O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (21) que não considera essencial que o ucraniano Volodymyr Zelensky esteja presente nas negociações para tratar do fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
"Não acho que seja muito importante que ele esteja nas reuniões", disse Trump em uma entrevista à Fox Radio. "Está lá há três anos. Ele faz com que seja muito difícil fechar acordos", acrescentou.
No início desta semana, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia se reuniram na Arábia Saudita para discutir o fim da guerra. A Ucrânia afirmou ter sido excluída do encontro.
A crise entre Estados Unidos e Ucrânia piorou nos últimos dias, com Trump e Zelensky trocando acusações. Especialistas em relações internacionais afirmam que o presidente americano tem adotado um discurso pró-Rússia.
Na quarta-feira (19), Trump chamou o presidente ucraniano de "ditador sem eleições" e sugeriu que Zelensky se apressasse para um acordo ou ficaria "sem um país".
No mesmo dia, Zelensky acusou Trump de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio dos Estados Unidos. O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.
A mudança no comportamento dos Estados Unidos — que durante o governo de Joe Biden eram os maiores aliados da Ucrânia — colocaram a Europa em alerta. Só nesta semana, duas reuniões de emergência foram feitas para discutir a guerra e a segurança do continente.
Na visão dos líderes europeus, a aproximação dos Estados Unidos com a Rússia poderia permitir que Moscou conseguisse um acordo favorável, incluindo a conquista definitiva de territórios ucranianos. Isso, segundo eles, criaria um precedente para futuras agressões por parte dos russos.
Diante deste cenário, autoridades da Europa passaram a defender que o bloco tem mais autonomia em termos de segurança e dependa menos dos Estados Unidos.
Quais os interesses de cada parte?
A guerra de narrativas envolvendo Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e Europa expôs os interesses de cada lado. Veja a seguir:
? Interesses dos EUA: Trump condicionou a ajuda dos EUA à Ucrânia à concessão de direitos sobre as chamadas "terras raras".
? Interesses da Ucrânia: Zelensky busca garantias de que terá de volta todo o território invadido pela Rússia e quer uma paz duradoura.
? Interesses da Rússia: Desde o início da guerra, Putin chamou o conflito de "operação militar" e afirmou que seu objetivo era "desnazificar" a Ucrânia.
? Interesses da Europa: Para a Europa, a Ucrânia é fundamental para a estabilidade do continente.
g1
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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (20), que é constitucional a criação de leis pelos municípios para que guardas municipais atuem em ações de segurança urbana. Essas normas devem, no entanto, respeitar limites, de forma a que não se sobreponham, mas cooperem com as atribuições das polícias Civil e Militar, cujas funções são reguladas pela Constituição e por normas estaduais.
A matéria foi julgada no Recurso Extraordinário (RE) 608588, com repercussão geral (Tema 656), o que significa que a decisão do STF deverá ser seguida pelas demais instâncias da Justiça em casos que questionam as atribuições das guardas municipais. No Tribunal, há 53 ações pendentes sobre o tema, cuja tramitação será liberada após o julgamento desta quinta.
De acordo com o entendimento fixado, as guardas municipais não têm poder de investigar, mas podem fazer policiamento ostensivo e comunitário e agir diante de condutas lesivas a pessoas, bens e serviços, inclusive realizar prisões em flagrante. Sua atuação fica limitada às instalações municipais, em cooperação com os demais órgãos de segurança pública e sob a fiscalização do Ministério Público.
Caso concreto
O recurso que gerou a discussão questionava decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que derrubou uma norma municipal que concedia à Guarda Civil Metropolitana o poder de fazer policiamento preventivo e comunitário e prisões em flagrante. Para o TJ-SP, o Legislativo municipal havia invadido a competência do estado ao legislar sobre segurança pública.
O relator, ministro Luiz Fux, frisou que o STF já tem entendimento de que, assim como as polícias Civil e Militar, as guardas municipais também integram o Sistema de Segurança Pública. Ele lembrou que a competência para legislar sobre a atuação das polícias cabe não só aos estados e à União, mas também aos municípios.
Seu voto foi acompanhado por oito ministros. “Não podemos afastar nenhum dos entes federativos no combate à violência”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes. Ele defendeu que as guardas municipais não se restrinjam à proteção do patrimônio público, mas trabalhem em cooperação com os demais órgãos policiais. O ministro Flávio Dino também defendeu uma interpretação ampliada do papel das guardas.
Divergência
Vencido, o voto divergente foi do ministro Cristiano Zanin, acompanhado pelo ministro Edson Fachin. Para ambos, a razão que motivou a ação deixou de existir, uma vez que uma nova lei em vigor se sobrepôs à norma invalidada pelo TJ-SP. Cada um apresentou uma tese distinta, buscando estabelecer limites mais claros para o policiamento ostensivo das guardas, mas esses entendimentos também ficaram vencidos.
Tese
A tese de repercussão geral firmada foi a seguinte:
“É constitucional, no âmbito dos municípios, o exercício de ações de segurança urbana pelas guardas municipais, inclusive o policiamento ostensivo comunitário, respeitadas as atribuições dos demais órgãos de segurança pública previstas no artigo 144 da Constituição Federal e excluída qualquer atividade de polícia judiciária, sendo submetidas ao controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso 7º, da Constituição Federal.
Conforme o artigo 144, parágrafo 8º, da Constituição Federal, as leis municipais devem observar normas gerais fixadas pelo Congresso Nacional.”
STF
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Tema de grande relevância no cenário político brasileiro, o projeto de reforma do Código Eleitoral — o PLP 112/2021 — deveria ser votado logo pelo Senado, mas pode encontrar dificuldades para ser aprovado. Essa é a avaliação de vários parlamentares ouvidos pela Agência Senado.
A matéria, que teve origem na Câmara dos Deputados, está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator do projeto é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). A versão do texto elaborada por ele, com 205 páginas, busca consolidar em quase 900 artigos a legislação eleitoral — que hoje está espalhada por diversas normas, inclusive o atual Código Eleitoral e resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Novo presidente da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a proposta será uma das prioridades da comissão para este ano. O objetivo dele é que o texto seja aprovado o mais rapidamente possível para que a matéria seja levada para o Plenário do Senado.
— Espero que isso seja resolvido logo. Eu, inclusive, sou um crítico das eleições de dois em dois anos. Acho que temos de acabar com a eleição de dois em dois anos. Isso é um desasossego para prefeitos e governadores: termina uma eleição, começa outra — declarou.
Líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) também reconhece que é preciso atualizar o Código Eleitoral. Segundo ele, o relatório do senador Marcelo Castro é fruto de um trabalho extenso, demorado e aprofundado.
— Não estou dizendo que vai ser aprovado tudo, mas seguramente algumas mudanças devem ser aprovadas — disse.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) tem uma linha de pensamento semelhante. Ao elogiar a capacidade de diálogo e articulação do relator, Omar adverte que a aprovação do projeto não será simples.
— Posso dizer que toda matéria polêmica exige muita negociação; tem de conversar. Acredito no potencial de Marcelo Castro; ele é uma pessoa muito experiente. Já discutimos o assunto algumas vezes e praticamente paralisamos o debate. Espero que a gente possa ter um tempo para discutir a questão, porque isso não é uma lei que a gente vai aprovar para um dia; é algo que vai vigorar para o resto da vida — ressaltou.
Novo presidente da Comissão de Infraestrutura (CI), o senador Marcos Rogério (PL-RO) entende que “há um ambiente dentro do Congresso Nacional que nos faz compreender a necessidade de reformas importantes nessa matéria”. Para ele, a Justiça Eleitoral tem tomado para si o protagonismo nessa área.
— A legislação, como está hoje, deixa muita margem para a participação do TSE. Nas resoluções que faz, esse tribunal acaba legislando mais do que o Parlamento brasileiro. E isso em razão da falta de uma legislação mais eficiente, mais adequada, que enfrente cada situação. Acho que votar essa matéria neste ano é uma necessidade para termos tranquilidade no ano que vem — afirmou.
Participação feminina
Um dos pontos mais importantes no relatório de Marcelo Castro é a participação das mulheres na política. Para lhes assegurar uma série de direitos, o projeto estabelece uma série de regras, como a obrigatoriedade de os partidos apresentarem listas com no mínimo de 30% de candidaturas por sexo (no caso da eleição proporcional).
A proposta determina ainda que, na distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, haverá a contagem em dobro de votos em mulheres, indígenas ou negros.
Além disso, o texto prevê que caberá às mulheres o mínimo de 30% das inserções anuais nas propagandas políticas. As propagandas também deverão estimular a participação política de outras minorias, entre elas pessoas negras, indígenas e com deficiência.
O texto
O texto do novo Código Eleitoral — que foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2021 — é dividido em 23 livros, que dispõem sobre: normas eleitorais; direitos e deveres fundamentais dos eleitores e sobre o voto e a liberdade de exercício do voto; partidos políticos; administração e organização das eleições; alistamento e cadastro eleitoral; inelegibilidade; fiscalização; entre outras questões.
Já o atual Código Eleitoral, sancionado em julho de 1965, no início da ditadura militar, está próximo de completar 60 anos. O texto já passou por várias alterações, entre elas as necessárias em razão da promulgação da Constituição Federal de 1988.
Agência Senado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (21), para validar o indulto natalino (perdão de pena) concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 a condenados por crimes que têm, na lei, pena menor que cinco anos.
O caso está sob análise no plenário virtual. A maioria segue a linha do voto do relator, ministro Flávio Dino.
Acompanham o entendimento os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, André Mendonça, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.
Ação da PGR
Os ministros julgam uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentada em maio de 2023 pelo então procurador-geral Augusto Aras.
O Ministério Público questionou o ponto do decreto que permite o benefício aos condenados e, em caso de prática de mais de um crime, autoriza que as penas previstas na lei sejam analisadas de forma separada, sem que sejam somadas.
Para a PGR, na prática, o indulto permitiu o perdão de forma indiscriminada e genérica aos condenados, independentemente da quantidade de delitos e do total da pena imposta no julgamento de cada réu.
Com isso, teriam sido violados princípios constitucionais e tratados internacionais de direitos humanos que têm adesão do Brasil.
De acordo com a Procuradoria, o texto permite perdão a crimes como homicídio culposo, lesão corporal grave, furto e dano, estelionato, entre outros.
Na ação, o MP apontou que indultos anteriores eram restritos às penas aplicadas efetivamente no julgamento de condenados e só poderiam ser concedidos se houvesse cumprimento de um mínimo de punição.
Voto do relator
O ministro Flávio Dino considerou que o indulto "encontra-se em harmonia ao texto constitucional" e "contempla hipóteses devidamente autorizadas pelo ordenamento jurídico e moralmente admissíveis". Por isso, votou para rejeitar a ação.
Dino apontou que o benefício "excluiu do seu âmbito de incidência, por exemplo, os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, de organização criminosa, de violência doméstica, contra a mulher, além de determinados ilícitos contra a administração pública e tipos relacionados à pornografia e à exploração sexual infantil".
Assim, rebateu o argumento da PGR de que o decreto representa "desencarceramento em massa de condenados".
O ministro também considerou que a mudança nos critérios de concessão de indulto em relação a decretos anteriores não provoca, por si só, a inconstitucionalidade do texto.
"O ordenamento jurídico constitucional não impõe a observância de determinada sistemática, de modo que o Presidente da República não se encontra obrigado a adotar parametrização específica — pena máxima, em concreto ou abstrato, e percentual ou tempo mínimo de cumprimento da pena — para fins de lançar mão do seu privativo poder de concessão da indulgência soberana", declarou.
Julgamento virtual
O julgamento virtual do tema vai terminar nesta sexta-feira (21), se não houver pedidos de vista ou de destaque.
Condenados no Carandiru
Um outro ponto deste mesmo decreto é alvo de outra ação no Supremo e não está em julgamento neste momento: a possibilidade de concessão de perdão a condenados no massacre do Carandiru.
?O caso discute uma ação da PM paulista na extinta Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo, que deixou 111 mortos, em 2 de outubro de 1992.
O mesmo decreto previu, em outro trecho, um texto que pode viabilizar o perdão aos PMs. Este ponto está suspenso desde janeiro de 2023 e é alvo de outra ação, ainda não julgada.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (21) que quem quiser disputar as eleições presidenciais em 2026 contra ele vai ter que "ir pra rua" e enfrentá-lo na busca por eleitores.
O petista participou da assinatura de concessão de um Terminal do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
O evento, no entanto, ganhou cores de ato de campanha com o discurso de Lula, no qual ele também atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro – a quem chamou de "aloprado" – e afirmou ter "obsessão" por alimento barato.
"A partir de agora, quem quiser disputar comigo tem que ir pra rua, tem que me enfrentar na rua, na porta de fábrica, na porta do estaleiro, na porta da Petrobras, do Banco da Brasil, na rua, conversando com o povo, porque é para isso que eu fui eleito, para melhorar a vida do povo brasileiro", disse.
Lula comentou a queda que sofreu no banheiro em outubro de 2024, quando bateu a cabeça e ficou impedido de fazer viagens por alguns meses.
Ele disse que, após procedimentos e uma série de exames, está "melhor aos 79" do que estava quando tinha 50 anos de idade.
Sem mencionar a queda na popularidade, Lula afirmou também que trabalhará para aumentar "salários" e a qualidade de vida dos trabalhadores.
"Vou trabalhar para provar que um metalúrgico, sem diploma universitário, pode não ter entendimento dos livros que lê, mas ninguém entende a alma do trabalhador e da trabalhadora como eu, porque eu nasci no meio de vocês, me criei no meio de vocês e vivo entre vocês", disse.
Ataques a Bolsonaro
Também em tom de campanha, Lula fez uma série de ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro – denunciado pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe.
O petista, no entanto, não citou diretamente o nome do adversário político.
O presidente disse que o antecessor, quando governou o país, foi responsável por milhares de mortes registradas na pandemia da Covid-19, em razão do discurso negacionista e de ataque às vacinas contra o coronavírus.
Lula declarou ainda que Bolsonaro e seus familiares "só sabem mentir" e afirmou que o político do PL é um "aloprado".
"Ontem, eu fui fazer um check-up, cinco horas e meia dentro do hospital, fiz tudo que um ser humano tem que fazer, exame da cabeça, do coração, tudo. E, quando eu terminei os exames, às 23h30, os médicos falaram: 'Lulinha, você tem 70 com saúde de 30 e com vontade política de 20", disse.
"Se alguém pensava como o aloprado, que fez um plano para me matar, se alguém pensava que eu ia parar de fazer política por causa da cabeça, se prepare, porque o Lulinha tá melhor aos 79 do que aos 50", completou.
O plano ao qual Lula se referiu no discurso é o chamado "Punhal Verde e Amarelo", uma trama para matar autoridades elaborada por militares das Forças Especiais do Exército, com apoio do general Walter Souza Braga Netto – candidato a vice na chapa do PL em 2022,
Segundo a PGR, o planejamento teve a concordância de Bolsonaro e a autorização do ex-presidente.
Em meio a altas, Lula diz ter 'obsessão' por alimento barato
Criticado por adversários pela inflação dos alimentos – e as recentes altas nos preços do ovo, da carne e do café –, o petista afirmou ter "obsessão" por alimento barato.
"A gente quer comer carne, quem gosta, frango, quem gosta, peixe... Por isso eu tenho obsessão de fazer o alimento barato para que vocês possam comprar", disse Lula.
Ele também comentou as mudanças no mercado de trabalho e disse que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tirou o povo da "escravidão".
"Muita gente hoje não dá valor à CLT, mas a CLT tirou o povo brasileiro da escravidão. Não tinha jornada de trabalho, não tinha férias, a semana era direto e as crianças trabalhavam a partir de 10 anos de idade", disse Lula.
"Temos que levar em conta, uma coisa importante, nem todo mundo quer assinar carteira. Tem gente que quer ser empreendedor. Papel do Estado é ajudar essas pessoas a terem direitos. É bom trabalhar livre, mas quando tem uma desgraça essas pessoas não tem proteção, e nós precisamos garantir proteção", concluiu o presidente.
g1
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Cerca de 61 mil produtores rurais da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela seca terão um ano a mais para pagar as parcelas da linha emergencial de crédito concedida ou renegociada no ano passado. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação dos financiamentos.
As parcelas com vencimento em 2025 poderão ser pagas até um ano após o fim do contrato. O mutuário deverá pedir, até 30 de junho, a prorrogação nas agências bancárias e justificar a dificuldade no pagamento das prestações neste ano.
Segundo o Ministério da Fazenda, a medida beneficiará 60.804 agricultores familiares e produtores rurais, no total de R$ 941,54 milhões. Desse total, 50.290 são operações de crédito rural de custeio e 11.549 operações de investimento.
Em fevereiro do ano passado, o CMN tinha concedido uma linha especial de crédito de custeio pecuário para os agricultores familiares e demais categorias de produtores rurais afetados pela seca na área da Sudene, que abrange o Nordeste e municípios do norte de Minas Gerais.
Além de instituir a linha emergencial de crédito rural de custeio pecuário, a resolução do CMN de 2024 autorizou a renegociação de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE). A medida beneficiou produtores de municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública por causa da estiagem na área de atuação da Sudene.
A linha de crédito emergencial ficou disponível até 30 de junho do ano passado. Os pedidos de renegociação do FNE puderam ser feitos até 30 de dezembro.
Agência Brasil
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As empresas ligadas ao turismo terão à disposição R$ 1,4 bilhão do Banco do Nordeste (BNB) para financiamento de projetos em 2025. O valor faz parte da programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). As empresas instaladas na área de atuação do BNB, que engloba estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, poderão solicitar o crédito para incrementar atividades como hospedagem, transporte, eventos, alimentação e agências de viagens.
Nos últimos dois anos, as atividades de turismo vêm apresentando recuperação, o que impacta em oportunidades de ocupação e renda. De acordo com o Ministério do Turismo, 2024 foi o melhor ano da história para o turismo internacional, com o recorde de 6,6 milhões de turistas estrangeiros visitando o País. A recuperação da imagem do Brasil no exterior tem ajudado a atrair visitantes, levando as empresas a investir mais em estrutura e melhor atendimento.
O volume contratado por empresas de turismo com o BNB em 2024 cresceu 87% em relação ao ano anterior, saltando de R$ 752 milhões para R$ 1,4 bilhão. O número de operações também aumentou, fechando 2024 com 1.702 contratos. Para este ano, o Banco do Nordeste está mantendo, inicialmente, o mesmo patamar de recursos disponíveis para que as empresas continuem investindo em qualidade para atender os visitantes.
Agência Gov
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Os policiais civis, militares e penais da Paraíba realizam, na manhã desta sexta-feira (21), mais um protesto em frente à Granja Santana, residência oficial do governador, em João Pessoa. Na última sexta-feira (14), eles haviam feito uma manifestação no mesmo local.
O objetivo da manifestação, segundo a organização, é a busca por melhorias na remuneração de toda a categoria, como detalhou Suana Melo, uma das representantes da movimentação.
"Aqui o interesse dos profissionais da segurança é valorização e reconhecimento. Os policiais trabalharam para produzir os melhores resultados, mas infelizmente as propostas que o governo apresentou ontem, as propostas que apresentaram, não fazem com que os policiais cheguem à média nordeste", disse à radio CBN.
Suana Mels, presidente da Asociação dos Policiais Civis, disse à TV Cabo Branco que a categoria recebeu, da Secretaria de Segurança Pública, uma proposta de 10% de reajuste salarial parcelado, que não foi aceita pela categoria.
Segundo a representante dos policiais, um policial civil investigador, no início de carreira, ganha na faixa salarial de R$ 6 mil. Ela disse que a categoria exige a média do Nordeste, que chega por volta de R$ 13 mil.
Os manifestantes interditaram uma das faixas da Avenida Ministro José Américo de Almeida, a Beira-Rio, onde a Granja Santana fica localizada. Eles realizaram uma assembleia geral unificada para deliberar os próximos passos do movimento e, em seguida, liberaram a via.
Quarta manifestação em 2025
O protesto desta sexta-feira (21) é o quarto em 2025. Na última sexta-feira (14), eles protestaram tambén na Granja Santana. Já nos dias 8 e 22 de janeiro, os policiais realizaram manifestações em outros pontos de João Pessoa.
No dia 22 de janeiro, os policiais se reuniram na Epitácio Pessoa. De acordo com informações da TV Cabo Branco, os policiais realizaram uma assembleia unificada na orla de Tambaú e, em seguida, participaram de uma passeata pela avenida, uma das principais vias da capital. O trânsito ficou lento no local, com uma das faixas sendo interrompida. A manifestação seguiu em direção à sede da Vice-Governadoria da Paraíba.
“O Governo desvaloriza a polícia quando vem e faz uma proposta que não coaduna com nossas necessidades. Na verdade, ele apresentou 5% de aumento para os servidores de uma forma geral, situação que não nos atende.. Primeiro que, para polícia, não cai como 5% porque há uma incorporação de uma bolsa que ele diz que é um aumento de 20%, não. É uma bolsa de desempenho que está atrelada ao nosso vencimento que já temos essa bolsa, quando essa bolsa é atrelada começa a incidir imposto. Ou seja, o policial perdeu dinheiro”, afirmou Wágner Falcão, presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba.
Já no dia 8 de janeiro, o protesto teve início na frente do Centro Administrativo do Estado da Paraíba, em Jaguaribe, e seguiu com destino ao Centro.
Em nota, o Governo do Estado disse que tem investido na “valorização profissional e na melhoria da infraestrutura para assegurar melhores condições de trabalho”. Entre as medidas adotadas, a administração estadual cita a incorporação da bolsa desempenho ao salário, e o reajuste linear de 5%.
Disse ainda que reforçou os quadros das forças de segurança, com mais de 2.800 vagas, e o ingresso de novos oficiais.
Os policiais cobram uma negociação com o Governo da Paraíba, e dizem que até o momento não houve nenhuma sinalização nesse sentido.
g1 PB
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Uma mulher grávida de 24 anos foi morta a tiros, na noite desta quinta-feira (20), em Mamanguape, na Região Metropolitana de João Pessoa. Segundo o delegado Sylvio Rabelo, ela foi identificada como Amanda Vitória dos Santos Venâncio.
De acordo com a Políci Civil, a vítima estava sentada na calçada com a família, quando dois homens chegaram em uma moto atirando.
A mulher morreu no local. Até a última atualização desta notícia, nenhum suspeito tinha sido identificado ou preso.
g1 PB
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O papa Francisco, que está internado há uma semana para tratar de uma pneumonia bilateral, não corre risco de vida nesta sexta-feira (21), mas também não está fora de perigo por ser um "paciente frágil", afirmou a equipe médica do pontífice.
Por conta disso, Francisco, de 88 anos, permanecerá internado por pelo menos mais uma semana, ainda de acordo com a equipe.
Nesta sexta, pela primeira vez desde a internação do papa, os médicos fizeram uma entrevista coletiva para atualizar o quadro clínico do pontífice. Eles também disseram que o pontífice:
"O papa está fora de perigo? Não. É uma infecção importante, com tantos micróbios, em um senhor de 88 anos", afirmou o médico Sergio Alfieri, um dos membros da equipe médica do pontífice. Ele disse ainda que "o papa é durão" e está confiante que ele vai se recuperar.
"Não existe o 'se' neste caso. Ele vai se recuperar", declarou Alfieri. "O papa é durão. Quantas outras pessoas suportariam tantas infecções com a carga de compromissos dele?".
Questionado sobre o maior risco que o pontífice pode enfrenter neste momento, Alfieri disse que uma sepse poderia complicar muito a situação.
"Pode acontecer de os microorganismos que estão nas vias respiratórios e pulmões entrarem no sangue, e nesse caso qualquer paciente teria uma sepse, que nessa idade pode ser difícil de curar. Nesse momento, ele não tem sepse", afirmou.
Os médicos foram questionados também sobre por que nenhuma imagem do papa foi divulgada desde que ele foi internado, algo considerado atípico pela imprensa italiana.
"Não queremos uma foto do papa de pijama do jornal", retrucou Alfieri. "Ele não está na cama com roupa de papa. Vamos respeitar a intimidade de qualquer pessoa".
Francisco foi internado no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite, na sexta-feira (14). No hospital, foi diagnosticado como pneumonia bilateral e infecção polimicrobiana.
Após um primeiro período estável, os médicos disseram que seu quadro era complexo e que a internação seria mais longa. Depois, na quinta-feira (20), o Vaticano divulgou comunicado da equipe médica de que a condição física do papa estava melhorando "ligeiramente".
"As condições clínicas do Santo Padre melhoraram ligeiramente. Ele está sem febre, e os parâmetros hemodinâmicos continuam estáveis. Esta manhã, recebeu a Eucaristia e posteriormente dedicou-se às atividades laborais", detalha o comunicado.
Na quarta-feira, o pontífice chegou a receber uma visita da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que o chamou de alerta, responsivo e de bom humor.
Durante todo esse período, diz o Vaticano, Francisco tem trabalhado e se mantido informado através da leitura de jornais. O papa também consegue se movimentar dentro de seu quarto no hospital, atende algumas ligações telefônicas e continua com alguns afazeres administrativos, ainda de acordo com o Vativano.
Nos últimos anos, o papa tem enfrentado problemas de saúde, incluindo episódios regulares de gripe, dor ciática e uma hérnia abdominal que exigiu cirurgia em 2023. Quando jovem, ele desenvolveu pleurisia, que causa dor no peito e dificuldade de respirar, e teve parte de um pulmão removido.
Conforme o Vaticano, todos os compromissos públicos do papa foram cancelados.
g1
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