Abril 19, 2025
Arimatea

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O Ministério da Saúde estima que 135 mil brasileiros vivem com HIV sem saber. Na maioria dos casos, o vírus causador da aids não apresenta sintomas. Apesar disso, pode ser transmitido poucas horas após o contágio, segundo o infectologista Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, membro da diretoria da Sociedade Paulista de Infectologia.

“É uma infecção assintomática. A maior parte [das pessoas] só vai descobrir se fizer o exame para detecção do HIV”, afirma Stanislau. “Se alguém não fez o exame, pode ser que o quadro evolua depois de anos e a doença [aids] se manifeste”, completa.

Todos que têm vida sexual ativa podem estar expostos ao vírus. “A falta de conhecimento, o fato de não se julgar vulnerável e o medo de descobrir que tem HIV” são o que fazem com que as pessoas vivam tanto tempo com o vírus sem saber, afirma o especialista.

Ele ressalta que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais rápido será o tratamento e, assim, é possível dar mais qualidade de vida à pessoa.

A infecção por HIV cresce mais entre os jovens. A maioria ocorre na entre os 20 e 34 anos de idade, segundo o ministério: 18,2 mil novos casos registrados em 2018 foram nessa faixa etária – o total de notificações foi de 43,9 mil.

“Eles são vítimas dessa falta de informação. A maneira mais correta de combater [HIV/aids] é falar sobre educação sexual”, alerta Stanislau.

Existem várias maneiras de diagnosticar a infecção. Uma delas é o teste anti-HIV, que detecta a presença de anticorpos contra o vírus e é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Ele é feito a partir da coleta de sangue ou de fluídos orais – existem testes rápidos, com resultado em cerca de 30 minutos.

“O exame de sorologia a partir da saliva pode até ser feito em casa. Mas sempre é obrigatório repetir o teste. Existe um fluxo de diagnóstico estabelecido pelo ministério que exige dois exames”, esclarece o infectologista.

Em qualquer caso, a infecção por HIV pode ser diagnosticada em, pelo menos, 30 dias, esse é o período de duração da janela imunológica – tempo decorrido entre a exposição ao vírus e a produção de anticorpos.

Os medicamentos antirretrovirais – que tratam a aids e o HIV – também são distribuídos pelo SUS. Eles têm a capacidade de neutralizar os efeitos do vírus e torna-lo intransmissível.

“O remédio bloqueia o vírus e preserva a imunidade do paciente. Então, a circulação é interrompida. Por isso, é importante tratar”, destaca o infectologista.

“A primeira coisa [a ser feita ao saber do diagnóstico] é manter a calma e procurar um médico; o encaminhamento é feito na própria unidade de saúde. Com tratamento, há grande chance de levar uma vida normal”, acrescenta.

Além da camisinha, existem medicamentos feitos para tratar o HIV que também podem prevenir a infecção. São as chamadas profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP).

“O ideal é tomar o remédio no intervalo de no máximo duas horas após a relação, mas o limite é 72 horas”, diz o especialista.

R7
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Falta menos de um mês para o Natal, época do ano em costumamos comer mais (e em lugares incomuns). Por isso, devemos estar atentos às alergias que alguns tipos de alimentos podem causar.

Nozes, frutas e frutos do mar são as principais causas de alergias alimentares entre adultos, enquanto leite, ovos e peixes são os alimentos que criam mais problemas entre crianças de 0 a 2 anos

"É importante saber que a reação alérgica não depende da quantidade ingerida, mas da sensibilidade do paciente a esse alimento", sublinham especialistas do Departamento de Alergologia da Clínica da Universidade de Navarra.

“Alergia alimentar é mais comum em pessoas de famílias com alergias, embora possam ser outros tipos de alergias (eczema, asma, rinite). Também é mais comum em crianças do que em adultos ”, diz a Fundação Espanhola do Sistema Digestivo.

Quando mudamos nossos hábitos em decorrência de celebrações e reuniões, podemos ter algum problema e, sem saber, sofrer algum tipo de alergia alimentar.
As pessoas que sofrem de alergias alimentares apresentam sintomas ao ingerir certos alimentos, porque seu corpo desenvolveu um tipo de anticorpos chamado imunoglobulina E (IgE) contra qualquer proteína que esses produtos contenham.

“Para que a IgE seja produzida contra alimentos, a pessoa deve ter ingerido [o causador da alergia] em alguma ocasião anterior (fase de sensibilização), embora isso nem sempre seja lembrado”, destacam os especialistas da Fead (Fundação Espanhola do Sistema Digestivo).

Em crianças pequenas, a alergia a um alimento pode desaparecer com o tempo e permitir que elas o ingiram novamente. Isso ocorre, acima de tudo, com leite e ovo. Porém, após 5 anos, as chances de tolerar um alimento para o qual a criança é sensibilizada diminuem, afirmam os especialistas do Departamento de Alergologia da Clínica da Universidade de Navarra, na Espanha.

É possível, segundo os especialistas, “ter sintomas com quantidades muito pequenas de alimentos (vestígios) que podem ser encontrados inesperadamente, mesmo como contaminantes”.

Sintomas múltiplos
Quando uma pessoa é sensibilizada, ou seja, produziu IgE contra um alimento, ela apresenta sintomas toda vez que o digere.

Esses sintomas podem ser muito variados. “Os mais frequentes são: prurido na boca, inchaço dos lábios ou língua, náusea, vômito ou diarreia, prurido ou urticária generalizada, inchaço das pálpebras, rinite (prurido, espirros, congestão nasal), asma (tosse, asfixia e pitos ou chiado no peito), tontura, queda de tensão e perda de consciência ”, descrevem os especialistas da Fundação Espanhola do Sistema Digestivo.

“Quando os sintomas aparecem na pele e nas mucosas, juntamente com rinite, asma ou sintomas digestivos, a reação é considerada generalizada e é chamada de anafilaxia. Além disso, se houver uma queda na pressão arterial, isso é chamado de choque ou choque anafilático. Essa reação é séria e, embora seja extremamente rara, há casos de morte ”, dizem eles.

Diagnóstico
Para diagnosticar uma alergia alimentar, o médico alergista faz um histórico detalhado que inclui o tipo de sintoma, o tempo decorrido entre a ingestão e o aparecimento destes, a quantidade de alimentos consumidos e sua preparação culinária, além de outros fatores associados — por exemplo, prática de exercício físico ou uso de medicamentos.

Primeiro, o médico fará ao paciente perguntas diferentes sobre os sintomas, a frequência das reações e outros problemas.

Em seguida, são feitos certos testes, como um exame de sangue ou um teste de picada.

"O teste de picada, ou teste intraepidérmico, consiste na aplicação na superfície cutânea de uma pequena quantidade de extrato alergênico (geralmente uma gota) na qual uma punção leve é realizada com uma lanceta de ponta curta", detalha a Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica.

O objetivo é observar se ocorre ou não uma reação cutânea e se é especialmente significativa ou leve.

Mas se os resultados do exame de sangue ou picada não forem decisivos, o alergista pode decidir fazer um teste de exposição ou provocação, que consiste em administrar o alimento suspeito e observar o paciente.

"É o último recurso no diagnóstico alergológico e geralmente é um procedimento necessário para esclarecer um diagnóstico de suspeita", diz a Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica.

Como as alergias alimentares podem desencadear reações graves, esse teste deve ser realizado "sempre sob supervisão médica e em um hospital", diz a Fundação Espanhola do Sistema Digestivo.

"É importante que, em caso de suspeita de alergia alimentar, o alergista seja consultado para fazer um diagnóstico preciso que evite dietas excessivamente restritivas e garanta a detecção de todas as alergias relevantes", destaca essa entidade.

EFE
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As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) poderão ser feitas de 21 a 24 de janeiro de 2020. O calendário do processo seletivo do primeiro semestre do ano que vem foi divulgado pelo Ministério da Educaçaõ (MEC) no Diário Oficial da União.

O resultado da seleção será divulgado no dia 28 de janeiro e a matrícula dos selecionados deverá ser feita de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. Aqueles que não forem selecionados poderão participar da lista de espera também entre os dias 29 de janeiro e 4 de fevereiro.

O Sisu oferece vagas em instituições públicas de ensino superior. A seleção é feita com base no desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para participar é preciso ter obtido nota acima de 0 na redação do exame.

Para o primeiro semestre de 2020 valerão as notas do Enem 2019. Os resultados das provas, que foram aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro serão divulgados em janeiro na Página do Participante e no aplicativo do Enem. Para acessar, é preciso informar CPF e senha. Ao todo, 3,9 milhões de candidatos participaram de pelo menos um dia de prova do Enem.

As regras e a quantidade de vagas que serão oferecidas no ano que vem pelo Sisu ainda não foram divulgadas.

No primeiro semestre deste ano, foram ofertadas 235,5 mil vagas em 129 instituições públicas de todo o país.

Agência Brasil
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A inclusão de mais estudantes nas escolas brasileiras pode ter influenciado na nota do país no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), diz a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pela avaliação. De acordo com Camila Lima de Moraes, especialista em Educação da OCDE, manter o desempenho nesse cenário de expansão de oportunidades educacionais é uma vitória para o país.

“Quando [o Brasil] inclui, em 2003, estudantes que já teriam saído e que agora estão na escola, eles tendem a ter desempenho pior e a diminuir a média [do país no Pisa]. Um cenário em que o país consegue manter o mesmo nível é uma vitória em si mesma”, afirma Camila.

O Pisa, que é aplicado de três em três anos, é referência mundial. No ano passado, foi aplicado a 600 mil estudantes de 15 anos de 79 países e regiões. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas, que medem as competências em leitura, matemática e ciências. Além disso, a critério dos países participantes, as provas podem medir ainda o desempenho em competência financeira e resolução colaborativa de problemas.

Os resultados do ano passado, divulgados nesta terça-feira (3), mostram que o Brasil avançou alguns pontos em relação a 2015, mas que mantém um cenário de estagnação do desempenho desde 2009.

Para Camila, que na manhã de hoje, participou de webinário com jornalistas, a análise do resultado precisa levar em consideração a inclusão e a permanência de estudantes nos sistemas de ensino. Conforme os dados do Pisa, a partir de 2000, o Brasil incluiu mais estudantes nas escolas. Entre 2003 e 2012, o país garantiu a permanência de mais de 500 mil estudantes de 15 anos nos sistemas de ensino.

"Podemos assumir que os que estavam na escola estavam indo melhor e os que não estavam [indo bem], não estavam na escola", diz Camila, ressalta a especialista em educação. "[E isso] pode mascarar eventuais melhoras", acrescenta Camila.

Os resultados mostram que o Brasil está entre os países com pior desempenho na avaliação internacional. No Brasil, cerca de 43% do estudantes estão abaixo do nível 2, considerado a proficiência mínima pela OCDE, tanto em leitura quanto em matemática e ciências. Entre os países da OCDE, a média é de 13,4% com esse desempenho.

Na avaliação, o Brasil ficou no 57ª lugar entre os 77 países e regiões com notas disponíveis em leitura. O país ocupou a 70ª posição em matemática e a 64ª posição em ciências, junto com o Peru e a Argentina, em um ranking com 78 países. China e Singapura lideram a classificação nas três disciplinas.Nas três disciplinas, o Brasil fica atrás de países latino-americanos como Costa Rica, Chile e México, mas supera a Colômbia e o Peru em leitura e a Argentina. em leitura e matemática.

Educação brasileira
Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a educação brasileira precisa de investimento para oferecer educação de qualidade. “O Brasil, há muito tempo não consegue avançar, não tem feito a lição de casa, não tem investido nos professores. Os nossos alunos custam três vezes menos que os de países desenvolvidos. A escola pública brasileira tira leite de pedra”, diz.

Segundo Cara, os resultados do Pisa não podem servir para atacar as escolas públicas e devem ser um alerta para a necessidade de cumprimento da legislação vigente, como o Plano Nacional de Educação (PNE), que define as metas para serem cumpridas para a educação no Brasil até 2024, e a Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, que estabelece o salário inicial dos professores das escolas públicas. Este ano, o salário foi reajustado para R$ 2.557,74 mensais.

Já o movimento Todos pela Educação afirma que os resultados mostram que os professores são chave para a melhora educacional. “Observando os países mais bem posicionados na avaliação do Pisa, sabemos que eles têm diferenças culturais e tiveram diferentes trajetórias em sua educação. Mas um elemento é comum a todos: o alto grau de profissionalização e prestígio da carreira dos professores.”

De acordo com o Todos pela Educação, isso significa uma alta atratividade da carreira para jovens de alto desempenho no ensino médio, uma rigorosa formação para a profissão e, durante a trajetória profissional, uma estrutura de desenvolvimento contínuo e apoio aos docentes voltada para a melhora da prática pedagógica.

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos.

Agência Brasil
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O Comitê Judiciário da Câmara de Representantes dos Estados Unidos começou, nesta quarta-feira (4), um debate jurídico para determinar se as ações do presidente Donald Trump podem ser punidas com impeachment.

Os membros do comitê - a maioria do Partido Democrata, rival de Trump - ouvem especialistas na Constituição americana para determinar se vão ou não recomendar o impeachment do presidente.

Os Republicanos, apesar de serem minoria no comitê, podem usar procedimentos parlamentares para retardar os procedimentos.

Os Democratas pediram um inquérito de impeachment porque Trump pediu ao presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, para investigar seu rival político, Joe Biden, que concorre às eleições presidenciais do ano que vem nos Estados Unidos.

Quatro juristas - 3 escolhidos pelos Democratas e 1 pelos Republicanos - serão ouvidos em audiência nesta quarta (4):

  • Pamela Karlan, professora da Universidade de Stanford (escolhida pelos Democratas);
  • Noah Feldman, professor de Harvard (escolhido pelos Democratas);
  • Michael Gerhardt, professor da Universidade da Carolina do Norte (escolhido pelos Democratas);
  • Jonathan Turley, professor da Universidade George Washington (escolhido pelos Republicanos).

Os três especialistas convidados pelos Democratas argumentaram, em documentos submetidos ao comitê, a favor do impeachment. O especialista levado pelos Republicanos argumentou contra o procedimento.

Veja o que eles disseram até agora, segundo o jornal americano "The New York Times":

Pamela Karlan, Stanford (escolhida pelos Democratas)

“Um candidato a presidente deve resistir à interferência estrangeira em nossas eleições, e não exigi-la. Se quisermos manter a fé na Constituição e em nossa República, o presidente Trump deve ser responsabilizado", afirmou Karlan.

Noah Feldman, Harvard (escolhido pelos Democratas)

"O presidente Trump cometeu altos crimes e contravenções por abusar de forma corrupta do cargo da Presidência", disse Feldman. "Especificamente, o presidente Trump abusou de seu cargo ao solicitar, de forma corruputa, que o presidente Volodymyr Zelensky anunciasse investigações de seus rivais políticos a fim de obter vantagem pessoal, inclusive nas eleições presidenciais de 2020".

Michael Gerhardt, Universidade da Carolina do Norte (escolhido pelos Democratas)

"Se não for controlado, o presidente provavelmente continuará seu padrão de solicitar interferência estrangeira em seu nome na próxima eleição", escreveu Gerhardt no documento submetido ao comitê, acrescentando que as ações de Trump "são piores do que a má conduta de qualquer presidente anterior".

Jonathan Turley, Universidade George Washington (escolhido pelos Republicanos)

Único especialista a discordar de um possível impeachment, Turley escreveu no documento submetido ao comitê que não apoia Trump, e que a questão da Ucrânia merecia investigação. Mas, afirmou, o caso trazido pelos Democratas é "desleixado" e prematuro.

"Estou preocupado em reduzir os padrões de impeachment para atender a uma escassez de evidências e uma abundância de raiva", disse Turley. "Se a Câmara prosseguir apenas com as alegações sobre a Ucrânia, esse impeachment se destacaria entre os impeachments modernos como o processo mais curto, com o menor registro probatório e os motivos mais limitados já usados para destituir um presidente."

G1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (4) que o premiê do Canadá, Justin Trudeau, "tem duas caras" ao comentar um vídeo feito no Palácio de Buckingham, em Londres, em que ele aparenta estar rindo do americano.

O canadense aparece ao lado de governantes do Reino Unido, França e Holanda comentando as longas aparições de Trump à imprensa na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que acontece em Watford, nos arredores de Londres.

O incidente, que aconteceu na terça-feira (3) e foi divulgado nesta quarta, ocorre no momento em que a organização celebra seu 70º aniversário e tenta dar sinais de unidade.

Ao comentar o vídeo, logo após dizer que o canadense tem duas caras, Trump também afirmou que Trudeau provavelmente ficou chateado por ele ter pedido mais contribuições financeiras para Otan.

"Acho que ele é um cara muito legal, mas você sabe que a verdade é que eu o cobrei pelo fato de que o Canadá não está contribuindo com 2% [do seu PIB para a Otan] e posso ver que ele não está muito feliz com isso", declarou Trump.

Diálogo
As imagens, filmadas pelo anfitrião britânico na noite de terça-feira (3), foram divulgadas com legenda pela rede de televisão canadense CBC, segundo a France Presse.

Nelas, pode-se escutar o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, perguntando ao presidente francês, Emmanuel Macron: "Foi por isso que chegou tarde?".

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, intervém: "Chegou tarde porque sua coletiva de imprensa durou 40 minutos".

No começo da terça-feira, a reunião bilateral entre Macron e Trump foi precedida por uma longa atenção à imprensa, quando os líderes demonstraram publicamente suas divergências sobre a estratégia da Otan e sobre comércio.

No vídeo, Macron parece contar uma piada sobre o encontro, diante dos olhares da princesa Anne e do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, mas o francês vira de costas para a câmera e suas palavras não podem mais ser ouvidas.

"Oh, sim, sim, anunciou...", reage Trudeau em um tom brincalhão, acrescentando: "Você acaba vendo sua equipe boquiaberta".
Como na reunião da Otan do ano passado, Trump quebrou o protocolo da cúpula e usou suas aparições públicas com aliados para responder a dezenas de perguntas dos jornalistas.

O dirigente americano classificou de "insultantes" as críticas de Macron sobre a morte cerebral da Otan, criticou novamente os países europeus por não gastarem os suficiente e a investigação pela qual ele poderá sofrer um impeachment.

Aumento da contribuição
A exigência de Washington para que os outros membros da Aliança aumentem seus gastos militares são constantes desde a presidência de Barack Obama, protagonizou as cúpulas em Bruxelas em 2017. Em 2018, Donald Trump voltou a insistir nessa meta.

O secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, tem se esforçado nos últimos dias para convencer Trump de que o Canadá e os aliados europeus cumprirão seu compromisso de atingir 2% do PIB nacional em gastos militares até 2024, como prometeram na cúpula de Gales em 2014.

O presidente americano elogiou esses esforços dos países-membros em uma reunião com o secretário-geral, mas acredita que os processos para aumento nos investimentos estão "morosos".

Apesar das divergências entre os aliados e a ameaça da Turquia de vetar qualquer decisão, os líderes da Otan adotaram nesta quarta uma declaração conjunta por ocasião da 70º aniversário da Aliança Atlântica.

G1
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O papa Francisco aceitou nesta quarta-feira (4) a renúncia de Richard Malone , bispo de Buffalo, nos Estados Unidos, que foi criticado pelos seus próprios subordinados e pelo público pela maneira como ele gerenciou denúncias de abuso sexual de padres.

O Vaticano emitiu um comunicado curto sobre a renúncia. O papa designou um outro bispo, Edward Scharfenberger, para a diocese, de forma permanente, até encontrar um substituto.

O Vaticano não disse por que Malone, 73, renunciou dois anos antes de chegar à idade de 75, em que a aposentadoria é compulsória.

No entanto, o Vaticano conduziu uma investigação recente na região oeste do estado de Nova York e como Malone administrou os casos de abusos.

A diocese foi nomeada em mais de 220 processos judiciais recentes de pessoas que alegam terem sido abusadas sexualmente por padres.
Muitas das alegações são referentes a denúncias antigas, que têm mais décadas. Malone chegou a Buffalo em 2012. Os críticos dizem, no entanto, que houve deslizes recentes dele.

Malone reintegrou um padre que havia sido suspenso por escrever “eu te amo” no perfil de rede social de um menino que está na oitava série.

Depois, o bispo apoiou o mesmo padre para um trabalho como chapelão em um cruzeiro, mesmo depois de ele ter feito avanços indesejados na direção de homens jovens.

Admitiu erros, mas se recusou a renunciar
O bispo admitiu que errou em casos em que havia jovens adultos vítimas, mas ele tinha se recusado a renunciar, mesmo com mais pressão para isso.

Nos últimos 12 meses, dois membros da equipe de Malone foram a público expressar suas preocupações em relação à liderança dele, incluindo seu ex-secretário, o reverendo Ryszard Biernat, que havia feito gravações secretas do bispo em que ele chamava um padre de um “cachorrinho doente”, mas sem destituí-lo.

O assistente executivo, Siobhan O’Connor, vazou documentos internos da Igreja depois que Malone omitiu dúzias de nomes de uma lista de padres que enfrentavam alegações de abuso.

Em setembro, um grupo de católicos leigos que estavam cooperando com Malone pediram para que ele renunciasse.

Um padre da diocese pediu assinaturas para um abaixo-assinado em que as pessoas afirmavam que não confiavam em Malone.

O Vaticano fez um inquérito a respeito da diocese de Buffalo. O bispo Nicholas DiMarzio, que ficou responsável pela investigação, disse que entrevistou cerca de 80 pessoas e fez três viagens.

O relatório não foi tornado público.

Entre aqueles que pediram a renúncia de Malone está o ex-diretor de um seminário. Em uma carta, ele disse que a forma como a diocese gerenciou os casos de abusos é “nojenta e revoltante”, além de ter levantado dúvidas a respeito das práticas acadêmicas da instituição.

Pagamentos de R$ 75,6 milhões
Em abril, Malone suspendeu três padres depois que vários seminaristas reclamaram que os homens mais velhos os sujeitavam a discussões de teor sexual ofensivas durante uma festa.

Malone havia dito, no passado, que queria ser parte da renovação da diocese.

A Igreja fez pagamentos de mais de US$ 18 milhões (cerca de R$ 75,6 milhões) a mais de cem vítimas por um programa de compensações no ano passado.

Desde agosto, ela tem sido citada em uma onda de processos no estado de Nova York –uma lei estadual suspendeu a prescrição e abriu uma janela de um ano para que as vítimas possam pedir compensações independentemente de quando foi cometido o abuso.

Associated Press
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O Irã está disposto a dialogar com o governo dos Estados Unidos, no âmbito multilateral, caso Washington suspenda as sanções que foram restabelecidas contra a República Islâmica desde a saída americana do acordo internacional sobre o programa nuclear de Teerã, afirmou o presidente iraniano.

"Se estiverem dispostos a deixar de lado as sanções, nós estamos prontos para dialogar e negociar, inclusive nas esfera dos líderes dos países do grupo 5+1", afirmou Hassan Rohani, em referência aos seis países (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China + Alemanha) que assinaram o acordo de 2015 com o Irã.

Em um discurso exibido pela televisão estatal, Rohani disse que fez "explicitamente" a oferta há algum tempo.

"Estamos sob sanções. Esta situação não é nossa culpa, e sim o resultado de um ato cruel da Casa Branca", declarou Roahni.

"Não temos outra opção a não ser a resistência e a perseverança contra os que nos impõem sanções. Ao mesmo tempo não fechamos a porta porta a negociações", completou o presidente iraniano.

"Eu digo à nação iraniana que a qualquer momento, se o governo dos Estados Unidos estiver disposto a suspender e deixar de lado suas sanções injustas, cruéis, ilegais, inapropriadas e terroristas, os dirigentes do 5+1 podem se reunir e nós não vemos nenhum inconveniente em participar", afirmou Rohani.

Impacto das sanções
A economia iraniana sofre um duro impacto das sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após retirar o seu país do Acordo Nuclear de 2015.

As medidas levaram ao colapso das exportações de petróleo do Irã, à desvalorização do rial (moeda local) e ao aumento dos preços de itens básicos.

Em novembro, o governo anunciou um aumento de 50% no preço da gasolina, limitado a 60 litros por mês — além de um reajuste de 300% para os litros adicionais.

Rouhani afirmou que tomou a decisão foi tomada "em prol do interesse público" e que o dinheiro gerado seria distribuído entre a população mais pobre. Porém, não conseguiu conter uma onda de protestos que já deixou mais de 200 mortos, de acordo com a Anistia Internacional. O governo nega esse balanço.

G1
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Estados e municípios têm até o dia 31 de julho de 2020 para fazer adequações aos seus sistemas previdenciários previstas na reforma promulgada pelo Congresso Nacional. A portaria que fixa o prazo e orienta as mudanças necessárias foi publicada nesta quarta-feira (4) no "Diário Oficial da União".

O secretário-adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira, informou que a reforma de Previdência aprovada pelo Congresso já traz algumas medidas para estados e municípios.

O texto promulgado em novembro inclui, por exemplo, o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária de servidores. Além disso, os entes terão até dois anos para instituir um regime complementar de previdência para os servidores públicos.

De acordo com o secretário-adjunto, as alterações nas respectivas leis devem ser aprovadas por estados e municípios até 31 de julho. Após essa data, os entes terão até 90 dias pra implementá-las.

Nogueira explica que vários dispositivos da reforma da Previdência já se aplicam a estados e municípios, como a criação de um regime de previdência complementar em dois anos, a adequação das alíquotas de contribuição e do órgão gestor do regime de aposentadorias.

O secretário-adjunto lembra que grande parte das alterações nas regras de aposentadorias dos estados e municípios foi incluída na chamada PEC Paralela, que permite a adesão pelos entes às novas regras previdenciárias da União mediante aprovação de lei complementar pelas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

“Aquilo que ficou de fora [da reforma da Previdência], e é uma parte importante, são as regras de aposentadoria e pensão de morte, assim como idade mínima, regras de concessão e cálculo dos benefícios", explica Nogueira.

Segundo o secretário-adjunto, a maioria dos estados cobra, atualmente, uma alíquota previdenciária de 11% de seus servidores.

Com a mudança, os entes terão de subir para, no mínimo, 14%, sem a obrigação de adotar a tabela progressiva que vale para os servidores da União. No caso da União, a alíquota varia de 7,5% a 22% – conforme o salário do servidor.

Se as leis não forem aprovadas e implementadas, os estados e municípios ficam sem o chamado “certificado de regularidade previdenciária” e ficam sem transferências voluntárias de recursos pela União (exceção de FPM e FPE, que são obrigatórias e concentram a maior parte dos repasses aos entes).

As transferências voluntárias são feitas pela União por meio de cooperação, auxílio ou assistência financeira. O repasse não pode ser fruto de determinação constitucional ou legal, ou ser destinado ao Sistema Único de Saúde.

Sem o certificado, estados e municípios também não conseguem aval do Tesouro Nacional para a tomada de empréstimos.

Compreende a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional ou legal ou se destine ao Sistema Único de Saúde.

G1
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O preço da arroba do boi gordo recuou 5,14% nos primeiros dias de dezembro, com duas baixas seguidas após máximas históricas no Brasil, com as cotações sendo pressionadas por consumidores que estão buscando opções de carne mais barata, informou nesta terça-feira (3) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea).

A cotação no mercado físico paulista apresentou recuo de 3,67%, a R$ 219,45 por arroba (equivalente a 15 kg), segundo indicador Esalq/B3, apurado pelo Cepea.

Na segunda-feira (2), o preço da arroba caiu 1,53%, após máxima histórica de 231,35 reais no último dia útil de novembro, acumulando alta de 35,5% no mês passado.

"Quando tem alta muito brusca do preço, no boi gordo e na carne, tem que olhar a outra ponta, principalmente o mercado consumidor interno. Ele se assustou, é natural, e tem proteínas mais baratas, então realmente tem um efeito da demanda e da renda também", explicou o analista do Cepea Thiago de Carvalho.

Ele citou que os consumidores receberam a primeira parcela do décimo terceiro, que a economia está melhorando, mas como o preço subiu muito, isso segurou o consumo.

"O preço alto do boi reduz margem para o frigorífico e para o varejo. A carne da classe A e B continua com margem, mas a classe C e D quer preço, e essa alta assusta. Tem dono de lanchonete que cogita tirar o coxão mole do cardápio", completou.

Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o mercado de boi gordo já apresenta sinais de redução após máximas históricas recentes e deve se normalizar em breve para o consumidor.

"Quero tranquilizar todos vocês. Tivemos uma conjuntura momentânea de seca, falta de pasto e abertura de mercados, mas agora o preço da carne deve se estabilizar", disse Tereza, em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, segundo nota do ministério.

Para a ministra, o setor passa por um momento de transição, mas não há risco de falta de proteína animal no país.

No acumulado de 2019 até novembro, o Brasil teve exportações de quase 1,7 milhão de toneladas, alta de 13% ante mesmo período do ano passado, de acordo com dados do governo citados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

"Posso garantir a vocês não haverá falta de proteína... Vamos aguardar esse momento. Podem ter certeza que vamos continuar a ter o melhor produto nas nossas mesas... e ainda podemos mandar para o resto do mundo", disse Tereza, adicionando que o setor possui oportunidades para ampliar seus negócios.

Exportações devem ficar aceleradas
Segundo estimativas do Rabobank, em 2020 a produção de carne bovina do Brasil deve avançar para 10,45 milhões de toneladas em 2020, ante 10,1 milhões de toneladas em 2019, enquanto as exportações da proteína tendem a crescer em 10,6%, para 2,39 milhões de toneladas.

De acordo com a Abrafrigo, haverá continuidade na forte demanda da China e perspectivas positivas com Rússia, Estados Unidos e Indonésia.

Para a associação, as vendas para o mercado externo são o principal fator positivo para o segmento em 2020, uma vez que o mercado interno tende a permanecer em patamares semelhantes aos vistos em 2019.

Em nota, a Abrafrigo afirmou prever para o próximo ano um crescimento de cerca de 10% nos embarques do produto em relação a 2019, ano no qual o acumulado indica 1,7 milhão de toneladas exportadas até novembro --alta de 13% versus 2018.

"(Esperamos que) volte os EUA, que a Rússia habilite mais plantas, que comecem a aparecer bons números da Indonésia... Estamos otimistas, as exportações estão crescendo", disse o presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, ponderando que a concretização do avanço "depende do cenário internacional".

O Brasil se vê em um impasse para exportar o produto aos EUA, que no início de novembro pediram mais informações e mantiveram um veto ao produto in natura, enquanto a Rússia tem habilitado plantas gradualmente e a Indonésia autorizou compras da carne brasileira em agosto.

Ainda assim, o grande impulso continua vindo da China, cujas aquisições de proteínas dispararam em 2019, quando surtos de peste suína africana dizimaram a enorme criação de porcos do país.

No acumulado do ano, segundo dados da Abrafrigo, o mercado chinês, incluindo Hong Kong, absorveu 42,2% de toda a carne bovina vendida ao exterior pelo Brasil, ou cerca de 727 mil toneladas.

Perguntado se os expressivos crescimentos podem ser colocados apenas na conta do país asiático, Salazar foi enfático: "principalmente China".

Reuters
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