O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (11) durante discurso na sede da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que, quanto maiores as "pressões" que recebe, mais vontade tem de continuar no cargo.
Segundo Bolsonaro, "poucos resistiriam" às pressões que diz sofrer como presidente. Ele não especificou qual é a origem ou quais são os autores das pressões.
"Me desculpem aqui a sinceridade: poucos resistiram às pressões que tenho sentado naquela cadeira presidencial. Quanto maiores as pressões, mais vontade eu tenho de continuar, com mais força continuo."
Antes, disse que o governo começou de forma diferente em relação aos anteriores porque, segundo afirmou, os ministros foram escolhidos por critérios técnicos, não políticos, o que, na opinião dele, faz com que os empresários "restabeleçam" a confiança no Poder Executivo.
"Os senhores podem até sobreviver sem governo, mas um governo sucumbirá sem os senhores. Sem querer parafrasear a Margaret Thatcher [ex-primeira-ministra da Inglaterra], quem deve conduzir o destino da nação são os senhores, o povo. Vocês que têm que dar o norte para nós. O que temos de fazer? Não atrapalhá-los, coisa comum até há pouco tempo, muito comum em governos – criar dificuldade para vender facilidade", afirmou.
Na sequência do discurso, Bolsonaro afirmou, sem citar nomes, que "ruralistas" o procuraram para sugerir a troca do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Em resposta, relatou o presidente, disse a essas pessoas que trocaria Salles por Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente no governo Michel Temer, o que arrancou risos da plateia.
Bolsonaro disse, então, que Salles está "no lugar certo" e está fazendo o "casamento" entre o meio ambiente e o setor produtivo.
Acrescentou, em seguida, ter dado a seguinte orientação ao ministro quando o escolheu para o cargo: "Mete a foice em todo mundo, não quero xiita ocupando esses cargos. Tem gente boa lá? Tem. Mas o homem do campo não pode se apavorar mais com a fiscalização".
Segundo Bolsonaro, a fiscalização deve, em um primeiro momento, advertir. "Caso [o produtor] persista no erro, aí tudo bem [multar]. [...] Vamos acabar com a indústria da multa no campo. Eles podem sobreviver sem a cidade, mas nós não podemos sobreviver sem o campo", declarou o presidente.
No discurso, ele também se referiu à Baía de Angra (RJ). Voltou a afirmar que gostaria de transformar a estação ecológica numa área voltada para o turismo. Disse, contudo, que as leis atuais "travam o Brasil".
"Nós queremos mudar aquilo. Como faz para revogar decreto? Acho que todo mundo dizia 'o que revoga decreto é outro decreto'. Não, para o meio ambiente tem que ser lei. Olha as dificuldades começando a aparecer. Esse aparelhamento das leis vem de algum tempo e trava o Brasil. A questão ambiental, então, estamos tratando disso", declarou o presidente.
G1
Portal Santo André em Foco
O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro apresentou, na manhã desta terça-feira, um balanço de crimes cometidos no primeiro bimestre. Ao concluir que houve redução em casos de homicídios, estupros, roubos e furtos, o ex-antigo juiz da Lava-Jato em Curitiba afirmou que hackers não vão interferir em sua missão no governo federal.
No último domingo, o site "The Intercept" divulgou conversas privadas que Moro teve com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol entre 2016 e 2017. Nas mensagens, o então juiz da Lava-Jato sugere a troca de ordem de operações, cita o nome de uma fonte que podia ser ouvida pelo MPF e conversa sobre a aprovação de requerimentos da acusação.
Moro e Deltan alegam que foram vítimas de um ataque criminoso de um hacker e negam que tenham combinado a atuação da Lava-Jato.
"Hackers de juízes, procuradores, jornalistas e talvez de parlamentares, bem como suas linhas auxiliares ou escândalos falsos não vão interferir na missão", escreveu o ministro em sua conta do Twitter, nesta quarta-feira.
Ressalvas:4-ajudaria a aprofundar a queda a aprovação do projetoanticrime, mas respeitamos a prioridade da NovaPrevidência;5 -hackers de juízes, procuradores, jornalistas e talvez de parlamentares, bem como suas linhas auxiliares ou escândalosfalsos não vão interferir na missão
— Sergio Moro (@SF_Moro) 12 de junho de 2019
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), roubos de carga caíram 40,6% entre o primeiro bimestre de 2019 e o mesmo período do ano anterior. Roubos de carro caíram 28,3%. Houve redução de 23% nos casos de homicídio e de 7% nos registros de estupros.
Ao comentar os dados, Moro admitiu que "os números ainda são altos". Ponderou que "muitos fatores influenciam a queda, o mérito não é só do governo federal".
Segundo ele, a aprovação do pacote anticrime que enviou ao Congresso ajudaria ainda mais a aumentar a queda nos índices criminais. Mas o ministro disse respeitar a prioridade de tramitação da reforma da Previdência .
O Globo
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O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, arquivou uma representação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra o ex-juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O pedido foi feito por conta dos diálogos divulgados pelo site de notícias "The Intercept" entre Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Segundo o site de notícias, Moro deu orientações ao procurador Deltan Dallagnol sobre como atuar em processos da Lava-Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o PDT, tais diálogos “levantam dúvidas sobre a probidade da conduta do então julgador", e apontariam para a "ausência de imparcialidade e ética". Moro condenou Lula em primeira instância no caso do tríplex. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Martins, no entanto, considerou que a condição atual de Moro, que pediu exoneração do cargo de juiz para assumir a vaga de ministro da Justiça do governo Bolsonaro, torna inócua qualquer apuração sobre sua conduta como magistrado no âmbito do CNJ. Dessa forma, um eventual procedimento-administrativo disciplinar não teria qualquer utilizada, segundo o corregedor.
De acordo com ele, cabe procedimento disciplinar contra quem deixou de ser juiz em razão da aposentadoria, seja ela voluntária ou compulsória em razão da idade, pois ainda existe um vínculo institucional entre o magistrado e Judiciário. Mas, no caso de Moro, que pediu exoneração, não se aplica a apuração de conduta.
Ele explicou ainda que não cabe nem mesmo argumentar que o procedimento poderia produzir provas importantes para ações do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil ou em qualquer outra instância. Isso porque, segundo ele, a utilização por outros órgãos de elementos produzidos em procedimentos instaurados pelo CNJ não pode servir de fundamento único para sua atuação.
Já o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, tornou-se alvo de reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O corregedor nacional, Orlando Rochadel, determinou que Deltan, em nome da força-tarefa da Lava-Jato, preste esclarecimentos por escrito, em dez dias, sobre as conversas divulgadas pelo Intercept.
Em seguida, a corregedoria decidirá se é o caso de arquivar o procedimento ou convertê-lo em um processo disciplinar. Dentre as punições previstas estão, inclusive, a aposentadoria compulsória. Em seu despacho, Rochadel cita que os diálogos entre os procuradores podem representar “desvio de conduta”.
O Globo
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O presidente Jair Bolsonaro foi denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, em Genebra, na Suíça, por ativistas brasileiros ligados à entidade Justiça Global. O motivo da queixa é um decreto presidencial publicado mais cedo no Diário Oficial da União, com determinação para que todos os sete peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura sejam exonerados. O texto também decide acabar com a remuneração para esses cargos, que passarão a ser ocupados por voluntários aprovados pelo próprio presidente.
O órgão em questão é ligado ao Ministério Público (MP) e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (da ministra Damares Alves), e tem como função promover fiscalizações e produzir relatórios sobre violações de direitos humanos e casos de tortura em espaços de privação de liberdade (como penitenciárias, hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas). A denúncia sobre a exoneração e a mudança nos salários foi enviada a Nils Melzer, relator especial da ONU para assuntos ligados à tortura e tratamentos e punições degradantes.
De acordo com a Justiça Global, a medida do presidente impossibilita que o órgão opere e representa "um sério ataque às políticas de prevenção e combate à tortura e à proteção dos direitos humanos no Brasil". A entidade lembra, no texto, que o Brasil é obrigado a manter o mecanismo em atividade em reconhecimento à Convenção da ONU Contra a Tortura, reconhecida anteriormente pelo país de maneira oficial.
A denúncia enviada a Nils Melzer afirma ainda que o decreto levou o órgão a existir "somente no papel", já que teria minado as suas capacidades operacionais. Assim como peritos destacaram mais cedo ao GLOBO, a Justiça Global pontua que o trabalho da equipe de fiscalização deve ser remunerado, uma vez que envolve dedicação integral e exclusiva. Para a entidade, essa é uma questão imprescindível para garantir autonomia e independência de investigações sobre violações de direitos humanos no Brasil.
País assumiu compromisso
Em nota divulgada nesta terça-feira, a Humans Right Watch, organização internacional que também atua a favor dos direitos humanos, defendeu que o Brasil se comprometeu em 2007 a criar e manter o Mecanismo em atividade. O texto aponta que ele desempenha "papel fundamental na exposição de casos graves de tortura" e produz "alertas sobre atividades de facções criminosas e risco de assassinatos em unidades".
Diante destas atribuições e do decreto presidencial, a Humans Right Watch afirma que "o governo de Bolsonaro atua contra os especialistas que documentam (as violações de direitos humanos) e denunciam".
A denúncia entregue pela Justiça Global faz referência direta aos alarmes sobre possíveis massacres em unidades prisionais. A queixa sugere que o trabalho do órgão tem sido essencial para as denúncias durante eventos críticos como o assassinato de 55 presos em prisões do Amazonas (AM) no fim de maio.
Entre as atuações mais expressivas dos peritos nos últimos anos, estão um relatório de 2016 que sugeria a possibilidade da eclosão de um massacre no sistema penitenciário de Manaus (AM), como de fato aconteceu no ano seguinte (57 foram mortos na ocasião). De 2017 em diante, o mecanismo se dedicou a observar a situação no estado e cobrar o cumprimento das recomendações que havia feito anteriormente. O principal foco no início deste ano era a situação das cadeias do Ceará.
Segunda denúncia
É a segunda vez que ativistas brasileiros levam à ONU uma denúncia sobre a conduta de Bolsonaro nos primeiros seis meses de governo. Em março, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto Vladimir Herzog (IVH) denunciaram o presidente após a determinação dele para que os quartéis das Forças Armadas comemorassem o aniversário de 55 anos do golpe militar de 1964, o que depois o presidente chamou de “relembrar” .
Na ocasião, o relator especial da ONU para a Promoção da Verdade, Justiça, Reparação de Garantias de Não-Reincidência, Fabián Salvioli, emitiu um comunicado em que pediu a Bolsonaro que reconsiderasse as recomendações lidas pelo seu porta-voz para comemorar a data. O governo manteve o apoio a atos em memória do golpe e se limitou a enviar um telegrama à ONU, assegurando que não teria havido golpe em 1964 e que os anos que se seguiram sob o comando dos militares teriam sido necessários para afastar uma "crescente ameaça do comunismo no Brasil".
Procuradoria quer que STF analise o caso
Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), a exoneração dos peritos é inconstitucional, viola a legislação nacional e rompe compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro. A PFDC integra o Ministério Público Federal e enviou uma representação ainda nesta terça-feira à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
O texto sugere que uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) seja enviada para o Supremo Tribunal Federal analisar. O documento é assinado em conjunto com a Câmara do MPF de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional.
Para a PFDC, ao criar uma espécie de “trabalho voluntário”, a medida inviabiliza a prevenção e o combate à tortura – em contrariedade ao fundamento do Estado Democrático de Direito, que é a dignidade da pessoa humana.
O Globo
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O Deputado federal Aguinaldo Ribeiro envergonha os paraibanos que votaram nele, ele e mais três denunciados no STF envolvido em desvio em torno de R$ 400 milhões.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou o deputado Aguinaldo Ribeiro e outros três políticos do PP réus de uma ação por organização criminosa. A decisão foi de 3 votos a 2. Além do paraibano, na lista estão o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Eduardo da Fonte (PP-PE), que são acusados de desviar dinheiro da Petrobras no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
A maioria acolheu o entendimento do relator do caso, ministro Edson Fachin. Para ele, a denúncia deveria ser aceita por preencher os requisitos previstos em lei para o caso prosseguir. O voto foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia e pelo ministro Celso de Mello. Votaram contra a abertura da ação penal os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
Gilmar Mendes votou pela rejeição da denúncia, afirmando se tratar de um caso “singular” em que a acusação ficou “esvaziada”. O ministro fez duras críticas à denúncia, afirmando que é necessário que haja o “mínimo de corroboração” à fala dos colaboradores.
Já Lewandowski disse que não há elementos que possam dar credibilidade à palavra dos colaboradores. “Convenci-me de que os depoimentos sem outras provas minimamente consistentes não podem dar ensejo ao recebimento de denúncia”, afirmou.
Denúncia
Essa foi a primeira denúncia no STF que apontou integrantes de um partido político, no caso o PP, como participantes de uma organização criminosa para desviar dinheiro da Petrobras. Segundo a acusação do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o grupo teria desviado R$ 390 milhões.
O inquérito no qual foi apresentada a denúncia, em 2017, foi aberto no início da Lava Jato, em março de 2015, para investigar a participação de 39 políticos de PP, PT e PMDB na suposta organização criminosa que atuaria na estatal. A PGR considerava o caso como a maior e mais importante investigação da Operação Lava Jato no Supremo.
Depois, esse inquérito foi fatiado, e as investigações sobre organização criminosa passaram a ser quatro: uma sobre o PP, outra sobre o PT, uma terceira sobre o PMDB do Senado e a quarta sobre o PMDB da Câmara.
Para Janot, os partidos formaram “uma teia criminosa única” na estatal. “Os elementos de informação que compõem o presente inquérito modularam um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura com vínculos horizontais, em modelo cooperativista, em que os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, e outra em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes”, disse o procurador no pedido.
“Como destacado, alguns membros de determinadas agremiações organizaram-se internamente, valendo-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para cometimento de crimes contra a administração pública”, completou.
com informações JPB
Portal Santo André em Foco
Na tentativa de diminuir a temperatura da crise, o ministro da Justiça, Sergio Moro , decidiu seguir conselho do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e comparecer espontaneamente a uma comissão da Casa para falar sobre as mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol . O depoimento irá ocorrer na próxima quarta-feira, dia 19.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), entregou um documento ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informando que Moro se dispôs a ir à CCJ do Senado para prestar esclarecimentos.
"Manifestamos a nossa confiança no ministro Sergio Moro, certos de que está será uma oportunidade para que ele demonstre a sua lisura e correção como juiz federal, refutando as críticas e ilações a respeito de sua conduta à frente da Operação Lava-Jato", escreveu o líder.
A estratégia, no entanto, foi traçada pelo próprio presidente do Senado, o líder do governo e outros senadores em reunião na noite de segunda. Em meio à crise, Alcolumbre chamou alguns colegas para traçar uma reação à repercussão do material divulgado pelo site The Intercept. Ainda ontem, alguns senadores falaram em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o assunto.
Alcolumbre foi aconselhado a agir para afastar a crise do Congresso. Para evitar convocações e a pressão pela CPI, o grupo decidiu tentar convencer Moro a comparecer de forma espontânea ao Congresso. O ministro ouviu o conselho e avisou que falaria aos senadores.
A reportagem mostrou mensagens trocadas entre o então juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Segundo o site, Moro deu orientações ao procurador sobre como atuar em processos da Lava-Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Procuradores também teriam discutido como barrar uma entrevista do líder petista à "Folha de S. Paulo", autorizada pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.
Ministro almoça com senadores
Em meio à crise, Moro almoçou, nesta terça-feira, com senadores do bloco formado pelo DEM, PR e PSC. O encontro já estava marcado já cerca de duas semanas. Ao entrar e sair do gabinete do grupo no Senado, Moro não quis falar com a imprensa. Na saída, havia um forte esquema de segurança para que ele conseguisse sair direto para um elevador e, de lá, para a garagem.
De acordo com o senador Wellington Fagundes (PL-MT), Moro quis falar sobre as mensagens logo no início da reunião, mas foi aconselhado a discutir primeiro questões da pasta. O tema só foi retomado nos minutos finais do encontro. O ministro sugeriu a possibilidade de parte das mensagens que foram expostas terem sido obra de hackers.
O Globo
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recomendou a líderes do centrão que não tomassem atitudes imediatas em relação às mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol , publicadas pelo site “The Intercept”. O pedido foi reforçado especialmente em relação ao embarque em uma CPI sobre o tema, como a oposição passou a defender assim que o caso veio à tona. O ministro seguiu o conselho de Alcolumbre e vai comparecer espontaneamente ao Senado no dia 19 para prestar esclarecimentos.
Líderes estavam reunidos na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quando o site publicou as reportagens no fim da tarde de domingo. Deputados do MDB, PP, PSDB, PRB, PR, DEM, PTB, Patriota e PSC se debruçaram sobre seus respectivos celulares. Alguns liam trechos em voz alta. O que provocou maior indignação e foi mais comentado posteriormente foi uma mensagem atribuída a Moro em que ele fala sobre “limpar o Congresso”.
Logo de cara, segundo presentes na reunião, já se cogitou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos. O site afirma que Moro deu orientações ao procurador sobre como atuar em processos da Lava-Jato. Coube ao presidente Rodrigo Maia recomendar parcimônia aos colegas. Ele defendeu aguardar para medir a repercussão do caso e analisar o conteúdo com calma antes de uma eventual CPI. O “The Intercept” não publicou a totalidade do material recebido, segundo o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site.
Desde então, líderes do DEM, PP, MDB, PR e PRB foram cautelosos. Não se manifestaram contra Sergio Moro e defenderam, como aconselhou Maia, que era preciso aguardar para conhecer todo o material que seria publicado antes de entrar com um pedido de CPI ou de convocação de Moro à Câmara.
— Os fatos são graves e precisam ser investigados. Mas precisamos ver a íntegra do material antes de tomar qualquer atitude — disse ao GLOBO Wellington Roberto (PB), líder do PR.
Baleia Rossi (SP), líder do MDB, e Elmar Nascimento (BA), líder do DEM, também defenderam que era preciso aguardar a íntegra do material. A oposição, por outro lado, já se movimentou para pedir CPI e convocação do ministro da Justiça. PT, PCdoB, PSOL, PDT e PSB se reuniram na manhã dessa terça-feira para articular uma estratégia conjunta.
Oposição busca apoio
Em reunião na manhã desta terça-feira os integrantes da oposição discutiram como atrair os partidos de centro para a CPI. Os parlamentares formalizaram, também, que vão preparar um requerimento de convocação para que Moro se explique ao Congresso e pediram que o ministro seja afastado do cargo juntamente com os demais magistrados. As medidas foram acertadas em reunião na sede do PSB.
— Concordamos que tem que ter uma CPMI, que o Moro tem que ser convocado urgentemente no Congresso Nacional, que tem que pedir a suspensão do Moro do ministério da Justiça, do Dallagnol e de outros promotores envolvidos — afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
De acordo com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a equipe de procuradores está “comprometida e as decisões tomadas por eles são deslegítimas” e, por isso, as medidas anunciadas pela oposição são “necessárias pela gravidade da situação”.
— É impossível aceitar no sistema democrático o comportamento do senhor Moro, Dallagnol e sua equipe. Essa convocação para a CCJ e o pedido de afastamento de ambos se impõe nesse momento — afirmou Siqueira.
Ele acredita no apoio de outros parlamentares, inclusive do centrão, à CPMI.
— Acho que outros partidos e mesmo pessoas de diferente partidos poderão se aglutinar em torno da defesa do Estado democrático de direito, que foi ferido com a atitude do Moro e dos procuradores — completou.
O Globo
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Começa hoje (11) o prazo para participar da lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do segundo semestre de 2019. A adesão pode ser feita na internet, pelo portal do Sisu até domingo (17).
Podem integrar a lista de espera os candidatos que não foram selecionados na chamada regular em nenhuma das duas opções de curso feitas na hora da inscrição. O estudante poderá manifestar interesse para a primeira ou segunda opção de curso.
O candidato deve acessar o sistema e, em seu boletim, clicar no botão que corresponde à confirmação de interesse em participar da lista de espera do Sisu. Ao finalizar, o sistema emitirá uma mensagem de confirmação.
Os estudantes serão convocados a partir do dia 19. A convocação para a matrícula será feita pelas próprias instituições de ensino. Nessa etapa, caberá aos próprios candidatos acompanharem a convocação junto à instituição na qual estiverem pleiteando uma vaga.
Resultado
O resultado da chamada única do Sisu foi divulgado ontem (10) e está disponível também no site do programa. A partir de amanhã (12) até o dia 17, os estudantes selecionados devem fazem a matrícula nas instituições.
Cabe aos candidatos verificar os dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição em seu edital próprio. As vagas que não forem preenchidas serão ofertadas para os estudantes em lista de espera.
Sisu 2019
O Sisu oferece vagas em instituições públicas de ensino superior. A seleção é feita com base no desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018. Para participar é preciso ter obtido nota acima de zero na redação do exame. Nesta edição do programa, 640.205 estudantes se inscreveram, de acordo com balanço divulgado pelo MEC.
Relacionadas:
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Agência Brasil
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Estão aberta as inscrições para a edição do segundo semestre do Programa Universidade para Todos (Prouni) para 2.082 bolsas de estudo integrais ou parciais em cursos de graduação da Paraíba. As inscrições seguem até as 23h59 desta sexta-feira (14) e podem ser feitas no site do ProUni.
No total, são 169.226 vagas em todo país, sendo 68.087 de bolsas de estudo integrais e 101.139 vagas com bolsa de estudos parcial, de 50% do valor da mensalidade. Na Paraíba, são 1.094 bolsas integrais e 988 parciais.
Quem pode ter bolsa do Prouni?
Podem participar candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 com pelo menos 450 pontos nas provas objetivas e nota acima de zero na redação, e que ainda não tenham diploma do ensino superior.
Quem tem renda familiar bruta mensal por pessoa de até 1,5 salário mínimo poderá concorrer às bolsas de estudo integral. Já o requisito para concorrer à bolsa parcial é ter renda familiar bruta mental per capita de até 3 salários mínimos.
Além das exigências acima, é preciso ainda preencher um dos seguintes requisitos:
Resultados
Os resultados da primeira chamada serão divulgados em 18 de junho, no site do Prouni. A segunda lista será divulgada em 2 de julho, no mesmo endereço.
O candidato pré-selecionado deverá comparecer à instituição de ensino superior onde irá estudar para comprovar os dados informados na inscrição.
Caso sobrem vagas, haverá uma lista de espera em 18 de julho.
Calendário do Prouni 2019
G1 PB
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O 11º caso de malária na Paraíba em 2019 foi confirmado nesta segunda-feira (10), de acordo com o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), situado em João Pessoa, onde o paciente está internado. O 9º e 10º caso foram confirmados no dia 4 deste mês.
De acordo com o HU, o paciente é um homem, morador do bairro de Jacumã, no município do Conde e tem 44 anos. Ele deu entrada na instituição por volta das 14h e tem um quadro clínico considerado estável.
Ainda conforme o hospital, outras três pessoas estão internadas na unidade de saúde para tratar a doença. Um dos casos não precisou ser internado no HU.
Uma morte - em que há a suspeita de dengue, mas também foi incluída a de Malária, tendo em vista a região onde a vítima morava - também é investigada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Ações de combate
Segundo as Secretarias de Saúde do Estado e do Conde, estão sendo realizados testes rápidos e de gota espessa em moradores do município para identificar a doença e tratar os pacientes diagnosticados. Além disso, uma Comissão de Investigação foi montada para executar uma busca ativa na região e entender os casos.
G1 PB
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