O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu, nesta quinta-feira (19), a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, e garantiu que os dois países cumprem "todos os requisitos" para entrar na Otan. Ele ofereceu o "apoio total e completo dos EUA".
O apoio de Washington representa uma ruptura histórica da posição de não alinhamento da Suécia e da Finlândia.
Abalados pela invasão da Ucrânia pela Rússia, Estocolmo e Helsinque optaram por solicitar a proteção militar de outros países europeus e principalmente dos Estados Unidos.
A autorização do Congresso americano deve ser mera formalidade, já que não há divergências entre a classe política nesse caso.
Washington informou que a Suécia e a Finlândia já se beneficiam da proteção militar dos EUA, sem dar detalhes exatos.
"Enquanto suas aplicações estão sendo consideradas, os Estados Unidos trabalharão com a Finlândia e a Suécia para permanecer vigilantes a qualquer ameaça à nossa segurança comum e para impedir e responder a qualquer agressão ou ameaça de agressão", disse Biden.
Mas a Turquia ameaça vetar essas adesões. O governo americano garante que esse obstáculo será removido graças, principalmente, aos seus esforços de mediação.
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, comentou que a aliança militar responderá às preocupações expressas pela Turquia para chegar a um acordo.
Os dois países nórdicos apresentaram suas candidaturas à Otan, rompendo com sua tradição de não alinhamento militar, após a invasão da Ucrânia, no fim de fevereiro.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan reafirmou nesta quinta-feira sua oposição à candidatura da Suécia e da Finlândia à Otan, considerando que esses dois países são "santuários para organizações terroristas curdas".
"Estamos determinados a manter nossa posição. Diremos 'não' à Finlândia e à Suécia, que querem se juntar à Otan, e persistiremos nessa política", disse Erdogan em uma assembleia de jovens em Istambul.
Suécia e Finlândia "são países que abrigam terroristas, o PKK e as YPG", enfatizou, referindo-se ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e a seus aliados curdos iraquianos das Unidades de Proteção do Povo (YPG).
A Turquia, os Estados Unidos e a União Europeia consideram o PKK uma organização terrorista. Em contrapartida, as YPG lutaram contra os jihadistas do grupo EI (Estado Islâmico) junto com militares dos EUA, entre outros.
AFP
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