“O Queiroz cuida da vida dele e eu cuido da minha”. Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro reagiu ao responder se esperava que Fabrício Queiroz , o ex-assessor de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ainda estivesse negociando cargos na Câmara e no Senado, conforme revelou O GLOBO nesta quinta-feira . Contrariado por ter sido questionado sobre o tema, Bolsonaro ameaçou encerrar a entrevista.
Disse ainda não ter ouvido o áudio em que Queiroz revela as tratativas. Indagado se a revelação do áudio teria sido originada pela guerra de seus filhos com o presidente do PSL, Luciano Bivar, Bolsonaro respondeu: “Não sei, não falo mais com Queiroz, mas vou ouvir o áudio”.
O presidente confirmou ter conversado com “quatro ou cinco” parlamentares do PSL, “há uns dez dias”, sobre a crise partidária: “Tenho direito, são do meu partido”. O presidente voltou a dizer que o desfecho desta crise pode ser sua saída do PSL.
Queiroz é investigado pelo Ministério Público do Rio por suposta prática da rachadinha — quando os servidores comissionados devolvem parte dos salários. Ele esteve no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio entre 2007 e 2018 e, no período, emplacou sete parentes na estrutura.
Procurado pelo GLOBO, Queiroz admitiu, por nota, que mantém a influência por ter "contribuído de forma significativa na campanha de diversos políticos no Estado do Rio de Janeiro". Por nota, Flávio Bolsonaro negou que tenha aceitado indicações do ex-assessor e que mantenha qualquer contato com ele desde o ano passado.
O Globo
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Focos infecciosos na boca podem afetar outros órgãos e causar parto prematuro, bebês de baixo peso e até problemas cardiorrespiratórios, segundo o cirurgião-dentista Ricardo S. Jahn, integrante da Câmara Técnica de Periodontia do CROSP (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo).
Problemas periodontais — inflamações que acontecem em volta dos dentes, nas gengivas — são que mais evoluem para outras áreas.
“Se você juntar a área inflamada da mucosa da boca, você pode ter uma área de inflamação do tamanho da palma de uma mão, com áreas ulceradas [feridas]. Um paciente com uma área de inflamação desse tamanho em qualquer outra parte do corpo vai ter cuidados especiais, quando é na boca ele nem vai ao dentista”, afirma o cirurgião-dentista.
Jahn explica que a inflamação faz com que o corpo libere mediadores químicos, proteínas que o organismo produz frente a um desafio microbiano (citocina e metaloproteinase).
Essas proteínas se combinam com moléculas de colesterol de baixa densidade e entram na parede do do vaso sanguíneo formando um ateroma. Isso dificulta a passagem de sangue e aumenta o risco do paciente, que já tem predisposição para esse tipo de problema, ter um entupimento das veias.
Além disso, algumas citocinas são marcadores de risco para o parto prematuro e nascimentos de bebês com baixo peso.
Outro risco que os problemas bucais podem causar é o alastramento da infecção para outros órgãos.
O cirurgião-dentista Mário Cappellette Jr., presidente da ABO-SP (Associação Brasileira de Odontologia Seção São Paulo), afirma que aproximadamente 40% das endocardites, infecção do revestimento interno do coração, são oriundas de focos infecciosos bucais.
A bactéria que normalmente se aloja na boca, a estafilococos, tem afinidade com a válvula do coração e pode se alojar lá também.
Ele também alerta que atletas, que possuem lesões repetitivas na boca, podem ter outros problemas por conta das infecções dentárias.
“Por exemplo, um atleta que estava com canelite, tipo de tendinite na canela, tratou um foco infeccioso por canal e ao recuperar o equilíbrio bucal, melhorou também, da canelite”, comenta Cappellette.
Isso acontece pois as bactérias da boca, podem também, afetar os músculos, fazendo com que o paciente fique mais propenso a outras doenças.
Outra infecção comum decorrente de problemas dentários é a pneumonia nosocomial, associada à ventilação mecânica.
Segundo Jahn, pacientes que possuem problemas periodontais e sofrem um acidente, usando esse tipo de ventilação, pioram o padrão de higienização. Por esse motivo a placa bacteriana aumenta, coloniza os tubos de respiração e chega aos alvéolos causando a pneumonia.
“Isso aumenta muito o risco de complicações hospitalares, aumenta o tempo do paciente e o uso de medicamentos. Se conseguirmos evitar esse problema, economizaríamos muito em saúde pública”, afirma o cirurgião-dentista.
Ele diz que colocar cirurgiões-dentista nas equipes multidisciplinares de hospitais, incluidndo as UTIs (unidades de terapia intensiva) é uma pauta da odontologia hoje.
A infecção na boca, assim como em outras partes, pode se espalhar para qualquer outro órgão e inclusive, provocar uma sepse, infecção generalizada.
Apesar de rara, a sepse acontece quando as bactérias invadem os tecidos e caem na corrente sanguínea, causando, primeiro, uma bacteremia. Uma vez circulando, a inflamação pode atingir vários órgãos. O paciente que apresenta esse quadro precisa de socorro médico imediato, uma vez que a sepse pode levar a óbito.
Os dentistas recomendam visitar o dentista a cada seis meses de forma preventiva e sempre que apresentar os seguintes sintomas: dor, alteração na mordida, alteração de cor, textura e brilho nos dentes, gengivas sangrando e ferida na boca que não cicatriza em mais de dez dias.
Fumantes, pessoas que consomem muito açúcar ou não possuem um bom padrão de higienização devem aumentar a frequência de idas rotineiras para três ou quatro meses.
Jahn explica que o problema do consumo do açúcar, do ponto de vista odontológico, é a frequência. “O ideal reduzir o contato com açucar fora do horário de refeições, tomando café com açúcar, comendo balas, chicletes e outras guloseimas”, ele afirma.
R7
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Para tirar melhor proveito dos medicamentos de uso diário para controlar a pressão arterial, uma pesquisa recente sugere que devemos tomá-los antes de dormir.
É uma dica simples que pode salvar vidas, afirmam os autores do estudo espanhol, publicado na revista científica European Heart Journal.
De acordo com a pesquisa, os comprimidos oferecem mais proteção contra ataques cardíacos e derrames quando tomados na hora de dormir — e não pela manhã.
Os especialistas acreditam que o ritmo circadiano — ciclo fisiológico de aproximadamente 24 horas em que se baseia nosso relógio biológico — altera a resposta ao medicamento.
Mas advertem que são necessários mais estudos para verificar se os resultados são aplicáveis a todos os pacientes com hipertensão — e que eventuais alterações no horário da medicação não devem ser feitas sem antes consultar um médico.
O que é hipertensão
A hipertensão arterial, popularmente chamada de pressão alta, é uma doença crônica e degenerativa, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
É o principal fator de risco para doenças cardiovasculares.
No Brasil, aproximadamente 35% da população tem a enfermidade, segundo dados do Ministério da Saúde, mas metade nem sabe disso. Das pessoas que têm conhecimento, 50% fazem uso de medicação, e, dessas, apenas 45% têm a pressão controlada.
Sincronizar o remédio com o 'relógio biológico'
Há cada vez mais evidências de que vários medicamentos, incluindo comprimidos para o coração, podem funcionar melhor quando tomados em horários específicos do dia.
Este último estudo é o maior realizado até hoje para analisar esse fenômeno com remédios para controlar a hipertensão arterial — e contou com a participação de mais de 19 mil pessoas que tomavam esse tipo de medicamento.
Os participantes foram divididos em dois grupos aleatoriamente — um deles tomava os compridos pela manhã, e o outro, na hora de dormir.
Eles foram monitorados pelos pesquisadores por pelo menos cinco anos.
Os resultados mostraram que os participantes que tomavam o medicamento à noite tinham quase metade do risco de morrer em decorrência — ou de sofrer — um enfarte, derrame ou insuficiência cardíaca.
É que a pressão arterial deveria diminuir naturalmente à noite, enquanto descansamos e dormimos.
Se isso não acontece, e a pressão permanece consistentemente alta, aumenta o risco de ataques cardíacos e derrames, dizem os especialistas.
A pesquisa sugere que tomar o medicamento à noite ajuda a manter a pressão arterial noturna sob controle, em pacientes diagnosticados com hipertensão.
Os participantes do estudo que tomavam o remédio na hora de dormir apresentaram, em média, pressão arterial significativamente mais baixa à noite e durante o dia — e a pressão diminuía mais à noite, em comparação com os participantes que tomavam a medicação todas as manhãs.
Principal autor do estudo, Ramon Hermida, da Universidade de Vigo, na Espanha, afirmou que os médicos podem considerar fazer a recomendação aos pacientes:
"É totalmente gratuito. Pode salvar muitas vidas."
"As diretrizes atuais sobre o tratamento da hipertensão não recomendam um horário preferencial para o tratamento. A ingestão matinal tem sido a recomendação mais comum pelos médicos, com base no objetivo enganoso de reduzir os níveis da pressão arterial matinal."
"Os resultados deste estudo mostram que os pacientes que tomam rotineiramente seus medicamentos contra a hipertensão na hora de dormir, ao invés de quando acordam, apresentam pressão arterial mais controlada e, mais importante, um risco significativamente menor de morte ou problemas cardíacos e circulatórios".
Ele afirma que é necessário realizar mais estudos em diferentes populações para verificar se os resultados são aplicáveis a todos os pacientes hipertensos que tomam diferentes marcas de comprimidos para controlar a pressão arterial.
"Embora este estudo respalde descobertas anteriores nessa área, são necessárias mais pesquisas entre outros grupos étnicos e pessoas que trabalham em diferentes turnos, para provar realmente que tomar remédios para pressão arterial à noite é mais benéfico para a saúde cardiovascular", acrescenta Vanessa Smith, da British Heart Foundation.
Ela adverte:
"Se você toma remédio para controlar a pressão arterial, é importante checar com seu médico antes de alterar o horário em que toma (a medicação). Pode haver razões específicas pelas quais o seu médico receitou medicamentos para serem tomados de manhã ou à noite."
O estilo de vida que você leva também faz diferença quando se trata de pressão arterial. Portanto, evite:
BBC
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que terá a primeira prova aplicada no dia 3 de novembro, pode trazer como proposta de redação a evasão escolar no Brasil. O tema pode ser abordado com base nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O G1 conversou com a professora de pedagogia, Samara Barbosa, que é especialista no assunto.
Segundo o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgado em junho, em 2018, 11,8% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos, estavam fora da escola, o equivalente a 1,1 milhão de pessoas. De acordo com a especialista, “a decisão de parar de estudar tem uma relação direta com a formação da sociedade brasileira e as questões econômicas”.
Samara explicou que os jovens costumam abandonar os estudos porque precisam colaborar com as despesas da casa. Ela ressalta, ainda, que a maioria entre o grupo que evade, são negros, confirmando que a evasão também está relacionada ao racismo, que “afeta sobretudo a juventude negra da periferia, pois os alunos negros não se reconhecem nas escolas, nos livros didáticos, nas falas dos professores”, explicou.
"Mesmo com a promulgação da Lei que determina o estudo da questão étnico-racial na escola, essa ainda não é uma prática consolidada nas escolas brasileiras”, acrescentou a professora.
Ainda de acordo com a pedagoga, um outro motivo que leva ao abandono escolar, é o desinteresse pelos estudos, principalmente por uma camada da população que não precisa colaborar com a renda familiar.
“A preocupação é como manter esses dois grupos na escola, os que abandonam por condições financeiras e os que estão perdendo o interesse pelos estudos”, ressaltou.
Para a professora, o investimento na educação, através das políticas curriculares para o ensino integral, e em propostas curriculares que dialogue e desperte o interesse dos jovens contemporâneos, é a solução para a que o número dos jovens afastados da escola, caia.
Ela ainda propõe que essas propostas “faça uso das tecnologia, e perceba o estudante sujeito no processo de construção do conhecimento, além de tornar a escola ativa, com o professor mediador, não o detentor do conhecimento”, acrescentou.
Dica para os estudantes
Samara Barbosa orienta aos estudantes que vão fazer o Enem, que leiam artigos e reportagens sobre a temática, publicados após o resultados do IBGE. Também indica a leitura da lei que trata do ensino das questões étnico raciais, "uma vez que essa é uma camada da população que evade em maiores proporções".
"Partindo dessas informações eles irão perceber que ainda necessitamos de políticas educacionais voltadas para permanência dos alunos nas escolas. Uma delas é a escola integral e a educação de jovens e adultos atrelada ao desenvolvimento de carreira", finalizou a especialista.
G1 PB
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Um projeto de lei que assegura aos estudantes o direito de realizar o pagamento da meia passagem em dinheiro nos ônibus foi aprovado nesta quarta-feira (23), em João Pessoa. O projeto retira a obrigatoriedade de utilizar o cartão do Passe Legal como única forma de garantir a meia-passagem. A matéria ainda vai seguir para sanção ou não do prefeito Luciano Cartaxo (PV).
O projeto é de autoria do vereador Marcos Henriques (PT) e foi aprovado com oito votos a favor e seis contra. Os parlamentares que votaram a favor da proposta destacaram que a matéria vai garantir aos estudantes sua educação contínua, mesmo não tendo crédito nos cartões eletrônicos.
Já os vereadores que foram contra a matéria alegaram ser um retrocesso para a cidade, que voltará a permitir que sejam acumulados montantes em espécie nos ônibus, o que pode ampliar o número de assaltos.
Conforme o projeto, para ter assegurado o direito, o estudante deve apresentar o comprovante estudantil. O direito é estendido aos alunos pertencentes a qualquer município ou unidade da federação em visita a João Pessoa, desde que seja comprovada a sua condição de estudante.
Além disso, cabe às empresas concessionárias e permissionárias da exploração dos serviços de transportes públicos de passageiras, atuantes em João Pessoa, adequar o sistema sistema de bilhetagem ao formato de pagamento da meia passagem estudantil em dinheiro.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Coletivo Urbano de João Pessoa, o Sintur-JP, declarou, na tarde desta quinta-feira (24), a medida favorece a insegurança dentro dos ônibus, já que a circulação de dinheiro nos coletivos chama atenção de possíveis assaltantes. Além disso, reforçam que já tem um sistema ágil em operação, que é o da biometria facial.
Confira na íntegra a nota do Sintur-JP
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa, Sintur-JP, considera um retrocesso do que vem sendo aplicado no transporte público de todo país, o Projeto de Lei 236/2017, aprovado nesta quarta (23), na Câmara de Vereadores de João Pessoa.
Além de favorecer a insegurança nos ônibus, a volta da circulação de dinheiro nos coletivos implica negativamente em muitos outros fatores, como o tempo de embarque dos passageiros, uma vez que os estudantes precisariam apresentar um comprovante estudantil para embarcar e garantir o direito da meia passagem. Hoje, temos um sistema ágil em operação, que é o da biometria facial.
Para o Sintur-JP, se sancionado, este Projeto de Lei pode fragilizar ainda mais o setor, que já se encontra em crise financeira, e refletir no valor da passagem que é paga por todos os usuários.
G1 PB
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A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, anunciou que enviará uma missão ao Chile para acompanhar a situação em meio aos protestos e distúrbios que ocorrem por todo o país, seguindo a solicitação feita a ela. parlamentares da oposição e do presidente Sebastián Piñera.
"Depois de monitorar a crise desde o início, decidi enviar uma missão de verificação para examinar as queixas de violações dos direitos humanos no Chile. Parlamentares e governo manifestaram interesse em receber uma missão", disse a ex-presidente chilena em comunicado.
A confirmação de Bachelet veio minutos depois que o ministro das Relações Exteriores, Teodoro Ribera, informou que Sebastián Piñera a contatou para pedir que enviasse pessoal. "O presidente também ratificou seu interesse em proporcionar o maior acesso a essas pessoas. O presidente também chamará pessoalmente o Alto Comissário para ratificar sua disposição de facilitar o acesso dessas pessoas onde desejarem", afirmou o ministro.
Mais manifestações
O Chile enfrenta um novo dia de manifestações nesta quinta-feira (24), depois dos dias de tumultos sociais que totalizam 18 mortes e que não parecem ceder, em um país onde muitos querem voltar à vida normal, enquanto outros optam por continuar nas ruas em busca de uma mudança profunda no sistema econômico.
A Central Única de Trabalhadores (CUT) e cerca de 20 organizações sociais convocaram um segundo dia de paralisação nesta quinta-feira, mas, pela manhã, muitos habitantes foram trabalhar no centro de Santiago, e o comércio abriu timidamente suas portas.
"O que o presidente Piñera fez até agora é polarizar e estressar o país. Hoje temos jovens nas ruas com um rifle nas mãos contra seus compatriotas", criticou Barbara Figueroa, presidente da CUT, o sindicato mais poderoso do Chile.
Durante a noite, no quinto dia de toque de recolher, os tumultos se acalmaram no centro de capital, embora na periferia a situação permanecesse tensa, com saques e incêndios que não param. O país está em estado de emergência e com milhares de pessoas e militares nas ruas.
Nesta quinta, o presidente Sebastián Piñera anunciou um plano para acabar com o toque de recolher aplicado por cinco dias consecutivos em várias regiões do país desde que uma crise social teve início na semana passada.
"Estamos trabalhando em um plano para normalizar a vida do nosso país (...) para poder terminar com o toque de recolher e, com sorte, também poderemos suspender o estado de emergência", disse o presidente em uma mensagem à imprensa.
O plano começou a ser aplicado a partir de quarta-feira em Santiago, onde o toque de recolher foi reduzido para seis horas, das 22h às 16h.
Estado de emergência
O estado de emergência foi decretado no sábado, após um violento dia de protestos na sexta-feira pelo aumento de quase 4 centavos no bilhete do metrô. Depois, a pauta dos manifestantes incluiu outras demandas sociais, com saques em supermercados e empresas, além de queima de várias estações de metrô.
Até agora, chega a 18 o número de mortos pelas manifestações, entre eles cinco agentes do Estado, em meio a crescentes denúncias de abuso policial e militar.
Um relatório mais recente do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) também relata que 535 pessoas ficaram feridas -- 239 delas por armas de fogo -- e 2.410 foram detidas.
Com os militares vigiando as estações das três linhas do metrô que funcionam parcialmente, muitos dos sete milhões de habitantes de Santiago tentaram retornar à normalidade sete dias após o início da crise.
No dia anterior, quatro hotéis foram saqueados e moradores usando coletes amarelos realizaram rondas de vigilância em comunidades periféricas para evitar roubos e saques.
Crise que não cede
As manifestações se tornaram um movimento muito maior, heterogêneo e sem liderança identificável, o que coloca outras demandas sobre a mesa, principalmente um aumento nas aposentadorias muito baixas no sistema de capitalização, que permanece como uma herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973- 1990).
"Esta já é a reivindicação de um país inteiro. Estamos cansados", gritou um manifestante no meio de uma multidão que fez um panelaço nas ruas de Santiago.
O anúncio de uma série de medidas por parte do presidente Piñera na terça-feira parece não ter tido o efeito desejado.
O governo prometeu uma melhoria nas pensões dos mais pobres, a suspensão de um aumento de 9,2% nas contas de luz, um aumento no salário mínimo, mais impostos para aqueles com renda mais alta e uma diminuição nos gastos parlamentares e altos salários públicos.
"Esperávamos que esse momento de conflito social aumentasse a sensibilidade, mas são as mesmas propostas de meses atrás", lamentou Izkia Siches, presidente da Faculdade de Medicina, também presente nas mobilizações.
Na terça-feira, Piñera pediu "perdão" e reconheceu sua "falta de visão" para antecipar a crise, dois dias depois de afirmar que o país estava "em guerra".
G1
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Antes do fim das apurações, o presidente da Bolívia e candidato à reeleição, Evo Morales, anunciou nesta quinta-feira (24) que venceu as eleições gerais no 1º turno, porque teria garantido mais de 10 pontos percentuais de diferença sobre o adversário Carlos Mesa.
Na Bolívia, um candidato pode ser declarado vencedor no primeiro turno se tiver 50% dos votos mais um, ou se tiver 40%, com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
"Boas notícias... Nós já vencemos no primeiro turno", disse Morales em entrevista coletiva, citando que no cálculo oficial - com mais de 98% das urnas apuradas - seu partido tem 46,83% dos votos, em comparação com os 36,7% de Mesa.
Faltando 1,5% dos votos de domingo (20) para contar, "ganhamos com o voto rural", declarou Morales.
De acordo com o jornal "El Deber", se essa tendência se mantiver, Evo Morales, de fato, ganhará no primeiro turno.
Na quarta, Morales afirmou que a Bolívia "está em processo um golpe de estado", em aparente referência aos protestos e à greve indefinida anunciados no país. Ele também afirmou que o país está em estado de emergência e "em mobilização pacífica, constitucional e permanente".
Movimento pelo 2º turno
Na véspera, Carlos Mesa disse que não reconheceria os resultados do Supremo Tribunal Eleitoral, que ele acusa de ter manipulado os votos para favorecer Morales.
Mesa também anunciou a formação de uma "Coordenação de Defesa da Democracia", com o objetivo de pressionar para que haja um segundo turno.
O objetivo da aliança com os partidos da direita e líderes centristas é "conseguir que se cumpra a vontade popular de definir a eleição presidencial no segundo turno", destacou em uma nota publicada no Twitter.
O comunicado convoca os bolivianos à "mobilização pacífica até que se consiga o objetivo democrático da declaração do segundo turno eleitoral".
Uma missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) já recomendou que, diante da desconfiança sobre o processo eleitoral, "continua sendo uma melhor opção convocar o segundo turno".
Confusão na apuração
A Bolívia tem dois sistemas de apuração simultâneos: o sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares, batizado de Trep, e o sistema de contagem voto a voto, que é mais lento.
O clima no país se deteriorou no domingo depois que o Trep foi suspenso no momento em que a contagem individual de votos começou a dar resultados muito distintos das atas de mesa da eleição.
Quando a divulgação foi suspensa, o Trep apontava uma tendência ao segundo turno. Porém, quando a contagem voltou Morales despontava na frente com uma vantagem que despesaria um segundo turno.
O governo anunciou que suspendeu a divulgação para evitar confusões já que o resultado estava dando muito diferente da contagem voto a voto.
Porém, apoiadores de Carlos Mesa denunciam uma suposta fraude nas apurações e foram para as ruas em várias cidades do país protestar. Houve relatos de confrontos entre apoiadores de Mesa e forças de segurança em Sucre, Oruro, Cochabamba e La Paz.
A Organização dos Estados Americanos questionou a contagem e citou uma mudança "drástica" e inexplicável na votação, que, segundo a organização, prejudicou a confiança dos eleitores no processo eleitoral.
Vários governos estrangeiros, incluindo Estados Unidos, Brasil e a União Europeia, também expressaram preocupação com a integridade da votação. Em uma reunião na quarta, a OEA recomendou a realização do segundo turno, mesmo que Morales alcançasse uma vantagem de 10 pontos percentuais.
G1
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Os 39 corpos encontrados no baú de um caminhão em Grays, na região de Essex, na Inglaterra, na quarta-feira (23,) eram de chineses, informou a polícia britânica na manhã desta quinta-feira (24). A polícia informou ainda que, entre as vítimas, havia 31 homens e oito mulheres.
A causa das mortes ainda é investigada. As vítimas podem morrido por sufocamento ou de frio, pois se tratava de um caminhão frigorífico. A informação de que entre as vítimas haveria um adolescente também não foi confirmada pelas autoridades.
A tragédia motivou pedidos de luta contra os traficantes de seres humanos. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou o ocorrido uma "tragédia inimaginável".
O motorista de 25 anos, que é norte-irlandês, foi detido por suspeita de assassinato. A imprensa britânica afirmou que o nome dele é Mo Robinson e que ele é mora na cidade norte-irlandesa de Portadown, no condado de Armagh.
Na noite de quarta, a polícia britânica fez operações de busca em três propriedades relacionadas ao motorista na Irlanda do Norte.
Rota do caminhão
Os corpos dentro do caminhão foram encontrados na madrugada de quarta-feira, em uma zona industrial da cidade de Grays. A polícia britânica foi alertada pelo serviço de emergência sobre os cadáveres e agora investiga a rota que o caminhão percorreu até lá.
O que se sabe até agora é que:
As autoridades búlgaras também confirmaram o emplacamento do veículo na Bulgária em 2017, mas afirmaram que o veículo não retornou ao país desde então. "Não há conexão, apenas com as placas", declarou o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov.
A polícia também busca esclarecer onde as vítimas entraram no caminhão.
Outros casos
Ainda quarta-feira, a polícia de Kent também anunciou que localizou e transferiu para as autoridades de imigração nove pessoas encontradas vivas em um caminhão em uma rodovia ao sudeste de Londres.
Em junho de 2000, 58 imigrantes chineses foram encontrados sufocados em um caminhão em Dover. Entre eles, foram encontrados dois sobreviventes, de acordo com a BBC. Um motorista holandês foi preso no ano seguinte por homicídio culposo.
Em agosto de 2015, no auge da crise migratória, um caminhão frigorífico com 71 corpos de imigrantes foi encontrado abandonado no leste da Áustria. O veículo havia deixado a Hungria, que era rota dos dezenas de milhares de refugiados que fugiam do Oriente Médio e na África.
G1
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Milhares de professores em greve ocuparam as ruas do centro de Chicago, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (23) em protesto por melhores condições de trabalho, como redução no número de alunos em sala de aula e mais contratações de funcionários de apoio.
A categoria paralisou as aulas pelo quinto dia letivo consecutivo. Com isso, cerca de 300 mil estudantes ficaram fora das escolas públicas de Chicago, uma das maiores cidades norte-americanas. A greve deve continuar nesta quinta-feira.
Segundo reportagem da agência Reuters, os professores interromperam as aulas após as negociações com a prefeitura não surtirem efeito. Entre as reivindicações, estão melhores salários e aumento no número de servidores – principalmente enfermeiros e assistentes sociais.
"As crianças só querem aprender e não temos recursos para ensiná-las", disse à Reuters a professora Christina Morales.
Nos protestos, os manifestantes empunharam bandeiras com palavras de ordem e usaram apitos e tambores para fazer barulho. O protesto parou o centro de Chicago, o que irritou motoristas.
O grupo marchou até a prefeitura de Chicago, onde a prefeita Lori Lightfoot anunciaria a previsão orçamentária da cidade.
Greve em Chicago
Professores de diversas localidades têm protestado contra falta de investimento público nas escolas. Em Chicago, a greve tomou proporções maiores, com protestos diários. A pré-candidata democrata à Presidência dos EUA Elizabeth Warren participou dos protestos na terça-feira.
Eleita em abril, a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, alega que o distrito ofereceu aumento de 16% aos professores por cinco anos e prometeu verificar as condições de trabalho nas unidades de ensino. No entanto, ela afirma que o orçamento da cidade não poderia cumprir com todas as demandas do sindicato, que custariam US$ 2,4 bi a mais por ano ao orçamento da educação.
Reuters
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O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, avaliou que a aprovação da reforma da Previdência Social pelo Congresso Nacional e o megaleilão de petróleo, da cessão onerosa, previsto para novembro, podem gerar um alívio na taxa de câmbio no fim do ano.
A moeda vem operando sob pressão nos últimos meses, cotada acima de R$ 4 mas, nesta quarta-feira, na esteira da aprovação da reforma da Previdência, chegou a ser negociado abaixo desse patamar pela primeira vez em mais de dois meses.
No caso da cessão onerosa, Fernando Rocha, do BC, observou que há uma perspectiva de ingresso de R$ 100 bilhões no país para pagar o chamado bônus de assinatura, a ser dividido entre a Petrobras, o governo, estados e municípios – com possível impacto sobre o dólar.
Questionado se o BC vai “enxugar” o mercado, ou seja, retirar esses valores de circulação por meio da compra de moedas, ele respondeu: “O BC vai atuar conforme achar necessário”.
No caso da aprovação da reforma da Previdência, Rocha avaliou que pode gerar uma entrada maior de investidores estrangeiros no Brasil.
“A Previdência é entendida como uma mudança na trajetória fiscal do país e da dívida pública. Vai ter uma perspectiva de uma situação fiscal mais sobre controle. Deve aumentar o fluxo de estrangeiros, mas são variáveis futuras. Pode trazer um impacto sobre o câmbio, mas há outros montantes envolvidos”, concluiu ele.
G1
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