O ministro Jorge Mussi, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou dois pedidos da defesa para suspender o julgamento da apelação (recurso) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso envolvendo um sítio em Atibaia (SP) na operação Lava Jato.
A defesa de Lula alegou a suspeição dos desembargadores federais Thompson Flores e João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, para julgar a apelação.
O ministro negou dois pedidos de liminar (decisão temporária). As decisões, do dia 19 de setembro, foram divulgadas nesta quarta-feira (25) pelo STJ.
Mussi afirmou que não houve ilegalidade flagrante nas decisões do TRF-4 que rejeitaram a suspeição dos dois magistrados e que a Quinta Turma do STJ ainda pode analisar o mérito dos pedidos.
O ex-presidente Lula está preso desde abril de 2018 em Curitiba, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). No caso do sítio de Atibaia, ele foi condenado em primeira instância a 12 anos e 11 meses de prisão.
G1
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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou nesta quarta-feira (25) recurso da defesa do ex-ministro José Dirceu, que pedia o não pagamento da pena de multa, das custas e da reparação do dano por crimes pelos quais foi condenado na Operação Lava Jato. Conforme o TRF-4, cabe recurso.
O G1 tenta contato com a defesa do ex-ministro.
Dirceu foi sentenciado, em segunda instância, a oito anos, 10 meses e 28 dias de reclusão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na decisão, o tribunal também determinou o pagamento de 119 dias-multa, o equivalente a cinco salários mínimos de julho de 2012 (em torno de R$ 370 mil), e o valor do reparo ao dano, de R$ 2.144.227,73, o que totaliza mais de R$ 2,51 milhões.
No recurso, os advogados alegam que a execução da dívida deve se dar somente após o trânsito em julgado. A defesa já havia pedido que o valor não fosse pago, o que também foi negado pelo TRF-4.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Dirceu teria recebido propina em contrato superfaturado da Petrobras com a empresa Apolo Tubulars, fornecedora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012. Parte dos valores — que chegaram a R$ 7.147.425,70 — foram repassados a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e a Dirceu.
Dirceu e seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a construtora Credencial para receber o valor de cerca de R$ 700 mil, e o restante teria sido usado em despesas com o uso de aeronaves em mais de 100 vôos feitos pelo ex-ministro.
José Dirceu está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, no Paraná, desde maio, após ter recursos negados no TRF-4.
Esta foi a segunda condenação do ex-ministro pela Lava Jato. Na primeira, ele foi condenado em segunda instância a 30 anos e nove meses, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Dirceu ficou preso por essa condenação, entre agosto de 2015 e maio de 2017. Na ocasião, ele obteve no STF um habeas corpus para aguardar o julgamento dos recursos em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Essa decisão foi cassada em julho de 2018, e desde então o ex-ministro está sem o equipamento.
G1
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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou nesta quarta-feira (25) o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para incluir as mensagens obtidas pela Operação Spoofing nos autos do processo do sítio de Atibaia, como prova compartilhada, desde que se relacionassem com Lula. O G1 fez contato com a defesa e aguarda retorno.
O relator da Lava Jato na Corte, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, havia negado o pedido monocraticamente no começo de setembro, informando que o aproveitamento das mensagem é impossível "pela sua ilicitude".
A defesa, então, entrou com um recurso, enfatizando que a solicitação deveria ir à votação pela 8ª Turma, responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato na segunda instância.
Os três desembargadores federais que compõem a 8ª Turma negaram o pedido por unanimidade. Gebran manteve o entendimento de que o material não é lícito, pois foi obtido em ambiente privado de autoridades públicas, sem autorização judicial.
Mesmo desconsiderado o contexto de capturação das mensagens, a validação indireta ou por meio de peritos particulares não tem efeitos processuais.
A defesa de Lula alega que os diálogos, divulgados por veículos de imprensa, mostram "a ingerência do então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba [Sérgio Moro] sobre os procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato, situação essa incompatível com o sistema acusatório", e que "as condutas do órgão acusatório possuíam uma finalidade política", entre outros pontos.
As mensagens foram obtidas por um grupo de pessoas, que obteve acesso ilegal a celulares de autoridades.
Andamento do processo
Após esse recurso da defesa, o processo do sítio de Atibaia, que já estava com Leandro Paulsen, revisor da Lava Jato, voltou para Gebran, que já havia concluído o seu voto no mérito da apelação, em que os advogados pedem que Lula seja absolvido.
O trâmite obedece o seguinte rito: após o voto do relator, o processo vai para o revisor, e depois, para o terceiro membro da turma, desembargador federal Carlos Eduardo Thomspon Flores Lenz. Somente então a data do julgamento é marcada.
O processo do sítio de Atibaia é a segunda condenação de Lula em primeira instância. O ex-presidente foi condenado pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba a 12 anos e 11 meses, por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro. O MPF já solicitou aumento da pena.
Lula está preso em Curitiba, cumprindo pena pela primeira condenação na Lava Jato, no caso do Triplex do Guarujá (SP).
G1
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Em votação secreta, o plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (25), por 68 votos a 10, a indicação de Augusto Aras para chefiar a Procuradoria-Geral da República. Para ser aprovado, um indicado à PGR precisa de pelo menos 41 votos. Dos 81 senadores, dois faltaram e um se absteve.
Aras foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o sucessor de Raquel Dodge à frente do Ministério Público Federal. Com a aprovação do Senado, Aras ficará no cargo pelos próximos dois anos.
Antes da votação no plenário principal do Senado, Aras passou por uma sabatina de mais de cinco horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. No colegiado, recebeu 23 votos favoráveis e somente 3 contrários.
Com a aprovação no Senado, será marcada uma data para a posse de Aras como chefe do MPF.
Logo após a votação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assinou mensagem que, segundo o senador, será “imediatamente” encaminhada ao Palácio do Planalto, para comunicar ao presidente a aprovação do indicado.
Ao lado de Aras, Alcolumbre cumprimentou o subprocurador e desejou “êxito” ao aprovado. “Muita sorte na condução da PGR, para que possamos juntos pacificar o Brasil”, disse o presidente da Casa.
Aras deixou o Senado sem falar com a imprensa.
Sabatina
Na sabatina, Aras ressaltou que terá uma atuação independente no comando da PGR e que a operação Lava Jato é um "modelo de excelência" e um "marco" na história do país, mas deverá passar por "correções".
"A Lava Jato é um marco, traz boas referências. Mas é preciso que nós percebamos que toda experiência nova traz dificuldades. Sempre apontei os excessos, mas sempre defendi a Lava Jato. A Lava Jato é resultado de experiências anteriores. Esse conjunto de experiências gerou um novo modelo, passível de correções", afirmou Aras.
Ele foi questionado por senadores sobre o fato de seu nome não constar na lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com sugestões para o cargo de procurador-geral. Desde 2003, o presidente da República escolheu um procurador dentro da lista, o que não ocorreu desta vez. Apesar de outros presidentes terem respeitado a lista tríplice, essa não é uma exigência legal.
“Não há alinhamento no sentido de submissão a nenhum dos Poderes, mas há evidentemente o respeito que deve reger as relações entre os Poderes e suas instituições. [...] Eu asseguro a Vossas Excelências que não faltará independência a esse modesto indicado", disse Aras.
Vazamentos
Aras defendeu ainda, durante a sabatina, a “unidade institucional” do Ministério Público e condenou o vazamento de informações sobre investigações conduzidas pela instituição. De acordo com ele, os vazamentos, que atingiram diversos políticos nos últimos anos, “violam a privacidade e a dignidade da pessoa humana”.
O novo procurador-geral disse ainda que o MP não deve “condenar por condenar” nem “perseguir” na sua atuação.
Aras afirmou ainda ser favorável à prisão após condenação em segunda instância porque, segundo ele, “o nosso processo civilizatório exige.” Entretanto, defendeu o direito dos condenados a recursos e a habeas corpus.
O procurador-geral afirmou ainda que o MPF “tem o dever de zelar pelas minorias”, mas também pelas “maiorias que são tratadas como minorias porque são sub-representadas, como mulheres e afrodescendentes.”
Ele também defendeu o direito de índios explorarem terras demarcadas através de agricultura e mineração.
Perfil
Augusto Aras é subprocurador-geral da República, especializado nas áreas de direito público e direito econômico. Tem 60 anos. Nasceu em Salvador (BA), em 4 de dezembro de 1958.
Como entrou na carreira do Ministério Público Federal (MPF) em 1987, antes da promulgação da Constituição Federal, Aras pôde optar por atuar no Ministério Público e manter suas atividades como advogado.
Integrantes do órgão que ingressaram na carreira após a Constituição não possuem esse direito. Se for aprovado pelo Senado, deverá devolver à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a carteira de advogado.
Aras é doutor em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005); mestre em Direito Econômico pela Universidade Federal da Bahia (2000); graduado bacharel em Direito pela Universidade Católica do Salvador (1981). Atualmente é professor da Universidade de Brasília (unB)
Ingressou no MPF em 1987, como procurador da República e atualmente é subprocurador-geral da República. Como subprocurador, atuou nas câmaras das áreas constitucional, penal, crimes econômicos e consumidor. É o atual coordenador da 3ª Câmara da PGR, que cuida de temas econômicos.
Função
Cabe ao procurador-geral da República chefiar o Ministério Público da União por dois anos. O MPU abrange os ministérios públicos Federal, do Trabalho, Militar, do Distrito Federal e Territórios.
O procurador-geral tem a função de representar o Ministério Público no Supremo Tribunal Federal (STF) e, às vezes, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Também desempenha a função de procurador-geral eleitoral.
No STF, o procurador-geral tem, entre outras prerrogativas, a função de propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) e ações penais públicas.
Cabe ao procurador-geral, também, pedir abertura de inquéritos para investigar presidente da República, ministros, deputados e senadores. Ele também tem a prerrogativa de apresentar denúncias nesses casos.
O PGR pode ainda criar forças-tarefa para investigações especiais, como é o caso do grupo que atua na Operação Lava Jato. Também pode encerrá-las ou ampliá-las.
O PGR, contudo, não é o chefe no sentido clássico. Existe a independência funcional dos membros, não sendo possível fazer um controle hierárquico no âmbito do Ministério Público.
G1
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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse hoje (25) que, dos mais de 2 mil serviços prestados pelo governo, 328 já possuem certificação digital. A expectativa é de que, até o final de 2020, todos esses registros já estejam disponibilizados nesse tipo de plataforma, “ao alcance de qualquer smartphone”, declarou o ministro durante o 17º Fórum de Certificação Digital (CertForum).
Segundo Lorenzoni, a exemplo da Medida Provisória da Liberdade Econômica, as certificações digitais têm ajudado o país a dar facilidades para os empreendedores brasileiros.
Dirigindo-se a uma plateia composta por gestores dos setores público e privado, representantes da indústria e pesquisadores, o ministro disse que tanto a MP, que agora é lei, como as certificações digitais representam uma nova forma de relação entre a sociedade, os agentes econômicos e o setor público.
“Vocês são, sem dúvida, a grande coluna de sustentação desse novo mundo que surge e desse novo Brasil que se insere na busca por desenvolvimento, crescimento e respeito às pessoas”, disse dirigindo-se aos profissionais que atuam com certificação digital, participantes do fórum.
“Ouvi há pouco que mais de 500 mil certificações são feitas por mês no Brasil. Isso é um avanço extraordinário. E a MP da liberdade econômica é o grande símbolo dessa transformação econômica porque, desde que o Brasil virou uma república, em 1879, até a nova lei, o cidadão, quando chegava diante de uma autoridade pública, era cego. Era rei até a eleição. No resto do período precisava apresentar a sua versão dos fatos e comprová-la. Tinha de chegar na autoridade municipal, estadual ou federal e apresentar 500 mil atestados, cópias autenticadas”.
Segundo ele, com as novas posturas adotadas, " até que a autoridade prove o contrário " é o cidadão quem terá a razão, quando diante de agentes públicos, em qualquer das estruturas da federação. “Isso é uma revolução no Brasil porque hoje cada empreendedor tem o direito de se apresentar, diante da autoridade pública e da sociedade, dotado do direito de empreender e de ter sua atividade respeitada”.
De acordo com o ministro, os órgãos públicos têm agora a obrigação de estabelecer o prazo com o qual vai trabalhar para a concessão de qualquer tipo de reconhecimento, autorização ou de concessão. "E, uma vez tendo o prazo, já há reconhecimento tácito de que aquela solicitação passa a ser válida".
“Ao inverter o ônus da prova na relação entre Estado e cidadania, colocamos no centro aquele que é verdadeiramente o dono do Brasil: o cidadão brasileiro. E a atividade que os senhores exercem, de facilitação da vida, é o que o governo faz: dá passos para trás para que a cidadania brasileira dê passos à frente”, completou.
Agência Brasil
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por 23 votos a 3 a indicação de Augusto Aras para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). A indicação agora será votada ainda hoje no plenário do Senado onde precisará de 41 votos para ser confirmado no cargo.
Em uma das suas últimas falas, Aras falou em “fazer diferente”. “É possível fazer diferente. Com unidade institucional, enfrentamento à macrocriminalidade, destravamento da economia podemos fazer muito pelo país”.
A sabatina durou pouco mais de cinco horas. Aras falou sobre meio ambiente, crime organizado, Operação Lava Jato e abuso e autoridade.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, encerrou a reunião da CCJ em tom elogioso ao indicado à PGR. “[Aras] tem legitimidade sim para ocupar esse espaço. É subprocurador de carreira, cumpre os requisitos necessários. Passa agora o Senado Federal a ser o responsável pela convalidação dessa indicação. E vejo, pelo placar na CCJ, que vossa excelência reúne, com certeza, todas as condições de ser aprovado no plenário do Senado”.
Agência Brasil
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Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (25) mostra os seguintes percentuais de avaliação sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL):
A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o levantamento foi feito entre os dias 19 e 22 de setembro e ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios.
O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em junho, o Ibope divulgou uma pesquisa também encomendada pela CNI sobre a aprovação do presidente. Os números de abril foram: Ótimo/bom: 32%; Regular: 32%; Ruim/péssimo: 32%; Não sabe/não respondeu: 3%.
Aprovação da maneira de governar
Outro item da pesquisa é a aprovação da maneira de governar do presidente Jair Bolsonaro. O resultado foi:
Confiança no presidente
A pesquisa divulgada nesta quinta também questionou os entrevistados se confiam no presidente. As respostas foram:
Perspectivas sobre o restante do governo
Questionados sobre as perspectivas para o restante do governo, os entrevistados responderam:
G1
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Um fundo de apoio internacional para projetos de inovação em benefício da agricultura familiar teve o edital lançado nesta terça-feira (24). O programa fará investimentos em projetos de oito países. No Brasil, o território beneficiado será o Planalto da Borborema, na Paraíba.
Quem deseja participar deve submeter a proposta de forma digital e física, primeiro para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e depois para a sede do Procase, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa.
O Fundo Competitivo do Projeto INNOVA AF é promovido pelo Instituto Interamericano da Cooperação para a Agricultura (IICA) e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). A intenção do programa é promover processos de gestão participativa de conhecimento e disseminação de boas práticas de adaptação dos sistemas territoriais de agricultura familiar às mudanças climáticas entre os países e territórios da América Latina e do Caribe.
Com período máximo de execução de três anos, cada país terá um projeto escolhido por processo competitivo, com o fundo de até US$ 110,5 mil (R$ 440 mil). O fundo aportará um cofinanciamento de até 60% do custo total da proposta e a organização selecionada deverá fazer um subsídio mínimo de 40% dos custos dos projetos em conceito monetário ou em contrapartida em espécies como oferta de insumos e de pessoal técnico, por exemplo.
A empresa ou organização selecionada via edital deverá executar as linhas de interesse do fundo, distribuídas nos seguintes temas: manejo e gestão integrada de recursos hídricos e naturais do território; sistemas ou mecanismos de comunicação e informação climática; modelos e mecanismos de compensação e financiamento; ou incentivos para garantir a sustentabilidade dos sistemas agrícolas da agricultura familiar.
A Borborema ocupa 23% da Paraíba, distribuída em 21 municípios do Agreste do estado: Alagoa Nova, Algodão de Jandaíra, Arara, Areia, Areial, Borborema, Campina Grande, Casserengue, Esperança, Lagoa Seca, Massaranduba, Matinhas, Montadas, Pilões, Puxinanã, Queimadas, Remígio, São Sebastião de Lagoa de Roça, Serra Redonda, Serraria e Solânea.
A intenção é melhorar a eficiência no uso de recursos hídricos nos sistemas produtivos; elaborar modelos de extensão e transferência de como o uso de tecnologias de comunicação e informação; produzir diagnósticos, prognósticos e alertas ao conjunto da população rural.
O programa também tem como meta envolver mulheres, jovens e membros de povos originários, afrodescendentes de comunidades que se ocupam de produção agrícola familiar e que estejam em condição de vulnerabilidade devido às mudanças climáticas e que, ainda, participem de redes ou organizações nos territórios do projeto.
G1 PB
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A prevenção de mortes decorrentes de doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) e a endocardite, é um dos temas do 5º Fórum Siga seu Coração, que ocorre hoje (24), em Brasília. De acordo com a plataforma Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 289 mil pessoas morreram em decorrência dessas patologias, no país, até as 15h desta terça-feira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta as doenças cardiovasculares como a principal causa de morte no mundo. Em seu levantamento mais recente, que apresenta dados de 2015, a entidade informa que, naquele ano, o total de óbitos envolvendo essas enfermidades chegou a 17,7 milhões. O número representou 31% das mortes registradas em âmbito global.
O diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Fernando Costa, disse que a hereditariedade pode favorecer o desenvolvimento desse tipo de doença. "Por outro lado, nós temos os fatores modificáveis. Quais são? Obesidade, circunferência abdominal, sedentarismo, hipertensão, diabetes e colesterol. Eu posso modificá-los, não posso? Tomo remédio, faço exercício. Quando você não modifica isso, há o que chamamos de estresse oxidativo. Isso causa um problema no vaso, nas artérias, principalmente".
Segundo Costa, a medida que mais faz diferença é a adoção de um estilo de vida saudável, que alie dieta alimentar adequada à prática de exercícios físicos. "Prevenir é prolongar uma vida saudável", disse.
Como sugestão às pessoas que têm dificuldade para se manter fisicamente ativas, o cardiologista simplifica, indicando caminhadas e o uso de aplicativos que contem os passos dados ao longo do dia. "Dez mil passos por dia e você tem atividade física", disse.
Além do sedentarismo, o tabagismo e o uso abusivo de álcool são outros fatores de risco, no caso das doenças cardiovasculares. A apneia do sono, por sua vez, pode aumentar em 3,7% as chances de uma pessoa desenvolver tais enfermidades.
Atividades físicas
Em julho deste ano, o Ministério da Saúde divulgou uma atualização da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Uma das taxas que apresentou alta, na comparação de 2009 com 2018, foi a relativa à parcela da população que se exercita no tempo livre. No período analisado, a proporção subiu de 30,3% para 38,1%.
O estudo revelou ainda que a dedicação a uma rotina de exercícios que dure ao menos 150 minutos semanais é algo mais comum entre homens (45,4%) do que mulheres (31,8%). Adultos com idade entre 35 e 44 anos geraram o aumento mais expressivo na última década, de 40,6%.
Ainda conforme a pesquisa, a taxa global de inatividade física sofreu queda de 13,8% em relação a 2009. O percentual de inatividades das mulheres é de 14,2% e o dos homens, ligeiramente inferior, de 13%.
O governo federal destaca o lançamento do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como a ação mais significativa para a diminuição no número de internações e óbitos resultantes de doenças cardiovasculares. Na base do plano está a expansão da Atenção Básica, que conta, atualmente, com 42,9 mil unidades básicas de Saúde em funcionamento e 263,4 mil agentes comunitários de Saúde em todo o país. Ao todo, as 42,6 mil equipes de Saúde da Família atendem a 64,6% da população.
Agência Brasil
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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) oferece, desde 2012, um tratamento capaz de preservar a visão de 80% das crianças que apresentam o câncer de olho chamado retinoblastoma. Para que a terapia tenha mais chances de sucesso, no entanto, é fundamental diagnosticar a doença precocemente.
O alerta é de especialistas do instituto, que destacaram hoje (25) os avanços no combate a esse tipo de câncer, considerado o mais frequente nos olhos das crianças. Apesar disso, o retinoblastoma é raro, e afeta uma a cada 17 mil crianças nascidas vivas.
A tecnologia trazida ao Inca, entre 2011 e 2012, foi desenvolvida no Japão na década de 1990 e chegou a países ocidentais há cerca de 15 anos. Em vez de sessões de quimioterapias que afetam todo o corpo, o tratamento consiste em inserir com um cateter uma quimioterapia localizada que afeta apenas o olho da criança.
A oncologista pediátrica do Inca Nathalia Grigorovski explica que o tratamento é recomendado quando não há a indicação de cirurgia e tem uma série de vantagens além da eficácia.
Avanço
"O avanço está na possibilidade de fazer um tratamento muito localizado, que não se espalha pelo corpo e não tem aqueles malefícios da quimioterapia, quando é feita por via venosa. Não tem enjoo, queda de cabelo, a baixa da imunidade e tem uma eficácia muito grande, já que a concentração da quimioterapia se restringe à área do olho".
A chefe do serviço de oncologia ocular do INCA, Clarissa Mattosinho, destaca que o tratamento permitiu aumentar de 20% para 80% a preservação da visão das crianças após a doença, que precisa ser precocemente diagnosticada.
"O rastreamento é feito através do teste do reflexo vermelho, conhecido também como teste do olhinho. Esse exame deve ser feito pela primeira vez na maternidade, antes da alta, e depois repetido em todas as consultas de puericultura, que são aquelas consultas dos primeiros anos".
A fotografia com flash é outra ferramenta que os pais têm para procurarem ajuda médica a tempo. "Na fotografia, você vai observar um reflexo branco na retina, e o reflexo normal é um reflexo vermelho-alaranjado. Quando houver um reflexo branco, é um sinal de alerta, e a criança tem que ser levada para uma avaliação do oftalmologista", diz a médica, que afirma que não há risco em utilizar o flash e lembra que o reflexo branco também pode ser sinal de outras enfermidades.
Agência Brasil
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