O procedimento de emergência a que o narrador Galvão Bueno foi submetido, em Lima, no Peru, nesta quinta-feira (21), tem como objetivo desobstruir uma artéria do coração que esteja interrompendo o fluxo adequado de sangue.
Isso ocorre pela formação de placas de gordura (arteriosclerose) na parede dos vasos.
Galvão, que tem 69 anos, viajou ontem a Lima para narrar o jogo da final da Libertadores, entre Flamengo e River Plate, no sábado. Nesta quinta-feira, sentiu-se mal e foi levado à clínica Anglo-Americana, no bairro de Miraflores. A equipe médica deve divulgar um boletim sobre o estado de saúde dele nas próximas horas.
O cardiologista Fernando Costa, Diretor de Promoção de Saúde da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), explica que o cateterismo cardíaco é um exame usado para detectar eventuais obstruções nas veias e artérias do coração.
"Um cateter é levado até as coronárias e é injetado um contraste iodado, que faz o desenho das coronárias. Se existir anormalidades, desde obstrução parcial ou até total, faz-se o diagnóstico da doença arterial coronariana."
Em casos de emergência, quando o paciente chega ao hospital com queixa de dor no peito e outros sintomas, a desobstrução é feita logo em seguida: a angioplastia.
"A angioplastia é um balão que coloca na artéria, faz a expansão, essa lesão desaparece e implanta um stent para melhorar a performance dessa angioplastia."
O stent é uma espécie de tubo, colocada na artéria obstruída para impedir que o fluxo de sangue volte a ser interrompido.
A angioplastia é feita, muitas vezes, antes que haja um infarto (perda de tecido e capacidade do coração pela falta de irrigação sanguínea), acrescenta o cardiologista.
"No Brasil este ano morrerão mais de 400 mil pessoas por doença cardiovascular, sendo que mais de 130 mil morrerão por infarto agudo do miocárdio; de 600 mil a 700 mil pessoas sobreviveram, e uma parcela muito grande desses que sobreviveram foi graças à angioplastia."
Costa afirma que a recuperação de um paciente após a desobstrução de uma artéria é de poucas semanas.
"Tem que tomar medicamentos, ficar em repouso, reduzir o colesterol e outros fatores de risco, se houver, como cigarro, controlar diabetes, pressão alta e reduzir o estresse."
R7
Portal Santo André em Foco
Um bom desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) pode trazer benefícios na hora de conseguir um emprego, de acordo com o presidente substituto do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Camilo Mussi. Neste domingo (24), cerca de 435 mil estudantes do ensino superior estão inscritos para fazer o exame. As provas serão aplicadas em 1.063 municípios.
"É importante que o aluno que vai fazer o Enade tenha noção de que o exame é um dos elementos usados para avaliar a instituição em que ele se formou", disse Mussi. "É importante ter noção de que entrevistas [de emprego] e de mercado de trabalho avaliam isso, se aluno estudou em uma instituição boa", acrescentou.
O Enade é um exame feito por estudantes - ao final dos cursos de graduação - para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.
O estudante precisa fazer o exame para colar grau e receber o diploma, mas não existe a obrigação de uma nota mínima para que ele seja aprovado. Alguns estudantes acabam, portanto, não se dedicando ao exame, segundo o Inep.
Na última avaliação, em 2018, a média geral das notas dos estudantes da maior parte dos cursos avaliados foi menor que 50 pontos, em uma escala que vai até 100.
Esse desempenho reflete na avaliação da qualidade das instituições de ensino superior, já que o exame é um dos componentes dessa avaliação, que leva em consideração também o Questionário do Estudante, de preenchimento obrigatório para quem vai fazer o Enade, a infraestrutura das instituições, o corpo docente, entre outros critérios.
Mussi incentiva os estudantes a se prepararem para a prova pois, com um bom desempenho, eles podem dizer que saíram "de instituição que teve uma boa nota no Enade e uma boa avaliação institucional".
Melhores desempenhos
O MEC estuda ainda outras formas de tornar o Enade mais atraente. Uma delas é divulgar os nomes dos estudantes que tiveram os melhores desempenhos no exame. A intenção é tornar público apenas os nomes daqueles que acertaram mais de 60% da prova. Não será divulgada a nota específica, mas a faixa de acertos.
De acordo com o presidente substituto, isso ainda não deverá ser implementado nesta edição, pois é necessário que os participantes estejam cientes das regras e que permitam essa divulgação. A divulgação deverá ser implementada "nos próximos exames", disse.
Para este domingo, Mussi afirmou que já está tudo pronto para a aplicação e que as provas já foram distribuídas. "É importante visualizar o local de prova e planejar com antecedência como chegar a ele, para que não se atrase devido à ausência ou redução do transporte público", recomendou.
O local de prova está disponível no Cartão de Confirmação de Inscrição, que pode ser acessado no Sistema Enade.
Neste ano, o Enade avaliará os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.
Agência Brasil
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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lança hoje (22) um edital que vai destinar R$ 1,36 milhão para seleção de projetos que vão fazer pesquisas sobre o óleo encontrado nas praias brasileiras. O objetivo “é contribuir para a contenção, o processamento do resíduo encontrado e a redução de danos ao meio ambiente”.
Por ser uma ação emergencial, as propostas de estudo devem ser encaminhadas do dia 25 de novembro, até as 17h horas (horário de Brasília), até 4 de dezembro pela plataforma online da Capes. O resultado final será divulgado a partir de 18 de dezembro. O edital está disponível no link.
Podem apresentar projetos professores vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela coordenação. Cada proposta aprovada terá o valor de financiamento de até R$ 100 mil, liberados em uma única parcela, e uma cota de bolsa de mestrado. O projeto deverá ser desenvolvido ao longo de dois anos, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.
As áreas de pesquisa prioritária são avaliação dos impactos ambientais e socioeconômicos, bioremediadores, dispersão do óleo, processamento de resíduos e tecnologia aplicada à contenção do óleo.
“O programa Capes-Entre Mares atende demanda apresentada pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação criado no âmbito do Plano Nacional de Contingência para a gestão de ações de resposta após a ocorrência do desastre”, disse a Capes.
O grupo é formado pela Marinha do Brasil, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama).
Agência Brasil
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A Romaria da Penha 2019 acontece na noite deste sábado (23), em João Pessoa. A carreata que dá início ao cortejo conduz a imagem até a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes a partir 17h e sai às 22h em direção ao Santuário da Penha. Este ano, o percurso contará com esquema de segurança com aproximadamente 1.500 homens e mulheres da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar e de outros órgãos.
Com o tema “Senhora da Penha, roga por teus filhos e filhas para que sejamos missionários da alegria e da paz”, a 256° Romaria de Nossa Senhora terá uma novidade: além da tradicional missa após a procissão, no início da manhã do domingo, haverá uma às 10h, que também contará com a imagem da santa. A previsão da Arquidiocese é que 500 mil fiéis compareçam.
Para a segurança, a Polícia Militar montou um esquema especial com 829 policiais militares e 108 viaturas atuando ao longo do trajeto e no entorno dele. A movimentação dos participantes será monitorada por câmeras e a corporação também usará drones para auxiliar o trabalho dos policiais. Paralelamente ao policiamento na Romaria, a PM já montou um planejamento para reforçar a segurança na orla da capital no mesmo dia, com mais de 60 policiais.
Além da PM, a Polícia Civil vai garantir reforço com plantão na 9ª Delegacia Distrital, no bairro de Mangabeira, que será responsável por todos os procedimentos ocorridos durante o evento. Além disso, estarão funcionando normalmente o plantão da Central de Polícia, no bairro do Geisel, para procedimentos em geral e a 12ª Delegacia Distrital, em Manaíra, para registro de Boletim de Ocorrência (BO).
O Corpo de Bombeiros Militar também estará presente na Romaria da Penha com 238 homens e mulheres, 28 viaturas, 13 postos operacionais e dois postos de guarda-vidas, uma embarcação e sistema de monitoramento com drone, para atuar no combate a incêndios, atendimentos pré-hospitalares, buscas e salvamentos, além de prevenções aquáticas e vistorias técnicas.
A Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) de João Pessoa irá trabalhar de maneira integrada com os órgãos de Segurança, com a presença de um efetivo de 120 agentes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estará com um efetivo de 30 policiais e quatro viaturas, garantindo a segurança viária na BR-230 e nas alças do viaduto da Universidade Federal da Paraíba, atuando de maneira integrada com a Semob no fechamento e liberação das alças e evitando o acúmulo de pessoas na parte superior do viaduto.
Já o Samu contará com 12 profissionais atuando exclusivamente no percurso da romaria. Durante a carreata, o poder Judiciário será outra instituição a participar do evento, com 30 pessoas responsáveis pela proteção de crianças e adolescentes.
G1 PB
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O papa Francisco alertou nesta sexta-feira (22) que a tecnologia e a globalização estão homogeneizando os jovens de todo o mundo a ponto de sua singularidade e sua individualidade cultural estarem se tornando espécies ameaçadas.
O papa, de 82 anos, apelou para que os jovens preservem as culturas que herdaram de seus ancestrais e valorizem suas raízes durante um encontro com líderes de outras religiões no encerramento de seu último dia completo de visita à Tailândia.
Ele criticou "uma tendência crescente de desmerecer valores e culturas locais pela imposição de um modelo unitário" de valores para os jovens, aparentemente se referindo à influência ocidental em filmes, anúncios e redes sociais.
"Isto produz uma devastação cultural que é tão grave quanto o desaparecimento de espécies de animais e plantas", disse.
A preservação de culturas locais também foi um tema da visita desta sexta ao vilarejo predominantemente católico de Wat Roman, nos arredores de Bancoc, onde o pontífice exortou os tailandeses dos dias atuais a não considerarem o cristianismo uma religião "estrangeira".
A cultura dominante da Tailândia é ligada intimamente ao budismo, mas de maneira geral a minoria católica de menos de um por cento da população vem sendo bem tratada nos tempos modernos.
Em uma conversa com padres e freiras reunidos na igreja do vilarejo, Francisco prestou homenagem àqueles que foram mortos no passado por causa de sua fé.
Entre eles estão sete católicos, incluindo três meninas adolescentes, que foram mortos pela polícia tailandesa em 1940 em Nakhon Phanom, província do nordeste do país.
A Segunda Guerra Mundial e outros períodos de perseguição são considerados aberrações, e hoje as relações entre budistas e católicos são muito boas em geral.
Durante o reinado do rei Narai, 350 anos atrás, o Vaticano estabeleceu formalmente sua "Missão de Siam".
Embora os missionários não tenham conseguido realizar conversões em massa, foram essencialmente tolerados pela maioria budista, e particularmente pela corte real.
Francisco parte nesta sexta-feira para o Japão, onde o principal objetivo de sua viagem é chamar a atenção global para as armas nucleares quando visitar os locais dos ataques atômicos de Hiroshima e Nagasaki.
Reuters
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Os protestos na Colômbia contra o governo de Iván Duque deixaram três pessoas mortas na quinta-feira (21), anunciou o ministro da Defesa do país, Carlos Holmes Trujillo, nesta sexta (22).
"Nas últimas horas, as autoridades confirmaram a morte de duas pessoas em Buenaventura, em meio aos distúrbios, e uma outra em Candelaria, municípios do [departamento] Valle del Cauca", no oeste do país, declarou Trujillo em coletiva de imprensa.
O ministro disse que os mortos em Buenaventura, o principal porto da Colômbia no Pacífico, morreram em meio a tentativas de saques em um centro comercial que a polícia tentou combater, informou a France Presse.
"Como resultado do confronto entre os vândalos e a força pública, e em fatos que são investigados, houve a morte de duas pessoas, e foram feridos um intendente da polícia e um infante da Marinha", acrescentou Trujillo.
O ministro disse que uma comissão da força pública foi transferida para a área para "analisar em primeira mão os procedimentos executados" pelos policiais nos combates. Trujillo não deu detalhes sobre o falecido em Candelaria, a cerca de 93 km de Buenaventura, embora uma fonte do ministério tenha dito à AFP que a morte também ocorreu em meio a tumultos.
Ele afirmou que as autoridades abriram 11 investigações preliminares sobre "possíveis ações irregulares" de policiais contra manifestantes em Bogotá, Cali, Manizales e Cartagena.
Protestos
A Colômbia tem protestos em várias cidades há dias. As manifestações, que já duram dias, causaram problemas no transporte público em várias cidades também nesta sexta.
Ex-candidato à presidência pela esquerda, Gustavo Petro pediu um novo protesto na tarde desta sexta, chamando as pessoas a bater panelas e frigideiras na praça central de Bogotá - em uma expressão tradicional de protesto conhecida como "cacerolazo" em espanhol, ou "panelaço" em português.
O pedido de Petro não é apoiado pelos sindicatos que organizaram a marcha de quinta (21), quando mais de 250 mil pessoas foram às ruas, segundo a agência de notícias Reuters. Os manifestantes foram motivados pela expectativa de que o governo altere algumas regras econômicas – aumente a idade mínima de aposentadoria, permita que se contrate jovens abaixo do salário mínimo e elimine um fundo de pensão estatal.
Embora as autoridades tenham reiterado a natureza quase pacífica das mobilizações, no final do dia houve confrontos entre a força pública e os manifestantes, que deixaram 122 civis com ferimentos leves e 151 membros da força pública feridos, segundo o balanço oficial. Também houve 98 capturados.
A cidade de Cali foi o principal foco de violência, com saques que levaram o prefeito a decretar um toque de recolher até as 6h desta sexta (22), embora as autoridades tenham garantido que já retomaram o controle da cidade, de acordo com a agência France Presse.
O protesto vem em meio a manifestações em outros países da América Latina, incluindo marchas antiausteridade no Chile, protestos na Bolívia que levaram o presidente Evo Morales a renunciar e tensões inflamadas na Nicarágua, atingida pela crise.
G1
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O Senado da Bolívia dá os últimos retoques a uma lei que pede novas eleições gerais e a eleição das autoridades do órgão eleitoral, um passo essencial para pacificar o país, imerso em protestos políticos com confrontos que deixaram 32 mortos em um mês.
Uma comissão da Câmara Alta está em fase final para concluir esta lei, que poderá ser aprovada nas próximas horas.
"Esperamos terminar o trabalho da comissão nesta sexta-feira (22) e apresentar (o projeto) ao plenário do Senado", disse na quinta o senador oficial e presidente de uma comissão interpartidiária, Oscar Ortiz.
Após sua aprovação no Senado, a lei deve passar aos Deputados e, em uma etapa final, ser encaminhada ao Poder Executivo para sanção constitucional.
A comissão de parlamentares e o Movimento para o Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales, ainda não conseguiram concordar sobre quando convocar eleições ou se o ex-chefe de Estado, asilado no México desde 10 de novembro, poderá participar do processo.
Há um acordo para renovar todos os sete ministros do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), após a prisão de suas autoridades por crimes eleitorais.
Ortiz acredita que nem Morales nem seu vice-presidente Álvaro García, também solicitante de asilo no México, podem participar das eleições, porque a Constituição permite apenas uma reeleição, já obtida por ambos.
Há uma pressão da população para que as eleições sejam realizadas o quanto antes, diz Omar Aguilar, do MAS.
"Em 15 ou 20 dias nós vamos eleger o Tribunal Eleitoral que terá a autoridade para determinar o calendário. Não se pode falar em uma data, nem mesmo um mês em que a votação acontecerá, sem um tribunal", afirma.
Depois de 13 anos no poder, Morales buscou um novo mandato nas eleições de 20 de outubro. Mas depois de um triunfo muito questionado, com alegações de fraude que incendiaram as ruas, o ex-presidente aimara acabou renunciando em 10 de novembro sob pressão das Forças Armadas.
Proposta da presidente
Jeanine Áñez, a presidente autoproclamada , entregou ao Congresso o projeto de lei para acelerar a convocação de novas eleições gerais na quarta-feira (20). Essa era uma promessa dela ao assumir no lugar de Evo.
Ao entregar o projeto, Áñez disse que seu governo é transitório e que caberá à Assembleia Legislativa levar adiante a eleição de novos integrantes do Tribunal Eleitoral, para que possa ser estabelecido um calendário eleitoral.
Violência e escassez
Enquanto os parlamentares trabalham na lei eleitoral, a tensão continua na cidade de El Alto - vizinha La Paz -, onde na terça-feira houve oito mortos após uma operação policial-militar para tirar gasolina de uma usina de combustível, cujo acesso foi bloqueado pelos moradores locais
O Exército permanece em alerta depois que milhares de manifestantes de El Alto, leais a Morales, marcharam para La Paz na quinta-feira com os caixões de cinco dos oito mortos, aos gritos de "justiça, justiça!",
A polícia os dispersou com gás lacrimogêneo.
Da mesma forma, em seis dos nove departamentos do país há bloqueios de estradas contra a presidente interina Jeanine Añez, que assumiu o poder após a fuga de Morales.
Esses bloqueios causam uma severa escassez de alimentos.
Em La Paz, por exemplo, longas filas podem ser observadas desde a semana passada nos mercados de fornecimento e nos postos de gasolina.
G1
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O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, exilado no México, denunciou que está convencido de que em 4 de novembro sofreu um atentado fracassado, quando o helicóptero em que viajava apresentou um problema mecânico e fez um pouso de emergência.
"Surpreendentemente, o helicóptero baixou. Eu ainda estava pensando que era por um problema, mas agora estou convencido de que foi um ataque", disse Morales, em entrevista realizada pelo presidente equatoriano Rafael Correa para a rede de televisão russa RT e transmitida nesta sexta-feira (22).
Evo Morales acusou o comandante geral da Força Aérea, o general Jorge Gonzalo Terceros Lara, de estar por trás dessa tentativa de assassinato. "Terceiros cometeram este atentado. Porque nos últimos dias esse general já mudou", lembrou Morales.
Em 4 de novembro, a Força Aérea da Bolívia informou que o helicóptero que levava o presidente boliviano pousou de emergência por causa de "uma falha mecânica no motor de cauda durante a decolagem".
Morales explicou naquele dia que o incidente, após a inauguração de uma estrada ao sul de La Paz, seria "devidamente investigado".
O ex-ministro do Governo (Interior) Hugo Moldiz disse na época que havia sido um "atentado criminoso".
"Viajo muito de helicóptero todos os dias. Dos nove departamentos que a Bolívia possui, meu recorde é de cinco departamentos (em um dia). Viagens de helicóptero, avião, helicóptero, avião. Com ventania, chuva, às vezes nebulosidade. Desta vez (havia apenas) um pouco de garoa. Isso me surpreendeu", disse Morales em sua entrevista com Correa.
O ex-presidente boliviano lembrou que naquele dia o líder de direita Luis Fernando Camacho, um dos arquitetos de sua saída do governo, adiantou o fim da era de Morales a seus seguidores.
"Naquele dia, Camacho disse: 'Na segunda-feira, vão ver como Evo vai cair, vamos mostrar em vídeo'. E à noite, depois que sua vida foi salva, ele não mostrou nada. Ele queria mostrar como o helicóptero Evo caiu e como Evo morreu", disse Morales.
A Bolívia atravessa uma grave crise desde as eleições de 20 de outubro, nas quais Morales, no poder desde 2006, aspirava ser reeleito. A oposição denunciou fraudes e as Forças Armadas retiraram seu apoio ao então chefe de Estado, que renunciou e deixou o país. Até o momento, a violência causou 32 mortes.
France Presse
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Os Ministérios da Defesa e da Educação receberam a maior parte dos R$ 14 bilhões desbloqueados pelo governo federal na semana passada. O detalhamento foi feito nesta sexta-feira (22) pelo Ministério da Economia.
De acordo com a pasta, a medida foi possível em razão da arrecadação extra com o megaleilão de petróleo, realizado na semana retrasada.
Segundo o governo federal, o Ministério da Defesa receberá R$ 3,473 bilhões, enquanto que os ministérios da Educação e do Desenvolvimento Regional terão, respectivamente, R$ 2,695 bilhões e R$ 1,905 bilhão.
O bloqueio e o desbloqueio de recursos do orçamento levam em conta o cumprimento da meta fiscal e, também, o teto de gastos. Para este ano, por exemplo, o governo prevê que as contas públicas registrarão saldo negativo de R$ 139 bilhões.
O governo também informou, por meio do relatório de receitas e despesas do quinto bimestre, que seria possível liberar mais R$ 7,2 bilhões para gastos neste fim de ano – sem a meta fiscal ser descumprida. Pelo teto de gastos, o espaço aumentou em R$ 6,896 bilhões.
Entretanto, como todos os recursos existentes dentro do teto de gastos foram liberadas na semana passada, o aumento só se dá efetivamente em caso de novos créditos adicionais.
Detalhamento dos R$ 14 bilhões desbloqueados
G1
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O ministro da Economia Paulo Guedes defendeu nesta sexta-feira (22) a desoneração da folha de pagamentos para retomada do mercado de trabalho no Brasil. Segundo ele, acabar com os encargos trabalhistas, que classifica como “cruéis”, provocaria efeito imediato na geração de empregos.
“Precisamos acabar com o imposto mais cruel que existe no Brasil que é o imposto sobre a folha de pagamentos. Aqui, você tem que desempregar para poder empregar, porque um trabalhador custa dois. Se fizer isso você cria milhões de empregos”, disse o ministro ao discursar durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior, no Rio de Janeiro.
Segundo Guedes, a desoneração da folha de pagamentos iria acabar com a informalidade que toma conta do mercado de trabalho atual e aumentaria a produtividade. “Você teria emprego e salário melhor para todo mundo e, ao mesmo tempo, dinheiro para a previdência, porque estaria todo mundo empregado”, enfatizou.
A Medida Provisória de incentivo à contratação de jovens prevê desoneração parcial da folha: as contratações feitas dentro do chamado programa Verde Amarelo serão isentas de pagamento do INSS, e o empregador vai recolher apenas 2% para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em vez de 8%.
Reforma administrativa
Por outro lado, o ministro voltou a defender mudanças no funcionalismo público a partir da reforma administrativa que, segundo ele, permitiria “controlar esse gasto desenfreado” com a folha de pagamentos dos entes federativos – União, estados e municípios.
Entre outras medidas, a reforma administrativa propõe o fim da estabilidade no início da carreira de boa parte dos servidores públicos. Por isso, ela tem enfrentado resistência no Congresso, o que foi minimizado pelo ministro.
“A reforma administrativa está andando. Os Poderes estão conversando razoavelmente. Tem brigas, mas é normal”, disse Guedes, enfatizando que “barulho é normal” dentro de uma democracia. “Não podemos nos deixar contaminar pelo barulho”.
‘A baleia está se mexendo’
Aos investidores presentes no evento, Paulo Guedes afirmou estar satisfeito com o atual cenário econômico do país e confiante com o seu desenvolvimento. Para isso, se valeu de uma das metáforas recorrentes em seu discurso, na qual compara a economia brasileira com uma baleia encalhada. “A baleia está se mexendo”, afirmou.
“A mensagem principal que quero deixar aqui é que estamos no caminho certo. Eu tenho cada vez mais convicção de que vai dar tudo certo”, disse o ministro.
Dentre as medidas em curso, Guedes destacou o pacto federativo, “que é a transformação do estado brasileiro” pois, segundo o ministro, permitirá aos governos estaduais e municipais recuperarem o poder de gestão sobre o orçamento público a partir do estabelecimento de uma “cultura de responsabilidade fiscal”.
“Nós temos que reforçar essa cultura de responsabilidade fiscal. Então, o pacto federativo é um marco institucional a para o fortalecimento da nossa democracia”, disse.
Ainda segundo o ministro, a crise econômica estaria provocando uma crise democrática no Brasil e, por isso, precisa ser revertida. “A economia está criando problemas para a democracia. Nós precisamos do sucesso da economia para dar resiliência ao nosso processo político”, defendeu.
G1
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