Março 12, 2025
Arimatea

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O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para esta quinta-feira (3) a decisão sobre o alcance da tese que pode levar à anulação de sentenças da Operação Lava Jato e de outros processos criminais no país.

Por 7 a 4, a Corte definiu nesta quarta que réus delatados devem apresentar as alegações finais (última etapa de manifestações no processo) depois dos réus delatores, garantindo direito à ampla defesa nas ações penais.

Com isso, processos em que réus delatores e delatados apresentaram as alegações finais ao mesmo tempo – como os da Operação Lava Jato – podem vir a ser anulados. Caberá aos ministros definir em que hipóteses isso ocorrerá.

Em agosto, a Segunda Turma do STF anulou a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine com base nesse argumento. Foi a primeira vez que se anulou uma sentença na Lava Jato assinada pelo então juiz federal e atual ministro da Justiça, Sergio Moro.

Um balanço divulgado pela força-tarefa da operação indicou que podem vir a ser anuladas 32 sentenças de casos da operação, que envolvem 143 condenados.

Os ministros também decidiram, por 8 votos a 3, que o Supremo vai definir em quais hipóteses essa tese deverá ser aplicada.

A maioria, 6 votos a 5, anulou ainda a sentença do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado na Operação Lava Jato e cujo caso motivou o julgamento.

G1
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu 1/6 da pena em 29 de setembro deste ano, conforme cálculo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), anexado nesta quarta-feira (2), ao processo da execução penal de Lula. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a progressão de regime dele na sexta-feira (27).

Ele cumpre pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias no caso do triplex em Guarujá (SP). O ex-presidente está preso deste 7 de abril de 2018, na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

Em carta, divulgada na segunda-feira (30), Lula diz que não aceita 'barganhar' por liberdade. "Não descansarei enquanto a verdade e a justiça não voltarem a prevalecer", afirmou.

O que Lula quer, conforme a defesa, é que a Suprema Corte possa analisar os pedidos que foram apresentados sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato.

Datas do cumprimento de pena de Lula:

  • Progressão para o semiaberto: 29 de setembro de 2019
  • Livramento condicional: 22 de março de 2021
  • Término da pena: 26 de fevereiro de 2027

Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o caso do triplex. Segundo a denúncia, o ex-presidente recebeu o imóvel como propina da construtora OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras. Ele diz ser inocente.

No pedido do MPF à Justiça, na sexta, os procuradores da Lava Jato afirmaram que Lula estava na iminência de completar 1/6 da pena.

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, é quem vai decidir sobre a solicitação. Na terça-feira (1º), após pedido dela, a PF emitiu uma certidão que atesta o bom comportamento de Lula - um dos requisitos para a progressão de regime.

Multa e reparação da danos
No pedido do MPF, na sexta, os procuradores da Lava Jato afirmaram que, "em se tratando de execução provisória da pena", a existência de garantia para o pagamento da reparação de danos e multa é suficiente para autorizar a mudança do regime prisional.

O cálculo apresentado pela Justiça Federal em setembro deste ano era de R$ 4,1 milhões. Porém, na segunda, a juíza Carolina Lebbos pediu o recalculamento por ter ocorrido um equívoco na correção dos valores.

Nesta terça, um técnico judiciário atualizou o montante que Lula tem que pagar em decorrência da condenação para R$ 4.933.327,38. O valor compreende:

  • Multa pelo crime de corrupção: R$ 168.509,11
  • Multa pelo crime de lavagem de dinheiro: R$ 72.218,19
  • Reparação de danos: R$ 4.692.600,08

Embora o total tenha subido em relação à atualização anterior, em agosto de 2018 a Justiça Federal tinha mandado o ex-presidente pagar R$ 31,1 milhões de multa e reparação de danos no caso do triplex.

O valor teve a maior redução em abril de 2019, após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). À época, somente a reparação de danos caiu de R$ 29,8 milhões para R$ 2,4 milhões.

G1
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O Senado concluiu nesta quarta-feira (2) o primeiro turno da votação da reforma da Previdência. Os senadores rejeitaram os três destaques (sugestões de mudança) que estavam em análise (veja detalhes mais abaixo).

O texto-base já havia sido aprovado na noite da terça-feira (1º). Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o texto ainda precisa passar por mais uma votação em plenário, o segundo turno. Para a reforma ser aprovada, deve contar com a aprovação de pelo menos 49 dos 81 senadores.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou a primeira sessão de discussão do segundo turno para esta quinta-feira (3). Devem ser feitas três sessões de discussões antes da votação.

Os destaques eram uma preocupação para o governo, uma vez que poderiam prejudicar a economia prevista para a União com a reforma – atualmente de R$ 800 bilhões em dez anos.

Segundo uma estimativa da equipe econômica repassada pelo líder do PSL, senador Major Olímpio (PSL-SP), os destaques rejeitados nesta quarta-feira poderiam reduzir a economia em R$ 201,3 bilhões em dez anos.

Outros três destaques foram retirados pelos partidos que os apresentaram e, portanto, nem chegaram a ser votados pelos senadores. Essas modificações teriam impacto de mais R$ 274,7 bilhões.

Para o relator da Previdência no Senado, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o resultado da votação não foi "ótimo", mas foi "muito bom".

"Alcançamos um resultado muito bom. não é um resultado ótimo, mas como diz o ditado, o ótimo é inimigo do bom", afirmou Tasso.

Perda de R$ 76,4 bilhões
Na madrugada desta quarta-feira, após a votação em primeiro turno do texto-base da proposta, os senadores aprovaram uma alteração sobre abono salarial que reduziu em R$ 76,4 bilhões a previsão de economia em dez anos com a reforma.

Atualmente, o abono é pago uma vez ao ano para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.996,00). O texto aprovado pela Câmara previa que o pagamento do abono salarial ficaria restrito aos trabalhadores de baixa renda, que ganham até R$ 1.364,43, porém essa limitação foi derrubada com o destaque.

Fica valendo, então, a lei vigente. Atualmente, o abono é pago uma vez ao ano para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.996,00).

Com a derrota para o governo, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu a suspensão da sessão para que fosse retomada de forma extraordinária na manhã desta quarta – a sessão, porém, só começou no início da tarde.

Veja os destaques rejeitados pelos senadores

  • Idade mínima para mulheres: Um destaque apresentado pelo PDT visava manter a idade mínima para aposentadoria das mulheres em 60 anos. De acordo com a PEC, a idade mínima para mulheres começa em 60 anos, mas, a partir de 2020, é acrescida de seis meses a cada ano, até chegar a 62 anos em 2023. A estimativa do governo é que a perda com esse destaque seria de R$ 36,9 bilhões em dez anos. Os senadores rejeitaram o destaque por 54 votos a 18.
  • Pensão por morte: o PT apresentou destaque para votar em separado o artigo que trata sobre a pensão por morte. A proposta do partido é manter o benefício de forma integral, como é hoje. Pelo texto-base da PEC, o benefício de 50% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor, mais 10% por dependente, até o limite de 100% para cinco ou mais dependentes. O destaque traria um impacto de R$ 106,8 bilhões, de acordo com o governo.
  • Aposentadoria especial: Inicialmente apresentado pelo PROS, mas assumido pela Rede, o destaque é para votação em separado trecho que estabelece as idades mínimas para aposentadoria especial em casos de atividades com efetiva exposição a agentes nocivos à saúde. O impacto poderia chegar a R$ 57,6 bilhões, segundo o governo.

Destaques retirados pelos partidos

  • Cálculo de benefícios previdenciários: a Rede havia apresentado destaque para votar separadamente o cálculo dos benefícios previdenciários pela média dos salários de contribuição – descartando os 20% menores salários de contribuição, como é hoje. O texto-base estabelece que o valor do benefício será uma média de todas as contribuições dos trabalhadores. O impacto seria de R$ 193 bilhões. Contudo, com a retirada do destaque feito pelo PROS, a Rede decidiu se apropriar do seu conteúdo e abrir mão de sua sugestão sobre cálculo de benefícios previdenciários.
  • Anistiados políticos: o MDB havia sugerido uma emenda para trazer de volta o trecho apresentado pelo governo sobre contribuição previdenciária de anistiados políticos, além de proibir o acúmulo de benefícios para essa categoria. Se aprovada, essa medida renderia R$ 1 bilhão a mais de economia.
  • Pedágio: o Podemos havia apresentado destaque para retirar o pedágio de 100% sobre o tempo que falta na transição de aposentadoria com idade mínima de 57 anos, para mulheres, e 60 anos, para homens. Na PEC, trabalhadores do setor privado e do setor público terão que cumprir essa idade mínima, além de um "pedágio" equivalente ao mesmo número de anos que faltar para cumprir o tempo mínimo de contribuição (30 anos se mulher e 35 anos se homem) na data em que a PEC entrar em vigor. O impacto seria, segundo o governo, de R$ 81,7 bilhões.

G1
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (2) que a redução de R$ 76,4 bilhões na economia prevista com a reforma da Previdência não significa uma perda. Para ele, o "fundamental" da reforma "está garantido" e as mudanças nas regras de aposentadoria vão economizar, para os cofres públicos, R$ 800 bilhões em dez anos.

Na noite de terça (1º), senadores governistas não conseguiram impedir que fosse aprovada uma alteração sobre a regra proposta para o pagamento de abono salarial.

Atualmente, o abono é pago uma vez ao ano para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.996,00). O texto que havia saído da Câmara previa que o pagamento ficaria restrito aos trabalhadores de baixa renda, que ganham até R$ 1.364,43. No entanto, os senadores aprovaram um destaque retirando esse dispositivo. Com isso, permanecerá a regra atual.

Segundo cálculo da equipe econômica do governo, a medida reduzirá em R$ 76,4 bilhões a economia em dez anos com a reforma.

“Eu acho que a perda de um destaque não significa nenhuma perda. Todo mundo esperava que a economia dessa reforma fosse da ordem de R$ 500 bilhões. Vai sair uma reforma com uma economia acima de R$ 800 bilhões”, disse o presidente da Câmara.

O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado em primeiro turno no Senado por um placar de 56 votos a 19. Na noite de terça, os senadores analisaram três destaques, e a conclusão da votação ficou para esta quarta.

Articulação
Indagado se via a aprovação do destaque como um problema na articulação do governo, Maia disse que não e ponderou que se trata de "uma matéria muito difícil".

Logo após a aprovação na terça do destaque sobre o abono, o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que a mudança no texto não é boa para o país, mas ressaltou que a decisão do Congresso precisa ser respeitada.

Frustrado com a derrota, o secretário admitiu que os governistas precisavam se reorganizar para analisar os demais destaques.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que o governo precisava ter acompanhado "atentamente" a votação do destaque.

G1
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Há cinco anos, o militar aposentado Valdir de Oliveira Filho, de 70 anos, foi picado pelo mosquito Aedes aegypti e contraiu chikungunya.

Mesmo fazendo tudo o que lhe foi indicado, algumas semanas depois de apresentar os primeiros sintomas da doença ele notou que sua visão estava ficando embaçada.

"Começou leve, mas piorou muito rápido. Procurei um oftalmologista achando que teria de usar óculos, e ele me encaminhou para um retinólogo", recorda.

Após uma série de exames veio o diagnóstico: uveíte causada pela chikungunya. "O médico me disse que eu já tinha perdido 90% da visão do olho direito. Naquela época eu não conseguia mais dirigir, ler e nem colocar café na xícara, derrubava tudo."

Com o tratamento, recuperou 40% da acuidade visual. "Mesmo com essa melhora, ainda tenho dificuldade para enxergar e, por isso, precisei mudar muitas coisas na minha vida, na minha rotina", lamenta o militar aposentado.

O que é uveíte?
Frequentemente confundida com conjuntivite, a uveíte é uma causa importante de cegueira (acuidade visual com melhor correção menor que 20/400 ou 0,05) e de baixa visão (acuidade visual com melhor correção entre 20/70 ou 0,3 e 20/200 ou 0,1) no mundo todo.

Ela se dá quando ocorre uma inflamação na úvea, camada vascular média dos olhos que inclui a íris (parte colorida dos olhos), o corpo ciliar (músculos que controlam os olhos) e a coroide (membrana que abastece a região com sangue). Também pode afetar o nervo óptico e a retina.

Unilateral ou bilateral, atingindo apenas um ou os dois olhos, a doença é classificada como anterior (acomete apenas a íris), intermediária (acomete o corpo ciliar e o vítreo) e posterior (acomete o vítreo, a retina, coroide e a esclera) - as que atacam mais de uma porção uveal são chamadas de pan-uveítes.

Suas causas são várias, segundo Haroldo Vieira de Moraes Junior, presidente do Congresso Brasileiro de Oftalmologia 2019, evento promovido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), e titular-chefe do departamento de Uveítes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro: idiopáticas (não identificáveis), infecciosas e não infecciosas.

No grupo das infecciosas entram as arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) e patologias como sífilis, tuberculose, aids e toxoplasmose. No das não infecciosas estão as doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus e esclerose múltipla.

"Há uma gama enorme de doenças que podem repercutir nos olhos em forma de inflamação, e pouca gente sabe disso", afirma o médico.

No Brasil, as mais incidentes são toxoplasmose e sífilis. Porém, com a elevação das temperaturas e a proximidade do verão e das chuvas, a preocupação se volta para as arboviroses, já que essa época favorece a reprodução dos mosquitos causadores e, por consequência, o risco de infecção.

Sintomas da uveíte
Embora a doença tenha variações, seus sintomas são basicamente os mesmos: dor nos olhos, vermelhidão, fotofobia (sensibilidade à luz) e baixa de visão. Em alguns casos, há relatos de manchas escuras que flutuam no campo visual (moscas volantes).

Maria Auxiliadora Monteiro Frazão, coordenadora da Comissão de Ensino do CBO e chefe do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, pontua que, dependendo da localização da inflamação e da sua agressividade, tem-se um maior ou menor acometimento da acuidade visual.

"Independentemente disso, se o problema não for tratado adequadamente e a tempo, pode gerar dano irreversível à visão. A estimativa atual é de que entre 10% e 15% dos pacientes com uveíte fiquem cegos", relata a médica.

E mais: sem o cuidado correto, a patologia pode desencadear outros problemas nos olhos, como catarata, glaucoma e edemas de retina.

"Para evitar essas situações o importante é, a qualquer sinal de dor, embaçamento ou vermelhidão, procurar imediatamente um oftalmologista", aconselha.

Diagnóstico e tratamento
Para diagnosticar a enfermidade é necessário fazer um teste ocular completo, com medida da acuidade visual, avaliação dos reflexos pupilares, biomicroscopia de segmento anterior, tonometria e fundoscopia direta e indireta, combinado com exames complementares de sangue, para identificação do fator etiológico, e de imagem (tomografia computadorizada, angiografia fluoresceínica e ressonância magnética são algumas opções).

A conduta terapêutica varia de acordo com a causa e deve ser realizada em parceria com o especialista na doença base - por exemplo, se for tuberculose, é junto com o pneumologista; se for sífilis, com o infectologista e por aí vai. Ela inclui o uso de antibióticos, antivirais, antifúngicos, antiinflamatórios, analgésicos, corticoides ou imunosupressores.

"Temos de combater prioritariamente o agente que está provocando a inflamação", comenta Maria Auxiliadora.

Junto a isso, o uso de colírios específicos é obrigatório em qualquer situação. Algumas pessoas ainda podem precisar de aplicação de fármacos diretamente na visão.

"Recorremos a essa solução nos casos de contraindicação por via oral ou quando o tratamento não está funcionando como o esperado", complementa Moraes Filho.

E ele informa que a uveíte tem cura ou controle - mais uma vez, isso depende da causa -, mas alerta para a possibilidade de recaídas: "Em certas doenças base, como a toxoplasmose, é comum haver novas ocorrências".

O período de cuidados vai de meses a anos, podendo até se dar indefinidamente, como é o caso de Oliveira Filho, que, mesmo após cinco anos do diagnóstico, ainda consulta o oftalmologista a cada seis meses e usa um colírio diariamente.

"Tive comprometimento da úvea e também do nervo óptico. Sei que jamais voltarei a enxergar 100%, mas, hoje, aprendi a conviver com o problema. A vida segue e a gente se adapta, não tem outro jeito", finaliza o militar aposentado.

BBC
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Gestar um bebê é uma experiência incrível, mas isso não significa que seja fácil. O corpo da mulher passa por diversas transformações e muitas delas são bastante desagradáveis - como o mau funcionamento intestinal, por exemplo.

A “culpa” desse desconforto está principalmente no aumento do hormônio progesterona, que passa a ser produzido de forma exagerada no período gestacional para proteger o feto.

“A progesterona tem como base diminuir a contração do músculo liso, por isso que o útero cresce sem ter contração. Mas ela faz isso também com o intestino e, quando a contração do músculo do intestino diminui, o funcionamento dele reduz também”, explica o ginecologista e obstetra Eduardo Motta, do Hospital Sírio-Libanês.

A flora intestinal da gestante também sofre mudanças. “É o intestino que produz os anticorpos responsáveis pela imunidade, e a imunidade da gestante precisa ficar ruim, cair, para que o organismo não rejeite o embrião no início da gravidez. Por isso, a função intestinal reduz a produção de anticorpos nesse período”, afirma Alberto d'Áuria, ginecologista e obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista.

E tem mais: a medida que o útero vai crescendo, ele pressiona o intestino, o que também contribui para seu mau funcionamento. Além disso, as gestantes absorvem mais líquido do intestino, fazendo com que as fezes fiquem ressecadas e mais difíceis de serem eliminadas.

O resultado da combinação desses fatores é um intestino preguiçoso e uma grande tendência a desagradável constipação. Isso a leva a outros quadros relativamente comuns na gestação e também bastante desconfortáveis: as fissuras anais e as hemorroidas, que costumam surgir por causa da dificuldade de evacuar.

Para evitar esses estragos, é importante que a mulher passe a educar seus hábitos intestinais antes mesmo de engravidar - já que, se algo estava ruim, tende a ficar ainda pior.

“Durante a gestação, se ela começa a perceber que as fezes estão ficando ressecadas e a evacuação está atrasando, serve de alerta para conversar com o médico e tomar as providências adequadas”, diz Motta.

Beber muita água é uma das principais recomendações para combater a preguiça do intestino. “A quantidade recomendada é aquela que promove a cor da urina algo perto da cor da água”, orienta d'Áuria, da maternidade Pro Matre Paulista. Com uma hidratação adequada, as fezes não ficam secas, facilitando a evacuação.

É preciso também adequar a dieta e optar por alimentos que ajudam o intestino a funcionar, como as fibras e os itens que tenham um pouco mais de oleosidade.

“Azeite de oliva é uma boa opção”, recomenda Mattos. “Gosto de orientar, se possível, a ingestão sem mastigação de caroço (semente) de mamão. Ele não é absorvido pelo intestino, que vai tentar expelir esse alimento a qualquer custo. Com isso, não haverá esforço para evacuação”, indica d'Áuria.

O contrário também vale: evite ingredientes que dificultem a digestão. Nessa lista estão carboidratos (quando consumidos em excesso), feijão, tomate, milho e frutas “massudas” como a maçã, que fermentam mais e tendem a causar gases - mais um problema que afeta as gestantes.

Outra dica importante é cuidar da flora intestinal por meio do consumo de probióticos. “Alimentos que sejam fermentados normalmente têm essas bactérias que colonizam o intestino e favorecem a digestão”, diz o ginecologista e obstetra Eduardo Motta. Coalhada fresca e iogurte são alguns exemplos.

Por fim, lembre-se de sempre respeitar o reflexo evacuatório - ou seja, quando a vontade ir banheiro chegar, vá ao banheiro. Isso é importante para estimular o intestino a seguir trabalhando bem.

G1
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O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje (2) os resultados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica 2019. Os resultados podem ser conferidos no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Agora, os responsáveis pelas escolas públicas têm até 31 de outubro para conferir, complementar e, se for necessário, corrigir as informações publicadas.

Após a retificação, caso necessária, não será mais possível alterar os dados informados na Matrícula Inicial do Censo Escolar 2019, de acordo com o MEC. A divulgação dos resultados finais do Censo Escolar, das sinopses estatísticas, com todas as redes de ensino, de forma contextualizada, e com microdados públicos está prevista para o final de janeiro de 2020.

Censo Escolar
O Censo Escolar é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e o mais importante levantamento estatístico educacional brasileiro nessa área. As matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e divulgação de dados das avaliações realizadas pelo Inep.

O Censo abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica e profissional: o ensino regular - educação infantil, ensino fundamental e médio; a educação especial; a Educação de Jovens e Adultos (EJA); e a educação profissional, que abrange cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada ou qualificação profissional.

Agência Brasil
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As universidades públicas da Paraíba e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (2) em adesão à mobilização nacional de greve de 48 horas em defesa da educação pública. Com paralisação, a maior parte das aulas de graduação e pós-graduação foram suspensas, bem como os trabalhos administrativos nas Instituições de Ensino Superior (IES).

UFPB
Os professores da graduação não estão em aula, pois de acordo com o calendário da universidade, o semestre terminou no dia 27 de setembro, mas as aulas dos programas de pós-graduação foi suspensa. Servidores técnicos-administrativos decidiram no dia 30 de setembro e aderiram à paralisação de 48 horas, valendo desta quarta-feira (2) até a quinta (3).

UFCG
A adesão à paralisação de 48 horas foi decidida em assembleia por todos os professores em setembro. De acordo com o Sindicato dos Professores da Universidade Federal de Campina Grande, houve uma adesão muito grande por parte da categoria e as aulas estão suspensas para esta quarta (2) e quinta-feira (3), com algumas poucas exceções de professores que não aderiram ao movimento grevista.

IFPB
Professores e servidores técnicos-administrativos dos campi do IFPB decidiram no dia 5 de setembro em assembleia aderir à paralisação de 48 horas. Nesta quarta-feira e na quinta estão previstos debates e palestras sobre a situação atual da educação pública no Brasil.

UEPB
Os professores e servidores da UEPB aprovaram uma Semana de Luta em Defesa da Universidade e do Servidor Público, no período de 30 de setembro a 04 de outubro, com paralisação entre 1º e o dia 03 de outubro. A Semana de Luta tem entre suas reivindicações a reposição salarial e a liberação das progressões de carreira para os professores, garantia de orçamento adequado para UEPB, garantia de vagas para novos alunos, além da rejeição ao Programa Future-se e aos cortes de verbas federais para a educação, especialmente universidades e institutos federais.

G1 PB
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Nesta quarta-feira (2) completam-se três anos da realização do referendo em que os colombianos rejeitaram o tratado de paz entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) –o “não” venceu com 50,2% dos votos, mas o presidente do país na época, Juan Manuel Santos, assinou o tratado com os guerrilheiros mesmo assim.

As Farc viraram um partido político com deputados e senadores no Parlamento, mas o tratado corre risco, de acordo com Alex Fattal, um antropólogo da Universidade de Harvard, nos EUA que estuda o tema.

O presidente que sucedeu Santos, Iván Duque, é ligado a grupos políticos que rejeitam o entendimento com as Farc.

“O governo e os partidos de extrema-direita não querem romper o acordo, mas severamente prejudicá-lo”, diz Fattal, que publicou um livro sobre o papel do marketing nas ações de desmobilização dos membros das Farc na Colômbia.

Duque, que foi eleito em junho de 2018, fez sua campanha presidencial com a promessa de alterar o pacto. Já no cargo, ele tentou endurecer as penas dos guerrilheiros desmobilizados, mas a proposta não passou no Parlamento.

A Justiça ainda determinou que ele deveria aceitar os termos que haviam sido acertados em 2016.

Disputas territoriais voltaram ao país
“Ninguém nas próprias Farc ou no governo ou nos centros de estudo pensou que o acordo seria facilmente implementado, mas o país vive uma onda de disputas por territórios –a ‘paz territorial’ era um dos pontos chave do tratado” afirma ele.

No fim de agosto, Iván Márquez, um líder histórico das Farc, que havia sido o principal interlocutor da guerrilha durante as negociações de paz, apareceu em um vídeo em que anunciava “uma nova etapa da luta armada”.

“Márquez é, de algumas formas, politicamente mais poderoso que Timochenko (o efetivo líder das Farc, cujo nome verdadeiro é Rodrigo Londoño Echeverri). Márquez é mais carismático e é uma figura de autoridade desde os anos 1980.”

A senadora Victoria Sandino, que hoje faz parte do partido Farc, diz que há faltas de garantias para os ex-guerrilheiros como ela se reincorporarem à sociedade (muitos deles já deveriam ter saído da prisão, afirma), que a divisão agrária não avança e que a Justiça Especial de Paz não tem conseguido dar respostas às vítimas dos confrontos entre a guerrilha comunista e o Estado colombiano durante décadas.

Produzir plantas de coca é, tradicionalmente, mais lucrativo do que outras atividades rurais. Para convencer os agricultores da Colômbia a trocar, o governo aceitou fazer pagamentos. O papel das Farc, pelo tratado de paz, é convencer a aderir ao plano.

“O acordo para substituição de cultivos proibidos foi torpedeado pelo governo, que ainda ameaça a voltar a jogar glifosato (herbicida). A eliminação sistemática de líderes comunitários é parte disso: eles são os que mais reivindicavam o cumprimento do acordo de terras e a substituição das plantações proibidas”, diz Sandino.

Paramilitares
O grupo que mais ganhou força foram os paramilitares, de acordo com Fattal, o antropólogo americano. “Esses outros grupos não fazem tráfico de drogas, mas outros negócios ilegais, como garimpo e extorsão. As pessoas que estariam na linha de frente para resistir a isso seriam os líderes comunitários, e temos visto uma série de ataques a eles.”

A senadora Sandino também diz que os paramilitares têm ocupado os territórios deixados pelas Farc –ela os acusa de uma série de crimes que ela caracteriza como “falsos positivos” (assassinatos cometidos por militares que justificam que a morte se deu durante um confronto).

A questão venezuelana
Há ainda a possibilidade de que parte dos guerrilheiros esteja encontrando abrigo no país a leste da Colômbia, a Venezuela.

Um ex-comandante do exército chavista, o general Manuel Ricardo Cristopher Figuera, se refugiou nos EUA e deu uma entrevista ao jornal “The Washignton Post”, na qual diz que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tem ciência da presença de postos de combatentes esquerdistas colombianos que lutam contra o governo de seu país.

Dissidentes das Farc que abandonaram o acordo de paz e uma outra guerrilha, a ELN, seriam os grupos que usam o território venezuelano.

Maduro nega que tenha dado abrigo aos grupos.

G1
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Um avião Boeing B-17 caiu na manhã desta quarta-feira (2) enquanto tentava pousar no aeroporto de Windsor Locks, na costa leste dos Estados Unidos. A aeronave estava com 13 pessoas a bordo, e as autoridades confirmaram à Associated Press que ao menos cinco morreram.

De acordo com testemunhas, o avião caiu sobre uma estrutura de manutenção ao tentar pousar momentos depois de a aeronave apresentar problemas na decolagem. Rolos de fumaça preta podiam ser vistos à distância.

O Boeing B-17 – modelo militar usado na Segunda Guerra Mundial – estava sob uso de civis da The Collings Foundation, grupo educacional de história da aviação.

Cinco pessoas que estavam a bordo foram levadas ao Hospital Hartford, unidade de saúde próxima dali. Não há informação sobre o estado de saúde dos sobreviventes, mas, segundo autoridades de segurança, algumas pessoas sofreram queimaduras graves.

Além dos passageiros e tripulantes, a queda feriu uma pessoa em terra – também não se sabe o estado de saúde dela.

Queda após decolagem
De acordo com o site FlightAware, o avião caiu cerca de cinco minutos depois de levantar voo. Os dados mostram que o Boeing voou cerca de 13 quilômetros e atingiu altitude de 244 metros.

Testemunhas disseram à agência Associated Press que a aeronave tentava, sem sucesso, ganhar altitude. Ouviu-se sons de pequenas explosões, e fumaça começou a sair da parte traseira do avião, que tentou pousar em seguida.

"Então, ouvimos um estrondo e toda a fumaça subiu. Percebemos que não era nada de bom", narrou a testemunha Brian Hamer à AP.

G1
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