As seis dezenas do concurso 2.789 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.
O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 55 milhões.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Agência Brasil
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O transporte de umidade causado pelos ventos que sopram do oceano Atlântico em direção ao continente deixa o céu com muitas nuvens especialmente na região entre o Litoral e a Serra da Borborema. No decorrer do dia, existe a possibilidade de ocorrência de chuvas fracas e pontuais no leste paraibano.
AESA
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A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (24) a parcela de outubro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 678,46. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,73 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,03 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Moradores do Rio Grande do Sul, afetados por enchentes de abril a junho, do Amazonas e do Acre, afetados pela seca, receberam o pagamento do Bolsa Família de forma unificada no último dia 18, independentemente do número do NIS. O pagamento unificado também beneficiou 62 municípios do Amazonas, 52 de Rondônia e 22 do Acre afetados pela estiagem e pela vazante dos rios, 45 municípios de São Paulo atingidos por incêndios florestais e oito municípios de Sergipe afetados por fortes chuvas.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,88 milhões de famílias estão na regra de proteção em outubro. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 371,42.
Cadastro
Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 200 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Em compensação, outras 400 mil famílias foram incluídas no programa em outubro. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.
Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta quinta-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 5. O valor subiu para R$ 104 neste mês.
Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,5 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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A França anunciou nesta quinta-feira (24) um pacote de 100 milhões de euros (cerca de R$ 614 milhões) de ajuda para o Líbano, onde Israel trava desde setembro uma guerra contra o Hezbollah, grupo extremista baseado em território libanês.
Durante o anúncio, o presidente Emmanuel Macron disse que a verba será destinada a regiões que acolheram pessoas deslocadas por conta da guerra — segundo a ONU, o conflito fez com que cerca de um milhão de moradores do Líbano tivessem de deixar suas casas, a maioria no sul do país. Outras 2.500 pessoas já morreram por conta dos bombardeios.
Com a ajuda, a França se uniu a uma série de países europeus, como Itália e Alemanha, que vêm repassando verbas ao Líbano em apoio ao país na guerra. Já os Estados Unidos, aliados da Europa, têm aumentando as ajudas a Israel.
A guerra também aprofundou a crise econômica do Líbano, que já era uma das mais severas do mundo antes do início do conflito, segundo o Banco Mundial.
A Itália anunciou nesta semana uma nova ajuda de 10 milhões de euros (R$ 61,4 milhões) ao governo libanês, e a Alemanha, na quarta-feira, comprometeu-se a fornecer mais 60 milhões de euros (R$ 368,4 milhões) para o povo libanês.
Mas a França tem buscado liderar o movimento de apoio da Europa ao Líbano, que é ex-colônia de Paris.
“No curto prazo, é necessária uma ajuda massiva para a população libanesa, tanto para os centenas de milhares de pessoas deslocadas pela guerra quanto para as comunidades que as acolhem”, disse Macron.
O presidente francês também criticou Israel por continuar suas operações militares no Líbano, "no sul, em Beirute e em outros lugares, e pelo aumento contínuo do número de vítimas civis", e reiterou seu apelo por um cessar-fogo.
A França também busca ajudar a restaurar a soberania do Líbano — o país, onde o Hezbollah efetivamente opera como um estado dentro do estado, está sem presidente há dois anos por conta de falta de acordo entre os partidos políticos.
A Organização Internacional para as Migrações disse que cerca de 800.000 pessoas estão deslocadas, muitas em abrigos superlotados, enquanto outras 200.000 fugiram pela fronteira com a Síria.
O governo libanês, com poucos recursos, está mal preparado para lidar com a crise. Vários hospitais foram evacuados devido a ataques aéreos nas proximidades e ao temor de que possam ser alvos.
Nas últimas semanas, Macron tem endurecido sua posição contra Israel e insistido por um cessar-fogo tanto no Líbano quanto em Gaza, condenando o "custo humano insuportável". Ele reiterou o apelo na segunda-feira (21) durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segundo seu Habinete.
Houve tensões recentes entre os líderes francês e israelense, especialmente depois que Macron pediu a suspensão das exportações de armas da Europa destinadas ao uso em Gaza. O presidente francês também condenou fortemente o que chamou de ataque “deliberado” de Israel a soldados de paz da ONU no sul do Líbano, algo que Israel negou.
Nesta quinta, ministros e autoridades de mais de 70 países e organizações internacionais, incluindo a União Europeia e parceiros regionais, participam de uma conferência em Paris sobre o Líbano. O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, que se encontrou com Macron na quarta-feira, também foi ao encontro.
Os franceses "estão tentando garantir que os doadores internacionais ouçam diretamente os atores no terreno no Líbano, que podem descrever melhor as necessidades mais imediatas causadas pela agressão israelense, que deslocou à força 20% da população libanesa ao longo de duas semanas", disse ela.
A França também pretende coordenar o apoio internacional para fortalecer as Forças Armadas do Líbano, de modo que possam “se posicionar de maneira mais ampla e eficiente” no sul do país, como parte de um possível acordo para encerrar a guerra. Tal acordo poderia ver o Hezbollah retirar suas forças da fronteira.
O apoio internacional pode incluir equipamentos, treinamento e ajuda financeira para contratar soldados e garantir as necessidades diárias do exército, segundo o gabinete de Macron.
O exército libanês foi duramente atingido por cinco anos de crise econômica e possui um arsenal envelhecido e sem defesas aéreas, o que o deixa sem condições de se defender contra incursões israelenses ou enfrentar o Hezbollah.
As forças libaneses têm cerca de 80.000 soldados, cerca de 5.000 deles posicionados no sul. O Hezbollah conta com mais de 100.000 combatentes, mas o arsenal do grupo militante — construído com apoio do Irã — é mais avançado.
Os participantes da conferência também discutirão como apoiar a missão de paz da ONU, a UNIFIL, que conta com 10.500 soldados. Nações europeias, incluindo França, Itália e Espanha, fornecem um terço de suas tropas.
A Itália, que tem mais de 1.000 soldados na UNIFIL, está pressionando para que a força de paz seja fortalecida, para “enfrentar a nova situação” no terreno, disse um diplomata italiano, falando anonimamente para discutir as negociações em andamento.
“O que sabemos é que, sem um exército libanês fortalecido e uma UNIFIL robusta, não pode haver paz e estabilidade sustentáveis na fronteira entre Líbano e Israel”, disse Montaz. “Como tal, os esforços franceses são importantes e cruciais para o caminho a seguir.”
Associated Press
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Uma nova ferramenta para pré-candidatos e partidos políticos pode ser incorporada ao sistema eleitoral brasileiro. Um projeto, apresentado pelo então senador André Amaral (União-PB), altera a Lei das Eleições (Lei 9.504, de 1997) para criar o Requerimento de Declaração de Elegibilidade (RDE). O RDE permite que pré-candidatos e partidos solicitem à Justiça Eleitoral uma análise sobre as condições de elegibilidade antes do período de registro oficial de candidaturas.
De acordo com o texto (PL 3.804/2024), o RDE seria uma ferramenta opcional, disponível até o prazo final das convenções partidárias, e deveria ser instruído com documentos que comprovem a elegibilidade do pré-candidato. A medida busca resolver previamente eventuais questionamentos sobre inelegibilidade, que normalmente surgem durante o processo de registro das candidaturas. Partidos políticos teriam cinco dias para impugnar a postulação, caso considerem necessário.
O autor do projeto justifica que a análise de elegibilidade atualmente se concentra no momento do registro de candidaturas, fase marcada por disputas intensas e alto número de impugnações.
"Isso muitas vezes gera insegurança jurídica e instabilidade no processo eleitoral, com candidatos disputando sub judice e resultados de eleições sendo contestados até mesmo após o pleito", destaca Amaral.
A implementação do RDE, segundo o senador, pretende proporcionar mais segurança jurídica e previsibilidade ao processo eleitoral, evitando que questões de inelegibilidade sejam tratadas durante o período de campanha. Além disso, o projeto busca reduzir a judicialização excessiva durante as eleições, de forma a garantir um ambiente político mais estável e transparente.
"A introdução do RDE contribuirá para a eficiência do processo eleitoral, promovendo maior estabilidade política e segurança jurídica. Além disso, fortalecerá os princípios de transparência e moralidade no pleito, garantindo que apenas candidatos aptos possam participar das eleições, sem o risco de terem suas candidaturas anuladas posteriormente", afirma Amaral.
O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça onde aguarda designação de relator.
Agência Senado
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Em corpo a corpo pela Presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) se reuniu nesta quarta-feira (23), em Campo Grande, com a bancada federal e com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB). A bancada do estado na Câmara é composta por oito deputados dos partidos PP, PL, PT e PSDB. Também participaram do encontro as senadoras Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP). Motta conta com o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em sua candidatura para a eleição da Mesa Diretora.
Aos colegas, Motta tem defendido uma gestão baseada no consenso, com a participação ativa dos líderes partidários e uma agenda moderada, evitando posições “radicalizadas”. Em outras reuniões, ele tem intensificado o diálogo individual com deputados e presidentes de partidos, em busca de consolidar o apoio. Além dele, Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) também estão na disputa pela presidência da Casa.
Estiveram presentes na reunião os deputados sul-mato-grossenses Dr. Luiz Ovando (PP), Geraldo Rezende (PSDB), Camila Jara (PT), Marco Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Vander Loubet (PT). Também participaram do jantar os deputados Newton Cardoso Junior (MDB-MG), Beto Pereira (PSDB-MS), Dagoberto Nogueira (PSDB-SP), Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e Dr. Luizinho (PP-RJ).
Apoio de Lira
No início da semana, Arthur Lira participou de um evento do agronegócio ao lado de Motta. Pela primeira vez desde o início da articulação para a eleição da Mesa Diretora, Lira citou nominalmente Motta ao destacar o papel dos líderes partidários na Câmara.
Embora Lira ainda não tenha anunciado oficialmente Motta como seu candidato, ele tem defendido o nome do paraibano nos bastidores e entre líderes partidários. As eleições para as novas presidências do Senado e da Câmara estão agendadas para fevereiro de 2025.
“Nosso Hugo Motta, líder do Republicanos, aqui representando um colégio que respeitamos muito na Câmara. O colégio de líderes na Câmara é imprescindível para que o trabalho chegue realmente ao que se destina, projetos de lei que modificam e asseguram segurança jurídica para quem produz”, afirmou Lira.
A eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados ganhou novos contornos em setembro, com Motta emergindo como o favorito de Lira na disputa. Anteriormente, Lira tinha indicado a aliados que defenderia a candidatura do amigo Elmar Nascimento. No entanto, o nome de Elmar enfrenta resistência tanto entre parlamentares da direita quanto da esquerda, levando Lira a apostar em um candidato mais consensual.
Aos 35 anos, Hugo Motta é médico, está no quarto mandato como deputado federal e é o atual líder do Republicanos. Embora já fosse considerado um potencial candidato à presidência da Casa, a candidatura só ganhou força após o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), abdicar da tentativa de construir uma candidatura de consenso.
Se for eleito presidente da Câmara em 1º de fevereiro de 2025, Hugo Motta será o mais jovem a ocupar o cargo desde a redemocratização. Até o momento, o mais jovem nesse cargo foi Aécio Neves, que assumiu a presidência aos 41 anos, em 2001.
R7
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O Congresso Nacional deve votar nos próximos dias as novas regras para dar mais transparência à execução das emendas parlamentares ao Orçamento. O Legislativo e o governo federal devem concluir nesta quinta (24) o projeto de lei complementar que vai regulamentar a questão. Até o fim do ano, também precisam ser aprovados o projeto das diretrizes orçamentárias e o próprio Orçamento para 2025.
Nesta quarta-feira (23), os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, reuniram-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, com o ministro do STF Flávio Dino e com o advogado-geral da União, Jorge Messias, para definir como serão as mudanças nas regras de emendas. Após o encontro, foi divulgada “Nota conjunta da reunião entre o STF, Câmara, Senado e Executivo sobre emendas parlamentares”, que informa que os Poderes Executivo e Legislativo “estão em fase de conclusão do projeto de lei complementar sobre a execução das emendas parlamentares daqui para a frente. O texto será finalizado até esta quinta-feira (24), com previsão de apreciação nas duas Casas Legislativas na próxima semana”, que vai até 1º de novembro.
De acordo com a nota, depois dessa votação, a continuidade da execução das emendas será submetida ao plenário do STF.
Na terça-feira (22), o relator do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA), já havia se reunido com o deputado Arthur Lira e com o chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Rui Costa.
Angelo Coronel acredita que o impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares será resolvido em breve, por meio do projeto de lei. Segundo ele, a proposta vai refletir o acordo entre os três Poderes em prol de mais rastreabilidade e transparência para as emendas parlamentares.
Impasse
Em agosto, o ministro Flávio Dino suspendeu a execução das emendas individuais impositivas apresentadas por deputados e senadores ao Orçamento, também chamadas de transferência especial ou "emendas pix", que totalizam cerca de R$ 8 bilhões em 2024 e são de execução obrigatória. Desde então, os três Poderes buscam consenso para definir as regras que garantam transparência, rastreabilidade e eficiência dessas emendas.
As transferências especiais são recursos que podem ser repassados diretamente, sem a necessidade de convênios. O dinheiro vai para os cofres estaduais e municipais sem finalidade definida, o que acaba dificultando sua fiscalização. É possível saber qual parlamentar indicou, mas não o que foi feito com os recursos. A regra atualmente existente apenas determina que essas emendas não podem ser usadas para pagamento de pessoal e que 70% do dinheiro tem de ser aplicado em investimentos.
Segundo Angelo Coronel, o projeto de lei com essas regras vai determinar que o ministério contemplado pela emenda deverá informar o autor, o valor liberado e o destino dos recursos. As informações serão encaminhadas para a câmara municipal da cidade, o tribunal de contas do estado e o Portal da Transparência da União, segundo o senador.
— Com isso, o próprio Poder Legislativo do estado ou municipal, que tem a prerrogativa de fiscalizar, vai estar com isso em mãos para evitar que faça fiscalização só de caráter político, muitas vezes sem ter a devida verdade — afirmou Coronel.
Transparência
Além disso, ele quer proibir a destinação dos recursos para estado que não seja o do parlamentar autor. E pretende regular também as emendas de bancadas estaduais e emendas de comissões permanentes. O senador quer que o projeto atenda aos critérios exigidos pelo STF.
De acordo com Coronel, há consenso em relação ao número de obras para as quais os parlamentares destinarão suas emendas. Cada bancada estadual poderá apresentar até dez emendas. As emendas pix deverão priorizar obras inacabadas e atendimento a calamidades. De acordo com o senador, o PLP a ser protocolado deve vetar a possibilidade de um parlamentar transferir recursos para outro estado que não seja o dele, salvo em casos que beneficiem o país inteiro, como unidades de saúde com atendimento nacional.
— Evidente que alguns não estão muito satisfeitos com essa maneira, porque tem colegas que queriam que continuasse no mesmo modus operandi, a emenda ser individualizada. Mas para atender essa solicitação do Supremo Tribunal Federal e do governo como um todo, a gente resolveu dar essa mudada para que continue a harmonia e a independência entre os Poderes — disse Coronel.
Os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Margareth Buzetti (PSD-MT) e Izalci Lucas (PL-DF) concordam que as emendas individuais impositivas que deputados e senadores apresentam ao Orçamento precisam ser integralmente transparentes.
— Eu sou totalmente favorável que as emendas sejam transparentes, que a gente tenha maior transparência em tudo que seja indicado para os municípios, para o estado; é isso que nós precisamos — disse a senadora.
Otto Alencar ressaltou que não apenas essa votação é urgente, mas também as votações da LDO e da LOA de 2025. Ele reconheceu, porém, que o calendário até o fim de 2024 está apertado. Izalci disse esperar que o impasse sobre as emendas seja resolvido em breve.
— A gente tem que defender sempre a transparência, óbvio. (...) As emendas têm que ter muita transparência e nós defendemos isso. Defendemos também que quem sabe onde deve ser aplicado são os parlamentares, eles que estão lá na ponta e sabem as necessidades da população, não os burocratas que ficam em gabinetes. Deverá nascer um acordo e devemos aprovar um projeto de lei dando mais transparência, como o Supremo deveria ser mais transparente também — disse Izalci.
LDO e LOA
As decisões do STF sobre emendas impactam também a tramitação das peças orçamentárias anuais. LDO e LOA terão que se adaptar ao acordo em relação às novas regras para emendas parlamentares. A LDO para 2025 (PLN 3/2024) está pendente de votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) até agora; ela deveria ter sido votada antes de 17 de julho, como manda a Constituição. O relator é o senador Confúcio Moura (MDB-RO). O presidente da CMO é o deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI).
Em junho, Confúcio apresentou seu relatório preliminar à LDO 2025. Ele incluiu entre as prioridades para seleção de emendas parlamentares as ações de prevenção contra eventos climáticos extremos e de mitigação dos seus efeitos. As outras propostas de emendas que terão prioridade são as que tratem de ações estabelecidas pelo Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 e as que se refiram a projetos em execução. Essas emendas vão compor um anexo da LDO, o Anexo de Metas e Prioridades, que orienta a elaboração do Orçamento de 2025.
Confúcio estabelece que os parlamentares poderão apresentar até duas emendas por bancada estadual, duas emendas por comissão permanente do Senado e da Câmara e uma emenda individual. “Somente serão admitidas emendas de comissão permanente do Senado Federal e da Câmara dos Deputados que estejam acompanhadas da ata da reunião em que se decidiu por sua apresentação e sejam restritas às competências regimentais da comissão”, diz o relatório.
O relator sugere ainda que, para o relatório final, sejam acolhidas até duas ações por bancada, até duas ações de interesse nacional por comissão permanente e até 15 ações propostas de maneira individual pelos parlamentares. Serão considerados o mérito e a frequência das apresentações. Mas essas regras ainda não foram aprovadas pela CMO e podem ser alteradas no relatório final, a depender das negociações sobre as regras das emendas.
O projeto da LOA 2025 (PLN 26/2024) também está pendente de votação na CMO e precisa ser aprovado até o final do ano. A proposta estima que o salário mínimo deve alcançar R$ 1.509 no próximo ano, um aumento de 6,87% em relação aos atuais R$ 1.412. A expectativa do Poder Executivo é de um crescimento de 2,64% do PIB, inflação acumulada de 3,3% e taxa de juros média de 9,61% em 2025. A matéria prevê meta de resultado primário zero e cumprimento dos pisos de saúde, educação e investimento (leia mais abaixo). O valor previsto para o programa Bolsa Família é de R$ 167,2 bilhões.
— Deus queira que a gente vote o Orçamento até o dia 19 de dezembro, que é o último dia antes do recesso parlamentar. Estamos com a LDO ainda sem ser apreciada. (...) Eu só posso pegar no Orçamento depois que resolver o problema do Supremo. E se não resolver, não tem por que ter Orçamento. (...) A LDO tem que ser votada antes da LOA — disse Coronel.
De acordo com o projeto da LOA 2025, o total das emendas parlamentares impositivas (individuais e de comissão) poderão chegar a R$ 40 bilhões no próximo ano. Em 2024, as emendas estão em torno de R$ 30 bilhões.
Aprenda mais sobre o orçamento público no Orçamento Fácil, no site sobre Orçamento do Senado, no site da Câmara sobre o Orçamento da União e no site Orçamento em Números do Ministério do Planejamento.
Agência Senado
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Foi lançada nesta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista dos Correspondentes Bancários. O objetivo é reunir deputados e senadores de diversos partidos para discutir temas como a ampliação da oferta de serviços financeiros no País e os interesses dos correspondentes bancários.
Os correspondentes bancários são empresas que prestam serviços bancários em nome de bancos. Eles atuam como intermediários entre as instituições financeiras e os clientes, facilitando o acesso a produtos como saques, depósitos e pagamentos, principalmente em áreas onde não há agências bancárias.
Presidente da frente parlamentar, o deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG) afirmou que entre os temas a serem discutidos está a regulamentação do setor, que, segundo ele, atualmente sujeita os correspondentes às regras impostas pelas instituições financeiras.
“Esse é um segmento muito forte, um segmento que está pulverizado no Brasil inteiro e, sobretudo, nos pequenos e médios municípios. Eu sou de Minas Gerais, onde temos 853 municípios e 90% deles são pequenos e médios, que não têm uma agência bancária dos grandes bancos, mas estão lá os correspondentes bancários”, afirmou.
Faria afirmou ainda que o crescimento do segmento dos correspondentes bancários favorece o acesso ao crédito. “Sem dúvida nenhuma, as pessoas, principalmente aqueles com poder aquisitivo menor, passam a ter acesso direto ao crédito”, acrescentou.
Correspondentes
Os correspondentes bancários podem ser encontrados em estabelecimentos como lotéricas, agências dos Correios, lojas de conveniência e redes de supermercados e farmácias. Para ser um correspondente bancário, a empresa precisa ser aprovada pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Agência Câmara
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O Botafogo mostrou sua melhor versão no segundo tempo do jogo da noite desta quarta-feira no Nilton Santos para construir uma goleada histórica, por 5 a 0, sobre o Peñarol, na ida da semifinal da Libertadores. Vitória que deixa o Alvinegro muito perto de uma vaga na decisão do torneio. Destaque para a grande atuação de Luiz Henrique, que conseguiu desarmar a retranca uruguaia, e Savarino, autor de dois gols.
Atrasos, confusões e racismo
A delegação do Peñarol chegou ao local da partida faltando apenas uma hora para a bola rolar. Representantes do clube culparam a logística que a Polícia Militar planejou para a chegada do time. Também relataram atos de vandalismo da torcida do Botafogo no trajeto, como tentativas de atirar pedras e garrafas. Em dado momento, a PM teve de intervir com gás de pimenta. Ao fim do jogo, mais confusões foram registradas, desta vez dentro do estádio, com embate entre torcedores do Peñarol e policiais.
Primeiro tempo
O Peñarol começou a partida sendo um pouco mais perigoso, apostando em bolas aéreas e lances em profundidade, que fizeram a defesa do Botafogo trabalhar. Aos poucos, o time da casa passou a controlar a posse de bola, enquanto os uruguaios recuaram e abdicaram de atacar. O cenário, porém, não se traduziu em domínio do Alvinegro. A equipe de Artur Jorge tentava trocar passes na frente da área do Peñarol, buscava espaços mas tinha muita dificuldade de se infiltrar. Outra obstáculo alvinegro foi na parte psicológica. Os carboneros cavaram muitas faltas, provocaram e tentaram ganhar tempo nas bolas paradas. Apenas nos minutos finais, os Botafogo conseguiu aumentar a intensidade e velocidade no ataque e chegou com perigo com chutes de média distância. Destaque para finalização de Luiz Henrique que exigiu boa defesa de Aguerre.
Segundo tempo
O Alvinegro voltou ao segundo tempo impondo um ritmo intenso desde o início. Logo no primeiro minuto, Savarino recebeu na entrada da área e soltou uma bomba, que obrigou Aguerre a fazer grande defesa. Aos cinco, o gol saiu. Luiz Henrique conseguiu ótimo passe para o venezuelano bater na saída do goleiro. O gol desestabilizou o time visitante, que passou a dar muitos espaços na frente de sua área. Instantes depois, após escanteio, Igor Jesus passou para Barboza amplicar. E o Botafogo não deixava o Peñarol respirar. Na sequência, Luiz Henrique começou mais uma jogada e passou para Vitinho, que deu assistência para mais um gol de Savarino. O técnico Diego Aguirre fez algumas mudanças em sua equipe e tentou fazer com que seus jogadores segurassem mais a bola. Mas o posicionamento mais avançado foi ingrediente ideal para o Alvinegro ampliar o placar. Aos 27, foi a vez de Luiz Henrique aproveitar sobra de Igor Jesus e encobrir Aguerre. Seis minutos depois, Igor Jesus deixou o seu, após o goleiro rebater finalização de Almada. Na reta final, Léo Fernández assustou em cobrança de falta, que fez John se atrapalhar. Sem mais sustos, o Botafogo deixou o campo com um recital de futebol que encaminhou um lugar na grande decisão da Libertadores.
Agenda
O jogo da volta contra o Peñarol está marcado para a próxima quarta, dia 30, às 21h30, no Campeón del Siglo. O Botafogo poderá perder por até quatro gols de diferença e, ainda assim, assegurar a vaga.
No sábado, será a vez de o Botafogo defender a liderança no Brasileiro, diante do Bragantino, às 19h, no Nabi Abi Chedid.
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