O Itamaraty emitiu um comunicado em tom de alinhamento ao lado americano na recente disputa dos EUA com o Irã na noite desta sexta-feira, no qual diz que ”o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”.
No comunicado, intitulado "Acontecimentos no Iraque e luta contra o terrorismo", o Ministério das Relações Exteriores afirma que ”essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo".
A nota foi publicada em meio às turbulências causadas pelo ataque aéreo americano que resultou na morte do general Qassem Soleimani. Comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária do Irã, ele foi morto por um ataque com míssil dos Estados Unidos.
No texto, o Itamaraty não faz referência direta ao Irã ou a Soleimani, mas afirma que o Brasil está “pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”.
"O Brasil acompanha com atenção os desdobramentos da ação no Iraque, inclusive seu impacto sobre os preços do petróleo, e apela uma vez mais para a unidade de todas as nações contra o terrorismo em todas as suas formas", acrescenta o texto.
A nota afirma também que o "Brasil condena igualmente os ataques à Embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos nos últimos dias, e apela ao respeito da Convenção de Viena e à integridade dos agentes diplomáticos norte-americanos reconhecidos pelo governo do Iraque presentes naquele país".
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que a posição do governo em relação a tensão entre EUA e Irã é de fazer aliança com “qualquer” país que combata o terrorismo.
— A nossa posição é se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo. Nós sabemos que, em grande parte, o Irã representa para os seus vizinhos e o mundo — disse.
Bolsonaro também afirmou que a vida pregressa do general iraniano morto na quinta-feira era “voltada em grande parte para o terrorismo”.
— Do que levantamos até agora da vida pregressa dessa autoridade iraniana que perdeu a vida no dia de ontem, segundo informações aqui, pessoa que estaria envolvida em ataques à entidade judia que existia na Argentina — disse, referindo-se ao atentado contra a AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), que deixou 85 mortos em 1994. — Então, a vida pregressa dele era voltada em grande parte para o terrorismo e nós aqui no Brasil, a nossa posição é bem simples. Tudo que pudermos fazer para combater o terrorismo, assim o faremos.
O GLOBO
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