O Diário Oficial da União (DOU) publicou hoje (30) instrução operacional conjunta dos ministérios da Saúde e da Cidadania, para tratamento e prevenção da tuberculose entre populações socialmente vulneráveis e sob mais riscos de adoecimento, como pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, pessoas com HIV e indígenas.
A associação entre as áreas de vigilância à saúde e assistência e desenvolvimento social é fundamentada em histórico de evidências científicas citadas na instrução. “O acolhimento (...) e o vínculo entre a equipe de saúde, a pessoa com tuberculose e sua família ampliam a possibilidade de conclusão do tratamento da tuberculose promovendo maior adesão”, diz a instrução.
Segundo o documento, pessoas inscritas no Programa Bolsa Família (PBF) apresentam maior percentual de cura e menor percentual de abandono do tratamento. A instrução informa ainda que as cidades com alta cobertura do Bolsa Família apresentam coeficientes de incidência da tuberculose 8% menor que aqueles municípios com baixa cobertura”.
Rigor e acompanhamento
Conforme a instrução, “a tuberculose é curável em praticamente 100% dos casos”, mas o tratamento exige rigor e acompanhamento. “São utilizados quatro tipos de antibióticos de ingestão diária. O tratamento é longo, no mínimo, são seis meses, de difícil acompanhamento, sobretudo para os segmentos que enfrentam barreiras de acesso aos serviços de saúde”.
A descontinuidade dos cuidados expõe os pacientes e potencializa riscos. “Caso o tratamento não seja realizado da forma recomendada, a pessoa pode desenvolver o tipo resistente da doença, denominada tuberculose drogarresistente (TB-DR), que apresenta um tempo de tratamento prolongado, podendo chegar a dois anos e com uso de um número maior de tipos de antibióticos”, afirma a instrução operacional.
A iniciativa do governo federal vai articular o Sistema Único de Saúde e o Sistema Único de Assistência Social para compartilhamento de informações cadastrais e uso de centros de referência para atendimento e acolhimento, além de garantir segurança alimentar, tratar de outras doenças e combater o uso de tabaco, álcool e outras drogas.
Agência Brasil
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O Ministério da Saúde lançou, hoje (27), data em que se celebra o Dia Nacional de Doação de Órgãos, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, que este ano tem como slogan A Vida Continua. Doe Órgãos. Converse com sua família. O lançamento ocorreu no Hospital do Rim e Hipertensão, em São Paulo, hospital que mais faz transplantes de rim em todo o mundo.
Segundo o ministro da Saúde interino, João Gabbardo, a campanha pretende “sensibilizar as famílias para que elas autorizem o transplante quando o seu familiar estiver em morte encefálica”, única condição autorizada no país para transplante de órgãos pós-morte. Dados do Ministério informam que mais de 40% das famílias se negam a doar os órgãos de pessoas que tiveram morte encefálica.
“Pouco mais da metade das famílias autorizam. Temos mais de 40% das famílias que não autorizam a doação. São pessoas que têm condições de serem doadores e que poderiam salvar várias vidas. Cada doador pode salvar quatro ou cinco vidas”, disse Gabbardo.
De acordo com ele, é importante que as pessoas sempre conversem com seus familiares sobre a doação de seus órgãos para que, “no dia em que acontecer um imprevisto, uma morte inesperada e em que ele poderia ser um doador de órgãos, a família tenha essa informação de que o desejo dele era esse”.
Além da sensibilização das pessoas sobre a doação, disse Gabbardo, é preciso também alertar as famílias para que confiem no diagnóstico de morte encefálica, que é irreversível. “Esse é um aspecto importante. Muitas famílias ainda pensam que ao dizer que são doadores de órgãos, vai interromper as melhores práticas para tentar salvar a vida daquela pessoa. Mas isso não acontece. Quando há o diagnóstico de morte encefálica, não há a menor possibilidade de que essa pessoa possa continuar vivendo”, disse. Outro aspecto importante, lembrou, é fazer com o desejo da pessoa em ser doadora de órgãos seja transmitido a todos os familiares.
Foi o que aconteceu na família de Mailde Giordani, 40 anos, que perdeu sua irmã Patricia Akemi há cerca de 10 meses por causa de um aneurisma. Quando o quadro de sua irmã evoluiu para morte encefálica, Mailde lembrou que elas já haviam conversado antes sobre esse assunto e autorizou que os órgãos de sua irmã fossem doados e ajudassem a salvar vida de, pelo menos, mais uma pessoa.
“Ela expressou, durante uma conversa, que queria ser doadora. Ela disse: ‘se acontecer algo comigo, também quero ser doadora'. E infelizmente isso aconteceu. Ela teve um aneurisma e não conseguiu se recuperar. Então, quando os médicos vieram conversar conosco, foi muito fácil tomar essa decisão porque a gente já tinha conversado sobre isso na nossa família”, disse. “Hoje é um dia muito feliz para mim porque sei que pelo menos uma pessoa está viva graças à doação de minha irmã”, acrescentou.
Mailde lembrou que o segundo nome de sua irmã, Akemi, significa luz. E fez a analogia de que a luz de sua irmã brilhou para outras pessoas, fazendo-as renascer após receberem os vários órgãos que ela doou: coração, pulmão, pele, córneas, pele, fígado, rim, pâncreas, complexo gastrointestinal e, “se não engano, o fêmur também”. “A doação de órgãos é o maior gesto de amor. Doar é vida, vida que segue”, ressaltou Mailde.
Portadora de cardiopatia congênita, Patricia Fonseca fez transplante de coração. O que mudou totalmente sua vida. “Eu nasci com cardiopatia congênita, e então nunca tinha visto o que era saúde. Cresci em corredores de hospitais, fiz muitas cirurgias, até que eu fui levada a uma fila de espera e tive uma chance de ter uma vida que nunca tive, de fazer coisas que antes nunca poderia sonhar. No dia do meu aniversário chegou o meu coração, que está batendo forte aqui agora”, disse Patricia.
“Eu, que passei muitos anos de minha vida presa em uma cama, hoje posso trabalhar, posso viver minha vida ao lado do meu marido, posso lutar por outras pessoas e ainda virei triatleta”.
Portaria
No evento de lançamento da campanha em São Paulo, o ministro interino da Saúde, João Gabbardo, assinou uma portaria ajustando o preço pago nas soluções usadas para manter a viabilidade das células dos órgãos antes de serem transplantados, garantindo o funcionamento adequado no receptor.
Para a captação de rim e coração, o preço passou de R$ 35/litro para R$ 350/litro. Já para pulmão, o reajuste foi de R$ 269, passando de R$ 81/litro para R$ 350/litro. Desde 2007 os preços das soluções não tinham sido reajustados. A medida representa, segundo o Ministério da Saúde, um impacto financeiro de R$ 3,5 milhões, que serão repassados via Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), a partir da produção apresentada pelos estados ao ministério. A expectativa é que o reajuste impacte positivamente no aumento do número de transplantes desses órgãos.
Balanço
De acordo com o Ministério da Saúde, a doação de órgãos, tecidos e células realizados no país no primeiro semestre deste ano cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado. O balanço desse período mostrou que houve crescimento de transplantes considerados mais complexos, ou seja, dos mais difíceis de serem realizados devido a aspectos como o tempo curto entre retirada e implante de órgão, estrutura do hospital e equipe especializada.
Os transplantes de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os transplantes de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento transplantes de pâncreas-rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
Houve uma pequena queda no número de transplantes realizados no primeiro semestre de ano, que somaram 13.263, em comparação ao mesmo período do ano passado, de 13.291. Ainda segundo o ministério, este ano deve ser fechado com a taxa de 17 doadores efetivos por milhão da população (pmp). Em números absolutos, o país deve alcançar 3.530 doadores efetivos este ano. Já o número de pessoas em lista atualmente por um transplante é de cerca de 44 mil pessoas.
O Ministério da Saúde repassa recursos para estados e municípios apoiando na qualificação dos profissionais de saúde envolvidos nos processos de doação e transplante. O orçamento federal para essa área mais que dobrou em 11 anos, passando de R$ 458,40 milhões para R$ 1,058 bilhão.
Ainda segundo o ministério, a parceria firmada por meio do acordo de cooperação técnica das companhias aéreas comerciais e da Força Aérea Brasileira (FAB) na logística de transporte continua a ser realizada. Juntas elas transportaram 696 órgãos no primeiro semestre de 2019, sendo 626 por voos comerciais e 70 pela FAB.
Agência Brasil
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As bolsas vinculadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para estudantes, professores e pesquisadores serão pagas em outubro. A informação foi dada hoje (30) pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, por meio de sua conta na rede social Twitter.
Pontes havia informado neste mês um remanejamento de recursos originalmente previstos para ações de fomento do CNPq. Contudo, para efetuar o pagamento aos bolsistas ainda havia a necessidade de o Ministério da Economia autorizar o repasse, elevando a possibilidade de gastos do Conselho.
“Emergencialmente fiz transferência da parte de fomento do CNPq em setembro. Tínhamos orçamento mas não tínhamos o limite. Dependia do Ministério da Economia aprovar o limite. Ela aprovou na sexta-feira (27) então está tudo tranquilo para o pagamento deste mês”, declarou o titular do MCTIC em vídeo na rede social.
Contudo, Marcos Pontes acrescentou, para os demais meses do ano ainda há dependência da liberação do Ministério da Economia. “Mas tudo vai dar certo e a [pasta da] Economia vai nos ajudar”, disse. No início do mês, o secretário-executivo da pasta, Júlio Semeguini, disse em audiência no Congresso que não havia garantia de complementação do orçamento do Conselho até o fim do ano.
No fim de agosto, o CNPq esgotou o orçamento previsto para o ano. Com isso, o comando do órgão, do MCTIC e a comunidade acadêmica passaram a reivindicar à área econômica do governo a suplementação de recursos de modo a assegurar o custeio das bolsas. Em setembro, o ministério anunciou o remanejamento dos recursos para o pagamento de um mês, no total de R$ 82 milhões.
O “rombo” anual do orçamento do CNPq chega aos R$ 330 milhões. Retirado o redirecionamento anunciado, ainda permanece a necessidade de complementação de R$ 248 milhões da verba do órgão.
Suspensão
A falta de perspectiva sobre o repasse das verbas relativas às bolsas fez o Conselho suspender a seleção de bolsistas em julho. A decisão gerou reações de entidades da comunidade científica, como a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), o Fórum Nacional de Diretores de Faculdades, Centros de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras e a Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação.
Boa tarde pessoal,
Segue uma curta e direta atualização sobre a situação das bolsas do CNPq e os pagamentos.
Abs Espaciais,
Marcos Pontes pic.twitter.com/y3b5SKI9nJ
— Marcos Pontes (@Astro_Pontes) 30 de setembro de 2019
Agência Brasil
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De segunda a sexta, a dentista Laudicéia Magalhães, acompanha a filha, Clarice, 16 anos, até a escola. São oito minutos do local onde moram até a Escola de Referência em Ensino Médio Aura Sampaio Parente Muniz, em Salgueiro (PE). “Eu não abro mão de acordar mais cedo, mesmo quando durmo tarde, para deixar ela na escola. No caminho, conversamos, pergunto como estão as coisas, desejo boa prova, se ela for fazer algum exame”.
Gestos como este podem ajudar as crianças e adolescentes a terem um melhor desempenho escolar, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), exame internacional que avalia estudantes de 15 anos de cerca de 70 países, disponíveis na plataforma de dados educacionais Mapa da Aprendizagem.
A plataforma reúne os dados coletados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no Pisa 2015, que é a última edição com os resultados disponíveis. Nesse ano, o enfoque foi em ciências.
Entre os estudantes que disseram que os pais se interessam muito pela vida escolar, a média de desempenho em ciências foi 414,08 pontos. Já entre aqueles cujos pais não mostram interesse na escola, a média foi 357,19. A diferença equivale a quase dois anos de estudos entre os dois grupos.
Clarice, que está no 2º ano do ensino médio, é a caçula de três filhos. Além de levá-la para a escola, as duas sempre almoçam juntas. Em casa, cada um dos filhos têm uma prateleira para os livros e materiais didáticos e tem um espaço para estudar. “Mostro para eles que realizar o que eles sonham só depende deles, não depende nem de mim, nem do pai. Se querem ter um carro bom, que estudem, que um dia terão. Se querem uma casa boa, estudem, que vão conseguir. O caminho é esse”, diz Laudicéia.
Participação dos pais
No Brasil, 50,2% dos estudantes dizem que os pais têm interesse pelas atividades escolares. A porcentagem coloca o país na 24ª posição em um ranking de 49 países com o dado disponível. A média dos países da OCDE é 48,07%. Os dados brasileiros apontam que há diferença entre aqueles com maior nível socioeconômico, grupo no qual 63,2% dos estudantes relatam a participação dos pais, e aqueles com menor nível socioeconômico, com 46%.
“Pais que participam geram um ambiente de valorização da educação que é super necessário para o jovem se engajar”, diz o diretor executivo do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins Faria.
Faria explica que participar da vida escolar é acompanhar a frequência escolar dos filhos, ou seja, saber se estão ou não indo para a escola, participar de reuniões e conversar com os próprios filhos. Não significa necessariamente corrigir os deveres de casa, isso poderá ficar a cargo da escola, mas ter uma clareza do que a instituição de ensino espera do estudante e se ele está engajado nos estudos. É importante, segundo o pesquisador, que pais e escolas ajam em conjunto.
“Os pais têm necessidades diferentes e disponibilidade de tempo diferentes. A escola pode fazer um diálogo, estabelecendo um combinado com os pais”, diz Faria, que acrescenta: “O mais importante é que os combinados sejam claros para que não haja uma relação conflituosa das escola criticando pais por não participarem e dos pais criticando as escolas por conta de expectativas de aprendizagem que não acontecem”.
Diferença de aprendizagem
O engajamento dos pais foi um dos diferenciais que colocou a escola de Clarice entre as instituições de ensino que atendem a estudantes de baixo nível socioeconômico com os melhores desempenhos na Prova Brasil e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo o estudo “Excelência com Equidade no Ensino Médio: a dificuldade das redes de ensino para dar um suporte efetivo às escolas”.
“Essa parceria dos pais e professores é muito importante, sobretudo na adolescência”, diz a professora de biologia da escola, Uanne Freire Bezerra. A professora conta que uma vez a cada dois meses os pais são convidados à escola para receber o boletim dos filhos. “A gente faz um dia de plantão. Sabemos que tem pais que trabalham e, por isso, ficamos o dia todo disponíveis para eles. Eles escolhem o horário. Recebem o boletim e têm uma conversa individual com cada professor”, diz. Além disso, a equipe faz atendimentos para tratar de questões do dia a dia ao longo de todo o ano letivo.
Segundo Uanne, faz parte do calendário escolar de toda a rede estadual, também uma vez a cada dois meses, um evento recreativo com pais, estudantes e professores. “Isso para os pais não irem à escola só quando tem problema com os alunos. Fazemos dinâmica, café da manhã, almoço com música ao vivo. É um momento de descontração, em que eles têm a oportunidade de ver o resultado do trabalho dos filhos”.
Mapa da Aprendizagem
O Mapa de Aprendizagem foi desenvolvido pelo Iede, Fundação Lemann e Itaú BBA e disponibilizado, em primeira mão, para a Agência Brasil. O objetivo da plataforma é facilitar o acesso aos dados do Pisa. É possível consultar os dados dos países participantes da avaliação e de cada um dos estados brasileiros. Além de consultas, é possível fazer comparações personalizadas.
Agência Brasil
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O governo da Grécia anunciou nesta segunda-feira (30) que pretende enviar cerca de 10 mil migrantes à Turquia até o fim de 2020. A medida foi anunciada após a convocação de emergência de um conselho de ministros um dia depois de um incêndio e tumultos em um acampamento na ilha de Lesbos terminarem em morte.
No mandato do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, foram reenviados 1.806 migrantes em quatro anos e meio. O governo do novo premiê Kyrakos Mitsotakis pretende ampliar em mais de cinco vezes esse número em um prazo muito menor.
Duas pessoas morreram no incêndio no acampamento de migrantes de Moria. Segundo os refugiados, o fogo começou num pequeno comércio ambulante – ainda não está claro se o fogo teve início antes ou durante os tumultos que terminaram em confronto com a polícia.
De acordo com o Ministério da Saúde, 17 migrantes ficaram feridos: nove homens, seis mulheres e duas crianças. Todos receberam atendimento no Hospital de Mytilene, perto do local, informou a agência France Presse.
O acampamento acolhia entre 12 mil e 13 mil migrantes em contêineres – muito mais do que a capacidade máxima de 3 mil. O prefeito do norte do Mar Egeu, Kostas Moutsouris, que representa a região que inclui a ilha de Lesbos, disse ao site Newsbomb que o incidente era uma tragédia anunciada.
"Tal tragédia poderia acontecer a qualquer momento", lamentou.
O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Grécia, Boris Cheshirkov, afirmou à AFP que a situação dos migrantes no país é muito trágica. Segundo ele, é urgente acelerar as transferências para a porção continental da Grécia.
Refugiados revoltados
Em um acampamento superlotado, os migrantes iniciaram no domingo uma revolta contra as autoridades gregas e provocaram tumultos na madrugada. Alguns deles chegaram a subir nos contêineres do centro na ilha de Lesbos.
Os migrantes reivindicavam uma transferência à parte continental da Grécia. De lá, eles poderiam seguir viagem rumo a outros países da Europa.
O tumulto piorou quando a multidão entrou em confronto com a polícia pela demora dos bombeiros em extinguir o incêndio, informaram refugiados à agência France Presse. Policiais dispararam gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
De acordo com uma porta-voz da Acnur em Lesbos, a situação se acalmou na manhã desta segunda-feira. Porém, o local teve a presença policial reforçada.
"Muitos policiais chegaram hoje. Checam os documentos das pessoas, olham dentro dos contêineres... tudo isso nos estressa ainda mais", confirmou Farid, um jovem afegão por telefone à AFP.
"Muitos refugiados estão tristes e estressados. Têm medo de um novo acidente", disse ele.
Para o ACNUR, "o incêndio ocorreu em um contexto de aumento de chegadas" de migrantes da vizinha Turquia. Em três meses, quase 10 mil pessoas chegaram à ilha de Lesbos, segundo Lefteris Oikonomou, vice-ministro da Defesa Civil.
Pior período desde 2016
"Estamos em um contexto diferente da crise migratória de 2015, onde as fronteiras estavam abertas. Porém, desde o acordo UE-Turquia (firmado em março de 2016), atravessamos o pior período", disse Oikonomou durante uma coletiva de imprensa em Mitilene.
As autoridades prometeram uma nova transferência de 250 pessoas nesta segunda-feira e esvaziar o acampamento de Moira. Segundo o Acnur, de 2 a 15 de setembro, 2.510 refugiados foram transferidos das ilhas do mar Egeu para o continente grego.
O prefeito de Lesbos, Stratos Kytelis, também pediu "o descongestionamento imediato de nossas ilhas e o fortalecimento do controle de fronteiras".
No auge da crise migratória, a União Europeia e a Turquia assinaram um acordo em 2016 que levou a uma redução significativa no fluxo de migrantes e refugiados pelas ilhas gregas, perto da Turquia.
Mas, no início de setembro, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, cujo país abriga mais de quatro milhões de refugiados, ameaçou "abrir as portas" aos migrantes, se não conseguir mais ajuda internacional.
Na semana passada em Nova York, os líderes da Grécia e da Turquia "concordaram em fazer todos os esforços para reduzir o fluxo de migrantes", de acordo com uma autoridade grega.
G1
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Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (30) que impuseram sanções contra empresas da Rússia por tentar interferir com as eleições legislativas de novembro de 2018.
Os americanos colocaram um iate e aviões do investidor russo Yevgeniy Prigozhin em uma lista internacional de sanções, assim como os nomes de empregados de uma empresa dele, a Internet Research Agency, que existia para difundir histórias falsas em redes sociais.
O próprio Prigozhin já estava na lista de sancionados por seu envolvimento com as eleições de 2016.
Para conseguir usar seus iates e aviões com sua família, ele havia criado empresas laranja, de acordo com a Secretaria do Tesouro dos EUA.
Subversão do processo democrático
Os americanos acusam o investidor de tentar subverter o processo democrático, ainda que não haja evidência de que os esforços da Internet Research Agency ou outros estrangeiros tenham de fato sido efetivos ao fazer com que eleitores tenham deixado de ir às urnas ou mudado seus votos ou mesmo atrapalhado a apuração, disse Steven Mnuchin, o secretário do Tesouro.
“Que isso sirva como um aviso: qualquer um que mantiver relação com esses indivíduos, empresas, avião ou embarcações também vai sofrer sanções no futuro”, disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, em um comunicado. “Todos fomos claros: não vamos tolerar interferência estrangeira em nossas eleições”, afirmou.
Próximas eleições
A Secretaria do Tesouro informou que vai tomar medidas para evitar que haja problemas nas eleições de 2020 –não está claro quais elas seriam.
Durante as eleições legislativas de 2018, a Internet Recent Agency, com sede em São Petesburgo, usou contas falsas em redes sociais para difundir informações falsas e desacreditar candidatos que pareciam ser hostis à Rússia.
Em 2016, a mesma organização tentou ajudar Donald Trump com ataques à Hillary Clinton, de acordo com o relatório do procurador especial Robert Mueller, que investigou a interferência russa durante as eleições.
Associated Press
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Líderes mundiais se reuniram em Paris, nesta segunda-feira (30), para prestar a homenagem final ao ex-presidente francês Jacques Chirac, que faleceu na quinta-feira passada (26).
Foi declarado dia nacional de luto na França pela morte do ex-chefe de Estado, que tinha 86 anos e era muito amado pelos franceses.
Após uma missa com a presença de cerca de 200 familiares e amigos perto do túmulo de Napoleão, no complexo dos Inválidos, o atual presidente, Emmanuel Macron, liderou um tributo militar a Chirac. Uma banda militar tocou o hino nacional e Macron inspecionou as tropas. O caixão de Chirac foi, então, carregado até o centro do pátio.
Sob aplausos, o caixão foi levado por ex-agentes de segurança de Chirac da Catedral dos Inválidos, onde recebeu as homenagens de milhares de pessoas no domingo (29), à Igreja do Santo Suplício.
Vários franceses também compareceram à homenagem final. Quando o carro fúnebre carregando Chirac chegou à Igreja do Santo Suplício, a multidão aplaudiu.
As pessoas tiraram fotos, derramaram lágrimas e exibiram cartazes dizendo "Obrigado por dizer não à guerra no Iraque", enquanto observavam em uma tela o caixão coberto pela bandeira da França.
Dentro da igreja, o pianista Daniel Baremboim tocou uma peça de Schubert. Macron e várias autoridades mundiais participaram do velório - incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder e o rei da Jordânia, Abdallah II.
Também compareceram o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier. Os ex-presidentes franceses Nicolas Sarkozy e François Holland também estavam presentes.
Depois da cerimônia na igreja, o caixão foi levado para o cemitério de Montparnasse, em Paris, para um funeral privado.
Ao redor da França, um minuto de silêncio foi observado em escolas e prédios públicos em homenagem ao ex-presidente.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal du Dimanche, Chirac, cuja popularidade não parou de crescer desde que deixou o Eliseu em 2007, tornou-se o presidente da Quinta República mais amado pelos franceses, empatado com Charles de Gaulle.
Para o jornal "Le Figaro", a afeição demonstrada pelos franceses a Jacques Chirac se deve mais ao que ele era do que ao que fez.
"Ele se ajustou às contradições de um país", acrescentou o jornal, para o qual o ex-chefe de Estado "era profundamente francês, com suas virtudes e fraquezas".
G1
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As contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram um déficit primário de R$ 13,448 bilhões em agosto, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC).
Isso significa que as receitas de impostos e contribuições do governo foram menores do que as despesas neste período. A conta não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.
O resultado das contas públicas no mês passado representa melhora em relação ao mesmo período do ano passado – quando o saldo negativo foi R$ 16,876 bilhões. No mesmo mês de 2017, o rombo fiscal somou R$ 9,529 bilhões.
No mês passado, ainda de acordo com o BC:
Parcial do ano
O resultado das contas do setor público consolidado no acumulado do ano favorece o cumprimento da meta fiscal para 2019, ou seja, do resultado prefixado para as contas públicas.
No acumulado do ano até agosto, as contas públicas apresentaram um déficit primário de R$ 21,950 bilhões, menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 34,700 bilhões.
Para este ano, o setor público está autorizado a registrar déficit (despesas maiores que receitas) de até R$ 132 bilhões. Esse valor também não inclui os gastos com juros da dívida.
Em todo ano de 2018, as contas do setor público tiveram um déficit primário de R$ 108 bilhões, ou 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o quinto ano seguido de rombo nas contas públicas.
Após despesas com juros
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 63,644 bilhões nas contas do setor público em agosto.
Já em 12 meses até agosto deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 444,711 bilhões, o equivalente a 6,32% do PIB – valor alto para padrões internacionais e, também, para economias emergentes.
Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto das atuações do BC no câmbio (via contratos de swap cambial) e, também, dos juros básicos da economia (taxa Selic), fixados pelo Banco Central para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 5,5% ao ano, na mínima histórica.
As despesas com juros nominais somaram R$ 50,187 bilhões no mês passado e R$ 349,203 bilhões em 12 meses até agosto de 2019 (4,96% do PIB).
Dívida bruta
A dívida bruta do setor público, uma das principais formas de comparação internacional (que não considera os ativos dos países, como as reservas cambiais), avançou em agosto. Esse indicador é acompanhado mais atentamente pelas agências de classificação de risco.
A dívida, que estava em 77,2% do PIB no fim do ano passado, já havia avançado para 79% do PIB (R$ 5,540 trilhões) em julho deste ano. E, em agosto, subiu para R$ 5,617 trilhões (79,8% do PIB, novo recorde).
Em junho, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, informou que a instituição está projetando que a dívida bruta do setor público cresça para 80% no final deste ano.
"Se o Brasil fosse um país desenvolvido, não seria preocupante. Mas para países emergentes, a média [da dívida bruta] é de 50% do PIB. Ou seja, para o grupo de países que participamos, a nossa dívida já é excessivamente elevada", declarou Mansueto naquele momento.
G1
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O Bradesco anunciou nesta segunda-feira (30) uma redução na taxa de juros da sua linha de crédito imobiliário. A partir de 1º de outubro, a taxa mínima será de 7,30% ao ano + TR. Atualmente, as taxas começavam em 8,2% ao ano + TR.
As novas condições passam a vigorar a partir desta terça-feira, 1º de outubro, em toda a rede de agências do banco.
Na sexta-feira, o Itaú também anunciou que irá reduziu as taxas mínimas dos juros do financiamento imobiliário: de 8,1% ao ano + TR para a 7,45% ao ano + TR.
O movimento dos bancos segue a redução mais recente da taxa básica de juros pelo Banco Central. O último corte de juros do financiamento imobiliário havia sido feito pelo banco no dia 18 de setembro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu de 6% para 5,5% a Selic e ainda sinalizou espaço para novos cortes ao longo do ano.
Segundo o Bradesco, as novas taxas podem ser contratadas para financiamentos com prazo de até 360 meses. "O cliente pode financiar até 80% do valor do imóvel e o comprometimento máximo da renda líquida sobre o valor das prestações é de 30%", informou o banco.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), até o mês de agosto deste ano, entre aquisição e construção, o Bradesco desembolsou R$ 11,6 bilhões, atrás apenas da Caixa, que desembolsou no período R$ 14,5 bilhões.
Em agosto, o financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu R$ 6,71 bilhões em agosto, um aumento de 18,4% em relação ao mesmo mês de 2018. Foi também o maior resultado para um mês este ano.
G1
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