Junho 09, 2025
Arimatea

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O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, informou nesta quinta-feira (8) que o presidente Jair Bolsonaro cancelou a ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

Na última segunda-feira, o próprio presidente chegou a dizer que poderia não ir ao fórum. Sem dar detalhes, afirmou na ocasião que "o mundo tem seus problemas, questão de segurança".

"Davos, está cancelada a ida do presidente, falei com ele há pouco. As razões para o cancelamento por parte do presidente são aquelas que já estamos esboçando há tempos", declarou Rêgo Barros nesta quarta-feira.

"O presidente e os assessores analisaram uma série de aspectos: aspectos econômicos, aspectos de segurança, aspectos políticos. E o somatório desses aspectos, quando levados à apreciação do presidente, lhe permitiu avaliar que não seria o caso, neste momento, de participar desse fórum", acrescentou.

O Fórum Econômico é realizado há quase 50 anos e, no encontro, líderes mundiais e chefes das maiores empresas do mundo discutem medidas para o aquecimento da economia global.

A reunião deste ano acontecerá entre os dias 21 e 24 deste mês. Entre os temas de discussão, estão "Economias mais justas", "Como salvar o planeta", "Futuros saudáveis" e "Tecnologia para o bem".

No encontro do ano passado, Bolsonaro fez um discurso no qual afirmou que gostaria de compatibilizar a preservação ambiental e o avanço econômico.

Crise EUA-Irã
Ao informar que Bolsonaro havia decidido cancelar a viagem, Otávio Rêgo Barros foi questionado se a crise entre Estados Unidos e Irã seria um dos motivos. O porta-voz, então, respondeu:

"Não há absolutamente nenhuma ligação com o fato ocorrido há pouco no Irã e no Iraque, envolvendo os Estados Unidos."

Segundo Rêgo Barros, a segurança é "um dos aspectos, não é prioritário nem minoritário".

A crise EUA-Irã se aprofundou na semana passada, quando o principal general iraniano, Qassem Soleimani, foi morto em um ataque ordenado pelo governo de Donald Trump.

O Irã respondeu ao ataque ao disparar mísseis contra duas bases militares usadas por americanos no Iraque.

G1
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Um parecer da consultoria jurídica do Ministério da Justiça afirma que a liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, não oferece a “segurança necessária” para que a pasta consiga cumprir imediatamente a decisão de transferir aos estados e ao Distrito Federal recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública que foram contingenciados em 2019.

O documento ressalta que os repasses, ainda que obrigatórios por lei, precisam obedecer a uma série de critérios, o que inviabilizaria a transferência imediata, como foi estipulado na liminar. O parecer sugere que a Advocacia-Geral da União (AGU) recorra à Corte para saber se os repasses devem realmente ser feitos com urgência, ainda que os critérios geralmente responsáveis por regular essas transferências tenham que ser ignorados. A AGU recorreu ao STF e usou argumentos apresentados neste parecer.

A decisão de Toffoli foi tomada no fim de dezembro em uma ação apresentada pelos estados brasileiros, com exceção da Paraíba, e o Distrito Federal.

O ministro determinou o repasse imediato de 50% dos recursos do fundo que foram arrecadados via loterias federais. A lei estabelece que esta parcela específica é de transferência obrigatória, sem a necessidade de formalização de instrumentos como contratos e convênios.

A legislação, no entanto, estipula que as unidades da Federação cumpram uma série de critérios antes de receber a verba. Há, por exemplo, a necessidade de apresentação de um plano de segurança, do envio recorrente à União de dados relativos a ocorrências criminais e da criação de um fundo local destinado a receber especificamente as verbas de segurança.

“No caso em tela, de fato, da maneira como colocada a decisão pelo Eminente Ministro, não se tem, ao menos neste momento, a necessária segurança de como devem ser realizadas as transferências de valores, se com observância ou não das condições preliminares trazidas pela normatização que rege o fundo temático”, diz o documento do Ministério da Justiça.

Reação
Em linhas gerais, a pasta pretende esclarecer se Toffoli determinou apenas o desbloqueio do valor, para que depois sejam seguidos os ritos normais nesta modalidade de transferência, ou se a determinação é de que as verbas sejam enviadas imediatamente para os governos estaduais, sem a necessidade de cumprir o trâmite estipulado na própria legislação.

O parecer cita uma outra decisão do STF, em que foi determinada a liberação de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), para sustentar que a liberação da verba não deve ignorar os critérios estabelecidos previamente.

“Assim, nos parece salutar que o E. Supremo Tribunal Federal mantenha o entendimento já exarado na ADPF n. 347 de que as transferências obrigatórias determinadas por decisão judicial não dispensam que os futuros beneficiários atendam a todas as condicionantes normativas para o seu recebimento, sob grave risco de, ao final, se esvaziar a razão de se ter um fundo próprio para atendimento desta política pública e com metas temáticas específicas”, afirma o documento.

A elaboração do parecer é parte de um segundo momento da reação do Ministério da Justiça após a publicação da liminar, em 27 de dezembro. Primeiro, depois de ser notificada pela AGU da decisão, a pasta solicitou ao Ministério da Economia a liberação de um crédito adicional de R$ 1,057 bilhão com o objetivo de atender a decisão com a urgência pretendida. A ideia da liberação extra não prosperou no governo e, posteriormente, em uma análise mais detalhada, o Ministério da Justiça forneceu elementos para que a AGU pudesse acionar o STF em busca de esclarecimentos.

Em um outro documento, este do setor que coordena as transferências, técnicos do Ministério da Justiça avaliam que o descumprimento de condicionantes pode ser prejudicial para a eficiência das políticas públicas e dificultar a supervisão sobre a verba. Mesmo saindo do cofre da União para os estados, os recursos continuam sujeitos à fiscalização de órgãos responsáveis por supervisionar recursos federais.

“As chances de aplicação ineficiente e análise sem o rigor exigível e avaliação sem dados estabelecidos previamente são enormes, o que acarreta grandes chances de recursos públicos serem aplicados em desobediência às normas legais e orientações dos órgãos de controle”, diz o ofício.

A avaliação técnica conclui que não é possível fazer a transferência imediata sem que haja descumprimento à legislação:

“Diante de todo o exposto acima, esta Coordenação tem a compreensão de que não é possível atender à decisão sem descumprir os atos normativos legais e infralegais que tratam da aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, bem como das melhores práticas de gestão e governança e das orientações dos órgãos de controle. Logo, é necessário que o Excelso Supremo Tribunal Federal aclare sua decisão, nos moldes do acima exposto, ou que outra medida seja tomada para reverter a decisão que determinou o imediato repasse dos recursos”.

O Globo
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o poder do presidente da República "não é ilimitado" e voltou a defender que poderá ser acusado de crime de responsabilidade se vetar o fundo eleitoral. De acordo com Bolsonaro, isso abriria margem para que ele fosse acusado de "utilizar o poder federal para impedir a livre execução da lei federal", um dos artigos da lei que define os crimes passíveis de impeachment. Bolsonaro tem até o dia 20 de janeiro para sancionar ou vetar o Orçamento.

No fim do ano passado, Bolsonaro chegou a dizer que a tendência era vetar o fundo, que consta do Orçamento e cujo valor (R$2 bilhões) foi proposto pelo próprio governo. No mesmo dia, no entanto, recuou e disse que a tendência era sancionar, alegando que poderia ser acusado de ter cometido um crime de responsabilidade. Na semana passada, disse que a sanção é uma obediência à lei" e afirmou que é preciso "preparar a opinião pública" para a sua decisão.

Nesta quarta-feira, em uma publicação no Facebook, Bolsonaro disse que o fundo foi criado por uma lei de 2017 e que o valor de R$ 2 bilhões foi estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não pelo Poder Executivo. Por isso, afirmou que um pedido de impeachment poderia ser apresentado na Câmara dos Deputados contra ele, por atuar contra a lei eleitoral.

Na semana passada, Bolsonaro havia usado outra justificativa para dizer que poderia ser acusado de cometer crime de responsabilidade: de que estaria atentando contra o exercício político, a Lei Orçamentária e o cumprimento.

O fundo eleitoral faz parte do Orçamento de 2020, aprovado em dezembro pelo Congresso. Líderes partidários chegaram a sugerir elevar o valor para R$ 3,8 bilhões, mas recuaram após Bolsonaro sinalizar que poderia vetar qualquer valor acima dos R$ 2 bilhões.

O Globo
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Com a radiação solar cada vez mais forte nos primeiros meses do ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) resolveu estender a campanha Dezembro Laranja, agora chamada de Verão Laranja, por toda a estação, que é a mais quente do ano no Brasil. Segundo o dermatologista Elimar Gomes, coordenador da campanha contra câncer de pele da SBD, o ideal, porém, é a população proteger-se dos raios ultravioletas durante o ano inteiro.

“O Brasil é um país tropical e tem níveis de radiação altos mesmo no inverno. A campanha é lançada em dezembro, primeiro mês do verão, mantém sua mensagem ativa e daí segue para a frente com o mote Verão Laranja, mas o ideal é que as pessoas se protejam o ano inteiro”, disse o dermatologista à Agência Brasil.

A primeira recomendação do médico é reduzir a exposição desprotegida ou exagerada ao sol, evitando o horário de maior pico do sol que, sem o horário de verão, vai das 9h às 15h. O filtro solar deve ter fator de proteção superior a 30. Para as pessoas de pele mais clara, o ideal é usar protetor com fator 50 ou 70, além de óculos e chapéu. “E ficar na sombra sempre que possível.”

Na praia, Elimar Gomes recomenda o uso do guarda-sol de lona, que protege muito mais que o de plástico. O dermatologista alerta que, como a areia também reflete a radiação, o filtro solar deve ser usado também sob o guarda-sol – estudos comprovam que, mesmo embaixo do guarda-sol, a pele fica vermelha por causa da reflexão.

Gomes aconselha ainda a reaplicação do protetor solar quando a pessoa transpirar ou sair da água, caso esteja no mar ou na piscina. “Se a pessoa se cuidar bem, dá para evitar [maiores danos].”

De acordo com Gomes, os níveis de radiação no inverno no Brasil são similares aos do verão no Hemisfério Norte. Pela inclinação da Terra, o sol passa por cima do Trópico de Capricórnio no verão. “Estamos na incidência direta do sol. Isso faz com que os níveis de radiação ultravioleta no Brasil sejam superiores.”

O site do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra o índice de radiação diária no Brasil e no mundo. “Na maioria das vezes, no Brasil, o índice é muito alto. Quando isso acontece, o melhor é que a pessoa nem se exponha ao sol”, ressalta o especialista.

Cânceres de pele
Segundo Elimar Gomes, a radiação ultravioleta provoca uma série de danos à pele: os benignos, que não estão relacionados ao câncer, e os malignos, relacionados a essa doença.

Os danos benignos incluem o envelhecimento da pele, perda de elasticidade, rugas mais profundas, aparecimento de manchas, diminuição da produção de colágeno e alterações da imunidade da pele.

“Algumas pessoas, quando se expõem em um período demasiado prolongado ao sol, podem desencadear crises de herpes labial, por exemplo, porque têm uma diminuição da imunidade e uma ativação do vírus do herpes. Há também algumas alergias provocadas pelo sol. Quando se está exposto à radiação, podem ocorrer reações alérgicas relacionadas a isso”, lembra o médico.

Entre os danos malignos, destacam-se os cânceres de pele, alguns relacionados à exposição ao sol. O melanoma, por exemplo, um câncer de maior gravidade, relaciona-se com episódios em que a pessoa se expõe ao sol e fica vermelha. Os carcinomas, mais comuns e não tão graves quanto o melanoma, são outro grupo de cânceres de pele, provocados tanto pela exposição crônica ao sol quanto por episódios de queimadura.

“Uma pessoa mais idosa, que é branquinha e ao longo da vida tomou muito sol, mesmo não sendo na praia, se no trabalho do dia a dia ficou exposta ao sol, tem chance muito alta de desenvolver câncer nas áreas do corpo expostas, como rosto, orelha, mão”, diz Elimar Gomes.

O médico destaca que, por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia aproveita essa época do ano para falar sobre a campanha, lembrando sempre que o ideal é as pessoas se protegerem.

AGÊNCIA BRASIL
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Com as temperaturas elevadas do verão, os idosos devem redobrar os cuidados para evitar problemas de saúde comuns nesta época do ano, como a desidratação e a hipertermia, que é o aumento da temperatura corporal devida ao calor externo.

Com o processo de envelhecimento, a quantidade de água no corpo do idoso diminui assim como a sensação de sede e a capacidade de transpiração. A maior exposição ao calor pode levar à desidratação, e o indivíduo pode perder sais minerais. Por isso, é importante não só beber líquidos, mas também consumir legumes, frutas e verduras para repor os sais perdidos na transpiração.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, entre os sinais de que o corpo está desidratado estão lábios e língua secos e redução da quantidade de urina. Também podem ser observadas alterações como confusão mental, dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar. De acordo com a entidade, sintomas de alerta para hipertermia são contraturas musculares, náuseas, vômitos, dor de cabeça, fraqueza, tonturas e até mesmo convulsões.

O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Carlos André Uehara, explica que uma das complicações decorrentes do calor é a pressão cair repentinamente, o que aumenta o risco de quedas e traumas, que podem ser muito sérios em idosos.

Entre as recomendações, o médico geriatra aponta tomar água e sucos pelo menos um litro por dia, alimentação leve e atenção redobrada com os alimentos que podem se deteriorar mais rapidamente e levar a uma intoxicação alimentar, com diarreia e vômitos que pioram o quadro de desidratação.

Para Uehara, os idosos que têm o hábito de fazer atividades ao ar livre devem preferir os horários com temperatura mais amenas, usar protetor solar e bonés.

O geriatra lembra ainda que pacientes que usam diuréticos e os que consomem cafeína e bebida alcoólica, que aumentam a quantidade de urina, também devem ficar atentos aos sinais para uma possível desidratação. “É importante perceber os sinais do nosso corpo”, disse.

AGÊNCIA BRASIL
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Os ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Educação lançaram hoje (8), em Brasília, o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica em Segurança Pública e Ciências Forenses (Procad).

Com investimento de R$ 10,1 milhões, a iniciativa deve beneficiar pesquisadores que desenvolvam estudos de mestrado, doutorado e pós-doutorado com vista à melhoria das ações em segurança pública.

Do montante total previsto, R$ 6 milhões virão do caixa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ao longo de quatro anos; R$ 2,1 milhões da Polícia Federal (PF) e R$ 2 milhões da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A previsão é que o edital de seleção de projetos seja publicado nos próximos dias. A partir daí, interessados vinculados a uma das 400 instituições de ensino públicas, privadas e comunitárias que mantêm cursos de pós-graduação supervisionados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) poderão se candidatar a uma bolsa. Os valores das bolsas variam conforme o nível acadêmico, sendo de R$ 1.500 para alunos de mestrado; R$ 2.200 para doutorado e R$ 4.100 para pós-doutorado.

"Esse programa está inserido na mudança do modelo de avaliação que a Capes vem empreendendo, buscando maior impacto social [com o financiamento] a temas que beneficiem diretamente a sociedade e possibilitem maior interação das universidades com o setor produtivo", disse o presidente da Capes, Anderson Correia.

Parcerias
Durante a cerimônia de lançamento do programa, realizada esta manhã, no Ministério da Educação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, classificou a iniciativa como uma oportuna e relevante parceria. Moro também destacou que, além dos recursos provenientes da Senasp, órgãos vinculados ao ministério, como a Polícia Federal, disponibilizarão seus laboratórios e profissionais para a realização das pesquisas contempladas pela iniciativa.

"Este projeto vem em boa hora. Investimentos em segurança pública são demandados; construções no âmbito da segurança são necessárias, e é sempre importante contar com conhecimentos científicos a respeito destes temas", comentou Moro, destacando a possibilidade de financiamento a estudos no campo jurídico.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu a importância da ação. "Acho que esta é uma área de total interesse da sociedade. A segurança pública está entre as prioridades do povo brasileiro, das famílias", disse Weintraub, explicando que o total de bolsas dependerá da proporção de estudantes de cada nível qualificados. "De qualquer forma, será um número expressivo de pesquisadores dedicados ao tema, com os laboratórios e a expertise do Ministério da Justiça [à disposição]."

Temas
A seleção dos temas das pesquisas e dos pesquisadores será feita por consultores da Capes. A autarquia fará, em conjunto com a PF, a avaliação dos resultados dos estudos. Cada projeto poderá permanecer em pesquisa por até cinco anos. Além disso, as teses produzidas serão disponibilizadas no Portal de Periódicos, que a Capes mantém na internet.

AGÊNCIA BRASIL
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira (7) ter a expectativa de que chegue a 100 mil o número de vagas destinadas ao projeto piloto do Enem Digital – plataforma por meio da qual o Exame Nacional do Ensino Médio será feito via internet. Inicialmente, a expectativa era de que o piloto do programa abrangesse 50 mil vagas.

“O Enem Digital vai entrar em vigor este ano em 15 capitais como projeto piloto voluntário, para alguma coisa entre 50 e 100 mil vagas. E depois, no futuro, espalhá-lo pelo Brasil todo”, disse hoje Weintraub, ao participar do Revista Brasil, programa da Rádio Nacional de Brasília ancorado pelo jornalista Valter Lima, veiculado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Cerca de 3,9 milhões de candidatos participaram da edição 2019 do exame.

Para o governo, o Enem Digital vai permitir a utilização de novos tipos de questões com vídeos, infográficos e até a lógica dos games. A sequência do programa, no entanto, depende da estruturação das escolas públicas brasileiras, em especial de seus laboratórios de informática.

“Levaremos informática para todas as escolas do Brasil. Este ano já vamos cobrir quase tudo, mas ao longo do tempo o pessoal terá laboratório de informática e estará preparado para fazer o Enem Digital, porque não adianta passarmos para o Enem Digital sem dar condições de competição para o filho de quem não tem internet nem computador. Por isso, ao longo deste governo, o Enem passará a ser 100% digital. Mas isso será feito de forma gradual”, acrescentou o ministro.

Segundo ele, ao final do processo, o Enem Digital proporcionará grande economia de dinheiro público, uma vez que, quando feito no papel, o exame acaba sendo mais caro por conta de sua logística.

“Quando digitalizar tudo, o Enem ficará mais barato. A pessoa poderá marcar com antecedência o dia que vai fazê-lo, além de não ter problema caso perca o prazo. Caso tenha problema, ele pode remarcá-lo, sem risco de perder o ano”, acrescentou o ministro.

Previsões para 2020
Ainda durante a entrevista, Weintraub fez algumas projeções sobre as ações que serão implementadas por sua pasta em 2020. “A gente arrumou a casa e agora começaremos a entregar resultados”, disse.

“Por exemplo, na parte de bolsas não apenas estamos mantendo como ampliando-as. Criamos novas bolsas para pesquisar especificamente crises ambientais como derramamento de óleo. Foi criada uma bolsa só para isso. Tem também a ampliação do programa de apoio a pós-graduação para a Amazônia Legal stricto sensu [mestrado e doutorado]”, disse.

Segundo ele, a ideia é, ao longo do ano, avançar no sentido de melhor distribuir bolsas pelo território nacional, de forma a beneficiar localidades que historicamente são menos atendidas. Weintraub destacou também a criação de um portal de periódicos que disponibilizará os principais jornais e revistas científicos.

“E no programa de formação de professores, além de mantermos todos programas, estamos fazendo a parte de formação de professores da educação básica no exterior, principalmente nos Estados Unidos, Canadá, e agora, entrando também, a Irlanda. Dessa forma, a pessoa poderá sofisticar seu inglês, ver outras realidades e trazer isso para ensinar nossas crianças”.

Ainda de acordo com o ministro, a capacitação e o treinamento dos professores virão junto com a valorização da profissão, “que terá seu piso salarial aumentado em 12% este ano”.

AGÊNCIA BRASIL
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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (8) que após os ataques contra bases americanas, o Irã parece estar recuando. Em discurso na Casa Branca, Trump também disse que vai impor novas sanções econômicas ao país do Oriente Médio e que, enquanto estiver no poder, o Irã nunca poderá ter armas nucleares.

Veja o resumo do que Trump disse:

  • nenhum americano ou iraquiano morreu durante os ataques de terça-feira (7) e os danos foram "mínimos";
  • as forças dos EUA estão "preparadas para tudo";
  • EUA vão impor novas sanções econômicas que vão continuar "até que o Irã mude seu comportamento";
  • os países que ainda estão no acordo nuclear (Alemanha, China, Reino Unido, Rússia e França) deveriam abandoná-lo;
  • Irã é o principal patrocinador de terrorismo no mundo, e a busca por armas nucleares ameaça o mundo civilizado;
  • enquanto estiver no poder, nunca deixará o Irã ter armas nucleares;
  • Qassem Soleimani, que os EUA mataram na semana passada, era responsável pelas piores atrocidades cometidas pelo regime iraniano e estava planejando novos ataques quando foi assassinado –"deveria ter sido eliminado há muito tempo";
  • vai pedir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tenha um papel mais ativo no Oriente Médio;
  • EUA aumentaram a sua produção de óleo e gás, que o país é o maior do mundo nesse campo e que não depende mais tanto do Oriente Médio para esses recursos;
  • americanos e iranianos têm um inimigo em comum, o Estado Islâmico, e os dois deveriam trabalhar em conjunto nessa e em outras prioridades.

Ataque iraniano
Duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas foram atingidas por 22 mísseis iranianos na noite de terça (7) - madrugada de quarta (8) no horário local. Ambas são consideradas estratégicas para a operação militar dos EUA na região e para o combate ao grupo Estado Islâmico.

A principal, Al-Asad, fica em uma região sunita (o Irã é um país xiita). Foram lançados 17 mísseis contra esta base — dois deles não atingiram o alvo, mas não chegaram a explodir. A outra, atingida com 5 mísseis, fica em território curdo.

"Estou feliz por informar que o povo americano deve estar grato e feliz. Nenhum americano foi atingido, não sofremos perdas, nossos soldados estão seguros e só danos mínimos aconteceram nas nossas bases", disse Trump durante o pronunciamento.

Na noite de terça-feira (7), logo após os ataques, Trump afirmou, pelo Twitter, que estava "tudo bem". O mandatário esperou uma avaliação sobre os danos causados pelo ataque para fazer o discurso oficial na Casa Branca.

"O Irã parece estar recuando, o que é muito bom para todas as partes e algo muito bom para o mundo. Vidas americanas ou iraquianas não foram perdidas", disse nesta quarta, ao lado de civis e militares de alto escalão do governo.

Trump anunciou que os Estados Unidos vão "impor imediatamente sanções econômicas punitivas adicionais contra o regime iraniano", mas não mencionou possíveis represálias aos ataques com mísseis desta terça

Trump celebrou seu sucesso econômico, que, segundo ele, tornou os EUA menos dependentes do petróleo do Oriente Médio, mudando as "prioridades estratégicas" de Washington na região.

"Hoje vou pedir à Otan que se envolva muito mais no processo no Oriente Médio", afirmou.

Trump também pediu para a comunidade internacional seguir seu exemplo e abandonar o acordo nuclear com o Irã, como os Estados Unidos já fizeram em maio de 2018.

O pacto já está desmoronando: Teerã disse no domingo que não terá qualquer limite para o número de centrifugadoras para o enriquecimento de urânio, um de seus principais compromissos decorrentes do acordo.

"Chegou o momento de Reino Unido, Alemanha, França, Rússia e China reconhecerem essa realidade. Devem romper agora com os restos do acordo com o Irã", disse. "Todos devemos trabalhar juntos para chegar a um acordo com o Irã que torne o mundo um lugar mais seguro e pacífico", afirmou.

Em seguida, Trump se dirigiu diretamente aos iranianos ao afirmar que os Estados Unidos querem que eles aproveitem o "grande futuro" de prosperidade e harmonia com outras nações que eles merecem.
"Os Estados Unidos estão pronto para abraçar a paz com todos que a buscarem", garantiu.

Vingança
Os alvos foram bombardeadas pelo Irã para vingar a morte do general Qassem Soleimani, assassinado em um ataque aéreo americano na semana passada, em Bagdá, capital do Iraque. A ação iraniana cumpre a promessa de retaliação pela morte do comandante que culminou em uma escalada de tensão no Oriente Médio.

A base de Al-Asad é a de maior importância estratégica para os EUA na região e fica no Oeste do Iraque, na província de Anbar. Al-Asad está a cerca de 200 quilômetros de Bagdá e começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque pelos EUA, em 2003, que derrubou Saddam Hussein.

As tropas americanas chegaram a deixar a região gradativamente até 2011, mas voltaram a pedido do Iraque.

Os soldados dos EUA também se fixaram na base de Al-Asad durante o combate contra o Estado Islâmico, a partir de 2017. Pelo menos 500 soldados e civis americanos já passaram pelo local neste período. Algumas tropas foram deslocadas no ano passado, mas muitos soldados continuaram na base.

Foi de Al-Asad que saiu a operação que culminou na morte do terrorista Abu Bakr-al-Baghdadi, chefe do Estado Islâmico, em outubro de 2019.

Durante o feriado de Ação de Graças, no ano passado, a base recebeu a visita do vice-presidente dos EUA, Mike Pence.

G1
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O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, recebeu uma mensagem prévia do Irã alertando que uma resposta à morte do comandante Qassem Soleimani era iminente ou estava a caminho, informou nesta quarta-feira (8) o porta-voz da autoridade em um comunicado.

Duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas foram atingidas por cerca de 20 mísseis iranianos na noite de terça-feira (7) — madrugada de quarta (8) no horário local.

Os complexos atingidos foram Ain al-Assad, em Anbar, e Harir, em Erbil, ambos considerados estratégicos para a operação militar dos Estados Unidos na região e para o combate ao grupo Estado Islâmico

O Irã informou a Abdul Mahdi que visaria apenas instalações que abrigavam forças norte-americanas no Iraque, mas não as especificou quais, afirmou o porta-voz do primeiro-ministro.
O premiê recebeu uma ligação dos Estados Unidos simultaneamente à queda dos mísseis nas bases, segundo o comunicado.

A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade pelos lançamentos dos mísseis a ambas as bases.

Não houve relatos de mortes. Em um breve comunicado, as forças militares internacionais e do Iraque afirmaram que não registraram perdas. Foram 22 mísseis, de acordo com o Comando Unificado em Bagdá.

Segundo avaliação inicial dos Estados Unidos, os mísseis atingiram áreas da base que não eram ocupadas por norte-americanos. Um militar dos EUA afirmou à rede de televisão CNN que as forças armadas tiveram um aviso antecipado do ataque, e que as pessoas tiveram tempo de se abrigar em bunkers.

A principal base, Al-Asad, fica em uma região sunita (o Irã é um país xiita). Foram 17 mísseis contra essa base — dois deles não atingiram o alvo, mas não chegaram a explodir.

O outro complexo militar fica em Erbil, uma região dominada por curdos, onde o ataque foi feito com cinco mísseis.

Sem vítimas da Otan
Jens Stoltenberg, o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), condenou o ataque com mísseis. "A Otan pede que o Irã se abstenha de mais violência", ele publicou em uma rede social.

Uma autoridade da Otan afirmou, sem se identificar, que também não houve vítimas entre as tropas de sua missão em treinamento no Iraque.

G1
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A Organização da Aviação Civil do Irã anunciou que não entregará à Boeing e a investigadores americanos as caixas-pretas da aeronave ucraniana que caiu nesta quarta-feira (8), logo após decolar do aeroporto de Teerã. A aeronave transportava 176 pessoas. Ninguém sobreviveu.

A Convenção Internacional de Aviação Civil, da qual o Irã é signatário, prevê que fica responsável pela investigação o país onde a aeronave caiu (ou de onde ela partiu). Nesse caso, o Irã. Porém, a convenção prevê que o país fabricante (os EUA) e a empresa que o produziu, que é a Boeing, participem da investigação e tenham acesso às informações das caixas-pretas imediatamente.

Ali Abedzadeh, diretor da agência iraniana, afirmou que a investigação será feita no Irã, conforme prevê a Convenção. Os representantes da Ucrânia estarão envolvidos nesse processo, mas ele descartou entregar os equipamentos à fabricante Boeing e às autoridades americanas.

"Não daremos as caixas-pretas para o fabricante [Boeing], nem para os americanos", afirmou o diretor dessa agência iraniana, Ali Abedzadeh, citado pela agência de notícias Mehr.
No entanto, ele não deixou claro se o Irã permitirá que os americanos acompanhem o inquérito.

As normas internacionais ainda preveem que também acompanhem a investigação, o país onde a aeronave pousaria (neste caso, a Ucrânia), países com fabricantes de peças do avião e países com passageiros que morreram na tragédia.

Queda da aeronave
A tragédia aconteceu poucas horas após o Irã ter disparado mísseis contra duas bases aéreas que abrigam tropas dos EUA no Iraque, em resposta à morte do general Qassem Soleimani. No entanto, não há informações sobre relação entre os dois casos.

A morte do importante comandante iraniano em um ataque americano em Bagdá, no Iraque, fez aumentar o temor de um conflito entre Irã e Estados Unidos. O governo do Irã prometeu vingança e bases americanas no Iraque foram atacadas por mísseis iranianos.

Causas da queda
O voo 752 da Ukraine International Airlines partiu às 6h12 (horário local), com quase uma hora de atraso, do aeroporto Imam Khomeini (Teerã) e tinha como destino o Aeroporto Internacional Boryspil, em Kiev, na Ucrânia. O avião caiu em Shahedshahr, no sudoeste da capital iraniana.

A Ucrânia participa das investigações feitas pelo Irã. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que uma comissão investiga todas possibilidades.

A embaixada da Ucrânia chegou a divulgar uma nota dizendo que, segundo informações preliminares, a queda do avião teria sido provocada por problemas técnicos no motor e descartando qualquer relação do incidente com terrorismo ou com os disparos de foguetes.

Mais tarde, uma nova nota destacou que as causas estão sendo esclarecidas.

"As informações sobre as causas da queda do avião estão sendo esclarecidas pela comissão. As declarações anteriores relativas às causas do acidente à decisão da referida comissão não são oficiais”.

Boeing
Em seu perfil no Twitter, a Boeing lamentou o incidente trágico e declarou que seus pensamentos sinceros “estão com a tripulação, os passageiros e suas famílias”. A empresa disse estar em contato e que apoia as suas clientes companhias aéreas. “Estamos prontos para ajudar da maneira necessária”, afirmou.

Passageiros
Reza Jafarzadeh, porta-voz da Organização de Aviação Civil do Irã, disse à televisão estatal que a aeronave transportava 167 passageiros e 9 tripulantes.

O ministro ucraniano de Relações Exteriores, Vadym Prystaiko, afirmou que no voo havia passageiros de 7 nacionalidades: 82 do Irã, 63 do Canadá, 11 da Ucrânia (9 tripulantes), 10 da Suécia, 4 do Afeganistão, 3 do Reino Unido, e outros 3 da Alemanha.

Não está claro porque tantos canadenses estavam a bordo, mas se sabe que a companhia aérea oferece voos relativamente baratos via Kiev para Toronto (Canadá).

O premiê canadense, Justin Trudeau, afirmou que o seu ministro de Relações Exteriores, François-Philippe Champagne, está em contato com o governo ucraniano. As autoridades do seu governo trabalham com seus parceiros internacionais para que a queda do avião seja cuidadosamente investigada.

G1
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