O União Brasil e o Progressistas (PP) anunciaram oficialmente nesta terça-feira (29) a criação de uma federação partidária entre as duas legendas.
A aliança será chamada de União Progressista e deve ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao longo dos próximos meses – com validade já para 2026.
A federação reunirá a maior bancada de deputados na Câmara, o maior número de prefeitos e as maiores fatias de recursos públicos para financiamento de campanhas e custeio de despesas partidárias.
As tratativas entre União e PP são acompanhadas de perto por outros dirigentes partidários, que tentam projetar o tamanho do impacto da "superfederação" nas campanhas de 2026.
Internamente, membros das siglas defendem que a federação discuta — mais à frente — a presença da União Progressista no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Também dizem que a aliança precisará decidir se apoiará candidaturas a presidente em 2026. E se mantêm a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), ao Planalto.
As federações partidárias são um modelo de aliança que une duas ou mais siglas. Pelas regras, as legendas passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos.
Também deve haver alinhamento nas campanhas — ou seja, a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente as candidaturas.
As ambições da federação
Mesmo diante da indefinição sobre 2026, Caiado discursou no evento desta terça. Bastante aplaudido, o governador disse que a federação vai "subir a rampa do Palácio do Planalto" no em 2027.
"Em 2026, vamos ganhar as eleições no país e vamos subir a rampa do Palácio do Planalto", afirmou Caiado.
Em manifesto lido pelos presidentes do PP (Ciro Nogueira) e Antonio de Rueda (União Brasil), a federação diz ter como objetivo a "responsabilidade fiscal e responsabilidade social".
"Defendemos um choque de prosperidade, com medidas profundas no campo econômico e regulatório, que coloquem o Brasil em linha de competitividade com as nações mais eficientes do mundo. Um choque que destrave o país. Um choque que liberte o Brasil de suas amarras", diz o documento.
Comando interno
O presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, anunciou na noite de segunda (28) que a "superfederação" terá um comando compartilhado em seus primeiros meses.
A presidência será compartilhada entre Rueda e o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI) — sem hierarquia estabelecida. Em dezembro deste ano, um comandante único deverá ser eleito pela União Progressista.
Ao longo das próximas semanas, dirigentes afirmam que os partidos passarão a se debruçar sobre o estatuto do arranjo. Nesta fase, deverá ficar mais clara a divisão de comando e as instâncias da aliança — pontos que registram as maiores divergências entre membros dos partidos.
O documento terá de ser aprovado internamente por cada sigla, em convenções partidárias.
Com o estatuto em mãos, a federação poderá dar entrada no registro da aliança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda não há data para que isso ocorra.
A 'superfederação' em números
As tratativas entre União Brasil e PP são acompanhadas de perto por outros dirigentes partidários, que tentam projetar o tamanho do impacto da aliança nas campanhas de 2026.
A "superfederação", como tem sido chamada por lideranças de outros partidos, teria direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo TSE, do fundo público de financiamento de campanhas.
Levando em conta os valores distribuídos em 2024, uma eventual federação entre PP e União faria jus a quase R$ 1 bilhão em recursos públicos.
União Progressista em números:
g1
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