Uma nova leva de supostas conversas envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi divulgada pela revista Veja nesta sexta-feira, 5, e sugere que, quando ainda atuava como juiz federal em Curitiba, ele teria orientado procuradores da Operação Lava Jato a anexar provas para fortalecer a parte acusatória num processo.
Uma troca de mensagens pelo aplicativo Telegram de 28 de abril de 2016, a que a revista teve acesso em parceria com o site The Intercept Brasil, mostraria Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisando à procuradora Laura Tessler que Moro o teria avisado sobre a falta de uma informação na acusação contra um réu acusado de ser um dos principais operadores de propina no esquema de corrupção da Petrobrás. O réu, de acordo com a Veja, era Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a estatal.
"No caso do Zwi, Moro disse que tem um depósito em favor do (Eduardo) Musa (ex-funcionário da Petrobrás) e, se for por lapso que não foi incluído, ele disse que vai receber amanhã e dá tempo. Só é bom avisar ele", teria escrito Deltan. "Ih, vou ver", teria escrito a procuradora em resposta. No dia seguinte, de acordo com a revista, o MPF incluiu um comprovante de depósito de US$ 80 mil feito por Skornicki a Musa e Moro, logo depois, aceita a denúncia e cita o documento que havia pedido na decisão.
Moro tem dito que não reconhece a autenticidade das conversas, diz que foi vítima de um ataque ilegal de hackers e nega conduta fora da lei em sua atuação como juiz federal. Em resposta à reportagem, o Ministério da Justiça emitiu uma nota dizendo que Moro não teve conhecimento do conteúdo dos trechos previamente à publicação. A revista afirma que Moro e Deltan se recusaram a receber a reportagem. Veja as notas na íntegra abaixo.
Em evento em São Paulo nesta sexta, 5, Moro reclamou da publicação. "Não apresentaram as mensagens a mim para que eu pudesse avaliar e explicar", disse o ministro, que reiterou não lembrar de mensagens enviadas há anos. "Eu não poderia falar sobre a autenticidade das mensagens, mas posso verificar os fatos", disse.
Eduardo Cunha. O trecho de conversas divulgado pela revista Veja também contém mensagens supostamente enviadas na noite do dia 12 de junho de 2017. Nesta época, o procurador Ronaldo Queiroz teria criado um grupo no aplicativo de mensagens para avisar que foi procurado pelo advogado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para iniciar uma negociação de delação premiada.
Queiroz teria afirmado que as revelações poderiam ser de interesse dos procuradores de Curitiba, Rio de Janeiro e Natal, onde corriam ações relacionadas ao político, diz a revista. Pouco menos de um mês depois, Moro teria enviado uma mensagem a Dallagnol questionando a possível delação. "Rumores de delação do Cunha... Espero que não procedam", teria dito o agora ministro. Dallagnol teria respondido que são "só rumores que não procedem", e ainda teria reforçado a Moro que "sempre que quiser, vou te colocando a par". De acordo com a revista, o ex-juiz reforçou que é contra a delação de Cunha e agradeceu se o procurador o mantivesse informado.
"O Fachin é nosso". A reportagem de Veja também mostra um trecho no qual Dallagnol, em 13 de julho de 2015, teria comentado com os colegas do MPF que se encontrou com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. "Caros, conversei 45 minutos com o Fachin. Aha, uhu, o Fachin é nosso", teria celebrado o procurador.
Fausto Silva. Em outro trecho das supostas conversas, em 7 de maio de 2016, Moro teria comentado com Dallagnol que havia sido procurado pelo apresentador de televisão Fausto Silva. De acordo com o então juiz, o apresentador teria cumprimentado Moro pelo trabalho na Lava Jato e lhe dado um conselho: "Ele disse que vocês nas entrevistas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Conselho de quem está há 28 anos na TV".
Procurado pela reportagem de Veja, Fausto Silva confirmou o encontro com Moro e o teor da conversa. /Colaboraram André Ítalo Rocha, Fernanda Guimarães e Francisco Carlos de Assis
Nota de redação da revista Veja
"Procurados por VEJA, Deltan Dallagnol e Sergio Moro não quiseram receber a reportagem. Ambos gostariam que os arquivos fossem enviados a eles de forma virtual, mas, alegando compromissos de agenda, recusaram-se a recebê-los pessoalmente, uma condição estabelecida por VEJA. Mesmo sem saber o conteúdo das mensagens, a assessoria do Ministério da Justiça enviou a seguinte nota: “A revista Veja se recusou a enviar previamente as informações publicadas na reportagem, não sendo possível manifestação a respeito do assunto tratado. Mesmo assim, cabe ressaltar que o ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações. Reitera-se que o ministro sempre pautou sua atuação pela legalidade”."
Nota de esclarecimento do Ministério da Justiça
"O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente. Lamenta-se que a Revista Veja se recusou a encaminhar cópia das mensagens antes da publicação e tenha condicionado a apresentação das supostas mensagens à concessão de uma entrevista, o que é impróprio. De todo modo, alguns esclarecimentos objetivos:
1 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de quebra de parcialidade por suposta mensagem na qual teria solicitado manifestação urgente do Ministério Público para decidir sobre pedido de revogação de prisão preventiva de José Carlos Bumlai. A prisão preventiva de José Carlos Bumlai foi decretada em 19 de novembro de 2015. Houve pedido de revogação da prisão ao final do mês de dezembro. O recesso Judiciário inicia em 19 de dezembro. Então, a manifestação do Ministério Público era necessária, como é em pedidos da espécie, para decidir o pedido da defesa. A urgência decorre da natureza de pedido da espécie e, no caso em particular, pela proximidade do recesso Judiciário que se iniciaria em 19 de dezembro. Então, a solicitação de urgência, se autêntica a mensagem, teria sido feita em benefício do acusado e não o contrário. Saliente-se que o ministro, como juiz, concedeu, em 18 de março de 2016, a José Carlos Bumlai o benefício de prisão domiciliar para tratamento de saúde, o que foi feito em oposição ao MPF. Os fatos podem ser verificados no processo 5056156-95.2015.4.04.7000 da 13ª Vara Federal de Curitiba.
2 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de quebra de parcialidade por suposta mensagem de terceiros no sentido de que teria solicitado a inclusão de fato e prova em denúncia do MPF contra Zwi Skornicki e Eduardo Musa na ação penal 5013405-59.2016.4.04.7000. Não tem o ministro como confirmar ou responder pelo conteúdo de suposta mensagem entre terceiros. De todo modo, caso a Veja tivesse ouvido o ministro ou checado os fatos saberia que a acusação relativa ao depósito de USD 80 mil, de 7 de novembro de 2011, e que foi incluído no aditamento da denúncia em questão, não foi reconhecido como crime na sentença proferida pelo então juiz em 2 de fevereiro de 2017, sendo ambos absolvidos deste fato (itens 349 e 424, alínea A e D). A absolvição revela por si só a falsidade da afirmação da existência de conluio entre juiz e procuradores ou de quebra de parcialidade, indicando ainda o caráter fraudulento da suposta mensagem.
3 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de ter escondido fatos do ministro Teori Zavascki em informações prestadas na Reclamação 21802 do Supremo Tribunal Federal e impetrado por Flávio David Barra. Esclareça-se que o então juiz prestou informações ao STF em 17 de setembro de 2015, tendo afirmado que naquela data não dispunha de qualquer informação sobre o registro de pagamentos a autoridades com foro privilegiado. Tal afirmação é verdadeira. A reportagem sugere que o então juiz teria mentido por conta de referência a suposta planilha constante em supostas mensagens de terceiros datadas de 23 de outubro de 2015. Não há qualquer elemento que ateste a autenticidade das supostas mensagens ou no sentido de que o então juiz tivesse conhecimento da referida planilha mais de 30 dias antes. Então, é evidente que o referido elemento probatório só foi disponibilizado supervenientemente e, portanto, que o então juiz jamais mentiu ou ocultou fatos do STF neste episódio ou em qualquer outro.
4 - Acusa a Veja o ministro, então juiz, de ter obstaculizado acordo de colaboração do MPF com o ex-deputado Eduardo Cunha. O ocorre que eventual colaboração de Eduardo Cunha, por envolver supostos pagamentos a autoridades de foro privilegiado, jamais tramitou na 13ª Vara de Curitiba ou esteve sob a responsabilidade do ministro, então juiz.
5 - Acusa a Veja que o ministro, então juiz, de ter comandado a Operação Lava Jato por conta de interferência ou definição de datas para operações de cumprimento de mandados de prisão ou busca e apreensão. Ocorre que, quando se discutem datas de operações, trata-se do cumprimento de decisões judiciais já tomadas, sendo necessário que, em grandes investigações, como a Lava Jato, haja planejamento para sua execução, evitando, por exemplo, a sua realização próxima ou no recesso Judiciário.
O ministro da Justiça e da Segurança Publica sempre foi e será um defensor da liberdade de imprensa. Entretanto, repudia-se com veemência a invasão criminosa dos aparelhos celulares de agentes públicos com o objetivo de invalidar condenações por corrupção ou para impedir a continuidade das investigações. Mais uma vez, não se reconhece a autenticidade das supostas mensagens atribuídas ao então juiz. Repudia-se ainda a divulgação distorcida e sensacionalista de supostas mensagens obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente, sem que previamente tenha sido garantido direito de resposta dos envolvidos e sem checagem jornalística cuidadosa dos fatos documentados, o que, se tivesse sido feito, demonstraria a inconsistência e a falsidade da matéria. Aliás, a inconsistência das supostas mensagens com os fatos documentados indica a possibilidade de adulteração do conteúdo total ou parcial delas."
Estadão
Portal Santo André em Foco
Diante do final de temporada conturbado e dos rumores sobre as chegadas de Griezmann e Neymar, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, deu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira. Na conversa com a imprensa, o mandatário falou sobre o vice demitido, Jordi Mestre, além de Dembelé, Philippe Coutinho e De Ligt, mas, claro, o principal assunto girou em torno da negociação por Neymar com o Paris Saint-Germain.
- Neymar quer sair do PSG, mas o PSG não quer que ele saia. Por isso, não há negócio - afirmou o dirigente.
Batomeu foi mais além. Depois de negar o acerto com Neymar, o dirigente ainda disse que prefere Dembelé ao craque brasileiro. O atacante de 22 anos foi contratado há duas temporadas justamente para substituir Neymar, que havia acertado com o time da capital francesa.
- Na minha concepção, sim: Dembelé é melhor do que Neymar. É um jogador diferente e queremos que ele siga jogando por aqui - avaliou.
Sobre um possível pedido de Lionel Messi, amigo próximo de Neymar, para que o brasileiro retornasse ao Barça, Bartomeu foi contundente.
- Sei disso pela imprensa, mas o Messi não pede jogadores. Ele quer jogar, quer um bom time, competitivo, mas as decisões são sempre dos técnicos do clube.
Bartomeu também aproveitou a entrevista para dizer que o clube está interessado na contratação de Griezmann e tomou providências nesse sentido. O atacante do Atlético de Madrid anunciou que não permanece na equipe para a próxima temporada. No contrato, estava prevista uma queda no valor da multa rescisória, que agora é de € 120 milhões, justamente para facilitar uma futura negociação.
- Ontem (última quinta-feira) houve uma reunião entre Óscar Grau (diretor executivo do Barcelona) e Miguel Ángel Gil (dirigente do Atlético de Madrid) e eles conversaram sobre isso. Foi o primeiro contato entre os clubes. Repito, o primeiro contato.
Globo Esporte
Portal Santo André em Foco
Mais de 70% dos casos de câncer de bexiga estão ligados ao cigarro, segundo o urologista Francisco Kanasiro, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia Regional SP. Isso porque as substâncias tóxicas do cigarro são eliminadas pelo rim, agredindo a parede da bexiga. A prevalência é em pessoas acima de 60 anos.
"Já o câncer de bexiga não relacionado ao tabagismo ocorre em pacientes mais jovens ou mais velhos. Abaixo dos 50 anos acredita-se que pode haver alguns genes envolvidos. Já a partir dos 80 está relacionado ao envelhecimento do corpo", afirma.
Outros fatores que facilitam o desenvolvimento desse tipo de câncer são exposição à radiação, como na radioterapia, infecção urinária com muita frequência e trabalhar com produtos químicos derivados de petróleo, como o benzeno. "A primeira causa desse tipo de câncer é o cigarro, seguida por trabalhadores que têm contato com benzeno", explica.
O câncer de bexiga é considerado raro, porém agressivo, de acordo com o urologista. A doença afeta mais de 9 mil brasileiros, sendo 6,6 mil homens e 2,7 mulheres, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Levou 3.905 pessoas à morte em 2015, boletim mais recente do Atlas de Mortalidade por Câncer. Julho é considerado o mês da conscientização desse tipo de câncer.
O principal sintoma é a presença de sangue na urina, a chamada hematúria, comum a diversos problemas do trato urinário, como pedra no rim e infecção urinária, de acordo com Kanasiro.
"O principal sintoma do câncer de bexiga é a presença visível de sangue na urina, sem apresentar dor, diferentemente da infecção urinária, por exemplo, em que o sangue na urina é microscópico e, portanto, só constatado por meio de exame laboratorial, além de manifestar outros sintomas, como febre e dor ao urinar", explica.
O urologista afirma que, quando outras doenças do trato urinário são descartadas, por meio de ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, é realizada a citoscopia, exame no qual é introduzido uma câmera na bexiga por meio da uretra, com anestesia local. "Tumores com menos de 0,5 cm não são detectáveis em exames de imagem. Já na citoscopia, além de o tumor ser visto, é possivel realizar sua biópsia e até retirá-lo", diz.
A biópsia é capaz de revelar se o tumor é superficial ou invasivo em relação à parede da bexiga. Segundo o urologista, a quimioterapia só é indicada em casos de tumor invasivo e metástase. Quando se prolifera, o tumor pode afetar linfonodos, pulmão e fígado. Outra indicação para o tumor invasivo pode ser a retirada da bexiga com reconstrução do órgão.
A construção de nova bexiga, chamada de noebexiga, é feita com um segmento da alça do intestino delgado, moldado em formato parecido com o da bexiga.
"Em caso de paciente muito idoso que não seja possível a retirada da bexiga, é realizado tratamento que combina radioterapia com quimioterapia", explica.
O câncer de bexiga está entre os tipos de câncer beneficiados pela imunoterapia. Esse tratamento se dá por meio de medicamentos que fazem com que o próprio sistema de defesa do organismo reaja às células cancerosas, combatendo-as.
"A imunoterapia já consagrada é feita de bacilos de tuberculose atenuados, é chamada de vacina onco BCG. É indicada apenas em casos de tumor superficial para evitar que ele volte", explica o urologista.
A aplicação é feita por meio de uma injeção na bexiga, introduzida por sonda pela utretra, com anestesia local. É aplicada uma vez por semana, por seis semanas.
"Nunca é tarde para parar de fumar. Quanto mais cedo se larga, mais se aproxima do risco de desenvolver câncer de quem nunca fumou", finaliza.
R7
Portal Santo André em Foco
Muitas pessoas, ao tentarem emagrecer, buscam a atividade física como uma opção. Porém, passado algum tempo realizando exercícios, algumas delas percebem que os dígitos da balança não mudaram. Um estudo publicado na revista científica norte-americana The American Journal of Clinical Nutrition buscou esclarecer o motivo.
Os pesquisadores do Centro de Pesquisa Biomédica Pennington, em Los Angeles, reuniram 171 pessoas entre 18 e 65 anos que estavam com sobrepeso ou obesidade e as acompanharam durante seis meses, aproximadamente. Os pesquisadores mediram também as taxas de ingestão calórica, as atividades e as taxas de metabolismo em repouso dessas pessoas.
Os participantes foram divididos em três grupos: o primeiro mantendo uma rotina normal e sem exercícios, o segundo fazendo exercícios supervisionados com gasto calórico semanal de 700 kcal e o terceiro com exercícios supervisionados com gasto semanal de 1.760 kcal. Todos os grupos puderam se alimentar da maneira que quisessem.
Ao final do acompanhamento, os pesquisadores notaram que as pessoas que faziam exerecícios não mudaram significativamente o ponteiro da balança. Segundo os cientistas, esses participantes, não só tinham mais apetite, como ingeriam de 90 kcal a 125 kcal a mais por dia.
Outro fator que ajudou no ganho de peso dessas pessoas foi o pensamento compensatório de que se alguns hábitos saudáveis foram adotados, outros ruins poderiam ser aceitos. Ou seja, as pessoas pensavam "eu fiz exercício agora, então mereço um chocolate", por exemplo.
Dessa forma, com a maior ingestão calórica e com o pensamento de recompensa pelos exercícios, o peso dos participantes não foi alterado. Entretanto, aqueles participantes que evitaram se premiar por terem cumprido a meta de exercícios propostos conseguiram perder alguns quilinhos.
R7
Portal Santo André em Foco
As inscrições para pessoas residentes no exterior, interessadas em fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Exterior), terminam nesta sexta-feira (5) às 23h59.
Acaba também hoje o prazo de solicitação para atendimento especializado. Podem pedir pessoas com: baixa visão, visão monocular, deficiência intelectual (mental), deficiência auditiva, surdez, autismo, déficit de atenção, discalculia e dislexia e/ou deficiência física.
As provas do Encceja Exterior serão aplicadas no dia 15 de setembro em 18 cidades, de 12 países.
Os candidatos que estiverem em busca do certificado do ensino fundamental devem ter, no mínimo, 15 anos de idade completos na data da prova. Já para o certificado do ensino médio, a idade mínima exigida é 18 anos.
Provas
O Encceja Exterior é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma redação. A nota mínima exigida é de 100 pontos nas provas objetivas e de cinco pontos na redação.
Os resultados do Encceja podem ser usados de duas formas. O participante que conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação tem direito à certificação de conclusão de ensino fundamental ou do ensino médio.
O participante que conseguir a nota mínima exigida em uma das quatro provas, ou em mais de uma, mas não em todas, tem direito à declaração parcial de proficiência.
Locais das provas
As provas serão aplicadas na Bélgica (Bruxelas); Espanha (Barcelona e Madri); nos Estados Unidos (Boston, Houston, Nova Iorque e Miami); na França (Paris); Guiana Francesa (Caiena); Holanda (Amsterdã); Itália (Roma); no Japão (Nagoia, Hamamatsu e Tóquio); em Portugal (Lisboa); no Reino Unido (Londres), na Suíça (Genebra) e no Suriname (Paramaribo).
G1
Portal Santo André em Foco
A Caixa Econômica Federal abriu prazo para aditamento dos contratos do Novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os estudantes interessados têm até 31 de agosto para fazerem a renovação. O aditamento vale para contratos assinados a partir de janeiro de 2018.
Para isso, o estudante interessado deve acessar a página www.sifesweb.caixa.gov.br para realizar os procedimentos. Caso seja preciso alterar algum ponto no contrato, como o fiador, a mudança deverá ser feita presencialmente em uma agência da Caixa.
Segundo o banco, uma das condições para o aditamento é estar com os pagamentos em dia. A expectativa é que 128 mil estudantes façam o procedimento.
Suspensão ou encerramento de semestre
A Caixa também abriu prazo para estudantes interessados em suspender ou encerrar o contrato referente ao semestre.
Na próxima segunda-feira (8), a Caixa vai abrir o prazo para transferência de instituição.
G1
Portal Santo André em Foco
O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou, nesta sexta-feira (5), que proibirá o ingresso no Chile de mais de cem venezuelanos ligados ao governo de Nicolás Maduro.
A decisão acontece um dia depois da divulgação do relatório da ONU sobre a situação de direitos humanos na Venezuela.
Com base no informe sobre Venezuela apresentado em Genebra pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, Piñera anunciou três medidas para enfrentar a crise venezuelana.
"Vamos proibir o ingresso no Chile de mais de cem pessoas que estão diretamente ligadas à ditadura da Venezuela. São pessoas que fazem parte do governo venezuelano", disse Piñera, em entrevista coletiva.
Piñera anunciou também que pedirá pra que Bachelet entregue todos os antecedentes e provas que sustentam o relatório ao Tribunal Penal Internacional.
O informe da ONU relata o assassinato de milhares de pessoas por parte das forças de segurança e afirma que o exercício das liberdades e dos direitos fundamentais, como a liberdade de expressão no país sul-americano, são um risco de represálias e de repressão.
"É um relatório necessário e útil para poder avançar frente aos graves e trágicos problemas que afetam a Venezuela", afirmou Piñera.
Chileno já havia pedido para Maduro renunciar
O presidente chileno foi um dos mais duros críticos do governo de Maduro. Piñera já pediu para que o venezuelano pusesse fim à ditadura e convocasse novas eleições no menor tempo possível.
Também reconheceu o líder parlamentar de oposição Juan Guaidó como legítimo presidente da Venezuela.
Com cerca de 400 mil pessoas chegadas nos últimos anos fugindo da grave crise na Venezuela, o Chile é o terceiro maior receptor de venezuelanos na região, atrás de Colômbia e Peru.
A comunidade se tornou a maior colônia estrangeira no país, representando 30% da população imigrante.
O governo chileno estima que, até 2020, devem entrar outros 300 mil venezuelanos no país, pondo as autoridades em alerta diante das complicações que esse êxodo em massa pode causar internamente.
France Presse
Portal Santo André em Foco
Três pessoas morreram nesta sexta-feira (5) em uma explosão de carro na cidade turca de Reyhanli, perto da fronteira com a Síria. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que pode ter sido um "ato terrorista".
"As primeiras pistas sugerem que pode haver mais do que uma ligação com o terrorismo. Está claro que havia uma bomba no carro", disse Erdogan à imprensa em Istambul.
A explosão ocorreu a menos de um quilômetro do gabinete do governador na região de Reyhanli, não muito longe da fronteira com a Síria, segundo a agência de notícias Anadolu.
Em imagens transmitidas pela mídia turca, uma fumaça espessa saía de um veículo em chamas, enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo.
Em maio de 2013, uma explosão causada por dois carros-bomba matou 53 pessoas em Reyhanli, em um ataque que Ancara atribuiu a "Acilciler", um grupo turco clandestino de ideologia marxista ligado aos serviços de inteligência sírios.
A Turquia também foi abalada por uma série de ataques em 2015 e 2016, atribuídos ao grupo terrorista Estado Islâmico e ativistas curdos. Os ataques deixaram centenas de mortos.
France Presse
Portal Santo André em Foco
Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã ameaçou apreender um navio do Reino Unido nesta sexta-feira (5) em retaliação depois que fuzileiros navais britânicos capturaram um petroleiro iraniano em Gibraltar.
"Se o Reino Unido não liberar o navio-petroleiro iraniano, é tarefa das autoridades apreender um navio-petroleiro britânico", disse Mohsen Rezai no Twitter.
O governo de Gibraltar disse que os tripulantes do petroleiro iraniano Grace 1 estão sendo interrogados como testemunhas, não suspeitos de crime, na tentativa de se estabelecer a natureza de sua carga e seu destino final.
Fuzileiros navais britânicos desceram de corda no navio situado no litoral do território britânico na quinta-feira e apreenderam o Grace 1, que estaria violando as sanções impostas contra a Síria ao transportar petróleo iraniano até Damasco. Eles pousaram um helicóptero na embarcação em movimento na escuridão total.
Irã x Ocidente
A manobra agrava um confronto entre o Irã e o Ocidente poucas semanas depois de os Estados Unidos cancelarem ataques aéreos minutos antes do impacto, e arrasta o aliado mais próximo de Washington a uma crise na qual potências europeias têm se esforçado para permanecer neutras.
Teerã convocou o embaixador britânico na quinta-feira (4) para expressar "sua objeção muito forte à apreensão ilegal e inaceitável" de seu navio, uma medida que também eliminou a dúvida sobre a propriedade da embarcação.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, disse que o carregamento de petróleo cru é de seu país. Segundo os documentos do navio, o petróleo é do vizinho Iraque, mas dados de monitoramento vistos pela Reuters indicam que ele foi carregado em um porto iraniano.
Países europeus vêm andando na corda bamba desde o ano passado, quando os EUA ignoraram seus apelos e se desligaram de um pacto entre o Irã e potências mundiais que deu a Teerã acesso ao comércio global em troca de limitações em seu programa nuclear.
Nos últimos dois meses, Washington endureceu as sanções contra Teerã visando interromper totalmente suas exportações de petróleo. Isso praticamente interditou os principais mercados ao Irã e o forçou a encontrar maneiras heterodoxas para vender seu petróleo cru.
Ainda na quinta-feira, Gibraltar disse ter razões consideráveis para acreditar que o Grace 1 estava transportando petróleo cru para a refinaria de Baniyas, na Síria, mas não mencionou a propriedade da embarcação ou a origem da carga.
Especialistas em navegação dizem que ele pode ter tentado evitar a rota mais direta pelo Canal de Suez, onde um grande petroleiro normalmente seria instruído a descarregar parte de sua carga em um oleoduto para passar, o que poderia expô-lo a uma apreensão.
Reuters
Portal Santo André em Foco
O governo da Venezuela soltou 22 pessoas que estavam presas — entre eles a juíza Maria Afiuni, o jornalista Braulio Jatar e outros 20 estudantes, anunciou em comunicado a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, nesta sexta-feira (5).
Uma porta-voz disse que Bachelet pediu as libertações diretamente ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de acordo com a Reuters.
Maria Afiuni cumpria prisão domiciliar. Ela foi detida em 2009, sem mandato de prisão, pouco depois de o ex-presidente Hugo Chávez criticar um de seus vereditos — no qual a juíza soltou o empresário Eligio Cedeño, acusado de corrupção. Em março, um tribunal emitiu uma sentença de cinco anos de prisão contra ela.
Procuradores acusaram Afiuni de aceitar suborno para libertar Cedeño. Ela negou as acusações, insistindo que agiu daquela forma porque ele esperava julgamento há mais tempo do que o permitido pela lei.
Mais tarde, Afiuni disse ter sido estuprada na prisão, e recusou tratamento de saúde das autoridades. Líderes do governista Partido Socialista rejeitaram as alegações, dizendo se tratarem de uma farsa para angariar solidariedade. Ela foi, então, posta em prisão domiciliar.
Jatar, jornalista e advogado destacado que ficou encarcerado na ilha Margarita, foi preso depois de publicar um protesto contra Maduro e acusá-lo de lavagem de dinheiro.
"Nós vemos essas solturas com bons olhos e incentivamos as autoridades a libertarem outras pessoas detidas pelo exercício de seus direitos humanos", declarou Bachelet, que esteve em Caracas há duas semanas. Lá, ela se reuniu com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Juan Guaidó, além de setores do governo e representantes da Igreja Católica.
Os 22 prisioneiros foram libertados na quinta (4). Outras 793 pessoas continuam, entretanto, "arbitrariamente privadas de liberdade" na Venezuela, diz a ONU.
Apesar de ter ressaltado o acesso que teve às autoridades do país, Bachelet destacou que "as instituições essenciais e o Estado de direito na Venezuela foram profundamente corroídas".
"O exercício da liberdade de opinião, expressão, associação e reunião, e o direito de participar da vida pública [na Venezuela] implicam risco de represálias e repressão", declarou Bachelet.
De acordo com a comissária, o relatório do escritório de Direitos Humanos da ONU, divulgado nesta quinta (4), registrou "ataques contra defensores dos direitos humanos, desde ameaças e campanhas de difamação até detenções arbitrárias, tortura e maus-tratos, violência sexual, assassinatos e desaparecimentos forçados".
Além da restrição à liberdade, Bachelet destacou a pobreza que atinge a população venezuelana.
"O salário mínimo, que é estimado em cerca de US$ 7 por mês (cerca de 62,3 mil bolívares), não pode cobrir nem 5% da cesta básica para uma família de cinco pessoas", afirmou.
Execuções e falta de recursos
No texto de quinta-feira, o escritório de Bachelet destacou que o número de execuções extrajudiciais supostamente cometidas pelas forças de segurança da Venezuela, particularmente as Forças Especiais (Faes), são grandes: em 2018, o governo registrou 5.287 assassinatos, e, entre 1º de janeiro e 19 de maio deste ano, outras 1.569 pessoas foram mortas.
O termo "execução extrajudicial" é usado para descrever o assassinato deliberado, cometido por um agente de Estado ou com seu consentimento, sem julgamento prévio e garantias processuais.
Além das execuções, a ONU destacou que a falta de recursos em hospitais causou, entre novembro de 2018 e fevereiro deste ano, a morte de 1.557 pessoas.
"Espero sinceramente que as autoridades analisem de perto todas as informações incluídas neste relatório e sigam suas recomendações", afirmou Bachelet quando o texto foi divulgado.
No dia 29 de junho, o governo da Venezuela também libertou outros 59 presos colombianos que haviam ficado detidos por quase três anos, de acordo com o escritório para Direitos Humanos. Segundo a organização, essa soltura foi "um sinal positivo" de que o governo venezuelano estava cumprindo com os compromissos firmados durante a visita de Bachelet ao país no mês passado.
G1
Portal Santo André em Foco