A inflação desacelerou em março para todas as faixas de renda, na comparação com fevereiro. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para a classe de renda muito baixa, o recuo foi de 1,59% para 0,56%. Para a classe de renda alta, de 0,9% para 0,6%.
O Ipea explica que a desaceleração da inflação para as classes de renda menor pode ser explicada pelo reajuste baixo das tarifas de energia elétrica (0,12%) e as quedas nos preços das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e do metrô (-1,7%).
Em relação às famílias de renda alta, a melhora das taxas do grupo educação, de 0,90% em fevereiro para 0,60% em março, foi mais determinante. O dado traduz principalmente o fim do impacto dos reajustes das mensalidades escolares em fevereiro.
Por outro lado, grupos de menor renda tiveram de lidar com taxas mais altas nos preços dos alimentos no domicílio. As altas mais expressivas de inflação vieram dos ovos (13,1%), do café (8,1%), do leite (3,3%) e do tomate (22,6%). Alguns alívios aconteceram em itens como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%).
A classe de renda alta foi mais impactada em segmentos de transporte e de despesas pessoais. É o caso dos reajustes de 6,9% das passagens aéreas e de 1,2% dos serviços ligados à recreação e lazer.
Outros números
Na comparação entre março de 2025 e março de 2024, a inflação acelerou para todas as faixas de renda, com um impacto mais significativo nas classes de rendas mais altas.
Quando se considera o acumulado de 12 meses, a faixa de renda muito baixa teve a menor inflação (5,24%). O segmento de renda alta apresentou a taxa mais elevada (5,61%).
Nos últimos 12 meses, as principais pressões inflacionárias vieram dos grupos alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais. Os aumentos mais significativos foram em carnes (21,2%), aves e ovos (12,1%), óleo de soja (24,4%), leite (11,9%) e café (77,8%).
Em saúde e cuidados pessoais, os maiores impactos vieram dos produtos farmacêuticos (4,8%), itens de higiene (4,8%), serviços de saúde (7,8%) e planos de saúde (7,3%).
No grupo transportes, os destaques foram tarifas de ônibus urbano (5,1%) e interestadual (6,4%), transporte por integração (10%) e por aplicativo (18,3%), além dos reajustes da gasolina (10,9%) e do etanol (20,1%).
Agência Brasil
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (17) que o Brasil vai se colocar à disposição da China para "substituir" frigoríficos dos Estados Unidos no comércio de carne bovina.
A "oportunidade", como chamou Fávaro, surgiu a partir de um ato do governo chinês que, em meio ao avanço da guerra tarifária americana, retirou a autorização de quase 400 plantas frigoríficas dos EUA para vender carne bovina à China.
O espaço aberto com a desabilitação dos frigoríficos americanos, na avaliação do ministro, poderá ser "ocupado" pelo Brasil.
"Há poucos dias, nas carnes bovinas, o governo chinês deixou de habilitar 395 plantas. Alguém vai precisar fornecer essa carne, que era fornecida pelos norte-americanos. O Brasil se apresenta, com muita vontade e capacidade, e tenho certeza que vamos saber ocupar esse espaço e ser um grande fornecedor", disse Carlos Fávaro à imprensa.
O ministro da Agricultura afirmou que o esforço do governo brasileiro para ampliar a venda de proteínas no mundo não se limita à China.
Segundo ele, negociações também têm ocorrido com o Japão, a partir de um acordo firmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita ao país em março.
"Por óbvio, queremos ampliação com a China. Acho que, diante da não reabilitação de quase 400 plantas nos EUA, eles vão precisar se decidir, e vamos nos apresentar", declarou.
O ministro da Agricultura afirmou que representantes da alfândega chinesa devem se reunir com o governo brasileiro na próxima terça-feira (22). As conversas, de acordo com ele, vão tratar da ampliação comercial entre os países, além de debater a adoção de protocolos conjuntos.
As tratativas entre as áreas técnicas do Brasil e da China podem pavimentar as negociações entre o presidente Lula e o presidente chinês, Xi Jinping. Com viagem marcada para maio, Lula deve colocar a ampliação comercial como uma das pautas das agendas na China.
Ao ser questionado se o Brasil tem estrutura para substituir totalmente os EUA no mercado chinês, Fávaro disse que o país "não pode ter essa pretensão".
O ministro afirmou, no entanto, que, "sem sombra de dúvida", o Brasil é um dos "pouquíssimos" países do mundo capaz de expandir a área produtiva em dezenas de milhões de hectares.
"Certamente, gradativamente, o Brasil será a segurança alimentar. Não só para a China, mas para todos os países do mundo", disse.
Encontro com ministros do Brics
As declarações do ministro ocorreram em um dos intervalos de uma reunião entre ministros de Agricultura do Brics, um bloco criado para fomentar a cooperação entre 11 economias emergentes, como China e Rússia, e que tem, neste ano, o Brasil na presidência.
No encontro, que ainda ocorre no Palácio do Itamaraty, em Brasília, os ministros devem concluir e divulgar uma declaração conjunta, que abrangerá compromissos do bloco com a agropecuária, o desenvolvimento sustentável e um plano de ação para os próximos quatro anos.
De acordo com Fávaro, embora o encontro não tenha sido convocado em razão do "tarifaço" americano, parte das discussões foi sobre mecanismos para que os países do Brics superem obstáculos criados por barreiras comerciais e protecionismo.
Um dos pontos tratados e defendidos em consenso pelo bloco, afirmou o ministro, é a necessidade de ampliar o comércio de produtos agropecuários intrabloco.
"Por óbvio, isso nos motiva ainda mais para o fortalecimento desse bloco geopolítico. A afronta neste momento, por parte do governo norte-americano, e um protecionismo sem precedentes certamente nos induz ao fortalecimento do bloco e buscar novas oportunidades", declarou Fávaro.
As conclusões dos ministros, que devem ser apresentadas oficialmente ainda na tarde desta quinta, serão levadas para a cúpula de líderes do Brics, marcada para julho, no Rio de Janeiro.
g1
Portal Santo André em Foco
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, rejeita a solução intermediária de criar uma lei para atenuar a punição aos réus de menor importância em tentativas de golpe de Estado.
Como mostrou o blog do Octávio Guedes, a cúpula do Congresso Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão analisando aprimorar a lei existente, diferenciando financiadores, organizadores e líderes dos demais réus de menor importância. A ideia é que haja um atenuante de 1/3 a 1/6 da pena; em contrapartida, contra os líderes pesaria um agravante.
Para Sóstenes, constitucionalmente, cabe ao Congresso apenas tratar da Anistia.
"Eu acho anti-republicano saída negociada entre Congresso e STF. São dois poderes independentes. Não é normal ver o STF querendo legislar e conversando com normalidade com membros do Congresso", disse.
O líder do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro rejeita, ainda, a diferenciação entre líderes e réus de menor importância, porque, na avaliação dele, "não houve mandantes nem financiadores" ao que ele chama de "baderna" do 8 de Janeiro.
Por isso, a estratégia é seguir pressionando para pautar o requerimento de urgência ao projeto da anistia. O parlamentar reconhece a possibilidade de fazer alterações ao texto, mas somente com a anuência de Bolsonaro. Ele não falou, no entanto, quais mudanças seriam essas. Sóstenes pretende apresentá-las apenas depois que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), definir o relator do texto.
Sóstenes diz que vem avançando no convencimento dos parlamentares e aposta que conquistará 301 votos a favor da anistia, caso o texto seja levado ao plenário.
O Congresso aprovar a diferenciação entre líderes e réus de menor importância seria, de certa forma, reconhecer que há um mandante no que ocorreu em 8 de Janeiro em Brasília.
Como mostrou o blog do Octávio Guedes, uma vez que uma nova lei só pode retroagir para beneficiar o réu, essa lei só atingiria os executores de menor importância do 8 de janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros e militares de alta patente, acusados de liderar a tentativa de golpe, não seriam afetados pela mudança
Motta e o ministro do STF Alexandre de Moraes estão de acordo com a estratégia de um projeto alternativo ao da anistia.
g1
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O ex-presidente José Sarney, de 94 anos, foi diagnosticado com Covid-19. Ele fez exames de saúde em Brasília e passa bem, segundo assessores.
A TV Globo apurou que o ex-presidente foi encaminhado para atendimento médico após apresentar sintomas gripais.
Ele passou por exames laboratoriais e de imagem para verificar o estado o pulmão, e está em casa, seguindo as recomendações médicas para acompanhamento do quadro.
A expectativa é que Sarney fique bem a tempo do aniversário, na próxima semana. O ex-presidente completa 95 anos na próxima quinta-feira, 24 de abril, e planeja viajar para o Maranhão para comemorar com a família.
Marco da Redemocratização
Sarney foi o primeiro presidente após a redemocratização do país. Ele assumiu de forma definitiva a Presidência da República em 1985, e governou até março de 1990.
Foi o primeiro civil a presidir o Brasil em 21 anos – o último havia sido João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.
A volta da democracia foi um processo cauteloso, que exigiu negociações entre as elites política e militar do país.
A abertura “lenta e gradual” teve início no governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) e prosseguiu com o general João Baptista Figueiredo (1979-1985), ambos do Exército Brasileiro.
Um dos marcos do esforço da sociedade civil em busca da democracia foi a campanha das "Diretas Já" para aprovar no Congresso a chamada emenda Dante de Oliveira, que modificava a Constituição e determinava a volta da eleição para presidente pelo voto direto dos brasileiros.
Ex-presidente do PDS, Sarney era senador pelo Maranhão, já havia sido governador do mesmo estado e deixou a legenda para se filiar ao MDB e ser o vice na chapa da oposição, liderada por Tancredo Neves.
Ex-governador de Minas Gerais, político de perfil conciliador, Tancredo superou o candidato governista Paulo Maluf (PDS) na eleição do colégio eleitoral.
g1
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez acusações contra a China e o enviado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (17).
O ucraniano, que busca um acordo de cessar-fogo para parar a guerra de seu país contra a Rússia, que já dura três anos, afirmou que tem "provas de que a China oferece artilharia e pólvora" aos russos e que está ajudando na produção de certas armas.
"Acreditamos que representantes chineses estejam envolvidos na produção de algumas armas no território da Rússia", disse ele em uma coletiva de imprensa em Kiev.
Zelensky também criticou o enviado especial de Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff - que se encontrou há alguns dias com o presidente russo, Vladimir Putin -, dizendo que ele "está espalhando narrativas russas sobre a guerra".
No entanto, afirmou que um memorando de intenções sobre o acordo de minerais que vem sendo negociado entre seu país e o governo dos Estados Unidos pode ser assinado ainda nesta quinta-feira (17).
De acordo com o ucraniano, a Rússia diminuiu o número de ataques a instalações de energia, como acertado em acordo mediado pelos EUA, mas está atacando a infraestrutura civil e continua a usar o mesmo número de drones e mísseis, além de ter reunido cerca de 60 mil soldados nos arredores de Sumy, cidade atacada no domingo (13).
China negou acusação anterior
Há uma semana, Zelensky já havia atacado Pequim e dito que as forças ucranianas haviam capturado dois homens de nacionalidade chinesa lutando ao lado da Rússia no leste da Ucrânia.
Disse também ter informações de que 155 chineses tinham sido enviados pelo presidente do país asiático, Xi Jinping, para integrar as forças russas.
A China negou que tenha enviado soldados para lutar ao lado das tropas da Rússia na Ucrânia, e disse não ter informações sobre cidadãos de seu país que tenham sido recrutado por Exército de Vladimir Putin.
Questionado sobre a declaração de Zelensky, o Ministério das Relações Exteriores da China pediu às "partes relevantes" que "parem de fazer comentários irresponsáveis".
"Alertamos às partes relevantes que reconheçam o papel da China de maneira correta e clara", disse o porta-voz diplomático Lin Jian em uma entrevista coletiva, sem citar a Ucrânia ou Zelensky diretamente.
A China se apresenta como um ator neutro na guerra de três anos, apesar das críticas ocidentais de que sua proximidade com Moscou proporcionou apoio econômico e diplomático à Rússia.
g1
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O Papa Francisco visitou nesta quinta-feira (17) a prisão de Regina Coeli, a principal de Roma, para a famosa tradição de "Lava-pés" da Quinta-feira Santa. Porém, Francisco não lavou os pés de detentos por estar no estágio final de recuperação de uma pneumonia que o deixou mais de um mês internado.
O pontífice, de 88 anos, encontrou-se com cerca de 70 detentos no local, e disse que mesmo não podendo lavar pés ele queria manter a tradição de passar a Quinta-feira Santa entre os mais desfavorecidos.
“Gosto de fazer todos os anos aquilo que Jesus fez na Quinta-feira Santa, a lavagem dos pés, na prisão. Neste ano não posso fazê-lo, mas posso e quero estar próximo de vocês. Rezo por vocês e por suas famílias”, disse Francisco.
A visita foi considerada uma surpresa por conta de seu estado de saúde. Francisco ficou internado durante quase 40 dias entre fevereiro e março deste ano, tratando uma bronquite que evoluiu para uma pneumonia bilateral. O pontífice ficou à beira da morte em duas ocasiões, segundo os médicos.
Francisco chegou à prisão pouco antes das 15h, no horário local (10h no horário de Brasília) e não utilizava tubos de oxigênio nas narinas. A visita durou cerca de 30 minutos. Ele foi recebido pela diretora do presídio, Claudia Clementi, e por funcionários. Segundo o Vaticano, os detentos que encontraram o papa eram de diversas nacionalidades e participam regularmente das atividades e catequeses organizadas na prisão.
O papa orou com os detentos e depois os cumprimentou individualmente e concedeu-lhes sua bênção.
Francisco falou com a imprensa ao deixar a prisão de carro. Ele apresentou voz rouca e fraca e sorriu para repórteres. Perguntado sobre como ele estava se sentindo, ele respondeu: "sentado".
g1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (17) que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, está "sempre muito atrasado e errado" na condução da política de juros do país.
A declaração de Trump veio apenas um dia após Powell criticar publicamente o tarifaço do presidente americano. Na quarta (16), Powell disse que o nível das tarifas anunciadas por Trump é muito maior do que o Fed esperava, mesmo nos cenários "mais extremos".
O presidente do Fed também disse que a guerra tarifária iniciada pelos EUA pode dificultar o trabalho do BC americano, que toma suas decisões sempre guiado pelo objetivo de controlar a inflação e fortalecer o mercado de trabalho.
Trump reclamou do tempo que falta para o fim do mandato de Powell à frente do Fed, dizendo que esse momento "não chega rápido o suficiente". Os mandatos de presidente e vice do Fed têm duração de quatro anos. Powell deve deixar o cargo em maio de 2026. (veja a íntegra abaixo)
Mais tarde, o republicano voltou a criticar Powell. Trump disse a repórteres que caso ele peça para o chefe do BC deixar o cargo, ele irá deixar. O presidente dos EUA também afirmou que não está satisfeito com Powell e que ele tem sido "tardio" em tomar medidas.
Além disso, o republicano também afirmou que Powell deveria promover novos cortes de juros e disse acreditar que isso deve acontecer em algum momento.
As taxas de juros nos EUA estão, atualmente, entre 4,25% e 4,50% ao ano — um patamar alto para os padrões do país — e Trump já criticou essa política monetária em diversas ocasiões, desejando o corte dos juros.
? Isso porque juros altos são uma ferramenta para controlar a inflação, já que encarecem a tomada de crédito pela população e pelas empresas, impactando os níveis de consumo e investimentos da economia e reduzindo a pressão sobre os preços.
⚠️ No entanto, com menor consumo, a atividade econômica tende a desacelerar, afetando o crescimento da economia.
O Fed é uma instituição independente e o governo não pode interferir nas decisões sobre os juros, o que evita o uso das taxas de juros para aquecer a economia em um momento de inflação acelerada.
"É muito importante o Fed ser independente porque é a instituição responsável por olhar para a economia de um jeito técnico", explica o analista de investimentos Vitor Miziara.
"Os governos, de forma geral, torcem para juros muito baixos porque estimulam a economia, trazem dívidas com custos menores e facilitam a vida das pessoas. Mas isso só funciona no curto prazo porque juros muito baixos sem uma base técnica para isso trazem inflação. A conta sempre chega lá na frente", pontua.
"A independência do banco central é importante para que a instituição não tome decisões com base no populismo, mas sim tentando assegurar uma economia saudável no médio e longo prazo, e não apenas no curto prazo para beneficiar o presidente da vez", destaca Miziara.
Luan Aral, especialista em câmbio da Genial Investimentos, comenta que, além da estabilidade da inflação, a autonomia do banco central também é importante para manter a confiança do mercado, principalmente em anos eleitorais.
Tarifaço de Trump gera cautela
Powell, assim como a maioria dos especialistas e investidores do mercado financeiro, acredita que a política tarifária de Trump pode elevar a inflação e provocar uma recessão econômica.
Tarifas maiores sobre insumos e produtos que chegam ao país encarecem os processos de diversas cadeias produtivas, e os preços tendem a ser repassados ao consumidor final, gerando mais inflação.
A inflação alta diminui o poder de compra da população, que pode consumir menos, provocando a desaceleração da atividade econômica.
No discurso desta terça, Powell disse que "apesar da maior incerteza e dos riscos de baixa, a economia dos EUA ainda está em uma posição sólida", mas ponderou que "os dados disponíveis até agora sugerem que o crescimento desacelerou no primeiro trimestre em relação ao ritmo sólido do ano passado."
Powell também indicou que, diante das incertezas com as tarifas de Trump, o Fed poderá manter a taxa básica de juros estável na próxima reunião (nos dias 6 e 7 de maio), enquanto aguarda "maior clareza antes de considerar quaisquer ajustes".
"O Fed está esperando para ver como as coisas vão se desenrolar antes de tomar qualquer tipo de medida em relação às taxas [de juros]", declarou Powell.
"Vamos ver se a inflação será temporária ou um evento pontual, para observar por quanto tempo essas tarifas vão durar e se haverá ou não algum tipo de mudança nelas", acrescentou.
A visão de Trump é diferente. Sem mostrar dados, o presidente insistiu ontem que a inflação está recuando nos EUA, enquanto o país está ficando "rico com as tarifas".
Veja o que disse Trump
"Espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) corte suas taxas de juros pela sétima vez, e, no entanto, o 'atrasado' do Jerome Powell, do Fed, que sempre chega 'TARDE DEMAIS E ERRADO', divulgou ontem um relatório que foi mais uma típica 'bagunça' completa! Os preços do petróleo caíram, os (preços dos) alimentos (até os ovos!) caíram, e os EUA estão ficando RICO EM TARIFAS. O atrasado deveria ter reduzido as taxas de juros, como o BCE, há muito tempo, mas certamente deveria reduzi-las agora. O fim do mandato de Powell não chega rápido o suficiente!"
No Brasil, Lula também já criticou comando do BC
As críticas aos presidentes de bancos centrais independentes não são exclusivas do governo Trump nos EUA.
No Brasil, recentemente, aconteceu algo semelhante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, desde o início do seu terceiro mandato em 2023, a forma como o então presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, conduzia a política monetária.
As críticas só terminaram no fim de 2024, quando o mandato de Campos Neto acabou. A partir de 2025, Gabriel Galípolo, indicado pelo governo, assumiu o comando da instituição.
Lula não concordava com o patamar da Selic, taxa básica de juros, que estava em 13,75% ao ano no início do terceiro mandato, pois os juros altos atrapalham o aumento do consumo no país.
Os juros estavam elevados desde a crise que fez a inflação disparar no mundo inteiro, após o impacto da pandemia de Covid-19.
Em diversos episódios de críticas públicas, Lula chamou Campos Neto de "adversário político ideológico" e disse que ele "trabalha para prejudicar o país". Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro antes de Lula assumir.
Sob o comando de Campos Neto, o BC iniciou um ciclo de redução dos juros em agosto de 2023, que se estendeu até setembro de 2024, quando a taxa Selic voltou a subir devido à inflação elevada.
Os juros continuam em alta no Brasil e, em sua última reunião, já sob o comando de Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC promoveu uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, levando-a ao patamar de 14,25% ao ano, com novas perspectivas de alta.
Mesmo com Galípolo à frente do BC, parte da base do governo ainda critica a condução da política monetária.
Em janeiro, na primeira decisão sob o comando novo presidente, que também terminou com alta dos juros, Lula defendeu e disse que Galípolo não podia "dar um cavalo de pau" porque essa alta nos juros já estava "praticamente demarcada".
g1
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A Petrobras anuncia que reduzirá, a partir desta sexta-feira (18), em R$ 0,12 por litro, os preços de venda do diesel A (ainda sem adição de biodiesel) nas refinarias. De acordo com a estatal, “O preço passará a ser, em média, de R$ 3,43 por litro”.
O valor final do diesel depende de outros fatores além do produto, como a incidência de tributos (variável por estado) e o percentual de lucro das distribuidoras, como BR, Ipiranga, Ale, e Raízen (Shell e Cosan).
O desconto de R$ 0,12 também não é em linha, porque o produto final na bomba traz a mistura de 86% de diesel A com 14% de biodiesel para composição do chamado diesel B, conforme estabelece o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A mistura determinada desde 2023 torna o combustível menos poluente.
Assim, a Petrobras afirma que parcela da empresa no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,95 por litro, uma redução de R$ 0,10 a cada litro de diesel B.
Ainda segundo a estatal, desde dezembro de 2022 os preços do diesel para as distribuidoras reduziram em R$ 1,06 por litro, desconto de 23,6%.
“Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,59/ litro ou 31,7%”, detalha a companhia. A última redução ocorreu em 31 de março.
Estatal explica como a companhia estabelece os preços dos combustíveis, veja aqui.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O Brasil registrou a segunda maior produção de cana-de-açúcar, durante o ciclo 2024-2025, com um total estimado de 676,96 milhões de toneladas do produto. O resultado é 5,1% menor do que a safra recorde, registrada no ciclo anterior, colhido entre 2023 e 2024.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda foi “reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representa 91% da produção total do país”, aliado à queimada observada nos canaviais. O fogo, segundo a companhia, consumiu vários talhões de cana em plena produção.
“Essas condições adversas registradas ao longo da temporada influenciaram negativamente na produtividade média, ficando em 77.223 quilos por hectares”, registrou a Conab ao anunciar, nesta quinta-feira (17), os resultados do 4º Levantamento sobre a cultura divulgado pela Companhia.
Sudeste e Centro-Oeste
Principal região produtora de cana, o Sudeste colheu 439,6 milhões de toneladas, resultado 6,3% inferior ao obtido na safra anterior. Em termos de área, houve um aumento de 7,5% na mesma base de comparação, chegando a um total de 5,48 milhões de hectares
“Esse aumento, no entanto, não foi suficiente para recuperar as perdas registradas pela queda da produtividade de 12,8%, estimada em 80.181 quilos por hectare”, justificou a Conab.
No Centro-Oeste, a colheita não apresentou grandes variações em relação ao resultado da safra recorde, obtida no ciclo anterior. Foram colhidas 145,3 milhões de toneladas (alta de 0,2%), nesta relevante região produtora.
“Assim como no Sudeste, a área cresceu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi 3,7% menor, projetada em 78.540 quilos por hectare”, informou a Conab.
Nordeste, Sul e Norte
A colheita do ciclo 2024/2025 está ainda sendo finalizada na Região Nordeste. Se confirmada a estimativa da companhia, a produção por lá ficará em 54,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 3,7% em relação à safra anterior.
De acordo com a Conab, este resultado sofreu influência da restrição hídrica na região, o que reduziu as produtividades médias das lavouras. A área colhida aumentou 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares.
A Região Sul apresentou queda tanto em termos de área como produtividade. Estimada em 33,6 milhões de toneladas, a produção ficará 13,2% inferior ao ciclo passado.
Já na Região Norte, o panorama é o oposto, com aumentos de área e produtividade, de 1,4% e 1,1% respectivamente. Segundo a Conab, a colheita está estimada em 4 milhões de toneladas na região.
Subprodutos
A redução do volume de cana colhido resultou também em queda na produção de açúcar. O levantamento indica que a queda ficou em 3,4%, o que corresponde a um total estimado de 44,1 milhões de toneladas.
“Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou.
Etanol
No caso do etanol, houve crescimento de 4,4% na produção total, de 37,2 bilhões de litros. A alta foi obtida mesmo com a queda (de 1,1%) da produção a partir do esmagamento da cana, em consequência da piora das condições climáticas. O total produzido ficou em 29,35 bilhões de litros.
“O bom resultado se deve ao incremento do etanol fabricado a partir do milho. Nesta safra, cerca de 7,84 bilhões de litros têm como origem o cereal, um aumento de 32,4% frente ao ciclo 2024/23”, informa a companhia.
Exportações
De acordo com a Conab, as exportações se mantiveram elevadas, mantendo o Brasil como principal fornecedor mundial do produto.
“No fechamento da safra 2024/25, os volumes de açúcar ficaram estáveis em relação à safra anterior, no patamar de 35,1 milhões de toneladas. Porém, a receita foi de US$ 16,7 bilhões, queda de 8,2% em relação à receita da última safra, fruto do cenário de preços menores”, diz a Conab.
Já a exportação de etanol fechou o ciclo com um total de 1,75 bilhão de litros embarcados. Uma queda de 31% na comparação com o ciclo 2023/24.
A Conab explica que o etanol de milho tem ganhado mais relevância, com aumento tanto de produção em novas unidades como de eficiência das plantas já existentes.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O projeto "Limite do Visível" abriu 520 novas vagas para cursos superiores gratuitos na área de tecnologia, com bolsa estudantil mensal de R$ 1 mil durante todo o período de formação. A iniciativa é do governo da Paraíba e tem a apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq).
Podem se inscrever jovens que terminaram o ensino médio em escolas da rede estadual de ensino da Paraíba entre os anos de 2019 e 2024. Também é necessário que o candidato não tenha emprego.
O processo seletivo é gratuito. As inscrições podem ser feitas de 23 de abril a 23 de maio pelo site da Fapesq, em https://sigfapesq.ledes.net.
O projeto oferece formação superior gratuita nos seguintes cursos:
Os dois cursos têm duração de dois anos e serão oferecidos no Campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em João Pessoa.
O começo das aulas está previsto para o segundo semestre deste ano.
g1 PB
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