Fevereiro 12, 2025
Arimatea

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O governo manteve em 2,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir o crescimento da economia.

A informação consta no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Já a previsão para a inflação deste ano subiu de 3,7% para 3,90%. A perspectiva para o PIB em 2025 caiu de 2,8% para 2,6%.

Haddad pediu ‘parcimônia’
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, no início da tarde, que "os dados da economia estão vindo muito bem [em 2024], consistentes e com baixa pressão nos preços, o que é ótimo, crescer com inflação controlada".

No entanto, ele informou que pediu "parcimônia" de sua equipe na revisão da expectativa de PIB em 2024.

Nesta terça-feira (16), Haddad havia dito que o ministério deve revisar para cima a projeção do PIB deste ano. “O que é provável que aconteça", declarou o ministro no Palácio do Planalto, após reunião com empresários, lembrando que a economia continuou crescendo mesmo com a calamidade no Rio Grande do Sul.

Porém, o documento do Ministério da Fazenda apresentado nesta quinta-feira não alterou a perspectiva para o crescimento econômico em 2024.

Segundo a pasta, o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul deve ser compensado por medidas de suporte a famílias e empresas.

Projeção do PIB
O resultado oficial do PIB é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2023, o PIB registrou um crescimento de 2,9% na comparação com o ano anterior.

Ao projetar uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira.

A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,11% para este ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta semana.

Já o Banco Central espera uma alta de 2,3% do PIB neste ano.

Inflação
O Ministério da Fazenda também piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Em maio, o Ministério da Fazenda tinha estimado que a inflação atingiria 3,70% neste ano. Agora, no boletim de julho, essa perspectiva subiu para 3,9%.

“Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no RS nos preços, além dos reajustes recentes anunciados para os preços da gasolina e GLP”, segundo o documento.

Próximos anos
O Ministério da Fazenda revisou a projeção do PIB para 2025. Antes, a estimativa era de 2,8% de crescimento. Agora, caiu para 2,6%.

De acordo com o documento, essa mudança tem a ver com “a pausa no corte de juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado”.

Para 2026, a perspectiva do PIB, segundo o governo, passou de uma alta de 2,5% para um avanço de 2,6%.

g1
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A produção de biocombustíveis no Brasil atingiu marco histórico em 2023, refletindo o crescimento robusto no setor e a diversificação das fontes de energia renováveis no país. Juntos, etanol e biodiesel somaram quase 43 bilhões de litros produzidos, alcançando recorde histórico. Os dados estão no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Esses resultados fortalecem a posição do Brasil como líder na produção e uso de biocombustíveis no cenário global, contribuindo significativamente para a matriz energética nacional e para a redução das emissões de gases de efeito estufa. É o Brasil na liderança da transição energética justa e inclusiva, trazendo desenvolvimento econômico e beneficiando o nosso povo”, apontou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Entre os destaques do estudo, está o etanol que registrou alta de 15,5%, totalizando 35,4 bilhões de litros produzidos. A produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina nos postos, aumentou 13,5% em relação ao ano passado, enquanto a de etanol hidratado, vendido separadamente na bomba, cresceu 16,8% no mesmo período. A região Sudeste liderou a produção nacional de etanol, com um volume de 17,2 bilhões de litros, respondendo por 48,5% da produção brasileira. Outros aumentos significativos foram observados nas regiões Nordeste, Sul, e Centro-Oeste.

Na área do biodiesel, a produção nacional foi de mais de 7,5 bilhões de litros, impulsionada pela elevação do percentual de mistura obrigatória ao diesel para 12%, a partir de 1º de abril de 2023. A região Sul destacou-se como a maior produtora, com 3,1 bilhões de litros, seguida pela região Centro-Oeste, com 3 bilhões. O biometano, outro importante biocombustível, também apresentou crescimento significativo. Em 2023, a produção foi de 74,9 milhões de m³, um aumento de 12,3% em relação ao ano anterior.

Agência Gov
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O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), se filiou nesta quinta-feira (18) ao Partido dos Trabalhadores.

Randolfe assinou a ficha de filiação em um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela manhã, no Palácio da Alvorada.

Também estiveram presentes a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann; o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e a primeira-dama Janja Lula da Silva.

A ida de Randolfe ao PT marca o retorno do parlamentar ao partido depois de quase 20 anos e o fim de uma série de conversas e convites de lideranças da sigla.

Com a filiação do senador ao PT, Lula passará a ter todos os líderes do Planalto no Congresso em um mesmo partido:

  • José Guimarães (PT-CE), líder na Câmara;
  • Jaques Wagner (PT-BA), líder no Senado;
  • Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder no Congresso.

Randolfe Rodrigues estava sem partido desde maio de 2023. O senador deixou a Rede Sustentabilidade após divergências com o principal nome do partido: a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. À época, Randolfe já havia sinalizado que retornaria ao PT.

O senador já foi filiado ao PT, sigla pela qual foi eleito e exerceu o mandato de deputado estadual entre 1999 e 2005. Ele deixou a legenda em meio à crise do escândalo do mensalão. Também foi membro do PSOL, legenda pela qual foi eleito senador, pela primeira vez, em 2010.

Líder no Congresso
Senador pelo Amapá, Randolfe é líder do governo Lula no Congresso desde 2023. Ele é o articulador responsável por lidar, principalmente, com questões orçamentárias e as votações de vetos do presidente Lula.

Na função, Randolfe tem sofrido críticas de parlamentares da base aliada e da oposição. As reclamações giram em torno de quebras de acordo. No último ano, diante das insatisfações, parlamentares chegaram a sugerir a troca do senador por um deputado.

O senador se aproximou mais de Lula durante a disputa ao Planalto em 2022. Ele desistiu de se candidatar ao governo do Amapá para integrar o núcleo da campanha do petista.

À época, Randolfe era filiado à Rede Sustentabilidade e havia atuado para, a despeito de críticas de alas da sigla, inserir o partido na coligação da chapa Lula-Alckmin.

No Senado, Randolfe foi líder da oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Também foi, em 2021, vice-presidente da CPI da Covid na Casa. Segundo relatos, a atuação do político contra aliados de Bolsonaro foi um dos fatores que levou Lula a indicá-lo à liderança do governo no Congresso.

g1
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou cifras recordes em aprovações de crédito para as indústrias farmoquímica e farmacêutica brasileiras. Segundo dados divulgados pela instituição financeira nesta quinta-feira (18), foram liberados R$ 2 bilhões desde o início de 2024. Em apenas 6 meses, já é o maior valor contabilizado em um único ano desde 1995.

"Os valores aprovados em 2024 são 32% superiores a todo o ano de 2023 (R$ 1,4 bilhão) e correspondem a 16% do total de 30 anos de apoio do BNDES ao segmento. Com o apoio do banco, as indústrias estão desenvolvendo novos medicamentos, novas associações farmacêuticas (que facilitam a absorção e a administração), vacinas, montagem de centros de pesquisa e desenvolvimento e adquirindo máquinas e equipamentos", registra nota divulgada pelo BNDES.

Ainda de acordo com o BNDES, o aumento das aprovações tem relação com a retomada de investimentos em setores industriais estratégicos. Em janeiro deste ano, o governo federal lançou o programa Nova Indústria (NIB).

O objetivo do programa é estimular o setor produtivo para promover o desenvolvimento do país e reverter o cenário de desindustrialização, segundo o governo federal. O NIB envolve a articulação de diversos instrumentos de Estado, como linhas de crédito especiais, recursos não reembolsáveis, ações regulatórias e de propriedade intelectual, além de uma política de obras e compras públicas.

Agência Brasil
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O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quarta-feira, 17 de julho, o Edital nº 22/2024, referente ao processo seletivo do segundo semestre de 2024 para o Programa Universidade para Todos (Prouni). Os interessados poderão se inscrever no período de 23 a 26 de julho, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Serão ofertadas 243.850 bolsas nessa edição do programa.

Para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação. Além disso, devem ser cumpridos critérios socioeconômicos, incluindo renda familiar per capita que não exceda um salário-mínimo e meio para bolsas integrais e três salários-mínimos para bolsas parciais.

As opções de cursos e instituições podem ser escolhidas em ordem de preferência, conforme disponibilidade e adequação aos critérios estabelecidos pelo MEC. A consulta às informações detalhadas da oferta de bolsas, por curso, turno, instituição e local de oferta, está prevista para ser publicada na página do Prouni em 18 de julho. 

INSCRIÇÃO – Para se inscrever, o participante precisa ter o cadastro no Login Único do governo federal e criar uma conta no portal gov.br. Caso já esteja cadastrado, basta realizar o login com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a senha. As inscrições no Prouni são gratuitas e devem ser efetuadas exclusivamente pela internet, no Portal Acesso Único.  

No momento da inscrição, é preciso: informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato e a adequação aos critérios da Portaria Normativa MEC nº 1, de 2015.  

RESULTADO – O processo seletivo do segundo semestre de 2024 para o Prouni terá duas chamadas sucessivas. Os resultados com a lista dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis no Portal Único de Acesso em 31 de julho (primeira chamada) e 20 de agosto (segunda chamada) de 2024. Após a pré-seleção, os candidatos deverão comprovar as informações prestadas durante a inscrição, conforme os prazos estabelecidos para cada chamada.

LISTA DE ESPERA – A fim de participar da lista de espera do Prouni, o candidato deverá manifestar seu interesse por meio da página do Prouni, nos dias 9 e 10 de setembro de 2024. A lista de espera estará disponível no dia 13 de setembro, no Sistema do Prouni (Sisprouni), para consulta pelas instituições de educação superior e pelos candidatos.

PROUNI – Criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005, o Programa Universidade para Todos oferta bolsas de estudo (integrais e parciais) em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. O Prouni ocorre duas vezes ao ano e tem como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior.  

Agência Gov
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A Polícia Federal disse ao Supremo que não há informações sobre a possível inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados para entrar nos Estados Unidos.

Segundo a PF, foi encaminhado um pedido de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal à Autoridade Central dos Estados Unidos, solicitando informações sobre a legalidade ou ilegalidade do ingresso nos EUA das pessoas investigadas nos autos do procedimento, especialmente a utilização de certificados de vacinação contra a Covid-19 na entrada, permanência e saída do país, nos anos de 2021, 2022 e 2023.

“Importante ressaltar que o Departamento de Justiça americano – DOJ relatou que o U.S. Customs and Border Protection (CBP) não possui registros se os investigados supramencionados apresentaram comprovantes de vacinação contra a COVID-19. Da mesma forma, os registros de controle de entrada e saída do território americano não trazem as informações se os investigados alegaram que foram vacinados ou que estavam isentos de apresentarem requisitos de vacinação”, disse a PF.

Em abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que a Polícia Federal realizasse mais investigações após analisar o relatório que indiciou o ex-presidente pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas da Covid-19.

Relembre
A apuração revela que o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a sua pauta ideológica – no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19″. As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Segundo a PF, Bolsonaro cometeu o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações em 21 de dezembro de 2022 ao incluir o registro de vacinação contra a Covid-19 dele e da filha Laura Bolsonaro no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde.

A investigação da Polícia Federal constatou que o ex-presidente “agiu com consciência e vontade” ao exigir que o documento dele fosse fraudado para que constasse o registro de vacinação contra a Covid-19. O ex-presidente negou à PF que tenha feito a solicitação.

R7
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Uma onda de violência está dominando as ruas de Bangladesh e já deixou ao menos 19 mortos. Nesta quinta-feira (18), terceiro dia de protestos no país, milhares de estudantes voltaram a se manifestar contra uma política que estabelece cotas para a alocação de empregos governamentais e entraram em confronto direto com policiais na capital, Draka.

A sede da rede estatal de televisão do país, Bangladesh Television, foi atacada. Um produtor de notícias e um repórter da emissora falam por telefone com a agência Associated Press, sob condição de anonimato, por medo de serem atacados, e contaram que manifestantes arrombaram a porta principal e incendiaram a recepção e o veículo.

“Eu escapei saltando o muro, mas alguns dos meus colegas ficaram presos lá dentro. Os agressores entraram no prédio e atearam fogo nos móveis”, disse o produtor.

Segundo ele ainda, a televisão continuou a transmitir, mas alguns residentes em Dhaka disseram que não conseguiam encontrar sinal da estação nas suas casas.

À Reuters, autoridades disseram ter cortado alguns serviços de internet móvel para tentar conter a agitação.

Os protestos exigem o fim do sistema de cotas que, segundo os opositores, beneficia jovens próximos da primeira-ministra, de 76 anos, que governa o país desde 2009. O movimento começou no dia 1º de julho com bloqueios de estradas e ferrovias, e agora acabou nesses confrontos que causaram mortes.

As imagens registradas nesta quinta impressionam pela violência: policiais foram perseguidos e linchados pelos manifestantes.

O número de mortos é incerto. Seis mortes foram confirmadas na terça-feira (16), mas só há estimativas das vítimas fatais desta quinta. O principal jornal de Dhaka, Prothom Alo, e principal jornal de língua inglesa do país, Daily Star, falam em 19 mortes, o que elevaria o total para 25 mortos.

De acordo com a AFP, os estudantes se recusaram, nesta quinta, a negociar com a primeira-ministra Sheikh Hasina e o governo ordenou o fechamento indefinido de escolas e universidades.

A Students Against Discrimination é a principal organização por trás dos protestos. Sobre as declarações dadas pela primeira-ministra, que prometeu "justiça" pelas mortes, um dos coordenadores do movimento afirmou:

"Não refletem os assassinatos e desordens perpetrados por ativistas do seu partido", disse à AFP Asif Mahmu.

g1
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Os eurodeputados votaram nesta quinta-feira (18) a favor de um segundo mandato de cinco anos para Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia, o braço Executivo dos 27 países da União Europeia.

Após votação secreta, a alemã de 65 anos obteve 401 votos a favor, 284 contra, 15 abstenções e sete votos nulos, muito acima da maioria absoluta que precisava. Em 2019, ela tornou-se a primeira mulher a presidir o Executivo europeu.

Sua reeleição era dada como certa após um acordo da bancada ambientalista do Parlamento Europeu, que manifestou seu apoio em troca de uma agenda de transição para uma economia verde.

A ex-ministra da Defesa da Alemanha se impôs em diversas crises desde que assumiu o Executivo europeu. Depois da pandemia de Covid-19, ela capitaneou um gigantesco plano de recuperação europeu financiado por dívida conjunta.

Após a invasão russa da Ucrânia, Von der Leyen mostrou o seu apoio a Kiev e definiu uma estratégia para escapar da dependência energética da Rússia.

A presidente da Comissão aspira ser uma garantia de estabilidade diante das disputas comerciais com a China, do possível retorno de Donald Trump à Casa Branca e das guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

'Europa forte'
Nesta quinta-feira, em um discurso em inglês, alemão e francês antes da votação, ela definiu como prioridades o aumento da concorrência e o fortalecimento dos investimentos em indústrias-chave e de defesa.

Também defendeu "uma Europa forte" em um "período de grande ansiedade e incerteza" diante de "demagogos e extremistas que destroem o nosso modo de vida europeu".

Outra conquista do seu primeiro mandato foi o ambicioso Pacto Verde, ainda em curso, para descarbonizar a indústria e o transporte e que alguns acusam de impor muitas obrigações às empresas e aos agricultores.

Nesta quinta-feira, definiu como meta para 2040 uma redução líquida de 90% nas emissões para combater a mudança climática. Prometeu também um "plano de habitação acessível" para casas precárias com, pela primeira vez, um comissário específico dedicado ao assunto.

Em nome da "competitividade", prometeu reforçar os investimentos em indústrias-chave e apelou à "neutralidade tecnológica" para não desqualificar a energia nuclear.

Von der Leyen reafirmou também a sua defesa do uso de combustíveis sintéticos nos automóveis após 2035 e insistiu nos interesses dos agricultores, seguindo as exigências dos eurodeputados conservadores.

O primeiro-ministro trabalhista do Reino Unido, Keir Starmer, disse que espera "trabalhar em estreita colaboração" com Von der Leyen.

Coalizão
Após as eleições de junho, o Partido Popular Europeu (PPE, direita), do qual faz parte, Von der leyen continua tendo a maioria no Parlamento com 188 eurodeputados, ante 136 social-democratas (S&D) e 77 liberais (Renew Europe).

A grande coalizão destes três partidos foi suficiente para renovar o mandato de Von der Leyen, que, no entanto, incluiu nos seus planos o Pacto pelo Oceano exigido pelos eurodeputados ambientalistas.

"O nosso apoio não é um cheque em branco (...) a nossa preocupação com as questões sociais terá de se refletir em todas as políticas dos próximos cinco anos", alertou a líder do grupo social-democrata, a socialista espanhola Iratxe García Pérez.
Von der Leyen também prometeu à Câmara fortalecer a Frontex, a agência da UE responsável pelas fronteiras, e triplicar o número de guardas de fronteira e costeiros.

Uma promessa dirigida ao PPE, mas também ao grupo de extrema direita Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), do qual faz parte o partido Fratelli d'Italia da primeira-ministra italiana de extrema direita, Giorgia Meloni.

O outro grupo de extrema direita no Parlamento Europeu, Patriotas pela Europa, que reúne o Reagrupamento Nacional (RN) da França e o partido húngaro Fidesz do primeiro-ministro Viktor Orbán, relutante em apoiar a Ucrânia contra a invasão russa, provavelmente não fará parte da maioria parlamentar.

Nesta quinta-feira, Von der Leyen acusou Orbán de "fazer o jogo" do presidente russo, Vladimir Putin, com sua recente visita a Moscou para uma "suposta missão de paz".

No seu discurso, propôs também a criação do chamado Escudo Europeu da Democracia. "A União precisa de uma estrutura própria dedicada à luta contra a manipulação de informação e a interferência estrangeira", afirmou.

Von der Leyen, mãe de sete filhos, que já foi considerada uma possível sucessora de Angela Merkel na Alemanha, acabou por se estabelecer em Bruxelas, onde nasceu e foi criada.

France Presse
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María Corina Machado, a principal opositora do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira (18) um atentado contra ela e sua equipe. Segundo Machado, agentes do governo venezuelano vandalizaram os dois carros de sua comitiva e cortaram as mangueiras dos freios na madrugada de quarta para quinta.

"Esta madrugada cometeram um atentado contra mim e minha equipe em Barquisimeto, estado Lara. Nossos carros foram vandalizados e cortaram a mangueira dos freios. Agentes do regime nos seguiram desde Portuguesa e cercaram a urbanização onde pernoitamos. A campanha de Maduro é a violência e ele é responsável por qualquer dano à nossa integridade física. Não nos deterão", disse Corina Machado.

O governo Maduro não se manifestou a respeito da denúncia até a última atualização desta reportagem.

Corina Machado foi impedida de concorrer nas eleições em janeiro, quando sua candidatura foi barrada pelo Supremo Tribunal de Justiça venezuelano, alinhado a Maduro. Na época, ela era a favorita nas pesquisas de intenção de voto.

No entanto, Corina Machado continua ativa e é uma das principais promotoras da campanha de Edmundo González, o ex-diplomata escolhido pela coalizão de partidos opositores a Maduro.

A Venezuela promove eleições no dia 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas —o que contraria um compromisso formal assinado em outubro de 2023. O governo venezuelano recusou a presença de uma comitiva independente da União Europeia no país para observar as eleições.

Na presidência desde 2013, Maduro disse nesta quarta (17) que pode haver "banho de sangue" e "guerra civil" na Venezuela caso ele não vença as eleições.

O chefe de segurança de Corina Machado foi preso também na quarta. Milciades Ávila, um ex-policial a serviço de Machado há 10 anos, "foi sequestrado pelo regime sob acusação de violência de gênero", escreveu a opositora no X (antigo Twitter).

Segundo o partido de Corina Machado, Vente Venezuela, policiais "invadiram à força a residência onde ele se encontrava, violando todos os procedimentos legais".

Ainda em julho, a oposição denunciou a prisão de outros nove membros da oposição em quatro estados do país. A ONG Foro Penal, dedicada à defesa de presos políticos, informou na terça-feira (16) que contabiliza 102 prisões ligadas à campanha da oposição na Venezuela.

Corrida eleitoral
Maduro concorre ao terceiro mandato consecutivo — o primeiro foi em 2013. González foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após María Corina Machado e Corina Yoris terem sido impedidas de concorrer às eleições presidenciais.

Em outubro, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, segundo o qual haveria eleições democráticas na Venezuela.

O governo do Brasil manifestou seu apoio a Corina Machado ao afirmar que não havia motivos para barrar a candidatura de Yoris. O regime de Maduro reagiu dizendo que a nota brasileira parecia ter sido "ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

Além do Brasil, ao menos 11 países manifestaram preocupação com as eleições (Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai).

g1
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em um comício na última quarta (17) que o país pode enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso ele não seja reconduzido ao cargo nas eleições marcadas para o próximo dia 28 de julho.

"O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo."

A declaração foi dada em um ato público em Parroquia de la Vega, um distrito popular na Zona Oeste de Caracas.

"Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter", disse Maduro, no mesmo discurso.

María Corina Machado, a principal opositora de Maduro, denunciou nesta quinta-feira (18) um atentado contra ela e sua equipe. "Vandalizaram nossos carros e cortaram a mangueira dos freios", disse Machado. Favorita nas pesquisas, ela foi impedida em janeiro de concorrer à eleição.

Corrida eleitoral
A Venezuela realiza eleições em 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas —o que contraria um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

Seu principal concorrente, escolhido a partir de uma coalizão de partidos opositores, é o ex-diplomata Edmundo González.

Maduro concorre ao terceiro mandato consecutivo — o primeiro foi em 2013. González foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após Corina Yoris ter sido impedida de concorrer às eleições presidenciais. Em março, a PUD declarou que o “acesso ao sistema de inscrição” da candidata não tinha sido permitido.

Antes, a opositora María Corina Machado, uma das favoritas a desbancar Maduro, havia sido afastada da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista.

Em outubro, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, segundo o qual haveria eleições democráticas na Venezuela.

O governo do Brasil manifestou seu apoio a ela ao afirmar que não havia motivos para barrar a candidatura de Yoris. O regime de Maduro reagiu dizendo que a nota brasileira parecia ter sido "ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

Além do Brasil, ao menos 11 países manifestaram preocupação com as eleições (Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai).

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