Um dia após o projeto do homeschooling passar pelo plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro recebe, no Palácio da Alvorada, representantes do movimento Escolas Abertas. O evento consta na agenda oficial desta sexta-feira (20). Também participam do encontro os ministros Victor Godoy (Educação), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Alvim (Ciência e Tecnologia).
A Câmara terminou nesta quinta-feira (19) a análise dos destaques ao projeto de lei que autoriza o ensino domiciliar no Brasil. Os deputados rejeitaram todas as sugestões de mudança ao texto-base aprovado na última quarta (18). Na aprovação dessa proposta foram 264 votos favoráveis e 144 contrários. A regulamentação da modalidade de ensino vai agora para o Senado.
O projeto é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro e contempla pelo menos 11 mil famílias que optaram por ensinar os filhos em casa. Pelas leis atuais, o ensino domiciliar não é uma prática aceita no país. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o homeschooling não é inconstitucional, mas indicou a necessidade de uma regulamentação.
Bolsonaro também deve se reunir na manhã desta sexta com o empresário Elon Musk, CEO da Tesla, que comprou o Twitter recentemente. Musk aceitou conversar com Bolsonaro a convite do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Eles devem conversar sobre conectividade e Amazônia. "Tenho um encontro amanhã com uma pessoa muito importante, que é reconhecida no mundo todo e que vem para cá oferecer para ajudar a nossa Amazônia, o coração", disse o presidente na live semanal.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) terá uma reunião na manhã desta sexta-feira (20) com o empresário Elon Musk, CEO da Tesla, que comprou o Twitter recentemente. O encontro dos dois vai acontecer em São Paulo.
Musk aceitou conversar com Bolsonaro a convite do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Nesta quinta-feira (19), Bolsonaro disse que encontraria "uma pessoa muito importante", mas não citou o nome do bilionário.
"Tenho um encontro amanhã com uma pessoa muito importante, que é reconhecida no mundo todo e que vem para cá oferecer para ajudar a nossa Amazônia, o coração", disse o presidente na live semanal.
Ao anunciar a negociação para se tornar proprietário do Twitter, Musk teceu críticas à plataforma e defendeu a ideia de que os usuários da rede social tenham mais liberdade para expressar seus pensamentos.
"A liberdade de expressão é a base de uma democracia que funciona, e o Twitter é a praça pública digital onde os temas vitais para o futuro da humanidade são debatidos", pontuou. "Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão", acrescentou.
A compra do Twitter agradou ao governo federal. Constantemente, Bolsonaro critica decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que restringem o acesso de apoiadores do presidente à plataforma e reclama de uma perseguição do Judiciário contra os seus eleitores. Com Musk à frente da rede social, o Executivo espera que esse tipo de situação seja coibido.
Ao comentar a negociação, no fim de abril, Bolsonaro disse que a compra da plataforma "mudou o humor do Brasil". Além disso, Musk recebeu os parabéns de Fábio Faria. "Que o Twitter passe a ser o templo da liberdade de expressão, diferentemente de algumas outras plataformas que se tornaram local de censura e perseguição ideológica!"
O empresário é a pessoa mais rica do mundo, com fortuna avaliada em 269 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,3 trilhão). Para comprar o Twitter, Musk fez uma oferta de 44 bilhões de dólares (R$ 214 bilhões).
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O presidente Jair Bolsonaro criticou servidores públicos que ganham o teto do funcionalismo — de R$ 39,2 mil — e pedem aumento. Em live na noite desta quinta-feira (19), ele disse ainda que o reajuste de 5% ainda é apenas sugestão e que a equipe dele vai se encontrar com presidentes de sindicatos para chegar a um acordo.
"É triste isso, gente que ganha no teto e quer ter mais reajuste. Se eu tivesse recursos, daria. Não temos como ir além. Se alguém me disser de onde tiro recurso, dou sem problema nenhum. Estou no limite aqui. [...] A sugestão é de 5%, que equivale a mais cortes nos ministérios, de R$ 7 bilhões."
Bolsonaro ainda afirmou que todos os ministérios vão perder verbas discricionárias, que "movimentam o ministério para investimento". Ele citou como exemplo que será preciso cortar da Saúde para atender os servidores da área com 5%, como vai acontecer com outras pastas.
Segundo o presidente, algumas categorias usam ameaças de greve para pressionar por reajustes. Bolsonaro argumentou que só o Departamento Penitenciário Nacional e a PRF, categorias que estão "defasadas" em relação ao salário, poderiam receber tratamento diferenciado.
Confira os principais trechos:
Inflação
"O Brasil é um dos países com inflação um pouco mais baixa do que a média mundial. Brasil está com 12%. Como a inflação era prevista de 4%, está 8% acima do normal. É a política do 'fique em casa'. Faltam produtos, diminui a oferta e aumenta o preço. Inflação já está em 55% na Argentina nos últimos 12 meses."
Auxílio Brasil
"Sancionamos uma lei que torna permanente o Auxílio Brasil. O Bolsa família pagava em média R$ 190 por mês. O Auxílio Brasil, no mínimo R$ 400. Muita gente vai ganhar R$ 800. Atendemos 18 milhões de famílias pelo Brasil."
Fake news
"Tem uma matéria aqui: 'Eleições aumentaram casos de infarto e AVC nos Estados Unidos'. Como é que é? Vamos casar com outra matéria: cardiologista de famosos vê que casos aumentaram. É pós-Covid ou pós outra coisa? A verdade virá. Não vou falar para não criar um clima. Estamos vendo uma explosão de casos na China. Qual é o país que fez a CoronaVac? O povo não está imunizado? Se o povo está se contaminando, o que está acontecendo? Não vou tecer comentários. E você é proibido de discutir. Derruba página, entra em inquérito da fake news. É a liberdade de expressão do Brasil. Não podíamos discutir no passado o tratamento precoce. Igual urna. Se discutir, é um crime. Atentado contra a democracia, golpista. Nosso querido Fachin diz que eleições podem contar com mais de cem observadores internacionais. Pode botar um milhão. Vão observar o quê? Vão estar na sala secreta? Ter acesso ao código-fonte? Qual o conhecimento deles em informática?"
Lula
"Diz aqui: 'Programa do Lula não falará em aborto nem regulação da mídia'. Não deu certo, né? Para o PT aprovar o aborto, precisa do Congresso, que acho difícil aprovar. Quem decide o aborto? Pelo menos cinco ministros do Supremo seriam favoráveis ao aborto. Não vou falar o nome. Proposta no Brasil é abortar até o sexto mês. Não quero tocar nesse assunto porque choca qualquer pessoa. Fica claro o que esse pessoal vai esconder por causa das eleições. [...] Quero saber se algum pobre foi convidado para o casamento dele. Alguém do MST, quilombola, pobre. Pelo que estou sabendo não teve ninguém, só gente de boa lá."
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu na noite desta quinta-feira (19) com o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça, na sede da Corte, em Brasília. Lira entrou e saiu pela garagem sem falar com a imprensa. O encontro estava fora da agenda oficial de ambos. Eles trataram da liminar concedida pelo magistrado que proibiu políticas estaduais para cobrança do ICMS sobre o diesel.
Mendonça suspendeu as políticas estaduais sobre o ICMS que incide no diesel. As novas regras, definidas pelo convênio 16, de 25 de março de 2022, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), entrariam em vigor em 1º de julho.
A decisão foi resultado de uma ação assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco. "Papai do céu nos ajudou", comemorou o presidente da República ao saber da decisão.
A ação pede que seja declarada a inconstitucionalidade das cláusulas quarta e quinta do documento.
A cláusula quarta diz que estados e Distrito Federal poderão estabelecer fator de equalização de carga tributária máxima, por litro de combustível, aplicável às saídas com óleo diesel A, ainda que misturado, destinadas a seus respectivos territórios.
Já a cláusula quinta afirma que, para a aplicação da cláusula quarta, será considerado o fator de equalização de carga tributária da unidade da Federação em que se localizar o destinatário do combustível.
Após a decisão, o Confaz informou em nota que, para o conselho apresentar manifestação, é necessária a realização de reunião do colegiado. "Nesta linha, destacamos que a próxima reunião está prevista para ser realizada no dia 1º de julho de 2022", diz o texto.
Lei aprovada em março
Em março deste ano, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei que muda a forma de cobrança do ICMS em operações que envolvem combustíveis. O texto foi sancionado por Bolsonaro. Com a nova legislação, a alíquota do imposto será cobrada sobre o valor fixo por litro, e não sobre o preço do produto.
Em atendimento ao projeto de lei sancionado por Bolsonaro, os governadores decidiram adotar novo cálculo do ICMS sobre o diesel. Dessa forma, a cobrança estabelecida foi de R$ 1,006 em cada litro do diesel S10 (o de uso mais difundido), mas com possibilidade de aplicar descontos.
Para o governo, porém, o valor cobrado está acima do preço fixado antes da lei. Em live nas redes sociais no dia 12, Bolsonaro afirmou que seria necessário "tomar alguma atitude" para impedir a escalada do preço dos combustíveis. Além disso, reclamou da Petrobras e disse que a empresa precisa ter responsabilidade com a população.
"Está previsto em lei, no caso da Petrobras, que ela tem que ter o seu papel social no tocante ao preço de combustíveis. Ninguém quer que a Petrobras tenha prejuízo ou fazer o que a senhora Dilma [Rousseff, ex-presidente] fez lá atrás, interferindo artificialmente no preço da Petrobras. A gente espera, aqui, redução do preço. Vamos ter que recorrer à Justiça", disse o presidente.
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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do STF Alexandre de Moraes se cumprimentaram em cerimônia de posse de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quinta-feira (19). O aperto de mãos ocorre na semana em que o presidente entrou com uma queixa-crime contra o ministro no Supremo Tribunal Federal, um dos últimos atritos de diferentes episódios entre ambos. Bolsonaro encontrou Moraes sentado, pediu para que ele se levantasse e o cumprimentou.
Antes do início da cerimônia, o presidente e o ministro estiveram juntos na sala VIP, mas não se falaram. O presidente do TST, Emmanoel Pereira, entretanto, quebrou o protocolo e pediu que Bolsonaro condecorasse os novos ministros, tarefa reservada ao próprio presidente do do Tribunal.
Depois da cerimônia, ao se despedir, Alexandre de Moraes agradece ao presidente do TST pela iniciativa de quebrar o protocolo e abrir espaço para o cumprimento de Bolsonaro. Antes de deixar o TST, Moraes ainda se despediu do presidente com um novo aperto de mãos.
O evento marcou a oficialização do desembargador Sergio Pinto Martins, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), como novo ministro da Corte.
Ele ocupa a vaga do ex-ministro Alberto Bresciani, aposentado. Também aconteceu hoje a posse solene da ministra Morgana Richa e dos ministros Amaury Rodrigues e Alberto Balazeiro, que haviam sido empossados de forma administrativa em dezembro de 2021, durante período mais crítico da pandemia de Covid-19.
Atritos
Na última terça-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro ajuizou ação contra o ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro avaliou que era injustificada a investigação no inquérito das fake news, que havia "um evidente excesso" e que não existiu "a ocorrência de nenhum crime nos fatos investigados", além de afirmar que Moraes levantou informações inverídicas.
Um dia depois, Bolsonaro entrou com representação contra o ministro na Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando que houve abuso de autoridade no inquérito sobre as fake news. Também recentemente, em 22 de abril, o presidente nomeou o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) como um dos vice-líderes do governo na Câmara. O parlamentar já havia ocupado o posto em 2020, mas o deixou depois de ter publicado um vídeo em que xinga Alexandre de Moraes.
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O governo federal alterou para cima a previsão da inflação deste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em março era estimado em 6,55% para o ano, agora teve a previsão elevada para 7,9%. A estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu de 6,7% para 8,10%, e a do Índice Geral de Preços (IGP-DI), de 10,01% para 11,4%. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,5%. Os dados, divulgados hoje (19), são do Boletim Macro Fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
Para 2023, o governo federal manteve também a previsão do PIB e aumentou a da inflação. O PIB, segundo a estimativa, deverá fechar 2023 com alta de 2,5% (a mesma previsão do último boletim, divulgado em março). Já o IPCA deverá encerrar 2023 em 3,6% (a previsão de março era alta de 3,25%); o INPC, em 3,7% (3,5% era a estimativa em março); e o IGP-DI, em 4,57% (4,42%).
“A expectativa para a taxa de inflação [IPCA] aumentou de 6,55% para 7,90% em 2022 e de 3,25% para 3,60% em 2023. A partir de 2024, espera-se convergência da inflação [IPCA] para a meta de 3%. Em relação ao INPC, a projeção para 2022 elevou-se de 6,70% para 8,10%”, diz o texto do documento.
Segundo o boletim, a melhora no desempenho do PIB brasileiro tem ocorrido em razão da retomada no setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que, de acordo com o documento, tem refletido na recuperação do mercado de trabalho. O texto destaca que o setor de serviços cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2022, atingindo o maior patamar desde maio de 2015.
“A estimativa de crescimento do PIB brasileiro para 2022 foi mantida em 1,5%. De 2023 em diante, as estimativas permaneceram em 2,5%. Desde março, em linha com as projeções da SPE, pode-se notar uma revisão altista das expectativas de mercado para a atividade econômica”, diz o texto.
Agência Brasil
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O Congresso dos Estados Unidos aprovou um pacote de ajuda de US$ 40 bilhões, cerca de R$ 200 bilhões, para a Ucrânia nesta quinta-feira (19), o mais recente cumprimento da promessa do presidente Joe Biden de apoiar Kiev contra a invasão russa.
"A ajuda à Ucrânia vai muito além da caridade", disse o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell.
"O resultado desse conflito moldará o futuro da segurança americana e dos principais interesses estratégicos", acrescentou ele, horas antes da votação no Senado.
"Continuidade de governo"
O pacote inclui US$ 6 bilhões para a Ucrânia reforçar sua frota de veículos blindados e sistema de defesa aérea. Quase US$ 9 bilhões são reservados para ajudar a "continuidade do governo" da Ucrânia, além da ajuda humanitária.
O Congresso já havia aprovado quase US$ 14 bilhões para a Ucrânia em meados de março, algumas semanas após a invasão russa.
Mas a propagação dos combates, que se deslocaram da capital para o leste e o sul da Ucrânia, levou Biden a pedir outra rodada de apoio financeiro por semanas.
O presidente dos EUA expressou repetidamente seu desejo de liderar o que descreve como uma grande batalha da democracia contra o autoritarismo.
Mas os fundos que já haviam sido destinados ao apoio à Ucrânia estavam prestes a acabar, disse Biden. A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o pacote de US$ 40 bilhões na semana passada – um valor equivalente ao PIB de Camarões em 2020.
"Pagamos agora ou depois"
Esse apoio bipartidário é raro em um Congresso profundamente dividido.
"Quando o assunto é Putin, ou pagamos agora ou pagamos depois", disse a senadora republicana Lindsey Graham, que no início do conflito na Ucrânia defendeu o assassinato do presidente russo no Twitter.
Embora inicialmente se limitasse a enviar armas consideradas defensivas, Washington passou a fornecer artilharia, helicópteros e drones ao exército ucraniano.
Os soldados ucranianos recebem treinamento para usá-los nos Estados Unidos ou em países terceiros antes de retornar às linhas de frente.
Outros US$ 9 bilhões do último pacote também são destinados a ajudar os Estados Unidos a reabastecer seu próprio arsenal de armas.
O Senado também cumpriu seu papel tradicional como aliado do presidente nas relações exteriores na manhã de quarta-feira, confirmando Bridget Brink, diplomata de carreira, como a próxima embaixadora dos EUA na Ucrânia.
O cargo estava vago desde 2019.
AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu, nesta quinta-feira (19), a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, e garantiu que os dois países cumprem "todos os requisitos" para entrar na Otan. Ele ofereceu o "apoio total e completo dos EUA".
O apoio de Washington representa uma ruptura histórica da posição de não alinhamento da Suécia e da Finlândia.
Abalados pela invasão da Ucrânia pela Rússia, Estocolmo e Helsinque optaram por solicitar a proteção militar de outros países europeus e principalmente dos Estados Unidos.
A autorização do Congresso americano deve ser mera formalidade, já que não há divergências entre a classe política nesse caso.
Washington informou que a Suécia e a Finlândia já se beneficiam da proteção militar dos EUA, sem dar detalhes exatos.
"Enquanto suas aplicações estão sendo consideradas, os Estados Unidos trabalharão com a Finlândia e a Suécia para permanecer vigilantes a qualquer ameaça à nossa segurança comum e para impedir e responder a qualquer agressão ou ameaça de agressão", disse Biden.
Mas a Turquia ameaça vetar essas adesões. O governo americano garante que esse obstáculo será removido graças, principalmente, aos seus esforços de mediação.
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, comentou que a aliança militar responderá às preocupações expressas pela Turquia para chegar a um acordo.
Os dois países nórdicos apresentaram suas candidaturas à Otan, rompendo com sua tradição de não alinhamento militar, após a invasão da Ucrânia, no fim de fevereiro.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan reafirmou nesta quinta-feira sua oposição à candidatura da Suécia e da Finlândia à Otan, considerando que esses dois países são "santuários para organizações terroristas curdas".
"Estamos determinados a manter nossa posição. Diremos 'não' à Finlândia e à Suécia, que querem se juntar à Otan, e persistiremos nessa política", disse Erdogan em uma assembleia de jovens em Istambul.
Suécia e Finlândia "são países que abrigam terroristas, o PKK e as YPG", enfatizou, referindo-se ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e a seus aliados curdos iraquianos das Unidades de Proteção do Povo (YPG).
A Turquia, os Estados Unidos e a União Europeia consideram o PKK uma organização terrorista. Em contrapartida, as YPG lutaram contra os jihadistas do grupo EI (Estado Islâmico) junto com militares dos EUA, entre outros.
AFP
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A Coreia do Norte revelou que 1,97 milhão de pessoas no país já contraíram "febre", termo que as autoridades usam para casos suspeitos de Covid-19 devido à falta de capacidade do país para realizar testes. O governo da Coreia do Sul afirma que a onda de casos na Coreia do Norte deve atingir o pico em até quatro semanas.
Entre os quase 2 milhões de pessoas infectadas, cifra que representa praticamente 8% da população total, cerca de 1,23 milhão se recuperaram satisfatoriamente enquanto outros 740.160 estão em tratamento, detalhou a agência estatal KCNA.
Nesta quinta-feira (19), os norte-coreanos relataram 213.280 novos casos suspeitos de Covid-19 e uma nova morte aparentemente vinculada à doença.
Com esses dados do centro estatal de prevenção de epidemias, já há 63 óbitos que podem estar ligados ao vírus. Na última quinta, o governo norte-coreano confirmou pela primeira vez a existência da Covid-19 em seu território.
Os números mostram uma transmissão muito rápida em todo o país (o regime socialista disse que a propagação das "febres" começou no fim de abril) e, ao mesmo tempo, uma taxa de mortalidade excessivamente baixa em comparação com a da maioria dos países que sofreram o impacto da Ômicron, a variante detectada pelas autoridades norte-coreanas.
Nesta semana, a OMS (Organização Mundial da Saúde) expressou sua preocupação com a situação na Coreia do Norte e pediu ao regime socialista que compartilhe informações mais detalhadas para que possa ajudar durante a crise de saúde.
A situação é preocupante porque a variante Ômicron é muito contagiosa e, além disso, o país tem recursos limitados para testar a população e diagnosticar o vírus. O regime socialista não aplicou uma única vacina — rejeitou em 2021 a doação de quase 5 milhões de doses e não parece ter a intenção de aceitar novas doações.
O país também rejeitou as ofertas de ajuda, inclusive de vacinas, da Coreia do Sul e da OMS.
Vários meios de comunicação relataram que aviões norte-coreanos haviam carregado suprimentos em aeroportos chineses, enquanto Moscou e Pyongyang discutiram nesta semana o envio direto de ajuda.
Muitos especialistas acreditam, no entanto, que a Coreia do Norte, que está em confinamento desde 2020, não aceitará o envio de vacinas no momento porque isso implica receber pessoal externo para assessoramento nas cadeias de distribuição dos imunizantes.
R7, com EFE
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O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (19), que não podemos ter um sistema eleitoral com a "sombra da suspeição" e contou que passa mais da metade do tempo se defendendo de "interferências indevidas" do Judiciário. O chefe do Executivo voltou a defender a participação das Forças Armadas no pleito deste ano. Ele afirmou que as sugestões feitas pelos militares não serão "jogadas no lixo".
"Não podemos enfrentar um sistema eleitoral onde paire a sombra da suspeição", disse. Na sequência, Bolsonaro voltou a defender a participação das Forças Armadas no pleito deste ano. Os militares realizaram uma série de sugestões no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições, mas foram rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Em relatório técnico, a corte aponta erros de cálculo no documento enviado pelos militares para questionar a segurança das urnas e afirma que várias das medidas indicadas como necessárias para ampliar a integridade do pleito já são adotadas.
"As Forças Armadas, das quais sou chefe supremo, foram convidadas a participar do processo eleitoral e não vão ser jogadas no lixo suas sugestões e observações. Quem porventura votar no outro lado, queremos que seja respeitado, e quem votar para o lado de cá também", disse.
As declarações foram dadas por Bolsonaro durante almoço oferecido pelo Congresso sobre mercado de carbono, no Rio de Janeiro. O presidente relatou ainda que seus ministros "sofreram muito com interferências explicitas do Judiciário, o que é muito lamentável" e voltou a defender o voto auditado.
"O voto é a alma da democracia, e por isso, tem que ser contado publicamente e auditado. Não serão duas ou três pessoas que vão bater no peito, dizer que vai ser desse jeito e que vão cassar registro e prender. Isso não é democracia."
Mais cedo, o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a Justiça Eleitoral tem "vontade de democracia" e coragem para combater "aqueles que são contrários aos ideais constitucionais e republicanos".
"A vontade de democracia e a coragem de combater aqueles que são contrários aos ideais constitucionais, contrários aos ideais republicanos, permanecem na Justiça Eleitoral, que foi se aperfeiçoando ano a ano", disse Moraes, em sessão plenária comemorativa dos 90 anos da Justiça Eleitoral.
Na última terça-feira (17), o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, disse que os ataques às instituições mundiais servem de "alerta" neste ano eleitoral, em que Bolsonaro busca a reeleição, e que a possibilidade de regressão já ocorreu no ambiente nacional. O magistrado destacou, ainda, que o Brasil "não admite mais aventuras autoritárias".
Petrobras
Como o R7 mostrou, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, participou também do almoço. A estatal é alvo de críticas feitas por Bolsonaro, que recusou a comentar no final de semana eventual troca no comando da empresa.
Em um vídeo publicado nas redes sociais por um de seus assessores, Bolsonaro discursava sobre o país ser uma potência agrícola, cujos trabalhadores "se empenharam e produziram" e fez uma provocação ao dirigente da estatal, pressionado para conter com a alta nos preços dos combustíveis, durante o almoço.
"Vamos continuar mantendo essa política, porque não foi fácil encontrar um Brasil, em 2019, com graves problemas éticos, morais e econômicos. E deixo bem claro, já que está aqui o presidente da Petrobras", disse.
R7
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