A cessão onerosa, a securitização da dívida, a prorrogação de precatórios e a Lei Kandirprecisam ser tratadas porque existe um conjunto de leis e projetos que está tramitando no Congresso e que precisa ser alinhado a nossa visão. Além disso, pedimos o apoio da bancada para a liberação de recursos e emendas para o Estado”, frisou.
O secretário da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, Deusdete Queiroga, disse que a reunião foi importante para solicitar à bancada federal o destravamento de projetos de interesse do Estado. “Nós temos ações importantes para o Porto de Cabedelo e que na última reunião restaram dúvidas em relação à liberação dos recursos e nós tínhamos a expectativa de que a situação da dragagem estaria resolvida. Nós também tratamos da barragem de Cupissura, que será construída pela Cagepa no município de Alhandra para reforçar o abastecimento de água de toda a Região Metropolitana de João Pessoa; essa obra estava assegurada e tivemos informações de que os recursos podem não sair este ano, e a bancada se comprometeu a fazer intervenções no sentido de buscar que esses investimentos cheguem para ajudar na infraestrutura do nosso Estado”, explicou.
De acordo com Deusdete Queiroga, os parlamentares informaram na reunião que a dragagem do Porto de Cabedelo, a transposição do Rio São Francisco com a entrada do ramal Piancó e a duplicação da BR-230, a partir de Campina Grande até a Praça do Meio do Mundo, foram priorizadas nas emendas.
O coordenador da bancada federal, Efraim Filho, fez uma avaliação positiva da reunião e assegurou que todos os pleitos apresentados pelo governador João Azevêdo serão levados para Brasília com o objetivo de conseguir os recursos necessários para a execução deles. “Foram apresentadas demandas da Paraíba, com uma apresentação de uma agenda do Estado e queremos construir isso de forma plural. São investimentos para o Porto de Cabedelo, para a duplicação da BR e para construção de barragens, que são matérias importantes para o povo da Paraíba e essa é a bandeira que nos une”, pontuou.
O senador Veneziano Vital do Rego enalteceu a iniciativa do gestor paraibano de informar à bancada todas as pautas de interesse do Estado. “Nós estamos voltando de um recesso de duas semanas e o governador expôs o que ele projeta em termos de ações. É importante que isso aconteça para que nós possamos dar sequência ao que foi apresentado hoje. Algumas dessas ações já estão em execução e precisam de um trabalho político para a viabilização de recursos para o sequenciamento dessas obras”, observou.
O deputado federal Wilson Santiago assegurou o empenho dos parlamentares para garantir a execução das obras no Estado. “Nessa conversa foram apresentadas as prioridades da Paraíba e os projetos que estão em andamento e os que serão iniciados. Toda a bancada que esteve presente se comprometeu de ir aos Ministérios e encaminhar esses pleitos para consolidar muitas ações que são essenciais para o crescimento do Estado”, declarou.
Também estiveram presentes, os secretários Nonato Bandeira (Comunicação Institucional); Gilmar Martins (Planejamento, Orçamento e Gestão); Edvaldo Rosas (Chefe do Governo), além dos secretários executivos Bruno Frade (Finanças) e Adauto Fernandes (Representação Institucional) e o chefe de Gabinete, Ronaldo Guerra.
Secom-PB
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso afirmou, nesta sexta, 2, que ‘parte da agenda brasileira foi sequestrada por criminosos’. Em uma palestra em São José dos Campos, criticou o que chamou de ‘fofocas’ em torno da divulgação de mensagens de procuradores da Operação Lava Jato e o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro.
As imagens do evento foram divulgadas pelo Jornal Nacional.
“É muito impressionante a quantidade de gente que está eufórica com os hackeadores. Celebrando o crime. E, na minha percepção, há mais fofoca do que fatos relevantes, apesar do esforço de se maximizarem esses fatos. Com um detalhe, e, se tiver alguma coisa errada, o que é certo é certo, e o que é errado é errado. Apesar de todo o estardalhaço que está sendo feito, nada encobre o fato de que a Petrobrás foi devastada pela corrupção”, disse.
Barroso lembrou que a ‘Petrobrás precisou fazer um acordo de 3 bilhões de dólares em Nova Iorque com investidores estrangeiros’ e outro ‘de US$ 800 bilhões com o Departamento de Justiça norte-americano’. “então, o judiciário americano faz parte da conspiração”.
“Nada encobre a corrupção sistêmica estrutural e institucionalizada que houve no Brasil. É difícil de entender a euforia que tomou muitos setores da sociedade diante dessa fofocada produzida por criminosos”, disse.
Estadão
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O promotor de Araraquara (SP) Marcelo Zanin Bombardi – apontado como a primeira pessoa a ter o celular invadido no caso do vazamento de mensagens de procuradores da Lava Jato e outras autoridades – diz que recebeu a mensagem indicando o hackeamento de seu aparelho apenas em 1º de junho, e não em março, como citado em depoimento à Polícia Federal pelo hacker Walter Delgatti Neto, o Vermelho.
Em entrevista ao G1, Bombardi afirmou que o SMS com o código do Telegram usado pelo hacker para invadir aparelhos chegou ao seu celular semanas depois da data apontada por Delgatti como primeiro contato com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.
"Ele [Delgatti] disse que eu fui o primeiro a ser invadido e [que], a partir da invasão do meu smartphone, da minha conta de Telegram, teria acessado as demais contas, chegando a todas as autoridades. Mas eu não tenho nenhum SMS de março no meu telefone", disse o promotor.
"Não sei se ele mente ou não mente. Eu acho que a perícia da PF vai apontar se ele fala a verdade ou não. Mas, pelo que eu tenho no celular, aparentemente, ele falta com a verdade ao falar que eu fui o primeiro a ser hackeado."
Em abril de 2017, Delgatti, que é de Araraquara e morava em Ribeirão Preto, foi preso com comprimidos de um medicamento com venda controlada, além de uma carteirinha de estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP) com a foto dele e dados pessoais de outra pessoa.
Bombardi ofereceu a denúncia contra ele, que foi condenado a dois anos de prisão por tráfico de falsificação.
No depoimento à PF após a prisão pelo vazamento de mensagens, o hacker declarou que Bombardi cometeu atos ilícitos naquele processo contra ele por tráfico de drogas e falsificação. Contou ainda que obteve conversas em que o promotor cometia irregularidades no exercício de sua função. Bombardi nega.
Delgatti e outras três pessoas estão presos no Distrito Federal por suspeita de invasão de celulares de autoridades. O inquérito para investigação do caso foi aberto após a divulgação de conversas atribuídas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a procuradores da Lava Jato no período em que Moro era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Segundo o Intercept, as conversas mostram que Moro orientou a atuação dos procuradores. O ministro e a força-tarefa negam.
Promotor contraria depoimento de hacker
O promotor Marcelo Bombardi diverge das informações repassadas pelo hacker quanto às datas do processo de invasão e posterior vazamento das mensagens.
"Ele [Delgatti] disse que procurou a Manoela D’Ávila, já de posse de todo esse conteúdo, no Dia das Mães, 12 de maio. A invasão do meu celular deveria ter sido antes, anterior a isso. E não é. Eu tenho um SMS do Telegram datado de 1º de junho, à 0h18, com o código do Telegram, que é, para mim, um indicativo de quando eu teria sido, segundo ele alega, invadido", afirma o promotor.
"O que eu me pergunto é: se ele já tivesse tido acesso ao meu Telegram em março, como ele alega, por que teria acessado novamente em junho? Não faz sentido."
À PF, Delgatti contou que ex-vereadora, ex-deputada federal e ex-candidata a vice-presidente Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) foi a intermediária que o colocou em contato com o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept. Manuela declarou em nota que, nesta data, realmente repassou o contato de Greenwald a um hacker que havia invadido o celular dela.
Ainda no depoimento, Delgatti, disse que minutos após entrar em contato com Manuela recebeu uma mensagem do jornalista, dizendo ter interesse no material, que seria de interesse público.
Link da mensagem não foi acessado
O promotor Marcelo Bombardi disse que desconsiderou a mensagem por achar que era golpe.
"Eu vi, nesse SMS, que existia um link. Eu já não usava o Telegram e simplesmente ignorei, porque achei que era um golpe, uma forma de intrujar vírus no aparelho, e não imaginei que pudesse ser a reinstalação do Telegram por alguém."
Bombardi ainda não foi comunicado oficialmente sobre a invasão e não teve acesso ao suposto material que Delgatti teria hackeado de seu celular. Ele mantém a atuação na promotoria de Araraquara e acredita que seu nome foi usado pelo hacker para montar uma versão dos fatos para a PF.
"Talvez, com a situação do processo crime que existiu – esse é um fato: eu o processei e ele foi condenado –, ele pode ter achado uma suposta razão para me hackear, para dizer que eu fui o primeiro. Usando [o crime] para me envolver, denegrir a minha imagem, me usar como história cobertura para encobrir uma situação. Mas tudo isso são ilações, a gente não sabe nada até agora", afirmou.
G1
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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um habeas corpus ao traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, no âmbito de uma ação penal que ele responde por associação para o tráfico. Mas o traficante permanecerá preso: a decisão estabelece que ele só poderá ser solto se não houver outras ordens de prisão em vigor.
Elias Maluco responde a outros processos na Justiça. Ao todo, na Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio há cinco processos ativos contra Elias Maluco, totalizando mais de 59 anos de prisão de pena. Atualmente, Elias está no presídio de Catanduvas, no Paraná.
A decisão desta sexta foi assinada na quinta-feira (1º) e enviada para conhecimento das autoridades do Rio de Janeiro nesta sexta (2).
Elias Maluco foi condenado em 2005 a 28 anos e seis meses pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, morto em 2002.
Em 2013, foi sentenciado a mais 10 anos, sete meses e 15 dias de prisão, desta vez pelo crime de lavagem de dinheiro. A mulher e a sogra dele também foram condenadas pelo mesmo crime.
Desde então, Elias Maluco ficou em presídios federais de segurança máxima.
O caso do habeas corpus
O caso no qual Marco Aurélio concedeu o habeas corpus tramita na Segunda Vara Criminal de São Gonçalo, no Rio.
Nesse caso, a ordem de prisão é de 2017. Naquela época, ele já estava preso. A defesa argumentou que a prisão já superava dois anos sem uma condenação confirmada em segunda instância.
No processo consta a denúncia de 2017 apresentada pelo Ministério Público no caso em que Marco Aurélio concedeu a liminar. O MP afirma que ele participava que uma organização criminosa liderada por Antonio Ilário Ferreira, o Rabicó, do Comando Vermelho (pg 7). E que Elias Maluco, mesmo de dentro do presídio federal, exercia funções de liderança no grupo para tráfico de drogas
Na decisão, Marco Aurélio Mello aponta excesso de prazo na prisão. "O paciente encontra-se preso, sem culpa formada, desde 7 de julho de 2017, ou seja, há 2 anos e 24 dias. Surge o excesso de prazo. Privar da liberdade, por tempo desproporcional, pessoa cuja responsabilidade penal não veio a ser declarada em definitivo viola o princípio da não culpabilidade".
"Defiro a liminar. Expeçam alvará de soltura a ser implementado com as cautelas próprias: caso o paciente não esteja custodiado por motivo diverso da prisão preventiva retratada no processo (...). Advirtam-no da necessidade de permanecer com a residência indicada ao Juízo, atendendo aos chamamentos judiciais, de informar possível transferência e de adotar a postura que se aguarda do homem médio, integrado à sociedade", afirma o ministro na decisão.
Tim Lopes
Elias Maluco foi preso no dia 19 de setembro de 2002. Ele foi condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, morto em junho daquele ano enquanto fazia uma reportagem sobre abuso de menores em um baile funk da favela Cruzeiro.
O traficante ficou conhecido pelos métodos bárbaros com que matava pessoas.
O corpo de Tim Lopes foi carbonizado numa fogueira de pneus conhecida como micro-ondas e só pôde ser reconhecido após exame de DNA. Outras seis pessoas foram condenadas por participação no crime.
Em maio de 2019, segundo informações do andamento processual do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, processo foi arquivado definitivamente em razão do trânsito em julgado (quando não há mais recursos).
Elias Maluco também possui uma condenação por lavagem de dinheiro em 2013.
No ano passado, o juiz Alfredo José Marinho Neto, da 1ª Vara Criminal de Madureira negou um pedido de relaxamento de prisão feito pela defesa do traficante. A requisição foi feita relativa à acusação de que Elias domina a venda de gás e a exploração de transporte alternativo em regiões da Baixada Fluminense.
Na ocasião, foi analisada denúncia feita pelo Ministério Público estadual, que argumentava que Elias ainda comandava uma das principais facções criminosas do Rio.
G1
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Chegou à Justiça Federal no fim da tarde desta sexta-feira, 2, ofício do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando a remessa, no prazo de 48 horas, de cópia do inquérito policial com as mensagens hackeadas dos celulares do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, e de outras quase mil autoridades dos três Poderes.
Relator do inquérito das "fake news", Alexandre determinou que a 10.ª Vara Federal de Brasília entregue a ele cópia dos autos e do material apreendido na Operação Spoofing, que mira o hackeamento. Segundo Alexandre, "notícias veiculadas apontam indícios de investigação ilícita contra ministros da Corte".
O juiz Ricardo Soares Leite, da 10.ª Federal de Brasília, determinou à Polícia Federal que atenda à solicitação do ministro do Supremo.
O inquérito que Alexandre quer conhecer em detalhes investiga ligação de quatro suspeitos no esquema de hackeamento. Todos foram presos pela Polícia Federal na terça-feira, 23. O principal investigado é Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", que confessou a invasão de celulares e que repassou o conteúdo ao site The Intercept. Ele disse que chegou ao site via ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), ex-vice da chapa do petista Fernando Haddad nas eleições presidenciais de 2018.
Na quinta-feira, 1, o juiz Ricardo Leite converteu a prisão temporária do grupo em prisão preventiva - sem prazo para terminar. Leite viu "incongruências" nos relatos dos investigados. Ele quer aprofundamento das investigações e saber se "Vermelho" foi pago para fornecer o conteúdo das mensagens hackeadas.
Nesta sexta-feira, 2, três dos quatro presos da Operação Spoofing foram transferidos da sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília. Dois deles, Gustavo Henrique Santos, o "DJ Guga" - com quem a PF apreendeu R$ 99 mil em dinheiro vivo -, e Danilo Cristiano Marques, foram levados para a Penitenciária da Papuda. Suélen Priscila Oliveira, companheira do "DJ Guga", foi para a penitenciária feminina "Colméia". Apenas "Vermelho" ficou na PF.
Terra
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