Líderes mundiais se reuniram em Paris, nesta segunda-feira (30), para prestar a homenagem final ao ex-presidente francês Jacques Chirac, que faleceu na quinta-feira passada (26).
Foi declarado dia nacional de luto na França pela morte do ex-chefe de Estado, que tinha 86 anos e era muito amado pelos franceses.
Após uma missa com a presença de cerca de 200 familiares e amigos perto do túmulo de Napoleão, no complexo dos Inválidos, o atual presidente, Emmanuel Macron, liderou um tributo militar a Chirac. Uma banda militar tocou o hino nacional e Macron inspecionou as tropas. O caixão de Chirac foi, então, carregado até o centro do pátio.
Sob aplausos, o caixão foi levado por ex-agentes de segurança de Chirac da Catedral dos Inválidos, onde recebeu as homenagens de milhares de pessoas no domingo (29), à Igreja do Santo Suplício.
Vários franceses também compareceram à homenagem final. Quando o carro fúnebre carregando Chirac chegou à Igreja do Santo Suplício, a multidão aplaudiu.
As pessoas tiraram fotos, derramaram lágrimas e exibiram cartazes dizendo "Obrigado por dizer não à guerra no Iraque", enquanto observavam em uma tela o caixão coberto pela bandeira da França.
Dentro da igreja, o pianista Daniel Baremboim tocou uma peça de Schubert. Macron e várias autoridades mundiais participaram do velório - incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder e o rei da Jordânia, Abdallah II.
Também compareceram o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier. Os ex-presidentes franceses Nicolas Sarkozy e François Holland também estavam presentes.
Depois da cerimônia na igreja, o caixão foi levado para o cemitério de Montparnasse, em Paris, para um funeral privado.
Ao redor da França, um minuto de silêncio foi observado em escolas e prédios públicos em homenagem ao ex-presidente.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal du Dimanche, Chirac, cuja popularidade não parou de crescer desde que deixou o Eliseu em 2007, tornou-se o presidente da Quinta República mais amado pelos franceses, empatado com Charles de Gaulle.
Para o jornal "Le Figaro", a afeição demonstrada pelos franceses a Jacques Chirac se deve mais ao que ele era do que ao que fez.
"Ele se ajustou às contradições de um país", acrescentou o jornal, para o qual o ex-chefe de Estado "era profundamente francês, com suas virtudes e fraquezas".
G1
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