Novembro 26, 2024
Arimatea

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Cortado às vésperas da Copa América por conta de uma lesão no tornozelo, Neymar virou mesmo uma espécie de 24º jogador da seleção brasileira. Após acompanhar de perto o título da Copa América, dos camarotes do Maracanã, o camisa 10 do PSG prestou uma homenagem ao grupo em seu Instagram:

"Parabéns, rapaziada, orgulhoso demais. Vocês merecem!"

Desde o início da competição, Neymar mostrou apoio aos companheiros. Também contra o Peru, no último jogo da fase de grupos, ele foi ao hotel em que a seleção brasileira estava hospedada. Além disso, marcou presença nas partidas contra Paraguai e Argentina, pelas quartas e semifinais - respectivamente.

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Como é bom estar em casa. E estar de volta. Em seu retorno ao local onde mais se sente à vontade e onde mais jogou, a seleção brasileira voltou a reinar na América. O Brasil venceu o Peru por 3 a 1 na tarde deste domingo, no Maracanã, e conquistou pela nona vez a Copa América. Mas sofreu. Jogou com um a menos em boa parte da segunda etapa, ao ter Gabriel Jesus expulso. O camisa 9 havia dado assistência e feito um dos gols. Everton e Richarlison fizeram os outros gols brasileiros e Guerrero, de pênalti, fez o gol peruano, o único sofrido pela Seleção na campanha.

NOVE VEZES BRASIL
Após 12 anos, a seleção brasileira conquista a Copa América. A equipe brasileira foi campeã pela nona vez e sempre venceu quando sediou o torneio (1919, 1922, 1949, 1989 e 2019). São seis conquistas nas últimas 13 edições. O Brasil é o terceiro maior vencedor do torneio, que tem o Uruguai no topo, com 15 títulos, e a Argentina em segundo, com 14. A próxima edição é já no ano que vem, na Argentina e na Colômbia.

DO CÉU AO INFERNO
Decisivo na semifinal contra a Argentina, Gabriel Jesus novamente foi destaque. Fez um grande primeiro tempo. O camisa 9 protagonizou uma excelente jogada ao dar assistência para o gol de Everton, que abriu o placar. Depois, desempatou o jogo para a Seleção, no final da primeira etapa. No entanto, aos 24 minutos do segundo tempo, em uma disputa no alto com Zambrano, levou o segundo amarelo e foi expulso. Revoltado, ele fez sinal de roubo, socou o banco de reservas e foi aos prantos nos corredores do Maracanã. Mas sai como um dos principais jogadores da campanha vitoriosa da seleção brasileira.

OS 90 MINUTOS
Esqueça aquela seleção peruana goleada na primeira fase. O time de Gareca acertou a marcação e tomou a iniciativa no Maracanã. Mas esbarrou na eficiência brasileira. Em sua primeira finalização, a Seleção abriu o placar com Everton, eleito melhor em campo, em chute de primeira após jogadaça de Gabriel Jesus. O Peru chegou ao empate em pênalti marcado e revisado no vídeo pela arbitragem. Guerrero converteu. Mas a alegria peruana durou pouco. No último lance da primeira etapa, Gabriel Jesus acertou belo chute da entrada da área e fez o segundo: 2 a 1.

O drama na segunda etapa foi ainda maior. Destaque no primeiro tempo, Gabriel Jesus foi expulso ao levar o segundo amarelo e deixou o Brasil com um a menos na reta final da decisão. Gareca não se intimidou. Lançou Ruidíaz, Andy Polo e Gonzáles para tentar o empate. Mas a Seleção se segurou. E desperdiçou chances no contra-ataque. No fim, Richarlison foi o responsável pelo ato final. Em sua redenção após sofrer com a caxumba e desfalcar o Brasil nas quartas de final, ele fez, de pênalti, o terceiro gol do Brasil: 3 a 1.

VAR EM AÇÃO
Após uma série de polêmicas ao longo da competição, a Copa América não poderia terminar sem o VAR. Ele esteve em ação duas vezes, para confirmar os dois pênaltis marcados. O primeiro, a favor do Peru, ao confirmar toque de mão em Thiago Silva na primeira etapa. O segundo, no final da partida, a favor da seleção brasileira, ao confirmar falta em Everton dentro da área.

O MAIOR CAMPEÃO DA HISTÓRIA
Daniel Alves ergueu seu 40º título da carreira, o primeiro como capitão da seleção brasileira. Ele é o jogador com mais conquistas na história do futebol. Foi a quarta vez que o lateral foi campeão pelo Brasil.

O MELHOR? O ARTILHEIRO? SÓ DEU BRASIL
Além de conquistar seu 40º título na carreira e ampliar a vantagem como maior vencedor da história do futebol, Daniel Alves foi eleito o melhor jogador da Copa América. O Brasil também ficou com o melhor goleiro, Alisson, e o artilheiro, Everton, que terminou a competição com três gols, ao lado de Guerrero. O jogador do Grêmio, no entanto, teve mais assistências e ficou com o troféu.

CAPITÃO AMÉRICA
Tite conquista o seu primeiro título pela seleção brasileira e alcança um feito inédito: é o primeiro treinador a ser campeão de todos os torneios continentais na América do Sul. Ele tem as taças da Copa Sul-Americana (2008), pelo Internacional, Libertadores (2012) e Recopa (2013), pelo Corinthians, e, agora, a Copa América (2019) pela Seleção.

RENDA RECORDE
O futebol brasileiro tem um novo recorde de renda registrado. O público na final foi abaixo do estimado, com 58.584 pagantes, mas o valor arrecadado chegou a R$ 38.769.850,00, o maior já registrado e divulgado em uma partida de futebol no Brasil.

ENTRE VAIAS E APLAUSOS
O presidente da República, Jair Bolsonaro, esteve no Maracanã e acompanhou a conquista do Brasil sobre o Peru. E mais. Ele participou da cerimônia de premiação e segurou a taça da Copa América. Esteve em campo entre vaias e aplausos da torcida no estádio.

A FRUSTRAÇÃO DE GUERRERO
Símbolo da geração que faz história na seleção peruana, Guerrero não escondeu sua frustração com o vice-campeonato para o Brasil. Mas deixa a Copa América novamente com um grande desempenho. Com o gol maracado diante da Seleção - o único sofrido pelo time de Tite em todo o torneio -, chegou aos 14 na história do torneio e deixa a competição como maior artilheiro em atividade.

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Os Estados Unidos levaram o tetra da Copa do Mundo feminina de 2019. Esse resultado você talvez já esperasse, mas o roteiro não foi assim tão previsível. No início de jogo, a Holanda mudou a disposição tática de três jogadoras, se fechou na defesa e impôs dificuldades ao setor de criação norte-americano. Quando os EUA arranjavam espaço, lá estava Van Veenendaal para evitar os gols.

Mas, no segundo tempo, não houve jeito. O pênalti de Van der Gragt em Morgan, convertido por Rapinoe, quebrou o equilíbrio da partida. Lavelle marcou o segundo sete minutos depois, e aí foi um verdadeiro ataque contra defesa. A Holanda se jogou ao ataque e se expôs na defesa. Só não houve mais gols porque, novamente, lá estava Van Veenendaal. As americanas martelaram até o apito final, quando, enfim, levantaram o tão sonhado título, o quarto de sua história. As holandesas ficaram com o vice, em sua melhor participação em Copas.

Rapinoe: a craque da decisão
Megan Rapinoe foi a autora do gol que abriu caminho para o título norte-americano. Ela chegou hoje à expressiva marca de 50 bolas na rede pela seleção. O troféu de melhor em campo está em boas mãos.

As melhores jogadoras da Copa
Megan Rapinoe foi a Bola de Ouro, e Alex Morgan foi a Bola de Prata. Elas fizeram dobradinha como as duas melhores jogadores da Copa do Mundo 2019. Ellen White, da Inglaterra, levou a Bola de Bronze.

Luva de Ouro
Sari van Veenendaal, uma verdadeira parede no gol da Holanda. Justíssimo prêmio - e não só pela atuação na final da Copa.

Vaias para Infantino
Assim que foi anunciado seu nome para a cerimônia de premiação, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, ouviu uma sonora vaia de grande parte dos 57.900 mil torcedores que lotaram o estádio em Lyon. Em seguida, escutou o coro que ganhou mais força com a vitórias dos EUA: "equal pay", pagamentos iguais, em bom inglês.

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O Sampaio Corrêa conquistou uma grande vitória diante do Botafogo-PB, neste domingo, no Estádio Almeidão. Com gols de Roney e Rodrigo Andrade, a Bolívia Querida venceu por 2 a 1 o Belo e deixou de bater às portas o G-4 para adentrar de vez à zona de classificação.

PRIMEIRO TEMPO
Na parte inicial do jogo, o Botafogo-PB teve dificuldade para sair com a bola, trocando passes, da forma que costuma fazer. Tudo por conta da boa marcação do Sampaio Correa no campo de ataque. O trio Salatiel, Roney e Welder pressionou bastante a saída de bola do Belo e obrigou, em muitas oportunidade, o time de Evaristo Piza a sair jogando a partir de chutões. Em um desses, Clayton sofreu falta na ponta esquerda. Na cobrança, aos 16 minutos, Marcos Aurélio cobrou e levantou a bola na área, para a cabeçada certeira de Neuton para o gol. À frente no placar, o Belo passou a dominar as ações do jogo brevemente, mas logo o Sampaio voltou a pressionar, tanto que aos 40 minutos conseguiu furar a defesa do time da casa. Roney aproveitou o bate rebate na área e empurrou a bola pro fundo do gol.

SEGUNDO TEMPO
Após o intervalo, o Belo voltou a campo com dificuldade para armar as jogadas de ataque. A equipe não conseguiu levar perigo ao gol defendido por Andrey senão por meio de jogadas de bola parada. Marcos Aurélio praticamente duelou com o goleiro do Sampaio Corrêa durante os 45 minutos finais. Foram cobranças de falta de diversos estilos, de qualquer distância. De longe ou de perto, o camisa 10 levou perigo e o goleiro do Sampaio não deixou a desejar, realizando lindas defesas. Os visitantes, por sua vez, souberam colocar a bola no gramado e encontrar os espaços na defesa do Botafogo. Em uma das boas trocas de passe, aos 20 minutos, Welder encontrou Rodrigo Andrade na área e o camisa 10 fez um lindo gol, de cavadinha na saída do goleiro Saulo. Após a virada, o Belo pressionou, mas não conseguiu chegar ao empate.

COMO FICAM?
O Sampaio chega aos 18 pontos, entra no G-4 e assume a terceira posição do Grupo A. O Botafogo-PB, por sua vez, cai para a quarta posição, com 16 pontos, podendo ser ultrapassado pelo Náutico que ainda joga na segunda-feira contra o Imperatriz.

PRÓXIMOS COMPROMISSOS
Na próxima rodada o Botafogo-PB vai até o Recife, onde encara o Santa Cruz, no Estádio do Arruda, no próximo domingo, às 18h. Já o Sampaio Corrêa, recebe o Globo no Castelão, também no próximo domingo, mas às 17h.

PÚBLICO E RENDA
De acordo com o borderô divulgado pelo Botafogo-PB e repassado pela Federação Paraibana de Futebol, estiveram presentes no Estádio Almeidão 3.534 pessoas, para uma renda de R$ 36.373,00.

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O ABC não sabia o que era vencer na Série C desde a estreia na competição, no dia 28 de abril, quando bateu o Náutico. Neste sábado, fez as pazes com a torcida e bateu o Treze por 2 a 0, de forma merecida. Os 12 mil torcedores que foram ao Frasqueirão também puderam ver a reestreia de Wallyson e o ídolo alvinegro não decepcionou, marcando o segundo gol da vitória.

Ainda na zona de rebaixamento, mas na nona colocação, o ABC agora soma nove pontos, mesma pontuação do Treze, que caiu para a lanterna do Grupo A. A diferença é que o time de Natal tem melhor saldo de gols.

O ABC volta a campo na próxima sexta-feira, diante do Confiança, novamente no Frasqueirão. O jogo está marcado para 20h. O Treze no joga no domingo, dia 14, no Amigão, contra o Imperatriz.

Primeiro tempo
O jogo começou em ritmo acelerado e a primeira chance foi do Treze. Eduardo serviu Silva, que entrou livre na área, mas parou no goleiro Saulo. Pouco depois, Ivan cobrou falta e Joécio desviou para abrir o placar para os donos da casa. Ivan, em nova falta, tentou surpreender Mauro, mas o goleiro do Treze estava atento. O time paraibano não sentiu muito e chegou a ter o controle do primeiro tempo. Em cobrança de falta de Silva, Eduardo desviou de cabeça para trás e quase empatou. O ABC apostou nos contra-ataques e, quando conseguiu encaixar a jogada, Dione deixou a bola escapar na hora do arremate.

Segundo tempo
Na volta para o segundo tempo, o técnico Roberto Fernandes promoveu o retorno do volante Felipe Guedes no lugar do atacante Moisés, que havia tomado o cartão amarelo, e ganhou o meio-campo. O Treze caiu de produção e só conseguia chegar bem nas bolas paradas. Tito teve duas chances de ampliar para o ABC, mas não foi feliz na conclusão. A torcida, então, pediu Wallyson e Roberto Fernandes atendeu. No primeiro bom lance, o camisa 11 serviu Jefinho, que acertou o travessão. Aos 43, Wallyson recebeu de Tito e não perdoou, explodindo o Frasqueirão.

A Frasqueira voltou
Os torcedores do ABC atenderam o pedido da diretoria e dos jogadores e foram em bom número ao Frasqueirão. O problema é que a maior parte do público tem acesso apenas pelo portão C, o que causou tumulto. Teve torcedor que ficou mais de uma hora na fila, e outros que só entraram com 20 minutos de jogo. Durante a partida, o sistema de som do estádio também alertou sobre o fluxo dos torcedores, já que alguns ficaram travando os acessos aos módulos 2 e 3. No fim, foi divulgada a presença de 12.025 torcedores, sendo 7.821 pagantes, 3.146 sócios, 980 do Nota Potiguar e 78 gratuidades. A renda foi de R$ 82.735.

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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse ao blog nesta segunda-feira (8) que o plenário da Câmara dos Deputados deve apreciar o mesmo texto da reforma da Previdência aprovado em comissão especial na semana passada, sem alterações.

"A tendência hoje é esta, o que tinha espaço para ser modificado, perdeu o timing. Mas, Brasília, é aquela história: é como nuvem, quando você olha está de um jeito. Olha de novo, mudou", brincou o ministro.

Para Onyx, a mudança que pode conceder benefícios a policiais federais será conversada até o último minuto, mas o ministro acredita ter pouco espaço para garantir a inclusão sem prejudicar o trâmite e cronograma da reforma da Previdência na Câmara.

Onyx disse que os parlamentares que estão comprometidos com a reforma têm sinalizado que a votação na próxima quarta-feira (10) em primeiro turno está garantida. E, na semana que vem, o segundo turno.

O ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro determinou que os ministros que são deputados federais se licenciem dos cargos a partir desta terça-feira (9) para reforçar a votação na Câmara.

Onyx é um deles, além de Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Tereza Cristina (Agricultura) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).

Nesta terça, governadores têm uma série de conversas em Brasília para tentar um último acordo na Previdência, para incluir estados e municípios na reforma. Onyx afirma que acha difícil uma mudança na véspera da discussão no plenário. Para o ministro é melhor que os estados façam suas reformas.

G1
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retomou neste domingo (7) as articulações para tentar aprovar, nesta semana, a proposta de reforma da Previdência no plenário da Casa. A intenção de Maia é que o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) comece a ser apreciado pelos deputados a partir de terça-feira (9).

Em um final de semana dedicado às articulações, Maia recebeu na manhã deste domingo, na residência oficial da Câmara, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que coordenou a articulação do governo junto aos deputados para aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, também voltou à casa de Maia neste domingo para alinhar a programação para submeter a PEC ao plenário da Câmara.

Para ser aprovada no plenário da Câmara, a PEC da Previdência precisa obter, no mínimo, 308 votos, em dois turnos de votação, número correspondente a 60% dos 513 parlamentares da Casa.

Neste sábado (6), Rodrigo Maia recebeu líderes partidários do Centrão, Rogério Marinho e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, novo articulador político do Palácio do Planalto.

Ao final do encontro deste sábado, o presidente concedeu uma entrevista coletiva na qual afirmou que espera aprovação da PEC da Previdência na Câmara com uma "boa margem" de votos. Apesar do otimismo, Maia evitou no sábado projetar um placar para a votação da reforma.

G1
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O governo de Jair Bolsonaro é aprovado por 33% dos brasileiros, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira. Este é o índice de entrevistados que consideram ótimo ou bom o desempenho do presidente nesses primeiros seis meses de gestão. Para outros 31%, a administração de Bolsonaro é considerada regular e, para outros 33%, ruim ou péssimo, números próximos aos apresentados pelo instituto há três meses.

De acordo com a enquete, a avaliação está entre as piores no período analisado desde o governo de Fernando Collor de Mello, em 1990. Ao fim dos primeiros seis meses do governo, Collor era reprovado por 20%, enquanto 34% avaliavam como ótima ou boa sua gestão. Os outros presidentes desde então (Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff ) tiveram avaliação superior.

Ainda segundo a pesquisa, para 61% dos entrevistados, Bolsonaro fez menos do que se esperava na Presidência nos últimos meses. Outros 22% veem seu desempenho como previsível e 12%, acima das expectativas.

Em relação à expectativa positiva em relação ao seu governo, 51% dos entrevistados preveem uma administração ótima ou boa contra 59% da pesquisa anterior. Os que acham que seu governo será regular subiu de 16% para 21%. Os que acham sua passagem pela Presidência será ruim ou péssima se manteve dentro da margem (23% para 24%).

Por outro lado, 58% dos entrevistadao afirmam ter medo do futuro contra 53% de uma avaliação feita em outubro do ano passado, antes da eleição de Bolsonaro. Entre os que têm mais medo do que esperança o índice ficou estável: 53% agora contra 51% da pesquisa anterior. As mulheres são mais pessimistas do que os homens, 71% contra 55%.

Saúde e Educação
Quando levado em conta os problemas que o Executivo pode resolver, o gargalo na educação foi o que mais subiu no ranking (10% em abril para 15% agora) seguido por segurança (19%), saúde (18%), desemprego (14%) e economia (8%). Em relação à preocupação com a corrupção houve um quedra brusca de 20% dos que achavam o tema prioridade para o país na pesquisa anterior para 7% na atual.

Entre os que classificaram seu comportamento adequado para exercer o cargo que ocupa, 22% aprovam contra 27% da pesquisa anterior. Os que reprovam seu comportamento oscilou de 23% para 25%.

Brancos e ricos
O presidente tem maior aprovação entre os brancos (42%). Entre os negros, ele é aprovado por 25% e por 31% dos pardos. Entre os homens, Bolsonaro tem melhor avaliação: 38% ante 29% de mulheres.

Seu governo é mais bem avaliado entre os mais ricos e os mais escolarizados . Entre quem recebe mais de dez salários mínimos, aqueles que classificam o governo ótimo ou bom subiram de 41% para 52%; o que o chama de regular caiu de 26% para 15%; enquanto o ruim e péssimo foi 37% para 32%.

Quando analisadas as regiões do país, ele tem maior aprovação no Sul (42%) e pior no Nordeste (41%).

Na segmentação por religião, a pesquisa do Datafolha aponta que 66% dos que se declaram católicos consideram que o presidente Jair Bolsonaro fez menos pelo país do que se esperava neste início de mandato. Entre os evangélicos, 56% apresentam esta opinião, de acordo com o levantamento.

A enquete, feita entre 4 e 5 de julho, ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais.

O Globo
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Diante do avanço das forças de direita no plano nacional, os partidos de esquerda que fazem oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro planejam alianças inéditas para a eleição municipal do ano que vem. Como sinal mais evidente desse movimento, pela primeira vez na História, o PT deve apoiar em primeiro turno candidatos do PSOL em disputas importantes.

São dadas como certas adesões dos petistas às candidaturas de Marcelo Freixo, no Rio, e Edmilson Rodrigues, em Belém. O PSOL foi fundado em 2004 por deputados que haviam sido expulsos do PT por se posicionarem de forma crítica ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Freixo deve disputar no ano que vem pela terceira vez a prefeitura de Rio. Nas duas vezes anteriores, teve os petistas como adversários. Em 2012, o partido de Lula se aliou a Eduardo Paes (PMDB), que saiu vitorioso já no primeiro turno. Em 2016, os petistas aderiram a Jandira Feghali (PCdoB) e só apoiaram o candidato do PSOL no segundo turno contra o atual prefeito Marcelo Crivella (PRB).

— Está bem encaminhado para apoiar o Freixo, só não digo que há consenso porque no PT não existe consenso. Mas uma ampla maioria caminha nesse sentido — afirma Alberto Cantalice, um dos vice-presidentes nacionais do PT.

Costuras em BH e Belém; impasse em SP
No Pará, petistas devem apoiar Edmilson Rodrigues, que comandou Belém por duas vezes pelo PT (1997-2004)— mas mudou de partido em 2005, após o escândalo do mensalão. Em 2012 e 2016, na nova sigla, teve o PT como adversário no primeiro turno e foi derrotado pelo tucano Zenaldo Coutinho.

O PT ainda prevê aliança em torno de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre. Vice de Fernando Haddad na disputa presidencial do ano passado, Manuela já tentou se eleger na capital gaúcha em 2008 e 2012, quando teve candidatos do PT como adversários.A chapa encabeçada pela comunista também pode atrair o PSOL e o PDT.

Partidos de esquerda também costuram alianças em Belo Horizonte e Florianópolis. Nas duas cidades, já houve reunião entre representantes do PT, PSOL e PCdoB.

Esse grupo, porém, enfrenta problemas na maior cidade do país. Nem mesmo o PT, que já governou São Paulo por três vezes, tem um nome forte para disputa local. Em agosto, o partido começa os debates para chegar a um nome considerado competitivo na cidade.

Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB, acredita as alianças podem ser costuradas no bojo do alinhamento de pautas de oposição a Bolsonaro.

— É importante que os partidos conversem para encontrar uma convergência e 2020 pode ser um produto disso — disse Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

Por enquanto se apresentaram como pré-candidatos petistas os deputados Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, o vereador Eduardo Suplicy e o ex-deputado Jilmar Tatto. O ex-ministro Aloizio Mercadante e o Fernando Haddad também são citados como possíveis nomes, mas ambos descartam totalmente a possibilidade de concorrer.

O Globo
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O presidente Jair Bolsonaro não cumpriu o plano de descer ao campo de jogo no intervalo da final da Copa América entre Brasil e Peru para fazer uma espécie de "teste de popularidade" de seu governo, mas aceitou o convite para participar da cerimônia de premiação, durante a qual recebeu vaias e aplausos, tanto na entrada como na saída do gramado do Maracanã . Depois de assistir ao jogo ao lado de vários ministros, entre eles Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia), o chefe do Executivo uniu-se ao comitê organizador. Ao contrário do que se esperava, não foi o encarregado de entregar a taça à vitoriosa seleção brasileira. O privilégio foi do presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez.

Na comemoração, jogadores brasileiros chamaram o presidente para segurar a taça tirar fotos com o time campeão.

Quando o placar estava 2 a 0 (depois viria o terceiro gol, de pênalti), o presidente e os principais ministros de seu gabinete abandonaram a tribuna preferencial para que Bolsonaro pudesse chegar a tempo ao encerramento da Copa. A intenção do Palácio do Planalto foi, desde o princípio, aproveitar o jogo para fortalecer a imagem pública do presidente e, também, de Moro, nas últimas semanas alvo de várias denúncias sobre suposta interferência nas ações da Operação Lava-Jato.

No intervalo, Bolsonaro não desceu ao campo e preferiu se aproximar de torcedores que estavam em arquibancadas próximas da tribuna preferencial, tirou fotos e abraçou seguidores. O grupo era pequeno e recebeu o presidente com entusiasmo. Dois dias antes da partida, Bolsonaro dissera que pretendia entrar em campo na final da Copa e representantes da organização do torneio declararam que se esse fosse o desejo do presidente seria atendido.

— Sobre a presença do presidente (no gramado), eles vão ao campo, isso é normal. No pré-jogo ou no intervalo, isso é normal – declarou Thiago Jannuzzi, gerente de competições do Comitê Organizador Local da Copa América.

Correção: Imagens foram gravadas no intervalo da final da Copa América, quando @jairbolsonaro se aproximou de torcedores que estavam próximos da tribuna em que ele assistia ao jogo no Maracanã pic.twitter.com/uQJ0TGexhY

— O Globo Brasil (@OGloboPolitica) July 7, 2019

Durante todo o jogo, os mais próximos de Bolsonaro em todo momento foram Moro e Guedes, que esta semana enfrentará dias decisivos na Câmara para a aprovação da reforma da Previdência . O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chegou minutos depois de Bolsonaro ao estádio e demorou um certo tempo em entender onde deveria sentar-se.

Também estiveram presentes o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que recentemente enfrentou questionamentos públicos por parte do vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente que não fez parte da comitiva no Maracanã. Os que sim foram incluídos foram o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Acompanharam o presidente os ministros Osmar Terra (Cidadania) e o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley.

Teste com Moro
O presidente e sua comitiva foram recebidos num clima de alegria no estádio e nas tribunas inferiores vários torcedores tiraram fotos de Bolsonaro. A todos o presidente respondeu com sorrisos e bom humor. No entanto, passados apenas quatro minutos de jogo a imagem de Bolsonaro ao lado de Moro apareceu no telão do Maracanã e as primeiras vaias apareceram.

Na véspera do jogo, uma pesquisa da Datafolha mostrou que entre 63% dos brasileiros que disseram ter conhecimento sobre os supostos diálogos entre Moro e procuradores da operação Lava-Jato e 58% afirmaram que a conduta do ministro foi inadequada. Já para 54% dos ouvidos, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi justa. Com as denúncias contra Moro se intensificando, surgiram especulações sobre a presença do ministro do Maracanã neste domingo e questionamentos sobre a suposta utilização da Copa América por parte do Palácio do Planalto para tentar mostrar-se forte e com respaldo popular.

Uma das críticas mais duras neste sentido foi feita pela Associação de Futebol da Argentina (AFA), após a derrota de sua seleção nas semifinais contra o Brasil. Em nota oficia, a AFA denunciou que a "imprudência na designação arbitral gerou um inevitável ambiente prévio ao encontro, agravado pela presença do presidente do Brasil Jair Bolsonaro no estádio Mineirão, de Belo Horizonte, que não passou inadvertidamente aos jogadores, dirigentes e público em geral, já que foram evidentes suas manifestações políticas durante o desenvolvimento do jogo, não podendo deixar de mencionar que no intervalo ele deu uma verdadeira volta olímpica pelo estádio".

O craque da seleção argentina, Lionel Messi, disse, dias depois, que a Copa tinha sido "armada" para o Brasil.

— Brasil campeão? Creio que não haja dúvida. Lamentavelmente creio que está armada para o Brasil — declarou o craque argentino.

Entre os torcedores, o clima as opiniões estavam divididas. Para Yuri Conde Arrighi, administrador de empresas de 30 anos, "a presença de Bolsonaro, Moro e vários ministros é algo normal, todos os presidentes fazem isso".

— Não vejo utilização política alguma nem o governo tentando se beneficiar da Copa América. Todos os presidentes se vinculam ao mundo do futebol, Lula não fez diferente — comentou.

O técnico em material cirúrgico Igor Pereira também considerou "normal" a presença e os gestos de Bolsonaro durante os jogos da Copa América. Para ele “é um estilo, não tem nada de utilização política”.

Já Arthur Zico (em homenagem ao craque) Ferreira, que tem 29 anos e trabalha com marketing, disse não ter dúvida de que “Bolsonaro está usando esta Copa. Ele não sabe governar, só fazer campanha”.

— Não gosto do Lula, acho que ele foi a pior coisa que nos aconteceu. Mas também acho que é um perseguido político do Moro e Moro, por esse motivo, não deveria ser ministro — assegurou Artur.

Enrique Silveira, por sua vez, disse que “o presidente pode vir ao estádio, até aí tudo bem. Mas descer ao campo é ultrapassar um certo limite”.

O Globo
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