O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 14,6% este ano, de acordo com o Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (16). O resultado vem do crescimento de 18,6% no crédito para famílias e de 9,6% para pessoas jurídicas.
A estimativa é maior do que a observada no relatório anterior, de 12,6%. “Essa revisão decorreu de surpresas positivas nos últimos três meses nos saldos nominais de pessoa física e jurídica e do impacto do aumento na inflação esperada para o final do ano”, diz o relatório.
As modalidades de crédito a pessoas físicas com recursos livres tiveram a variação do saldo revisada de 18% para 20%, e as com recursos direcionados de 14% para 17%. Nos financiamentos às empresas, as projeções para o aumento do saldo foram elevadas de 13% para 15% no segmento livre, e de zero para 1% no direcionado.
O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
De acordo com o BC, os dados do mercado de crédito bancário divulgados desde o último Relatório de Inflação mostraram crescimento acima do esperado nas carteiras de crédito livre e do crédito direcionado às famílias.
“Entre os empréstimos às famílias com recursos livres destacam-se as modalidades de cartão de crédito e de crédito pessoal não consignado. No crédito direcionado a pessoas físicas, os financiamentos imobiliários em patamar elevado continuaram impulsionando o saldo. O crédito rural, por sua vez, surpreendeu pelo aumento significativo nas concessões ao longo do ano, em linha com os altos preços das commodities e dos insumos agrícolas”, diz o relatório.
No crédito para empresas, o BC observa nos últimos meses maior expansão das linhas de desconto de recebíveis e de crédito rotativo. “Como esperado, o crescimento do saldo de crédito direcionado a pessoas jurídicas continua exibindo relevante desaceleração”, explicou a autarquia.
O crescimento no crédito acontece mesmo em meio à elevação da taxa de juros. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, elevou pela sétima vez consecutiva a taxa básica de juros, a Selic, para 9,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista para a política monetária para conter o avanço da inflação. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Previsão para 2022
Para 2022, a projeção é de crescimento de 9,4% do estoque de crédito, ante 8,5% no relatório anterior. “A revisão considerou a persistência no crescimento do crédito nominal e os níveis maiores de inflação corrente e projetada, fatores que compensam a deterioração do cenário prospectivo para a atividade econômica e o maior nível esperado de taxas de juros”, diz o relatório.
A carteira de crédito a pessoas físicas deve crescer 11,7% (ante projeção de 11,1% em setembro), com elevações de 13% no saldo dos empréstimos com recursos livres e de 10% no dos financiamentos com recursos direcionados. Segundo o BC, em particular, o financiamento imobiliário, que já mostra sinais de perda de força, deve ter crescimento contido no atual contexto de subida dos juros.
Para o segmento de pessoas jurídicas, a projeção passou de 5% para 6,3%, com crescimento de 12% no crédito livre e contração de 4% no direcionado. “Essa projeção continua representando cenário de desaceleração do crédito, tanto direcionado como livre, pelo segundo ano consecutivo. A previsão considera a manutenção do processo de desalavancagem das empresas e a procura por fontes alternativas de financiamento ao crédito bancário doméstico, mesmo que em condições menos favoráveis que as registradas em 2021”, diz o relatório.
O BC destaca que as novas projeções de crescimento do estoque de crédito para 2021 e 2022 são superiores às indicadas no relatório anterior, mas continuam indicando gradual desaceleração em comparação a 2020. “As projeções atuais levam em consideração um cenário mais desafiador para a atividade econômica, com condições financeiras mais restritivas, porém incorpora as surpresas positivas recentes na evolução nominal do crédito e uma inflação maior esperada para 2022”, explicou o BC.
Em 2020, o saldo do crédito cresceu 15,6%, com alta de 11,2% para famílias e 21,8% para empresas.
Agência Brasil
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A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano em 10,2%, considerando a taxa de juros (Selic) em 9,25% ao ano e o câmbio partindo de R$ 5,65. A informação está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (16). No relatório de setembro, a projeção para inflação no ano era 8,5%.
Nesse cenário, a inflação ficará acima da meta que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.
Para 2022, a projeção de inflação é de 4,7% e, para 2023, de 3,2%. Nesse caso, supõe uma trajetória de juros que se eleva para 11,75% ao ano durante 2022, terminando em 11,25% ao ano, e reduz-se para 8% ao ano em 2023.
A inflação ao consumidor continua persistente e elevada, segundo o BC. “Há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano-calendário de 2022”, diz o relatório.
A meta definida pelo CMN para de 2022 é 3,5% e para 2023, é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Ou seja, por esse cenário, a inflação ficará próxima do limite superior em 2022 e do centro da meta em 2023.
Quando se consideram os grupos de preços livres e administrados, o BC destaca a elevada projeção para a inflação de preços administrados em 2021, de 16,7%. Caso a previsão se concretize, será a inflação mais alta desde 2015, quando atingiu 18,07%.
“Destacam-se os aumentos já verificados de preços de gasolina, gás de bujão e energia elétrica. Para 2022, a projeção de administrados se reduz significativamente, refletindo principalmente a dissipação dos choques correntes, a bandeira de energia elétrica utilizada e a queda recente no preço do petróleo”, diz o relatório.
Por outro lado, segundo o BC, a inflação de preços livres vai se reduzindo ao longo do tempo na medida em que os efeitos da alta do índice vão se dissipando e a trajetória da taxa de juros real utilizada está acima da taxa neutra (aquela que não gera mudanças na inflação). A projeção do BC para o IPCA Livres em 2021 é de 8%.
Inflação registrada
Em novembro, o IPCA foi de 0,95%, fechando no maior nível para o mês desde 2015 (1,01%) e acumulando alta de 10,74% em 12 meses. No ano, até novembro, a inflação é de 9,26%.
O índice é pressionado, especialmente, pelo aumento dos preços de combustíveis. Segundo o BC, itens mais associados à inflação subjacente também contribuem. “A pressão sobre os preços de bens industriais ainda não arrefeceu, enquanto a inflação de serviços já se mostra mais elevada, refletindo a gradual normalização da atividade no setor [muito impactado pela pandemia de covid-19]”, diz o relatório.
Com a alta da inflação, na semana passada o BC elevou a Selic pela sétima vez consecutiva, de 7,75% para 9,25% ao ano, e deve promover nova alta na próxima reunião do Copom, em fevereiro. A taxa básica de juros é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia em 2021. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 4,7% para 4,4%. A informação está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (16), em Brasília.
Segundo o órgão, “surpresas negativas” em dados recentemente divulgados, novas elevações da inflação parcialmente associadas a choques de oferta e aumento no risco fiscal, de controle das contas públicas, pioram os prognósticos de crescimento para 2021 e, em especial, para 2022. Para o ano que vem, a estimativa do PIB foi reduzida de 2,1% para 1%.
O PIB do terceiro trimestre e alguns dos principais indicadores mensais de atividade econômica apresentaram, de modo geral, resultados piores do que os esperados à época do relatório anterior, divulgado em setembro. “Corroborando a evolução menos favorável da atividade, os indicadores de confiança de empresários e consumidores, particularmente relevantes para entender a atividade ao longo do trimestre corrente, recuaram nos últimos meses”, disse o BC.
No terceiro trimestre deste ano, o PIB recuou 0,1%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, encerrados em setembro, o indicador acumula alta de 3,9%. “Dessa forma, o resultado abaixo do esperado no terceiro trimestre e a piora nos prognósticos para o quarto reduzem a projeção de crescimento para 2021 e o carregamento estatístico para 2022”, explicou o BC.
No curto prazo, os choques de oferta continuam influenciando os preços e afetando negativamente a atividade e o consumo. Segundo o Banco Central, as limitações na disponibilidade de insumos em determinadas cadeias produtivas devem perdurar por mais tempo do que se esperava anteriormente. “Portanto, posterga-se no tempo a expectativa de efeitos positivos que a normalização, mesmo que gradual, da cadeia de insumos industriais possa ter sobre o crescimento”, afirma o relatório.
Além disso, os recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal, de aumento dos gastos públicos, já se traduzem em elevação de prêmios de risco (relação entre risco e rendimentos de investimentos). Para o BC, isso impacta as condições financeiras atuais e, consequentemente, a atividade econômica corrente e futura.
Nesse contexto, na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista da política monetária.
Outro risco apresentado pelo Banco Central é a própria evolução da pandemia de covid-19. Apesar da trajetória favorável no Brasil, com a continuidade da vacinação, chama atenção o aumento de casos mesmo em países da Europa com vacinação elevada e a recente detecção de nova variante de preocupação, a Ômicron. “Esses eventos recentes indicam aumento do risco de desaceleração da atividade econômica mundial, com reflexos na economia brasileira, e até mesmo de reversão da trajetória benigna da crise sanitária no Brasil”, frisou o relatório do BC.
Contribuições positivas
Por outro lado, a autarquia avalia que a possibilidade de restrições à atividade econômica no curto prazo em razão de limitações no fornecimento de energia elétrica diminuiu. Segundo o banco, a partir de outubro houve relevante aumento das chuvas, especialmente no subsistema do Sudeste e Centro-Oeste, que permitiu alguma recomposição dos reservatórios, “afastando a possibilidade de racionamento de energia nos próximos meses”.
Outro fator que contribui positivamente para a atividade econômica doméstica nos próximos trimestres, especialmente no curto prazo, é o arrefecimento da pandemia observado até o momento. “A consequente volta da mobilidade e das interações sociais ainda deve beneficiar as atividades do setor de serviços mais forte e diretamente atingidas pela crise sanitária – como outros serviços e serviços públicos, ambas com elevada participação no PIB”, explicou o BC.
Para 2022, o relatório destaca o prognóstico favorável para o desempenho da agropecuária, com expectativa de normalização na demanda por carne bovina e de altas expressivas na produção agrícola, em especial daqueles produtos mais severamente afetados por problemas climáticos em 2021. Além disso, há o processo remanescente de normalização da economia, particularmente no setor de serviços e no mercado de trabalho, conforme a crise sanitária perde força.
Projeção por setores
No âmbito da produção, houve redução nas previsões de crescimento para os três setores em 2021. A projeção para a agropecuária passou de crescimento de 2%, no último Relatório de Inflação, para recuo de 0,6%, influenciada por queda no terceiro trimestre mais intensa do que se previa. Segundo o BC, houve queda nas estimativas de produção em culturas com participação elevada no setor, como milho, cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, principalmente por problemas climáticos.
Além disso, a previsão de recuo no abate de bovinos, “influenciada por consumo doméstico deprimido e, mais recentemente, pela suspensão das exportações de carne bovina para China, contribui adicionalmente para a perspectiva de retração da agropecuária neste ano”.
Na indústria, a previsão de crescimento caiu de 4,7% para 4,1%, com piora nas projeções para a indústria de transformação e para a produção e distribuição de eletricidade, gás e água, parcialmente compensada por melhora no prognóstico de crescimento da indústria da construção. “A indústria de transformação segue afetada por dificuldades nas cadeias de suprimentos e por preços de insumos elevados”, explicou o BC.
A previsão para o setor de serviços em 2021 recuou de 4,7% para 4,6%. Segundo o BC, apesar da relativa estabilidade na previsão agregada para o setor, houve alterações relevantes nos componentes. “De um lado, destacam-se as altas nos prognósticos para administração, saúde e educação públicas; outros serviços; e transporte, armazenagem e correio, atividades que continuam se beneficiando da recuperação da mobilidade e das interações presenciais. Em sentido oposto, repercutindo resultados piores do que os esperados no terceiro trimestre, houve reduções nas previsões para intermediação financeira e serviços relacionados e em atividades imobiliárias e aluguel”, explicou o relatório.
A previsão para o crescimento do comércio, que possui correlação com o desempenho industrial, também foi reduzida.
Com relação à demanda agregada (procura por bens e serviços), a estimativa do BC para a variação do consumo das famílias passou de 3,3% para 3,4%, diante da recuperação no terceiro trimestre mais intensa do que a projetada. Isso se deve em razão da continuidade da recuperação do mercado de trabalho e o provável recuo da taxa de poupança em relação ao trimestre anterior.
A previsão para o consumo do governo foi revista de 0,9% para 1,8%, alta bastante influenciada pela revisão da série histórica. “Apesar da trajetória de recuperação, o consumo do governo ainda se encontra 2,2% abaixo do nível do quarto trimestre de 2019, o que sugere haver espaço para novas altas ao longo dos próximos trimestres”, enfatizou o relatório.
Por fim, a projeção de crescimento da formação bruta de capital fixo das empresas foi revista de 16% para 16,8%, em linha com a melhora da construção.
Ainda segundo o BC, as exportações e as importações de bens e serviços, em 2021, devem variar, na ordem, 5,5% e 14,5%, projeções bastante próximas das apresentadas no relatório anterior, de 5,0% e 14,2%, respectivamente.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
Um idoso de 70 anos e uma jovem de 23 anos foram presos na quarta-feira (15), em Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba. Segundo a Polícia Civil, a dupla é suspeita de integrar uma organização criminosa, investigada por cometer crimes por meio de redes sociais na internet.
As vítimas dos crimes cometidos via aplicativo de mensagens são, em sua maioria, comerciantes, empresários e prestadores de serviço de Catolé do Rocha. Eles mantinham perfis profissionais no Instagram, com informações e número de contato de celular pessoal expostos ao público.
Segundo as investigações, o grupo criminoso coletava informações sobre as vítimas, como telefone pessoal e fotos, e enviavam mensagens pelo WhatsApp, onde as ameaçavam e exigiam valores entre R$ 600 e R$ 3 mil, dependendo do perfil profissional e poder aquisitivo de cada uma.
De acordo com a polícia, várias pessoas registraram boletins de ocorrência na delegacia de Catolé do Rocha no último mês de novembro, onde informavam que recebiam as mensagens com ameaças que continham imagens e vídeos de armas de fogo, além de fotografias tiradas do próprio estabelecimento comercial da vítima pelos suspeitos.
Os suspeitos diziam que conheciam os hábitos da vítima e passavam a exigir o pagamento das quantias para não matá-las. Algumas pessoas, com medo das ameaças, efetuaram o pagamento dos valores exigidos pelo grupo.
Polícia suspeita que mais de 100 pessoas tem sido vítimas do grupo
A Polícia Civil acredita que mais de 100 vítimas do grupo criminoso na cidade de Catolé do Rocha não registraram boletim de ocorrência, o que dificulta a responsabilização dos suspeitos pelos crimes cometidos.
As investigações continuam no intuito de identificar, localizar e capturar outros envolvidos nos crimes investigados.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
A Polícia Federal iniciou nessa quinta-feira (16) a Operação Últimos Atos para apurar o desvio de recursos públicos federais oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) em Alagoas, em Pernambuco e no Ceará.
Estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em imóveis vinculados às empresas investigadas e seus respectivos sócios nas cidades de Maceió, Rio Largo, Porto Calvo, Recife e Fortaleza, além de uma cidade na Paraíba.
As investigações apontam que os desvios aconteciam por meio de transferências bancárias que totalizaram R$ 5.040.445,70, realizadas em favor de quatro empresas. Equipes da Controladoria-Geral da União participaram das buscas e realizaram procedimento fiscalizatório para verificar o fornecimento de produtos ou prestação de serviços pelas empresas investigadas.
Também foi determinado o sequestro de bens dos investigados visando o eventual ressarcimento aos cofres públicos, caso sejam comprovados os desvios.
Há indicativos de que parte das empresas beneficiadas pelos pagamentos não existe, figurando apenas como fachada para o desvio da verba pública.
Os materiais apreendidos serão submetidos à análise e juntados ao Inquérito Policial instaurado na Superintendência Regional da Polícia Federa em Alagoas.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
Três homens foram presos e um adolescente apreendido em uma operação policial, na noite desta quarta-feira (15), na cidade de Alagoinha, no Brejo da Paraíba. Com eles, foram encontrados 300 quilos de drogas e mais de R$ 1 milhão em espécie, que seria utilizado para fortalecer o crime organizado no Estado. De acordo com a Polícia Civil, o material foi encontrado dentro de um lava-jato que servia como ponto de apoio para o tráfico de drogas.
A polícia informou que o estabelecimento seria utilizado apenas para armazenamento do material. No total, foram apreendidos R$ 1,2 milhão, 150 quilos de crack e 150 quilos de maconha. A operação é um desdobramento de outra ação da Polícia Civil, que apreendeu dois fuzis e a quantia de R$ 500 mil, em outubro deste ano, no município de Solânea, na Paraíba.
De acordo com o delegado Diego Beltrão, o volume de crack desta operação é um dos maiores apreendidos no Estado, nos últimos anos. No total, o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) já apreendeu quase uma tonelada de drogas na Paraíba, só neste ano. O dinheiro das drogas seria utilizado para comprar armas e também em ações contra caixas eletrônicos, segundo a polícia.
O material apreendido foi levado para a Central de Polícia Civil, em João Pessoa, assim como o grupo detido suspeito de tráfico de drogas.
g1 PB
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De acordo com o último boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, os casos de chikungunya aumentaram 31% no Brasil na comparação entre 2020 e 2021.
Até o dia 4 de dezembro deste ano, foram registrados 93,4 mil casos prováveis da doença, causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
A região Nordeste segue como a mais afetada, com uma incidência de 111,7 casos a cada 100 mil habitantes. Mas chama a atenção também o aumento de afetados em outras partes do país, como o Sudeste, que reportou 29,1 casos por 100 mil indivíduos.
Só em São Paulo, o número de afetados por chikungunya saltou de 281 em 2020 para 18,2 mil em 2021, o que representa um aumento de mais de 6.000%.
A título de comparação, as outras duas enfermidades que também dependem da ação deste mesmo mosquito tiveram uma queda: o número de pacientes com dengue caiu 45,7%, enquanto o de zika se reduziu em 15,4% no mesmo período analisado.
Entre as possíveis explicações para essa diferença, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil destacam a forma menos intensa de como a chikungunya se espalhou pelo território brasileiro desde que foi introduzida por aqui, em 2014, além da enorme quantidade de pessoas suscetíveis em várias regiões do país.
Eles também temem que a chegada do verão e de dias mais quentes representem uma elevação ainda maior nos casos da doença ao longo das próximas semanas.
"Os vírus transmitidos pelo Aedes têm uma característica sazonal, e há um aumento na frequência de casos no período das chuvas e do calor, que costuma propiciar um ambiente favorável à proliferação desses mosquitos", explica a médica Melissa Falcão, da Sociedade Brasileira de Infectologia.
"Esperamos, portanto, um aumento de casos de chikungunya para os próximos meses", completa.
Uma doença onde as sequelas são regra, não exceção
Os médicos costumam dividir a chikungunya em três fases.
A primeira é a aguda, que dura até dez dias e costuma ser marcada por febre, fadiga e dores no corpo.
Na sequência, vem a fase subaguda, que se estende por até três meses. Nela, a febre deixa de ser uma preocupação, mas as dores podem se intensificar e atingir principalmente as articulações das mãos, dos pés, dos tornozelos e dos joelhos.
Por fim, mais da metade dos acometidos progride para a fase crônica, que também é marcada pelos incômodos nas juntas do corpo.
"Pesquisas feitas na Índia, que também apresenta muitos casos de chikungunya, mostram que essa fase crônica pode persistir em alguns pacientes por até cinco anos", calcula o virologista Rômulo Neris, doutor em imunologia e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
E isso, claro, representa um tormento para os próprios indivíduos e para todo o sistema de saúde.
"Durante os surtos, o impacto da chikungunya é muito grande. As unidades ficam superlotadas, com aumento da demanda de atendimento em mais de 100% nas unidades de pronto-atendimento", relata Falcão.
"E uma epidemia de chikungunya agora pode ter impactos ainda mais negativos, pois estamos com os profissionais de saúde saturados pelo trabalho extenuante da pandemia de Covid-19", acrescenta.
Como você deve ter percebido nos últimos parágrafos, a dor é a principal complicação da doença. O próprio nome dela, aliás, vem do maconde, uma das línguas faladas na Tanzânia, onde a primeira epidemia foi registrada no ano de 1953.
Neste idioma, a palavra chikungunya remete a "contorcer-se" ou "dobrar-se", numa referência direta aos fortes incômodos que afetam as articulações e os músculos e fazem os pacientes ficarem encolhidos e prostrados.
E, apesar de a enfermidade ser conhecida há algumas décadas, ainda não se conhecem todos os mecanismos por trás de tanta dor meses ou até anos após a invasão viral.
"Em alguns indivíduos, até encontramos uma infecção residual no tecido que envolve as articulações. Em outros, não observamos mais nenhum vírus", conta Neris.
"É possível que esse quadro tenha algo a ver com a resposta do sistema imunológico do paciente, que acaba ficando desregulado e prejudica o próprio corpo", especula o especialista.
Mas o que explica esse novo aumento agora?
Moradora de Feira de Santana, na Bahia, a infectologista Melissa Falcão acompanhou de perto a primeira onda de chikungunya que varreu boa parte do país a partir de 2014.
"Esse vírus foi introduzido no Brasil de forma simultânea em duas cidades: Feira de Santana (BA) e Oiapoque, no Amapá", lembra.
Em 2016 e 2017, grandes surtos de chikungunya foram registrados em Pernambuco, Paraíba e Ceará.
"Mas, diferentemente do que observamos com dengue e zika, a difusão dessa terceira doença pelo país ocorreu de maneira heterogênea. Ela se espalhou rapidamente pelo Nordeste, mas teve uma disseminação mais lenta do que o esperado nas outras regiões", analisa.
Falcão lembra que o Brasil experimentou uma forte epidemia de dengue entre 2015 e 2019, o que faz com que muita gente tenha uma imunidade alta contra essa moléstia agora. Algo parecido também aconteceu com o zika: o espalhamento muito rápido e amplo da doença pelo país a partir de 2015 reduziu o número de suscetíveis mais recentemente.
Do ponto de vista da médica, essa diferença nos cenários epidemiológicos ajuda a entender por que as duas doenças (zika e dengue) passaram por uma redução em 2021, enquanto a chikungunya teve um crescimento recente nos casos, já que ainda existe um número grande de brasileiros suscetíveis a essa terceira infecção.
Vale notar que a elevação do numero de pacientes acontece no Nordeste, mas também começa a avançar por outros locais.
"Os casos de chikungunya vêm aumentando em regiões que foram poupadas anteriormente, como o Estado de São Paulo, que enfrenta desde o início de 2021 a primeira transmissão mais importante dessa doença", aponta.
Falcão observa que, em terras paulistas, a região da Baixada Santista acumula cerca de 97% dos casos registrados e que isso evidencia "um potencial de disseminação da doença para as demais regiões".
Neris acrescenta outros possíveis fatores que ajudam a entender o atual cenário.
"Precisamos considerar também a grande distribuição dos mosquitos Aedes pelas cidades brasileiras e um possível aumento na capacidade de testagem e diagnóstico dessa doença nos últimos anos", lista o virologista.
"Além disso, também precisamos de novos estudos para verificar se o vírus da chikungunya não passou por mutações ou adquiriu uma capacidade de se transmitir mais facilmente. Essa possibilidade por enquanto não passa de especulação, mas ela também precisa ser averiguada", complementa.
O que fazer agora?
Na visão dos especialistas, existem ao menos quatro grandes eixos estratégicos que podem ser reforçados para conter os casos de chikungunya nos próximos meses.
"O Governo Federal precisa incrementar ainda mais a capacidade de testagem e vigilância, monitorar os indivíduos com suspeita de infecção e oferecer tratamento de acordo com os sintomas", cita Neris.
A BBC News Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para obter um posicionamento a respeito do aumento de casos de chikungunya e quais medidas estão sendo tomadas, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
"Já estados e municípios devem reforçar as medidas para controlar o vetor da doença, o mosquito Aedes. Isso envolve a aplicação de larvicidas e inseticidas, a criação de forças-tarefa para eliminar criadouros e o trabalho dos agentes de saúde, que batem na casa das pessoas para passar as orientações de prevenção", aponta o virologista.
A ciência também tem muito a contribuir com novas soluções contra a chikungunya, como vacinas e tratamentos antivirais. Infelizmente, as pesquisas nessa área andam devagar: de acordo com o site ClinicalTrials.Gov, que reúne informações sobre testes clínicos com novos produtos, existem apenas sete estudos ativos que buscam um imunizante contra essa doença.
A título de comparação, ocorrem atualmente 534 pesquisas sobre vacinas contra a Covid-19.
"Nesse sentido, um campo que tem avançado bastante é a inoculação da bactéria Wolbacchia no Aedes aegypti. Quando presente dentro desse mosquito, esse micro-organismo impede que os vírus da dengue, do zika, do chikungunya e da febre amarela urbana se desenvolvam, contribuindo para redução dessas doenças", aponta Falcão.
As pesquisas que avaliam essa estratégia estão em andamento (inclusive no Brasil) e trouxeram resultados promissores nos últimos meses.
Por fim, existe a responsabilidade individual na prevenção de chikungunya e das outras enfermidades transmitidas pelo Aedes.
"Vale fazer o uso do repelente, que é efetivo para prevenir a picada do mosquito, que costuma estar mais ativo no início da manhã e no final da tarde", sugere a infectologista.
"A população também contribui ao eliminar os focos do mosquito nas residências. Basta verificar uma vez por semana todos os locais onde ocorre acúmulo de água parada, que serve de criadouro", aconselha.
Entre os possíveis depósitos, é importante checar desde objetos grandes, como piscinas e caixas d'água descobertas, até espaços mais apertados, como latas, tampas de garrafa pet, vasos de planta e os reservatórios de líquidos da geladeira e do ar condicionado.
BBC
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O Governo da Paraíba regulamentou os pontos facultativos dos dias 24 e 31 de dezembro, vésperas de Natal e Réveillon, em repartições públicas estaduais. A portaria com a regulamentação e outras medidas foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (16).
Os veículos usados pela administração estadual também devem ser recolhidos nesses dias, com exceção de secretarias responsáveis por serviços essenciais. Eles devem ser liberados uma hora antes dos expedientes dos dias 27 de dezembro e 3 de janeiro.
A portaria não se aplica para o uso de ambulâncias e veículos de fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda, da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social, das Polícias Civil e Militar e da Casa Militar.
g1 PB
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Nos próximos dias 22 e 29 de dezembro, mais dois ‘Dias D’ de vacinação contra a Covid-19 serão realizados na Paraíba. O objetivo é ampliar a oferta do imunizante e oferecer o acesso da vacinação à população a partir de 12 anos com a primeira dose para os que ainda não foram vacinados e melhorar as coberturas de segunda dose e doses de reforço.
A ação deve acontecer nos 223 municípios, que devem divulgar os seus próprios cronogramas com locais e horários de vacinação.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a dose de reforço estará disponível para todas as pessoas vacinadas com imunizantes da Janssen, de acordo com os seguintes critérios: uma segunda aplicação com o mesmo imunizante no intervalo mínimo de 2 meses, podendo este período ser de até 6 meses.
Já as mulheres que tomaram a Janssen previamente e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço a vacina da Pfizer.
g1 PB
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Os proprietários de motos de até 162 cilindradas, que estão com emplacamento atrasado nos últimos cinco anos, têm apenas 14 dias para garantir o perdão do IPVA na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-PB) e das taxas do Detran-PB. O prazo final para adesão o dia 30 de dezembro e não será prorrogado.
Para ter direito ao perdão do IPVA e de todas as taxas do Detran-PB dos últimos cinco anos (2016-2020), o proprietário precisa apenas efetuar o pagamento do Exercício de 2021 do IPVA de forma integral. Ou seja, o pagamento total do IPVA e das Taxas de 2021, sem parcelamento, deve ser efetuado até o dia 30 de dezembro.
Link - A Sefaz-PB disponibilizou em seu portal www.sefaz.pb.gov.br, na página principal, no menu Serviços Mais Acessados, o banner “Motos até 162 cc” o link para realizar a adesão ao benefício, que é a impressão e o pagamento do Exercício de 2021 da moto (IPVA e Taxas). O proprietário pode acessar também no link direto https://abre.ai/djbB, o benefício, que é a impressão e o pagamento do Exercício de 2021 do emplacamento completo da moto.
É importante frisar que o proprietário somente poderá acessar o link do benefício no portal da Sefaz-PB para imprimir boleto por meio de computadores do tipo desktop ou notebook. Para facilitar a emissão do boleto na opção à vista ou parcelada, o proprietário da moto precisa ter como informações prévias para adesão: o número do CPF do proprietário da moto; número da placa e também o número do Renavam.
Já para ter direito ao Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), emitido pelo Detran-PB, o proprietário precisa comprovar o pagamento do licenciamento de 2021 do veículo completo (IPVA e Taxas), regularizando, assim, a situação do proprietário perante o Estado com a sua moto.
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