O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma confraternização no Palácio da Alvorada, com os 38 ministros do governo, nesta sexta-feira (20). Além deles, estiveram presentes a primeira dama, Janja, e o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Lula afirmou que Galípolo - que assume o comando do BC a partir de janeiro de 2025 - o aconselhou a conversar mais e brigar menos.
A declaração aconteceu após o dólar — tradicional termômetro para medir o humor dos agentes financeiros — chegar a bater em R$ 6,30, na quinta. No ano, a moeda americana registrou alta de 25%.
A relação do governo com o mercado era um tema inevitável do encontro, em razão do nervosismo dos agentes financeiros, diante de incertezas sobre a responsabilidade fiscal do governo e sobre a eficácia do pacote de corte de gastos.
Lula também disse que se incomoda com os juros altos, mas não atacou a postura do Banco Central — a quem cabe elevar ou baixar a taxa Selic, que hoje está na casa dos 12,25% ao ano.
Vídeo com Galípolo
O presidente Lula também publicou um vídeo, nesta sexta, ao lado de ministros e do futuro presidente do Banco Central (BC), em que defendeu a estabilidade econômica no país e o combate à inflação.
Na fala, Lula fez acenos ao mercado e prometeu que 'jamais haverá interferência' na gestão do futuro chefe da autoridade monetária.
"Por isso que quero te desejar boa sorte, que Deus te abençoe. Eu quero que você saiba que jamais, jamais haverá da parte da presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central", disse o petista.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta sexta-feira (20), na residência oficial do Palácio da Alvorada, os 38 ministros de seu governo. Em clima de confraternização, segundo os presentes, Lula disse aos ministros que o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, lhe afirmou que é preciso pacificar a relação com o mercado.
Lula esteve em São Paulo até a quinta-feira (19), onde passou por uma cirurgia de retirada de um coágulo na cabeça. Recuperado e de volta a Brasília, reuniu a equipe e líderes governistas no Congresso para fechar o ano.
A relação do governo com o mercado era um tema inevitável do encontro, em razão do nervosismo dos agentes financeiros nos últimos dias, diante de incertezas sobre a responsabilidade fiscal do governo e sobre a eficácia do pacote de corte de gastos.
A cotação dólar — tradicional termômetro para medir o humor dos agentes financeiros — vem registrando sucessivos recordes históricos e chegou a bater em R$ 6,30, antes de começar a ceder.
Os presentes à reunião com Lula destacaram que o presidente deu ênfase à importância de baixar a fervura na relação com o mercado.
Lula disse que se incomoda com os juros altos, mas não atacou a postura do Banco Central — a quem cabe elevar ou baixar a taxa Selic —, como fazia no início do governo. Os ministros viram nisso um ponto de inflexão no trato de Lula com o BC.
Em determinado momento da reunião, ele chamou Galipolo — indicado por Lula para o BC —, para gravar um vídeo. Lula disse que Galípolo será o presidente do BC com mais autonomia no cargo em toda a história.
"E eu quero te dizer que você será certamente o mais importante presidente do Banco Central que esse país já teve porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve", afirmou o presidente ao lado de Galipolo e diante dos ministros.
Lula também disse que é importante conter gastos para controlar as contas públicas.
Ato no 8 de janeiro
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que Lula quer realizar uma reunião ministerial em janeiro para fazer um balanço de 2024 e projetar ações de 2025.
O presidente também decidiu, segundo Dias, fazer um ato em defesa da democracia no dia 8 de janeiro, quando completam dois anos dos atos golpistas que resultaram na invasão das sedes dos três poderes.
g1
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Uma campanha de notificação eletrônica motivou mais de 2,6 mil pessoas que estavam em posse de telefones celulares furtados ou roubados a entregarem os aparelhos espontaneamente à Polícia Civil, em 11 das 27 unidades federativas. Os 2.606 aparelhos recuperados entre novembro e a primeira quinzena de dezembro deste ano serão agora devolvidos aos seus donos originais.
As intimações para a devolução voluntária de aparelhos adquiridos irregularmente foram enviadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por WhatsApp, no âmbito da Operação Mobile, coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil (Concpc).
“Essa operação tem o intuito de incentivar as pessoas que tiveram os celulares roubados a procurarem uma delegacia para registrar a ocorrência”, disse a presidente do conselho e delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, em nota.
Segundo ela, o objetivo da iniciativa é desestimular o comércio ilegal de telefones celulares no país.
“Cada celular tem um número de identificação único e global, chamado Imei [do inglês, Identidade Internacional de Equipamento Móvel]. Com esse número nós conseguimos recuperar o celular. É preciso que as pessoas entendam que não se deve comprar um celular sem nota fiscal, pois essas compras incentivam os roubos”, disse Heloísa.
Também em nota, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, explicou que a Operação Mobile foi uma oportunidade para testar o Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, inspirado em uma iniciativa do governo do Piauí que, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública e especialistas, contribuiu para reduzir expressivamente o roubo e furto de aparelhos no estado.
“A operação foi uma oportunidade para podermos validar as ações do protocolo nacional e evoluirmos no sentido de expandir a estratégia investigativa para o âmbito nacional”, comentou o secretário.
Ainda de acordo com o ministério, a Operação Mobile foi uma primeira oportunidade para os 11 estados que integram o grupo de trabalho criado no início de agosto, com a missão de elaborar o protocolo e aplicar pela primeira vez, o protótipo do programa baseado na experiência piauiense.
Integram o grupo o Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Celular Seguro
Nesta quinta-feira (19), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou uma nova versão do aplicativo Celular Seguro. A principal novidade é a opção de envio de alerta apenas para bloqueio da linha telefônica e das contas vinculadas às instituições parceiras, mantendo o IMEI (número de identificação internacional de equipamento móvel) do celular ativo.
Essa opção permitirá o retorno do aparelho roubado, furtado ou extraviado à rede de telefonia, tão logo seja instalado um novo chip.
Agência Brasil
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A Paraíba irá sediar em 2026 a Convenção Nacional do Comércio Lojista, evento realizado pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Como observou o ClickPB, a informação foi detalhada pela secretária de estado do turismo e desenvolvimento econômico, Rosália Lucas.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, Rosália disse que o evento é realizado a cada dois anos. “É um evento para 4.500 empresários (…) de todo o Brasil. O presidente da federação, Netinho veio com uma proposta para nós nos candidatarmos, João Pessoa para 2026, porque esse ano foi (Balneário) Camboriú”, explicou.
Segundo ela, uma equipe foi com a delegação da CDL João Pessoa, CDL Campina Grande, as 33 CDLs. Fomos, governador gravou vídeo, assinou a carta de interesse juntamente com o prefeito de João Pessoa. Fomos lá concorrer com outros destinos (…) e o resultado ficou João Pessoa 2026″, falou à rádio Arapuan FM.
ClickPB
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Uma criança de sete anos foi morta a facadas e quatro pessoas ficaram feridas em um ataque a faca em uma escola do ensino básico em Zagreb, capital da Croácia, na manhã desta sexta-feira (20).
"Infelizmente, uma criança morreu no local após uma tentativa de reanimação", informou a ministra da Saúde, Irena Hrstic, aos repórteres, expressando sua "indignação" com o ataque.
Segundo a ministra, os outros feridos, três crianças e um professor, foram hospitalizados e suas vidas não correm perigo.
O agressor é um homem de 19 anos, ex-aluno do local, de acordo com o ministro do Interior, Davor Bozinovic. Ele tentou suicídio após o ataque e também foi hospitalizado:
"Ele fugiu do local do crime e se trancou em um centro de saúde próximo, onde tentou se ferir com a faca. A polícia o impediu de cometer suicídio".
A mãe dele contou à imprensa que ele havia sido tratado várias vezes em um hospital psiquiátrico.
"Eu implorei ao médico que não terminasse sua estadia no hospital porque ele ainda não estava pronto", disse.
A mídia croata publicou fotos de helicópteros pousando perto da escola para transportar os feridos. Carros de polícia e médicos forenses ainda estavam na escola no início da tarde.
O prefeito de Zagreb, Tomislav Tomasevic, o ministro do Interior, Davor Bozinovic, e o ministro da Educação, Radovan Fuchs, visitaram o local.
Um aluno de 14 anos da escola contou à agência de notícias AFP que viu colegas de sala da criança que morreu saindo do local "em estado de choque".
"Minha irmã [uma aluna] me disse que não havia ninguém na entrada da escola e que o agressor entrou primeiro em uma sala de primeiro ano, depois em outra, a do quinto", declarou Filip.
As autoridades croatas decretaram um dia de luto nacional em todo o país neste sábado (21). À noite, uma vigília na porta da escola onde o crime ocorreu homenageou a criança que foi morta.
g1
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Uma delegação dos Estados Unidos visitou a Síria nesta sexta-feira (20) e fez uma série de reuniões oficiais com os novos governantes do país, liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham, que tomou o poder após uma ofensiva relâmpago que levou ao fim do regime de Bashar Al-Assad.
Segundo declaração do Departamento de Estado americano, "eles se reuniram com representantes do HTS para discutir os princípios de transição endossados pelos Estados Unidos" e "também discutiram eventos regionais e o imperativo da luta contra o Isis" - sigla do grupo terrorista Estado Islâmico.
Em uma declaração publicada na plataforma de mídia social X, inclusive, o Comando Central dos EUA anunciou que ataques aéreos mataram dois agentes do ISIS, incluindo o líder, Abu Yusif, nesta sexta.
A principal diplomata do Departamento de Estado para o Oriente Médio, Barbara Leaf, foi uma das presentes, além do enviado presidencial para assuntos de reféns, Roger Carstens, e o conselheiro sênior Daniel Rubinstein, que agora tem a tarefa de liderar o compromisso do Departamento com a Síria.
Eles são os primeiros diplomatas dos EUA a viajar para Damasco desde o colapso do governo de Assad.
O novo dirigente sírio, Ahmed al Sharaa, celebrou a reunião "positiva" com os diplomatas dos Estados Unidos nesse primeiro contato formal com o novo governo interino.
"A reunião ocorreu e foi positiva. E os resultados serão positivos, se Deus quiser", disse à AFP um funcionário do novo governo, que pediu anonimato.
Uma coletiva de imprensa inicialmente prevista pela delegação dos Estados Unidos foi cancelada por "razões de segurança", anunciou uma porta-voz americana em Damasco. Enquanto os jornalistas aguardavam em um hotel da capital síria faltou luz no local.
Após o cancelamento, Barbara Leaf falou a repórteres que a reunião foi "boa" e que al Sharaa se comprometeu a garantir que grupos terroristas não representem uma ameaça dentro ou fora da Síria.
Os Estados Unidos, outras potências ocidentais e muitos sírios ficaram satisfeitos ao ver as milícias lideradas pelo HTS derrubarem o presidente Bashar al-Assad, mas não está claro se o grupo imporá um governo islâmico rigoroso ou se mostrará flexibilidade e avançará em direção à democracia.
Os governos ocidentais estão gradualmente abrindo canais para o HTS e seu líder, ex-comandante de uma franquia da Al Qaeda na Síria, e começando a debater se devem remover a designação terrorista do grupo.
A delegação americana também se encontrou com grupos da sociedade civil e membros de diferentes comunidades na Síria "sobre sua visão para o futuro de seu país e como os Estados Unidos podem ajudar a apoiá-los", afirmou o porta-voz.
A delegação também trabalhou para descobrir novas informações sobre o jornalista norte-americano Austin Tice, que foi levado para cativeiro durante uma viagem de reportagem à Síria em 2012, e outros cidadãos dos EUA que desapareceram durante o governo de Assad.
França, Alemanha, Reino Unido e Nações Unidas também enviaram delegações a Damasco. Os ocidentais temem a fragmentação do país e agora estão atentos às políticas dos novos líderes sobre as minorias e ao futuro das regiões curdas semi-autônomas do norte.
As mulheres são "absolutamente indispensáveis" para reconstruir a Síria, disse Amy Pope, diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU, nesta sexta-feira.
Nesta quinta-feira (19), centenas de pessoas se manifestaram em Damasco pela democracia e os direitos das mulheres.
"A era do silêncio acabou. Estaremos atentas a qualquer postura que possa prejudicar as mulheres e não a aceitaremos", garantiu Majida Mudarres, uma manifestante de 50 anos.
g1
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A 20 dias de assumir o terceiro mandato, resultado de uma eleição considerada ilegítima por grande parte da comunidade internacional, Nicolás Maduro anunciou para o próximo ano uma grande reforma da Constituição venezuelana.
O plano é interpretado como mais uma manobra política do ditador, a exemplo do que fez seu homólogo na Nicarágua, Daniel Ortega: no mês passado, o ditador do país vizinho aprovou uma reestruturação na Constituição do país para consolidar o controle total do poder estatal para a sua família.
Sem dar detalhes, Maduro disse que está “imbuído de um grande sentimento de transformações, de mudanças para democratizar a sociedade venezuelana e empoderar o cidadão”.
No último mês, três presos políticos morreram sob custódia do regime. De acordo com a ONG Provea, há no país 1.877 encarcerados por discordarem do governo. O opositor Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória eleitoral, está exilado na Espanha e proibido de voltar ao país, sob pena de ser preso.
Desta forma, a retórica pseudo-democrata do autocrata invocada para mudar a Constituição ecoa no ceticismo dos venezuelanos. O Parlamento, comandado por chavistas, aprovou recentemente modificações nas leis eleitorais e implementou uma lei de justiça comunitária que dá mais controle político aos juízes de paz.
Vale lembrar que em abril passado, antes da fatídica eleição, Maduro já tinha antecipado seus planos de uma reforma constitucional, para incluir a pena perpétua para crimes de corrupção e traição à pátria, além da inabilitação política perpétua.
São os argumentos frequentemente invocados pelo regime para encarcerar e silenciar seus opositores.
A proposta de reforma constitucional tem um precedente, em 2017, quando o presidente convocou uma Assembleia Constituinte para reformar a Carta Magna, mas acabou sendo o pretexto para o chavismo fazer frente ao Parlamento controlado por opositores.
A Constituição em vigor na Venezuela foi aprovada há 25 anos por Hugo Chávez. Por isso, a nova reforma, anunciada pelo impopular Maduro, supostamente para assegurar a soberania do país, é encarada como mais uma balela do ditador para consolidar o poder.
g1
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O pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso representa apenas a “primeira leva” de medidas do ajuste fiscal do governo, disse nesta sexta-feira (20) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em café da manhã com jornalistas, ele afirmou que a revisão de despesas será permanente e que decidiu enviar as propostas agora, perto do fim do ano, para reduzir as incertezas em relação ao arcabouço fiscal.
“Apenas esse pacote não é o suficiente. Estamos chegando ao último dia do ano legislativo. Ou eu mandava agora para aprovar uma primeira leva de ajustes, ou deixava um pacote mais robusto para o próximo ano, o que geraria mais incerteza. Melhor submeter ao Congresso o que está pacificado entre os ministérios, o Legislativo, os deputados e senadores da base, do que esperar para ter uma coisa [economia de gastos] mais robusta, mais vistosa”, declarou o ministro.
Na avaliação do ministro, faz mais sentido enviar ao Congresso o que está amadurecido nos debates internos do que esperar um pacote mais amplo até março. Por causa das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado em fevereiro, somente em março o Congresso elegerá as comissões, o que faria o governo perder ainda mais tempo do que se não tivesse enviado as medidas no fim de novembro.
Haddad, no entanto, admitiu que defendeu mais medidas no pacote, mas que teve de fazer um trabalho de convencimento dentro do governo, característico do regime democrático. “Lutei por mais [medidas]. Todo mundo sabe. O papel da Fazenda é esse, mas existe uma mediação que passa por outros ministérios e o Congresso”, justificou.
Trabalho constante
Segundo Haddad, a revisão de gastos públicos será constante daqui para a frente. “Se depender de mim, essa agenda teve um início importante e não deveria parar. Deveria ser prática rotineira do Poder Executivo fazer isso [rever gastos]. Isso vale inclusive para os governos locais. A prefeitura, o estado, precisa ter uma rotina de revisão de gastos. Isso não deveria ser algo extraordinário e surpreendente. Assim que [o Poder Executivo] identifica que algo sai do previsto do que o Legislador imaginou, deve revisar a despesa”, declarou.
Entre os exemplos de gastos que cresceram além do previsto nos últimos anos, o ministro citou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), benefício pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Segundo Haddad, os afrouxamentos nas regras de governos anteriores levaram as despesas com o benefício a subir fortemente. Nos 12 meses terminados em outubro, os gastos aumentaram 16%.
“As mudanças que desorganizaram o BPC deram margem a interpretações frouxas, sendo revistas agora à luz do que aconteceu no programa nos últimos anos. São temas sensíveis, inclusive do ponto de vista da opinião pública, mas que têm de ser tratados”, afirmou o ministro.
Juros
Em relação ao impacto da elevação dos juros sobre a economia, Haddad descartou a possibilidade de o governo fazer algum estímulo parafiscal, usando recursos fora do Orçamento, como saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Para o ministro, esse tipo de ação não é necessário porque as próprias projeções oficiais apontam crescimento de mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2025, mesmo com a desaceleração da economia.
“Não pretendo fazer nenhuma política de estímulo parafiscal. Não está na nossa ordem de considerações. Acredito que esse ciclo de alta dos juros vai fazer um efeito muito rápido na economia [segurando a inflação num período curto].
Nossa projeção de crescimento para o ano que vem é 2,5%. Ela está no Orçamento e é 1 ponto [percentual] abaixo deste ano. A desaceleração já estava mais ou menos contratada pelo próprio governo”, explicou.
Agência Brasil
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A Caixa Econômica Federal paga nesta sexta-feira (20) a parcela de dezembro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 9.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 678,36. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,81 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,07 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Moradores do Rio Grande do Sul, afetados por enchentes de abril a junho, e de mais quatro estados (Amazonas, Paraná, Rondônia e São Paulo) receberam o pagamento do Bolsa Família de forma unificada no último dia 10, independentemente do número do NIS. O pagamento unificado beneficiou 59 municípios do Amazonas e 52 de Rondônia afetados pela estiagem e pela vazante dos rios, sete municípios do Paraná e 21 municípios de São Paulo afetados por fortes chuvas.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,74 milhões de famílias estão na regra de proteção em dezembro. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 370,33.
Cadastro
Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 280 mil de famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Em compensação, outras 200 mil de famílias foram incluídas no programa em dezembro. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.
Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta sexta-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 9. O valor ficou em R$ 104 neste mês. Por causa de um atraso na liberação do benefício, os beneficiários com NIS 1 e 2 receberam na última quinta-feira (12). Os beneficiários de NIS 3 em diante estão recebendo conforme o calendário de liberação do Bolsa Família.
Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,5 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou nesta sexta-feira (20) que a votação do Orçamento da União para 2025 será adiada para fevereiro.
Segundo Pacheco, o adiamento ocorreu por conta das mudanças necessárias na peça orçamentária causadas pelo pacote de corte de gastos, que teve aprovação concluída no Congresso somente nesta sexta.
"Justifica-se pelo fato de que agora há pouco nós concluímos as votações do pacote de corte de gastos, cujos efeitos são gerados para a Lei Orçamentária. Portanto, natural que o relator e os membros da comissão tenham esse tempo, mas isso aconteceu outras vezes", declarou.
Entre as medidas aprovadas pelo Legislativo, estão textos que estabelecem limite para o crescimento do salário mínimo, criam novas regras para o abono salarial e prorrogam a desvinculação de receitas da União, que libera recursos alocados anteriormente em outras áreas.
Na noite de quinta (19), o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), já havia defendido que não seria possível votar o texto antes do recesso parlamentar, que começa a partir deste sábado (21). O Congresso só voltará às atividades no início de fevereiro.
?A Lei Orçamentária Anual (LOA), comumente chamada de Orçamento da União, especifica os gastos e as despesas que o governo federal terá ao longo de um ano.
Para isso, entram na lei previsões do valor do salário mínimo, do crescimento da economia e da inflação, por exemplo — medidas afetadas pelas mudanças propostas pelo governo e aprovadas no Congresso.
Os parlamentares terminaram de votar, nesta sexta, uma série de projetos do pacote fiscal enviado pelo governo para equilibrar as contas públicas. Clique aqui para ver o que muda.
Readequação
Como o pacote fiscal limita o crescimento do salário mínimo, foi necessário aprovar os projetos antes da LOA. Isso porque o projeto altera os recursos disponibilizados para aposentadorias e benefícios sociais, que são indexados ao mínimo.
Além disso, a possibilidade de uma reforma ministerial também joga dúvidas sobre a que pasta destinar os recursos das emendas legislativas. Pode ser que um ministério ocupado por um aliado nesse momento seja desocupado no próximo ano, por exemplo.
Em 2025, a Câmara dos Deputados e o Senado devem eleger novos presidentes e mesas diretoras, que serão responsáveis por votar o Orçamento.
Os principais nomes cotados para presidir suas respectivas Casas são o deputado Hugo Motta (Republicanos - PB) e o senador David Alcolumbre (União Brasil-AP).
Efeitos de não aprovar o Orçamento
Pela lei, o Orçamento tem que ser aprovado antes do recesso parlamentar. Se isso não acontecer, os gastos do governo têm que seguir uma regra fixa nos meses seguintes, até a aprovação.
A regra é que o governo só pode gastar em cada mês um doze avos do previsto para o ano inteiro na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Se, por um lado, essa regra não deixa o Orçamento congelado, por outro, impede que o governo execute os gastos de forma que considerar mais estratégica.
A jornalistas, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que o adiamento da votação não prejudica o governo.
"Entre 1º de fevereiro, após a eleição das mesas das duas Casas, e 20 de fevereiro nós votaremos a Lei Orçamentária", declarou.
g1
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