O Itamaraty emitiu um comunicado em tom de alinhamento ao lado americano na recente disputa dos EUA com o Irã na noite desta sexta-feira, no qual diz que ”o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”.
No comunicado, intitulado "Acontecimentos no Iraque e luta contra o terrorismo", o Ministério das Relações Exteriores afirma que ”essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo".
A nota foi publicada em meio às turbulências causadas pelo ataque aéreo americano que resultou na morte do general Qassem Soleimani. Comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária do Irã, ele foi morto por um ataque com míssil dos Estados Unidos.
No texto, o Itamaraty não faz referência direta ao Irã ou a Soleimani, mas afirma que o Brasil está “pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”.
"O Brasil acompanha com atenção os desdobramentos da ação no Iraque, inclusive seu impacto sobre os preços do petróleo, e apela uma vez mais para a unidade de todas as nações contra o terrorismo em todas as suas formas", acrescenta o texto.
A nota afirma também que o "Brasil condena igualmente os ataques à Embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos nos últimos dias, e apela ao respeito da Convenção de Viena e à integridade dos agentes diplomáticos norte-americanos reconhecidos pelo governo do Iraque presentes naquele país".
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que a posição do governo em relação a tensão entre EUA e Irã é de fazer aliança com “qualquer” país que combata o terrorismo.
— A nossa posição é se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo. Nós sabemos que, em grande parte, o Irã representa para os seus vizinhos e o mundo — disse.
Bolsonaro também afirmou que a vida pregressa do general iraniano morto na quinta-feira era “voltada em grande parte para o terrorismo”.
— Do que levantamos até agora da vida pregressa dessa autoridade iraniana que perdeu a vida no dia de ontem, segundo informações aqui, pessoa que estaria envolvida em ataques à entidade judia que existia na Argentina — disse, referindo-se ao atentado contra a AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), que deixou 85 mortos em 1994. — Então, a vida pregressa dele era voltada em grande parte para o terrorismo e nós aqui no Brasil, a nossa posição é bem simples. Tudo que pudermos fazer para combater o terrorismo, assim o faremos.
O GLOBO
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta sexta-feira (3) que a criação do juiz de garantias visa uma maior imparcialidade nos processos do país e não gerará aumento de custos e trabalho ao Judiciário.
O juiz de garantias faz parte do pacote anticrime aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado.
A afirmação de Toffoli foi feita durante a abertura de reunião no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido pelo ministro, com um grupo de trabalho criado para avaliar a implementação do juiz de garantias.
"O juiz vai julgar com maior imparcialidade. Não é juiz a favor do investigado", afirmou o ministro.
Toffoli adiantou que estudos estão sendo feitos para que o CNJ possa orientar os tribunais na implantação da lei.
"O juiz já faz isso. Não há que se falar em aumento de custo e de trabalho. É uma questão de organização interna", disse.
Ainda segundo Toffoli, cabe ao CNJ apenas a orientação. "Questões de constitucionalidade são afeitas ao Supremo", completou.
Pela lei, o juiz de garantias passará a ser o responsável por acompanhar a investigação e autorizar medidas como prisões preventivas ou temporárias, quebra de sigilos bancário e fiscal, bloqueio de bens e operações de buscas e apreensões. Depois, outro magistrado assumirá o processo e dará a sentença.
É a primeira reunião para levantamento de dados e ideias sobre como implementar o juiz de garantias no país. Na segunda-feira (30), o CNJ abriu uma consulta pública sobre o tema, que deve se encerrar no dia 10 de janeiro.
O coordenador do grupo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins, disse que é possível estruturar o juiz de garantias e que é preciso tempo. "Mas podemos realizar essa tarefa", afirmou.
"A tarefa do grupo é empreender estudos, não estamos alterando nem interpretando a lei", disse Martins.
Segundo o coordenador do grupo, “é preciso analisar cuidadosamente a realidade a partir de dados concretos, a fim de verificar a melhor forma de concretizar a proposta legislativa".
"Na justiça estadual, cerca de 21,4% do total dos processos em tramitação na fase de conhecimento [inicial] são criminais. Na justiça federal, esse número é de cerca de 3,8%. Além disso, em ambos os segmentos, as varas únicas representam quase 20% do total das unidades judiciárias e correspondem a 60% do total de localidades. Esses números mostram bem a dimensão da tarefa que é estruturar o juízo das garantias em todo o território nacional", disse.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, recomendou ao presidente Jair Bolsonaro que vetasse a proposta, mas não foi atendido. Bolsonaro sancionou a criação do juiz de garantias e justificou dizendo que não podia ficar dizendo "não" sempre ao Parlamento.
Depois de aprovada a criação do juiz de garantias, a Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação dos Juízes Federais e os partidos Podemos, Cidadania e PSL entraram com ações no STF questionando a constitucionalidade da proposta.
O Supremo ainda não tomou uma decisão sobre esses pedidos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ao Supremo que rejeite as ações apresentadas e defende a criação do juiz de garantias.
G1
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Um estudo epidemiológico para saber como anda a saúde bucal da população brasileira está sendo conduzido pelo Ministério da Saúde. A pesquisa de âmbito nacional vai examinar aproximadamente 30 mil pessoas em suas casas para levantar os principais problemas na saúde bucal. Esse estudo epidemiológico é realizado a cada 10 anos e a execução da edição de 2020 será feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Com o objetivo de avaliar a metodologia a ser usada no levantamento, o ministério deu início a uma consulta pública que ficará aberta até o dia 17 de janeiro. As contribuições ao projeto SB Brasil podem ser enviadas por meio de formulário eletrônico.
O SB Brasil 2020 está em sua quinta edição e visa levantar informações para qualificar o planejamento de políticas e programas de promoção, prevenção e assistência em saúde bucal. Também será uma importante ferramenta para analisar as condições atuais de saúde bucal da população brasileira, após 14 anos do lançamento da Política Nacional de Saúde Bucal - Programa Brasil Sorridente, segundo o ministério.
Os quatro levantamentos nacionais, realizados em 1986, 1996, 2003 e 2010, contribuíram para construção da série histórica e da base de dados do perfil epidemiológico de saúde bucal da população brasileira, segundo a pasta da saúde. O levantamento será feito em todas capitais do país, no Distrito Federal e em cinco municípios do interior das regiões do Brasil.
Segundo o ministério, com o estudo deste ano, será possível qualificar o programa Brasil Sorridente, permitindo verificar tendências, planejar e avaliar os serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
AGÊNCIA BRASIL
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A campanha de prevenção do câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que chegou a sua 21ª edição, divulgou os dados das ações realizadas em dezembro. Das 22.749 pessoas atendidas, 4.197 foram diagnosticadas com a doença.
A ação fez parte do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a enfermidade, que busca informar o público e incentivar os cuidados necessários. Os atendimentos gratuitos foram realizados por dermatologistas em 123 serviços de saúde no país.
"É preciso conscientizar as pessoas sobre o câncer de pele a partir da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado com o médico dermatologista", disse Sérgio Palma, presidente da SBD.
Números e sintomas do câncer de pele
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente em homens nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, sendo o segundo no Nordeste e no Norte. Além disso, 30% dos casos de câncer no Brasil são de pele.
Entre os sintomas da doença estão o aparecimento e crescimento de manchas avermelhadas na pele, que também podem gerar coceiras e sangramentos, além de pintas com formato irregular. O diagnóstico é feito por dermatologistas e envolve alguns exames.
Tipos de câncer de pele
No geral, existem dois tipos da doença: o câncer de pele não melanoma e o câncer de pele melanoma. O segundo é mais grave, já que tem maior risco de metástase, quando a doença espalha-se no organismo.
A principal causa da enfermidade, independente do tipo, é a exposição a raios UV, em especial em regiões mais expostas do corpo, como rosto, braços e pernas. Por isso, recomenda-se o uso de filtro solar em todas as áreas que recebem luz do sol.
AGÊNCIA ESTADO
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O Ministério da Educação (MEC) abriu hoje (3) nova consulta pública sobre o Programa Universidades e Institutos Empreendedores e Inovadores - o chamado Future-se, proposta do governo que, entre outros pontos, cria um fundo de natureza privada para financiar as universidades e institutos federais. A consulta ficará aberta até o dia 24 de janeiro de 2020, por e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pela página do programa na internet.
Esse fundo contará, inicialmente, com R$ 102,6 bilhões. A intenção é que esses recursos financiem pesquisa, inovação, empreendedorismo e internacionalização das instituições de ensino. Para participar, as universidades institutos federais têm que manifestar interesse em aderir ao programa.
A operacionalização do Future-se ocorrerá por meio de contratos de gestão firmados pela União e pela instituição de ensino com Organizações Sociais (OSs). As OSs são entidades de caráter privado que recebem o status "social" ao comprovar eficácia e fins sociais, entre outros requisitos.
Lançado em julho do ano passado, o Future-se já havia passado por uma pré-consulta pública. Na ocasião, a proposta recebeu mais de 50 mil contribuições. De acordo com o ministério, o objetivo do Future-se é “aumentar a autonomia financeira, administrativa e de gestão das universidades e dos institutos federais por meio do fomento ao empreendedorismo, à captação de recursos próprios, à exploração de patentes e à geração de startups.”
Entre as alterações na nova minuta do anteprojeto de Lei do Future-se é a de que os participantes do Future-se terão preferência na concessão de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A proposta diz ainda que as receitas provenientes de fontes privadas não vão substituir as dotações orçamentárias regulares enviadas pelo governo para as universidades e institutos federais. O texto reformulado inclui as fundações de apoio às universidades no processo, visando dar maior segurança jurídica nas relações entre os entes, fomentando a captação de recursos próprios.
De acordo com o MEC, a nova consulta é mais uma "possibilidade de ouvir a população — e especialistas em educação — antes do envio do projeto de lei ao Congresso Nacional, onde haverá mais uma ampla rodada de debates."
AGÊNCIA BRASIL
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O Ministério da Educação (MEC) investiu mais de R$ 300 milhões ao longo de 2019 para garantir que estudantes do ensino básico de escolas públicas ou mantidas por entidades sem fins lucrativos desfrutassem de uma melhor estrutura escolar.
Segundo a pasta, o montante foi repassado diretamente às escolas urbanas e rurais por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, que atende à demanda de instituições que enfrentam dificuldades com o abastecimento de água e de acessibilidade. Os recursos também podem ser empregados na melhoria da infraestrutura pedagógica, em reforço da autogestão e em iniciativas para melhorar os índices de desempenho escolar.
Administrado pela Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp) do Ministério da Educação, o programa oferece assistência financeira às escolas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos.
De acordo com o MEC, cerca de R$ 32 milhões foram liberados para atender 1.206 escolas com problemas no abastecimento de água. Só com esta modalidade, o programa beneficiou aproximadamente 86 mil alunos de todo o país, afirma a pasta, em nota.
Também foram liberados R$ 203,89 milhões para 19.210 instituições de ensino que funcionam em áreas rurais. Este valor beneficiou cerca de 2 milhões de alunos do campo.
A terceira modalidade do programa visa tornar as escolas mais acessíveis às pessoas com necessidades especiais. Foram investidos R$ 109,2 milhões neste ano para atender 4.252.915 estudantes.
As escolas contempladas foram escolhidas pelo Ministério da Educação a partir de informações fornecidas no Censo Escolar - base de dados oficial da educação coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Para fazer jus aos recursos federais, as instituições de ensino precisam se cadastrar no Sistema do PDDE Interativo. Os estabelecimentos escolhidos precisam apresentar um plano de ação indicando as melhorias, reparos e reformas que julga necessárias. A Semesp analisa a viabilidade de cada pedido e repassa às escolas escolhidas um valor correspondente ao número de alunos matriculados e caráter do serviço a ser realizado.
Para que as necessidades sejam atendidas, a escola precisa estar regularizada e possuir prédio próprio. As instituições contempladas na modalidade PDDE Água na Escola podem usar o dinheiro para adquirir equipamentos, instalações hidráulicas e contratar mão de obra necessária à construção de poços, cisternas ou outras formas e meios de abastecimento capaz de garantir água adequada ao consumo humano.
A modalidade PDDE Campo contempla escolas rurais que precisem contratar mão de obra que realize reparos ou pequenas ampliações físicas com o objetivo de adequar a estrutura física. A escola pode solicitar, por exemplo, consertos no sistema elétrico, paredes, portas, calçamento e telhado. Já a modalidade PDDE Acessibilidade permite o uso do recurso para tornar mais acessíveis a estrutura física e pedagógica da escola, seja construindo rampas, vias de acesso, seja instalando sinalização tátil e sonora, sanitários especiais, corrimãos, entre outras melhorias.
AGÊNCIA BRASIL
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Três adolescentes foram condenados pela morte do capoeirista e motoboy brasileiro, Iderval da Silva, de 46 anos, espancado em Londres em maio de 2019.
Silva trabalhava como entregador da Uber Eats e foi atacado bairro Battersea, no sul de Londres, quando tentou impedir que sua moto fosse roubada. Ele chegou a ser internado, mas morreu três dias depois.
Jadan Richards, de 19 anos, e um jovem de 16 anos, que não teve o nome revelado por ser menor de idade, ambos de Wandsworth, no sudoeste de Londres, foram condenados por homicídio doloso — quando há intenção de matar.
Um outro jovem, de 17 anos, foi condenado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
O promotor Tony Badenoch disse durante o julgamento que o brasileiro estacionou a moto do lado de fora de um café, quando o grupo de jovens avistou o veículo e um deles tentou furtá-lo.
Silva percebeu a movimentação e tentou impedir que levassem a moto. Ele foi, então, alvo de um "momento explosivo e rápido de violência", segundo as palavras do promotor.
O brasileiro foi deixado inconsciente no chão e morreu três dias depois, de um sangramento no cérebro provocado pelas agressões.
Jasire Frazer, de 18 anos e dois jovens de 17 anos, foram inocentados das acusações de homicídio, enquanto Jadan Richards, de 19 anos, um jovem de 16 e outro de 17 anos foram condenados.
A promotora Sally-Anne Russell declarou, no julgamento, que trata-se de "um caso trágico de um homem que morreu tentando proteger sua propriedade".
"Testemunhas assistiram com horror à forma como o ataque se desenrolou sem qualquer provocação", afirmou.
"Elas correram para ajudar Silva, depois que os jovens fugiram, mas o grau da violência foi tamanho que ele morreu poucos dias depois." Paramédicos atenderam Silva na avenida Charlotte Despard e o levaram ao hospital, mas ele não resistiu.
Tarif Farooqi, da Polícia Metropolitana de Londres, disse que os jovens "atacaram de maneira agressiva e sem piedade."
"Os agressores, que conheciam uns aos outros, claramente haviam decidido usar aquele dia para cometer um crime", disse. "Por causa disso, a família de Silva perdeu um indivíduo muito querido, que tentava garantir o sustento de seu filho e de outros parentes."
Quem era Iderval da Silva
Natural de Presidente Prudente, interior de São Paulo, Iderval é descrito por amigos como uma pessoa pacífica e tranquila, que gostava de ensinar capoeira e era querido pelos alunos.
Em 2000, emigrou do Brasil para Portugal. Sua mulher e seu filho se mudaram para o país europeu um ano depois. Ali, ele trabalhou como segurança e deu aulas de capoeira e forró.
Conhecido como contramestre Bugrão no mundo do esporte, Silva viajava frequentemente pela Europa, convidado para dar aulas de capoeira em países como Espanha, Alemanha e Finlândia.
O filho dele tinha 24 anos na época do crime. Ele mora em Portugal e chegou a viajar a Londres após o ataque para acompanhar as investigações e a liberação do corpo do pai.
"Ele era uma pessoa muito calma, pacífica, muito responsável com horários, superatencioso com os alunos de capoeira e ajudava em projetos sociais", diz sua ex-mulher, a esteticista Luciana Pereira Vicente, de 44 anos, que mora em Portugal.
Há cerca de dois anos, Iderval se mudou para o Reino Unido com a intenção de ampliar seu projeto de capoeira. Morou durante um período na cidade King's Lynn, a 170 km de Londres, e em março se mudou para a capital. Vivia em Croydon, subúrbio no sul de Londres.
Iderval e o amigo André Luiz Maciel, também capoeirista, pretendiam montar no Reino Unido uma sede da associação de capoeira que os dois tinham em Portugal. "Tivemos bastante dificuldades em ter espaço. Viemos com essa intenção. Pensamos: não tem programas para adolescentes na rua, não tem basquete, vôlei, judô. A ideia era oferecer a capoeira."
Ele diz que os dois, por não terem "sucesso financeiro ainda" e para "pagar as contas", começaram a entregar comida via Uber Eats. Um grupo de brasileiros, muitos deles entregadores de Uber e outros aplicativos em Londres, fez um protesto com buzinaços após o ataque.
Maciel afirma que testemunhou o momento do crime. "Alguém subiu na moto dele e eu pensei que fosse algum amigo nosso. Em questão de segundos, teve uma luta. No meio da luta estavam os meninos do bairro", afirma.
Maciel diz que "congelou" quando viu o ataque. "Não consegui reagir." Ele não sabe dizer quantas pessoas atacaram seu amigo.
Riscos vividos por motoboys em Londres
A morte de Silva no ano passado assustou os colegas de profissão e escancarou a difícil vida dos motoboys na capital britânica.
O roubo de motos não é a única ameaça que os entregadores em duas rodas dizem ter que enfrentar nas ruas de Londres, onde, segundo relatos, vivem uma rotina de medo e violência.
Atraídos por um mercado de entregas aquecido e pelo câmbio favorável, brasileiros trabalham em grande número como motoboys em Londres.
Eles reclamam, principalmente, do furto e roubo de motos e de comida que transportam, que se transformaram em ameaças constantes e crescentes na rotina dos entregadores.
Os motoboys dizem que o mercado de entregas em Londres é dominado por brasileiros que levam vantagem por serem mais ágeis e ousados no trânsito. Não existem, contudo, números oficiais sobre a quantidade de entregadores que nasceram no Brasil e trabalham no Reino Unido.
Faltam estatísticas oficiais, mas sobram histórias de tensão, ameaça e violência. Segundo motoboys ouvidos pela BBC News Brasil, não é exagero comparar o medo que sentem em Londres com a violência que também deixa muita gente assustada no Brasil.
O paulista Welington Silva, de 42 anos, teve a moto furtada na noite de Natal e, por duas vezes, foi assaltado por grupos de adolescentes que levaram as refeições que ele transportava. Ladrões também levaram a moto do entregador paranaense César Farias, de 29, que precisou pagar resgate para recuperar seu principal instrumento de trabalho.
Já o mineiro Kleverson Saad, de 41 anos, já bateu para não ter a moto roubada, mas apanhou de um grupo que queria pegar a comida que ele entregava. Depois de evitar um roubo batendo nos ladrões, foi orientado pela polícia a mudar de casa.
"Me disseram que um dos integrantes do grupo, que acabou morrendo na perseguição policial, tinha um tio que havia sido morto e o pai estava na prisão. Era de uma família complicada. A polícia disse que poderiam voltar (para se vingar)", conta.
O paranaense Fernando Pansera, de 41, nunca foi roubado, mas teve a placa da moto clonada e levou multas de infrações que não cometeu.
O número de roubos e furtos de motocicletas praticamente duplicou entre 2013 e 2016, último ano em que a polícia metropolitana de Londres divulgou estatísticas específicas de roubo de motos.
Foram registrados 7.385 casos em 2013 e 14.043 em 2016. O índice de motos recuperadas também aumentou ao longo desses anos — mais da metade dos veículos são encontrados.
BBC
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Um homem armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras duas, uma delas gravemente, em um parque na cidade francesa de Villejuif, nos arredores de Paris, antes de ser morto por agentes da polícia.
O ataque ocorreu por volta das 14h (10h no horário de Brasília) desta sexta (3) no parque Hautes-Bruyères.
O agressor, cujos motivos ainda não foram esclarecidos, tentou fugir depois do ataque e morreu ao ser atingido por disparos de policiais na localidade vizinha de L'Haÿ-les-Roses.
Segundo o prefeito de Villejuif, Franck Le Bohellec, o homem morto é um morador local de 56 anos. "Ele estava passeando com sua esposa quando o atacante se aproximou. Ele quis proteger sua esposa e foi ele quem levou a facada", disse à AFP.
Segundo uma fonte próxima ao caso, a vítima gravemente ferida é um homem, enquanto a terceira vítima é uma mulher que sofreu ferimentos leves.
Uma foto tirada do local onde o agressor foi morto e enviada à AFP mostra-o deitado de costas em uma rotatória, vestido com o que parece ser um traje tradicional preto do tipo jelaba.
Ele "fugiu para o shopping center de L'Haÿ-les-Roses, onde aparentemente pretendia continuar seu ataque", disse o prefeito de Haÿ-les-Roses, Vincent Jeanbrun, ao canal BFMTV.
"Felizmente, a polícia foi rapidamente alertada e conseguiu chegar rapidamente ao local e neutralizá-lo, matando-o", acrescentou.
O secretário de Estado para o Interior Laurent Nuñez, o procurador nacional de combate ao terrorismo Jean-François Ricard e o prefeito da polícia de Paris, Didier Lallement, dirigiram-se rapidamente ao local.
A França vive sob a ameaça constante de atentados, e este último acontece alguns dias antes do aniversário dos ataques jihadistas contra a revista satírica Charlie Hebdo e a um supermercado kosher em 7 e 9 de janeiro de 2015.
Em 2019, a justiça antiterrorista processou três casos de ataques: um ataque com faca, em março, a dois guardas penitenciários da prisão de Condé-sur-Sarthe (noroeste da França) por um detento radicalizado, Michaël Chiolo, um ataque a bomba em frente a uma padaria em Lyon (centro-leste) em maio, que feriu 14 pessoas, e um ataque na sede da polícia de Paris em 3 de outubro.
Neste último ataque, a investigação ainda não conseguiu determinar oficialmente as motivações de Mickaël Harpon, um agente suspeito de radicalização, que esfaqueou quatro de seus colegas antes de ser abatido.
Se essas quatro vítimas forem incluídas, a onda de ataques na França deixou 255 mortos desde o início de 2015.
No total, 60 ataques foram frustrados desde 2013, incluindo o último no final de setembro, segundo o Ministério do Interior.
France Presse
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A Marinha australiana iniciou nesta sexta-feira (3) a retirada de centenas de pessoas bloqueadas em uma cidade do sudeste do país cercada pelas chamas. As autoridades temem o agravamento da situação dos incêndios florestais no fim de semana.
O navio "HMAS Choules" atracou em um cais da cidade de Mallacoota, no estado de Victoria, e as famílias embarcaram, com animais de estimação e alguns objetos pessoais. Muitos moradores passaram o Ano Novo na praia para fugir das chamas. "Esperamos retirar 1.000 pessoas desta região até a tarde", afirmou o primeiro-ministro australiano Scott Morrison.
Pelo menos 20 pessoas morreram, dezenas estão desaparecidas e mais de 1.300 casas foram reduzidas a cinzas desde o início da temporada de incêndios em setembro. As chamas afetaram uma superfície equivalente ao dobro do território da Bélgica. A meteorologia prevê o aumento da temperatura para sábado, acima dos 40 graus. As autoridades declararam estado de emergência no sudeste da Austrália, a região de maior população do país.
Milhares de turistas e moradores receberam ordens para abandonar as áreas mais expostas em uma zona de quase 300 quilômetros ao longo da costa, o que provocou enormes engarrafamentos nas estradas que levam a Sydney e a Canberra. O ministro dos Transportes do estado de Nova Gales do Sul, Andrew Constance, considera a operação "a mais importante da história da região".
No norte da cidade de Nowra, as famílias esperavam em veículos que praticamente não avançavam pelas estradas. Aviões militares lançaram alimentos em áreas isoladas. O governador de Victoria, Dan Andrews, anunciou que as autoridades também disponibilizaram água, equipamentos de emergência e telefones por satélite.
Premiê é criticado
O chefe de governo do país, Scott Morrison, foi muito criticado por ter viajado de férias ao Havaí em dezembro, quando o país já sofria com os incêndios e por não atuar para combater a mudança climática. Ele voltou a ser alvo de críticas, desta vez pela forma como administra a crise e por desenvolver uma política de combate às mudanças climáticas.
Na cidade de Cobargo, Morrison foi vaiado, em particular por uma jovem mãe que chorava e por um bombeiro que se recusou a apertar sua mão. Ele retornou para seu comboio ouvindo insultos. "Você não terá nossos votos, amigo", gritou um morador. "É injusto. Nos esqueceram completamente aqui", reclamou uma mulher.
"As pessoas estão irritadas, perderam muito, estão nervosas", admitiu o primeiro-ministro. "Entendo completamente como se sentem. Não encaro como algo pessoal". Os incêndios florestais, muito violentos este ano, também têm um impacto nas principais cidades australianas. Melbourne e Sydney ainda respiram fumaça tóxica e o torneio internacional de tênis de Camberra teve que ser transferido para Bendigo, no Estado de Victoria.
RFI
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Donald Trump publicou, nesta sexta-feira (3), um texto em uma rede social em referência ao ataque dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qassem Soleimani.
"O Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação", escreveu o presidente dos Estados Unidos.
"O general Qassem Soleimani matou ou feriu gravemente milhares de americanos em um longo período de tempo e estava planejando matar muitos mais... mas foi pego! Ele foi diretamente ou indiretamente responsável pelas mortes de milhões de pessoas, inclusive um recente grande número de manifestantes assassinados no próprio Irã."
Ele adicionou:
"Enquanto o Irã nunca poderá admitir apropriadamente, Soleimani era tanto odiado como temido dentro do país. Eles não estão nem um pouco entristecidos como os líderes permitirão o resto do mundo acreditar. Ele deveria ter sido morto muitos anos atrás!".
Esses textos são a segunda manifestação de Trump desde o ataque no aeroporto de Bagdá, no Iraque: antes, ele havia publicado uma bandeira dos EUA. O presidente dos Estados Unidos ainda não deu entrevista sobre o tema.
Soleimani era chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país. Ele morreu em um ataque com drone nesta quinta-feira (2) em Bagdá, no Iraque.
O exército americano informou que o bombardeio tinha, de fato, a missão de matar o general iraniano e partiu de uma ordem do presidente Trump.
Mike Pompeo, o secretário de Estado dos EUA, afirmou que Soleimani foi executado para desarmar um ataque iminente que teria colocado em risco americanos no Oriente Médio. A ação foi planejada com base em relatórios de inteligência.
"Ele estava planejando ativamente para realizar ações na região – uma ação grande, como ele descrevia – que colocaria em risco dúzias, se não centenas, de vidas americanas. Nós sabemos que era iminente", afirmou Pompeo.
G1
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