Novembro 28, 2024
Arimatea

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Um dia após a Vale eleger seu novo presidente, Gustavo Pimenta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a gestão da mineradora, que foi privatizada nos anos 1990.

Segundo Lula, a empresa era um "orgulho nacional", mas atualmente tem a propriedade pulverizada. O presidente comparou a situação a de um cachorro com vários donos, que morre de fome ou de sede.

"A Vale, que tinha uma diretoria, eu sabia quem era o presidente da Vale, a gente sabia quem era. Hoje, nessa discussão que a gente está de fazer um acordo para receber o dinheiro de Mariana [cidade de Minas Gerais], o dinheiro que a gente está para receber, o dinheiro que prometeram para o povo, você não tem dono", argumentou o presidente.

"Uma tal de corporate que, sabe, não tem dono. Um monte de gente com 2%, um monte de gente com 3%. É que nem cachorro de muito dono: morre de fome ou morre de sede porque todo pensa que colocou água, todo mundo pensa que deu comida e ninguém colocou", prosseguiu Lula.

Procurada, a Vale informou que não vai comentar a fala do presidente.

Lula deu a declaração durante visita ao Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras, na qual defendeu empresas estatais e criticou o ímpeto por privatizar as companhias públicas.

"É importante colocar uma pedra no passado, porque deveria ficar para trás tempo que se acreditava que as estatais não funcionavam", disse Lula. "Não só refutamos essa ideia, como podemos demonstrar aqui o quanto compensa investir em nossas empresas", acrescentou.

O presidente reforçou a defesa da Petrobras e criticou que desde a criação da empresa há a ideia de privatizá-la.

"Desde lá, sempre aparece alguém achando que tem que privatizá-la. E quando há dificuldade de privatizá-la, eles começam a vender ativos separados e vão tentando desmontar o corpo, eu vendo um braço, eu vendo uma perna, vendo uma orelha, vendo os dentes. Ou seja, quando você volta, você percebe que a empresa está totalmente desmontada e não cumprindo mais aquele seu papel", declarou.

Novo presidente da Vale
O conselho de administração da mineradora Vale elegeu na segunda-feira (26) Gustavo Pimenta como novo presidente da companhia. Ele assume o cargo em 2025.

Pimenta é o atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, foi eleito por unanimidade pelos conselheiros. Ele assumirá a vaga de Eduardo Bartolomeo, que está no comando da mineradora desde março de 2019.

A mineradora enfrentava, há meses, um processo turbulento de escolha do próximo presidente. O mandato de Bartolomeo venceu em maio deste ano, mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.

O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a notícias de que o governo federal estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi um dos cogitados.

g1
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O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse nesta segunda-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai opinar sobre a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa. A eleição para a nova presidência da Câmara está marcada para fevereiro de 2025. “Os três pré-candidatos têm o apreço do governo. Ele [Lula] colocou que não ia opinar sobre um ou outro candidato”, afirmou Guimarães após a reunião entre Lula e líderes partidários no Palácio do Planalto.

“Sobre o processo de eleição na Câmara, ele levantou que esse processo termine bem e que quem ganhar a eleição, será o primeiro a se reunir com ele para discutir o respeito e parceria institucional entre Executivo e Legislativo”, concluiu Guimarães. A reunião dos líderes com Lula ocorreu a portas fechadas e durou cerca de duas horas.

Até o momento, os principais nomes cotados para suceder Lira são o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), e os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).

Ainda segundo o líder do governo, o presidente demonstrou interesse em estreitar a relação entre a Presidência da República e as bancadas parlamentares, mesmo em um semestre marcado pelas eleições municipais, que tradicionalmente esvaziam a Câmara dos Deputados. Os líderes sugeriram ao presidente que ele ouvisse mais as bancadas e lideranças para fortalecer as relações.

Lula também demonstrou otimismo em relação à votação da reforma tributária, e voltou a falar do desejo de ver a matéria concluída no Congresso ainda neste ano. Atualmente, dois projetos de regulamentação da Emenda Constitucional sobre a reforma tributária do consumo estão em discussão no Congresso: um na Câmara dos Deputados, onde ainda restam os destaques a serem votados, e outro no Senado, que está em fase de discussão nas comissões.

Os desafios com a segurança pública também foram pauta da reunião. Os líderes chamaram atenção de Lula para o crescimento da violência. O presidente teria dito que deve chamar os 27 governadores nas próximas semanas para sugerir um pacto para a segurança pública do país.

Emendas parlamentares
A discussão sobre as emendas parlamentares também foi abordada pelos líderes durante a reunião com o presidente Lula. O encontro ocorre em meio ao impasse causado pela suspensão do pagamento de emendas impositivas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na semana passada, representantes do STF, do Legislativo e do Executivo chegaram a um acordo para desenvolver uma proposta que garanta mais transparência e rastreabilidade nas emendas parlamentares.

Segundo Guimarães, o clima na reunião foi “tranquilo” e o encontro foi considerado “produtivo”. No entanto, ainda não há um esboço concreto de como será o modelo para aumentar a transparência nas emendas.

R7
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O senador André Amaral (União-PB), em pronunciamento nesta segunda-feira (26), chamou a atenção sobre as recorrentes secas que afetam a Paraíba. O parlamentar lembrou da histórica "janela de seca" enfrentada pela região e a recente crise hídrica que resultou na interrupção do abastecimento de água em 44 cidades paraibanas.

— Estive com o ministro Waldez Góes [da Integração e do Desenvolvimento Regional] quando houve uma interrupção do abastecimento de água em 44 cidades da Paraíba. Fui pedir socorro a ele. E ele, muito prestativo, muito atencioso — aliás, quero parabenizar o ministro Waldez Góes pela sua altivez e pela sua pontualidade — um ministro resolutivo. Não podia ser diferente. Quando foi governador, foi brilhante — afirmou.

O senador enfatizou que apresentou uma proposta alternativa ao uso de carros-pipa para o abastecimento de água. Ele sugeriu a criação de um "vale-água" para beneficiários do Bolsa Família, que, segundo o parlamentar, garantiria água potável de qualidade e segurança hídrica para as famílias nas áreas mais atingidas pela seca. 

Amaral registrou uma visita realizada à cidade de Alagoa Grande, onde se encontrou com a reitora Mary Roberta Meira Marinho para discutir a implantação do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) na região. Ele ressaltou a importância da cidade, que abriga um dos maiores redutos de quilombolas remanescentes do estado.

— Não podia deixar de fazer esse registro e pedir, de forma legítima, a primeira escola UFPB [Universidade Federal da Paraíba] do Brasil, para a região quilombola lá do Zumbi. Pedimos isso, a reitora foi bastante sensível. E o ministro Camilo Santana [da Educação], quando estivemos com ele, foi bastante sensível a essa problemática, a essa necessidade de levar educação de qualidade lá para a região dos quilombolas, que sabemos que são sofridos e excluídos e que ainda estão por ter a sua legitimidade e integração na comunidade — afirmou.

Agência Senado
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O presidente da França, Emmanuel Macron, rejeitou nesta segunda-feira (26) nomear como primeira-ministra a candidata de esquerda Lucie Castets, do bloco "Nova Frente Popular". O movimento de esquerda acusou Macron de ser autocrata e disse que irá protocolar um pedido de impeachment.

O bloco de esquerda Nova Frente Popular venceu as eleições legislativas de julho, mas não conseguiu formar uma maioria absoluta. Ao todo, o grupo conquistou 182 assentos, contra 168 da coalizão de Macron e 143 da extrema direita.

Após as eleições, o primeiro-ministro Gabriel Attal apresentou a carta de renúncia. Entretanto, a pedido de Macron, Attal continua no cargo de forma interina até que um novo governo seja formado.

Desde então, o presidente francês iniciou as negociações com os partidos para a escolha de um novo primeiro-ministro. A Nova Frente Popular apresentou a candidatura de Lucie Castets.

Nesta segunda-feira, Macron publicou um comunicado dizendo que não poderia aceitar um plano de governo que atenda somente aos interesses da Nova Frente Popular, em nome da "estabilidade institucional".

"Um governo baseado apenas no programa e os partidos propostos pela aliança com maior número de deputados, a Nova Frente Popular, seria imediatamente censurado" na Assembleia, afirmou o presidente.

Macron afirmou ainda que ouviu líderes partidários para tomar a decisão. O presidente pediu para que as lideranças políticas tenham "espírito de responsabilidade".

Com a decisão de Macron, lideranças da Nova Frente Popular disseram que vão barrar qualquer outra indicação para primeiro-ministro e apresentarão um pedido de impeachment contra o presidente.

"A gravidade do momento exige uma resposta firme da sociedade francesa contra o incrível abuso do poder autocrático de que é vítima", afirmou a aliança em um comunicado.

O líder do movimento França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, disse que Macron criou uma situação "excepcionalmente grave". O partido dele integra a Nova Frente Popular.

"A resposta popular e política deve ser rápida e firme. O pedido de impeachment será apresentado", escreveu em uma rede social.

Eleições de 2024
Macron resolveu dissolver o Parlamento francês, em junho, após o partido dele perder as eleições do Parlamento da União Europeia para a extrema direita. Com isso, o presidente convocou eleições nacionais, que aconteceram no dia 7 de julho.

À época, o presidente disse que a ascensão de nacionalistas é um perigo para a Europa. "O resultado das eleições da União Europeia não é bom resultado para o meu governo", afirmou o presidente.

As eleições foram marcadas por uma reviravolta. O partido de extrema direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, iniciou a disputa como favorito. No entanto, a formação de uma união entre os candidatos da esquerda garantiu uma virada.

A Nova Frente Popular venceu as eleições, mas sem garantir a maioria absoluta de 289 assentos. Já o "Juntos", de Macron, ficou em segundo lugar. O partido de Le Pen elegeu o terceiro maior número de deputados.

Diante deste cenário, a esquerda precisaria formar uma aliança com o centro para conseguir governar, incluindo deputados do bloco de Macron. Entretanto, as duas forças políticas possuem desavenças profundas, como a reforma da Previdência aprovada em 2023.

g1
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Um dos diretores da autoridade eleitoral da Venezuela denunciou, nesta segunda-feira (26), "irregularidades" nas eleições de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a alegações de fraude pela oposição.

Juan Carlos Delpino foi um dos cinco reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), representou a oposição e está escondido.

Ele falou em um comunicado divulgado através de suas redes sociais e diz que não estava presente quando os resultados foram contabilizados porque as testemunhas da oposição foram retiradas durante o encerramento das mesas receptoras com a justificativa de uma interrupção da transmissão dos resultados "devido a um suposto hacking".

"Segundo os protocolos, a transmissão dos resultados deve ser feita imediatamente ao encerramento das mesas. Porém, nesse período, a transmissão foi interrompida e justificada por um suposto hack, com um silêncio e atraso não explicados", explicou.

O "ciberataque terrorista" foi a explicação do governo para não divulgar os detalhes da votação em cada seção. Maduro foi proclamado eleito pelo CNE com 52% dos votos. A oposição liderada por María Corina Machado afirma que tem provas de que houve fraude e da vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia.

Após a publicação dos resultados pelo CNE, protestos eclodiram com 27 mortos, além de 200 feridos e cerca de 2.400 detidos, chamados por Maduro de "terroristas".

"Tudo o que aconteceu antes, durante e depois das eleições presidenciais indica a gravidade da falta de transparência e veracidade dos resultados anunciados. Lamento profundamente que o resultado e seu reconhecimento não sirvam a todos os venezuelanos, que não resolva as nossas diferenças, não promova a unidade nacional e que em seu lugar haja dúvidas entre a maioria dos venezuelanos e a comunidade internacional sobre os resultados", escreveu.

Candidato de oposição investigado
Na quinta-feira (22), após um recurso de Maduro para "certificar" as eleições por causa da intensa pressão internacional, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, validou os resultados e acusou González Urrutia de "desacato" por não comparecer às audiências.

O candidato de oposição, que está sendo investigado, foi convocado pelo Ministério Público a depor nesta segunda, mas não compareceu.

Em um vídeo postado nas redes, González atacou o procurador-geral da República, Tarek William Saab:

"O procurador-geral da República tem se comportado reiteradamente como um acusador político. Condena por antecipação e agora promove uma intimação sem garantias de independência e do devido processo. O Ministério Público pretende submeter-me a uma entrevista sem especificar em que condição devo comparecer (acusado, testemunha ou especialista, segundo a lei venezuelana) e com a pré-qualificação de crimes não cometidos".

Com o não comparecimento, o Ministério Público venezuelano fez uma nova convocação para esta terça-feira (27).

"Edmundo González foi convocado pela segunda vez para comparecer nesta terça-feira ao Ministério Público", escreveu o procurador Tarek William Saab em uma mensagem à agência de notícias AFP, que acompanhou uma cópia da intimação.

O ex-candidato é investigado por suposta prática de crimes como "usurpação de funções" e "falsificação de documento público".

g1
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A Rússia fez nesta segunda-feira (26) o maior ataque aéreo à Ucrânia desde o início da guerra entre os dois países, há dois anos e meio.

Em uma ofensiva com centenas de mísseis e drones, as forças de Moscou atingiram Kiev e as principais cidades ucranianas. Na capital ucraniana, ao menos sete explosões foram registradas, e moradores lotaram estações de metrô para se abrigar dos bombardeios.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o comandante da Força Aéra da Ucrânia disseram que a ofensiva desta segunda foi o maior ataque áereo da Rússia ao território ucraniano. Zelensky também pediu ajuda aos países europeus para derrubar drones e mísseis lançados pela Rússia.

"É crucial que nossos parceiros cumpram os compromissos que fizemos juntos, em particular com relação aos sistemas de defesa aérea, mísseis para eles. E, além disso, devemos finalmente nos unir em nossos esforços para abater mísseis e drones russos", declarou.

Canais do Telegram informaram explosões em outras regiões do país, incluindo a cidade de Lutsk, no noroeste, onde as autoridades anunciaram que um bombardeio atingiu um prédio de apartamentos.

Os governadores das regiões de Odessa e Zaporizhzhia, no sul, e de Kharkiv, no nordeste, também relataram explosões e determinaram que os moradores procurassem refúgio.

Cinco pessoas ficaram feridas na região de Poltava, centro, em ataque contra uma área industrial, informou o governador Filip Pronin.

A operadora ucraniana DTEK anunciou cortes na rede de energia elétrica.

A Ucrânia é alvo frequente de ataques russos desde que Moscou iniciou uma operação militar contra o país vizinho em fevereiro de 2022.

France Presse
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou nesta segunda-feira (26) um decreto que incentivava a venda de refinarias da Petrobras.

Dessa forma, o governo extinguiu o Comitê Técnico Integrado (CT-CB ), que tratava do processo de venda dos ativos. A decisão foi tomada em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na manhã desta segunda-feira (26).

"O CT-CB foi criado em um contexto que não mais se relaciona com as prioridades da política energética nacional, e é atribuição do CNPE instituir ou extinguir grupos de trabalho e comitês que tratam de assuntos específicos para o setor de energia no Brasil", disse o Ministério de Minas e Energia, em nota.

A Petrobras incluiu as refinarias no seu plano de venda de ativos por causa de um acordo assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2019, dentro de um processo que investigava a estatal por práticas anticoncorrenciais.

Pelo acordo firmado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL), a Petrobras tinha que vender oito refinarias. Nesse período, só três privatizações deram certo:

  1. Rlam, na Bahia: hoje, Refinaria de Mataripe, vendida ao fundo árabe Mubadala;
  2. Reman, no Amazonas: vendida à Atem;
  3. SIX, no Paraná, para o banco Forbes & Manhattan.

A estatal não conseguiu vender os outros ativos durante as gestões anteriores. Com Lula, a estratégia mudou, e passou a ser de interesse da Petrobras e do governo manter os ativos.

Em maio, o Cade celebrou um novo acordo com a Petrobras, revisando obrigações assumidas no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019.

No mesmo dia, a Petrobras anunciou a retirada de cinco refinarias de petróleo do seu plano de venda de ativos.

As refinarias que deixarão de ser privatizadas são:

  1. Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), no Paraná;
  2. Refap (Refinaria Alberto Pasqualini), no Rio Grande do Sul;
  3. Regap (Refinaria Gabriel Passos), em Minas Gerais;
  4. Rnest (Refinaria Abreu e Lima), em Pernambuco;
  5. Lubnor (Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste), no Ceará.

g1
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou nesta terça-feira (20) as críticas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sugerindo a possibilidade de "má-fé" entre os diretores da agência reguladora.

A declaração foi feita após o envio de um ofício à Aneel, na semana passada, em que o ministro cobrou maior agilidade na análise de processos do governo.

Nesta segunda-feira (26), Silveira disse que a Aneel é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, estando sujeita a cobranças. Declarou ainda que não cabe à agência a condução das políticas públicas, e sim ao governo.

"O descumprimento de prazo é uma coisa relevante em setores estratégicos de suprimento de energia, e há de se haver sinergia entre as energias. E aí fica minha reflexão, não é nada de mais dizer que todos os diretores das agências até então foram nomeados por um governo que não tem sinergia conosco", disse o ministro, se referindo ao governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Aí eu levanto a seguinte dúvida: pode ter, por parte de um outro -- nossas agências são feitas de seres humanos, como ministério, imprensa, qualquer outro órgão -- pode haver má fé? Pode. Se justificar, nós podemos avaliar a possibilidade de má fé. E para isso existem os órgãos que têm que acompanhar", completou.

No ofício da semana passada, Silveira mencionou que a persistência de atrasos por parte da Aneel pode levar o ministério a intervir na agência e apurar possíveis responsabilidades da diretoria.

"A persistência desse estado de coisas impelirá este Ministério a intervir, adotando providências para apurar a situação de alongada inércia da Diretoria no enfrentamento de atrasos que lamentavelmente tem caracterizado a atual conjuntura", afirmou o ministro no ofício.

O documento, obtido pelo g1, também levanta a hipótese de responsabilização dos diretores da Aneel, caso se comprove a existência de má-fé. "A situação é de insustentável gravidade, que prenuncia o comprometimento de políticas públicas e pode, inclusive, implicar responsabilização dessa Diretoria", alertou Silveira.

O ministro também mencionou nesta segunda a representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que pede a fiscalização da "lentidão" da agências e as falas do ministro sobre intervenção.

"Espero que a Aneel responda ao TCU e ao ministério, com os mesmos argumentos, por que não está cumprindo os prazos", declarou.

Sobre o ofício, a Aneel, por sua vez, informou que "irá se manifestar ao ofício no prazo indicado". O ministro exigiu uma resposta em cinco dias sobre a "demora no cumprimento de prazos normativos estabelecidos".

Entre os processos que motivaram a cobrança do ministro, destacam-se:

▶️ Nova governança da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE): A Aneel ainda não deliberou sobre o novo estatuto social da CCEE, mesmo após o vencimento do prazo estabelecido por decreto em dezembro de 2023.

▶️ Impacto tarifário: A agência não calculou o impacto na conta de luz de uma medida que adianta recursos da Eletrobras para reduzir as tarifas, cujo prazo era de dez dias após a homologação da antecipação.

▶️ Publicação de minutas dos contratos de energia de reserva: A medida provisória que beneficia usinas da Âmbar Energia, do grupo J&F, estabeleceu um prazo até 28 de julho para a publicação dos contratos, que ainda não foram divulgados.

▶️ Compartilhamento de postes com o setor de telecomunicações: Em tramitação desde 2018, o processo sofreu um revés quando a Aneel decidiu arquivá-lo, entendendo que as diretrizes necessitavam de melhor compreensão, o que gerou reação contrária do ministro e da Anatel.

Silveira também criticou os diretores da Aneel por exporem publicamente divergências internas, classificando tal atitude como prejudicial ao andamento dos processos. As críticas ocorrem em um momento de tensão entre o governo e as agências reguladoras, com o ministro acusando dirigentes, nomeados na gestão anterior, de boicotarem o atual governo.

Enquanto a Aneel se prepara para responder às exigências do ministério, o setor elétrico aguarda os desdobramentos dessa disputa, que pode ter impactos significativos na governança e na regulação da energia elétrica no país.

g1
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Em recado ao Banco Central, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta segunda-feira (26), que inflação não se controla apenas com alta da taxa de juros e restrição ao crédito. Segundo ele, há outras formas de controlar o aumento de preços, como a ampliação da produção.

“O Banco Central precisa aprender que, combater inflação, não tem só um jeito, que é o jeito de restrição de crédito e de aumento de juros. Controla-se inflação também com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do país. Porque há espaço para isso. Nós vimos nos governos Lula 1 e 2, que controlamos a inflação com mais produção”, afirmou Marinho, em evento na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o setor produtivo do país ainda nem atingiu a totalidade de sua capacidade instalada. “Há espaço para crescimento da produção. E, se houver ocupação de 100%, que [o setor produtivo] planeje novos investimentos. É isso que pode combater a inflação sem ter que recorrer a aumento de juros ou restrição de crédito”.

Emprego
O ministro do Trabalho afirmou ainda que os dados de julho, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged), que serão divulgados nesta semana, trarão resultados positivos sobre a geração de empregos.

“Nos sete primeiros meses deste ano, ele tem um número maior do que os 12 meses do ano passado. Ele vem bem, no desenvolvimento da indústria. O emprego gerado na indústria nos sete primeiros meses é maior do que os empregos da indústria no ano inteiro do ano passado”, adiantou o ministro, no Rio de Janeiro.

Em relação ao Rio Grande do Sul, em julho houve uma retomada da geração de emprego, depois de dados negativos em maio e junho, que haviam sido resultado das enchentes que atingiram o estado no primeiro semestre deste ano.

Compromisso fiscal
O ministro também afirmou que a Pasta não tem orçamento para executar algumas atividades por causa do “Déficit fiscal zero”. “Eu achava que nós tínhamos que ter feito compromisso fiscal zero, sim, mas não em 12 meses. Achava que ter devia ter compromisso fiscal zero para dez anos, oito anos, e nos cobrasse, a cada ano, nossa responsabilidade de reduzir o déficit fiscal. Mas o contrato está feito e nós estamos cumprindo o déficit fiscal zero em um ano. Só que vai faltar orçamento para muitas áreas”, destacou.

Agência Brasil
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O mercado financeiro reviu, para cima, as expectativas relacionadas ao Produto Interno Bruto (PIB), inflação e câmbio para 2024. Com relação à taxa básica de juros (Selic), as expectativas permanecem estáveis há 10 semanas, em 10,5%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central.

Entre as quatro expectativas apresentadas pelo boletim, a que registrou maior variação, na comparação com a semana passada, foi a voltada ao PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.

A previsão do mercado financeiro é de que o PIB feche 2024 com um crescimento de 2,43%. Há uma semana, a expectativa era de 2,23%; e há um mês, de 2,19%. Para 2025, a previsão é de que o PIB feche o ano em 1,86%; e, para 2026, o crescimento projetado é de 2%.

Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, percentual acima das projeções. De acordo com o IBGE, o valor total do PIB ficou em R$ 10,9 trilhões. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.

Inflação
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, aumentou pela sexta semana consecutiva. Há uma semana, o mercado projetava uma inflação de 4,22% em 2024. Nesta semana, a expectativa ficou ligeiramente mais alta, em 4,25%. Há quatro semanas, o mercado projetava um IPCA de 4,1%.

A estimativa para o ano corrente se encontra acima da meta de inflação, que é 3%. Porém, dentro da margem de tolerância, que é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dessa forma, o limite inferior é de 1,5%; e o superior, de 4,5%.

Para os próximos anos, as expectativas são de que a inflação feche 2025 em 3,93%. Para 2026, as expectativas são de que o IPCA fique em 3,6%.

Dólar e Selic
A expectativa relacionada ao câmbio é de fechar 2024 com a moeda norte-americana custando R$ 5,32. Há uma semana, o mercado projetava que o dólar chegaria ao final do ano cotado a R$ 5,31; e há 4 semanas, a R$ 5,30. Para 2025, espera-se que a moeda dos EUA esteja cotada a R$5,30; e em 2026, em R$ 5,25.

Já com relação à taxa Selic, o mercado mantém estáveis as expectativas, tanto para 2024 (10,5%), como para 2025 (10%) e 2026 (9,5%).

Agência Brasil
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