O presidente Jair Bolsonaro vetou a volta da gratuidade para o despacho de bagagem em voos comerciais do Brasil. Ele já tinha se manifestado contra a regra aprovada pelo Congresso e confirmou a posição ao sancionar a medida provisória que altera regras do setor aéreo no país, mas barrar o trecho que proibia a cobrança para os despachos. A informação é da Secretaria-Geral da Presidência e ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União.
O texto divulgado pelo Planalto diz que a decisão foi tomada após avaliação de ministérios. Segundo o governo federal, na prática, a proposta aumentaria o custa das passagens. "O que reduziria a atratividade do mercado brasileiro a potenciais novos competidores e contribuiria para a elevação dos preços das passagens aéreas. Em síntese, a regra teria o efeito contrário ao desejado pelo legislador", diz o comunicado.
"A criação de uma nova obrigação às empresas aéreas poderia acarretar questionamentos e prejuízos a tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, além do que existem atualmente entendimentos bilaterais negociados com 115 países, dos quais a maior parte tem como pilares as liberdades de oferta e tarifária", acrescenta o governo.
Outro argumento do governo é que a gratuidade penalizaria voos menores. "[A aviação regionalç opera com aeronaves de menor porte, as quais não comportam o transporte de bagagens de até 23 kg para todos os passageiros."
Fim da gratuidade
No passado, todo passageiro tinha o direito de despachar uma bagagem de forma gratuita, já incluído no preço da passagem, e pagava apenas por bagagens extras ou se houvesse extrapolação do peso permitido. No entanto, a regra mudou e as companhias aéreas passaram a ficar desobrigadas de fornecer o despacho da bagagem. Uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de 2016 determinava que os passageiros passavam a ter direito a levar gratuitamente apenas bagagens de mão com peso inferior a 10 quilos.
Na justificativa da medida, o Ministério da Infraestrutura afirma que, "no que tange à regulação sobre aeronaves, as alterações propostas buscam promover a redução dos procedimentos que não agregam valor à prestação de serviços, resguardando a intervenção estatal apenas para os processos essenciais à manutenção do nível de segurança operacional".
R7
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A Advocacia-Geral da União (AGU), braço jurídico do governo de Jair Bolsonaro (PL), informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não aceitará acordo com os estados e o Distrito Federal a respeito da unificação da alíquota do ICMS sobre o diesel. A comunicação foi feita ao ministro André Mendonça nesta terça-feira (14).
Mendonça é o relator da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 7.164 e tentava conciliar os interesses do governo federal e dos governos estaduais para evitar que o processo fosse a julgamento.
Na comunicação, a AGU diz que "fica evidenciada a existência de desacordo substantivo", e "razões que obstaculizam qualquer avanço em direção à solução compositiva". Um dos argumentos do texto é um parecer da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia que diz que a proposta do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do DF (Comsefaz) é inconstitucional.
"Conclui-se que a proposta de conciliação apresentada pelo Comsefaz, ainda considerados todos os esforços [...], afasta-se, em muito, das balizas estabelecidas pela Constituição Federal, buscando a perpetuidade de medidas manifestamente inconstitucionais e que contribuem de forma sensível para o agravamento dos preços", diz o texto.
O documento contém ainda os argumentos apresentados pela Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia e pela Diretoria de Previdência, Trabalho e Programas Sociais, ambas do Ministério da Economia, e pela Procuradoria-Geral Adjunta de Consultoria e Contencioso Administrativo Tributário da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) — todos contrários a firmar um acordo.
Segundo definiu o Comsefaz por unanimidade, no último mês de março, o ICMS sobre o diesel S-10 seria de R$ 1,0060 a partir de 1º de julho. O valor é referente à maior alíquota do Brasil, a do Acre. A cobrança do tributo, entretanto, teria descontos diferentes em cada unidade da Federação — o que, na prática, tornaria sem efeito a unificação da cobrança do imposto em todo o país.
R7
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O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o ministro Alexandre de Moraes. O vice será o ministro Ricardo Lewandowski. Moraes assumirá a cadeira antes ocupada por Edson Fachin. Os nomes dos postos mais altos do TSE foram escolhidos em votação realizada no tribunal nesta terça-feira (14).
Fachin tinha sido eleito presidente em fevereiro deste ano, mas deixa o TSE em agosto, e por isso sairá do cargo. A composição do TSE estabelece, no mínimo, sete ministros titulares. Desse total, três são provenientes do Supremo Tribunal Federal (STF), dois vêm do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois são juristas da advocacia.
O plenário do TSE elege o presidente e o vice do tribunal entre os ministros do STF indicados em votação secreta pela urna eletrônica, como aconteceu nesta terça. A posse da nova gestão da corte eleitoral está marcada para 16 de agosto.
Alexandre de Moraes vem dando declarações fortes sobre o posicionamento do TSE em alguns temas eleitorais, como a cassação de quem divulga fake news. No fim de maio, em evento para diplomatas no tribunal, o ministro deixou claro que a lei de inelegibilidade prevê o afastamento de políticos que produzirem notícias falsas.
“Notícias fraudulentas divulgadas por redes sociais que influenciem o eleitor acarretarão a cassação do registro daquele que a veiculou”, afirmou Moraes. Ainda nas palavras dele, “a Justiça Eleitoral está preparada para combater as milícias digitais”.
Na ocasião, o ministro citou ainda a jurisprudência firmada pela corte no ano passado que cassou Fernando Francischini (PSL). O parlamentar afirmou em uma live que as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas e não aceitavam votos em Jair Bolsonaro, o que foi desmentido pelo TSE. “E aqueles que se utilizarem desses instrumentos podem ter o registro de sua candidatura cassado, ou mesmo perder o mandato”, explicou Moraes em março.
R7
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A cantora paraibana Elba Ramalho emitiu um comunicado na tarde desta terça-feira (14) informando que testou positivo para Covid-19. E que, por causa disso, os próximos compromissos musicais da artista estão cancelados.
Na nota, publicada numa rede social, ela diz que os sintomas são leves, mas que seguirá em isolamento para cumprir o protocolo de tratamento. Elba informou ainda que fará testes regulares até que seja comprovado que ela pode retornar às atividades com segurança.
A cantora já informou que não vai realizar o show desta terça-feira (14) num festival de São Paulo, mas ainda não está totalmente claro que outros shows serão afetados. Além de uma série de shows de São João programados para diferentes cidades do Nordeste, está ainda com a turnê "O Grande Encontro".
Em sua terra natal, a Paraíba, ela tem shows programados em João Pessoa (21 de junho), Bananeiras (22 de junho) e Campina Grande (23 de junho no Maior São João do Mundo e 2 de de julho no Arraiá de Cumpade).
Essa não é a primeira vez que Elba é diagnosticada com Covid-19. Em setembro de 2020, ela chegou a gravar um vídeo dizendo que tinha sido contaminada e que pedia que as pessoas rezassem por ela.
g1 PB
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João Pessoa determinou ponto facultativo, além desta quinta-feira (16), dia de Corpus Christi, também o próximo dia 23, véspera de São João. Com a decisão, a administração pública da capital vai ter dois pontos facultativos neste mês. Já o 24 de junho é feriado municipal correspondente ao dia de São João. O mesmo foi feito pelo Governo do Estado.
“Resolvemos decretar ponto facultativo no dia 23, criando um feriadão de quatro dias para que nossos servidores possam aproveitar o São João, uma festa tão tradicional no Nordeste. Com isso, os servidores poderão viajar para o interior, como também aproveitar do nosso São João Multicultural promovido pela Prefeitura”, afirmou o secretário de Administração, Valdo Alves.
Após o expediente desta quarta-feira (15), os veículos oficiais serão recolhidos às suas secretarias de origem ou ao Centro Administrativo Municipal (Cam), em Água Fria, e só voltarão a circular na manhã da sexta-feira (17). Excetua-se a isso os veículos oficias em serviços essenciais.
Na semana seguinte, será ponto facultativo na quinta-feira (23) e feriado na sexta-feira (24), dia de São João. Os veículos serão recolhidos no final do expediente da quarta-feira (22) e só voltam a circular na segunda (27). Neste período, os serviços de urgência e emergência dos hospitais, Samu, coleta de lixo e fiscalização do trânsito estão garantidos.
g1 PB
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ignorou seus principais conselheiros, incluindo sua filha, que recomendaram que ele parasse de alegar que os democratas haviam roubado a eleição de 2020, revelou na última segunda-feira (13) o comitê do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio em 2021.
"Mesmo antes da eleição, Trump decidiu que, independentemente dos fatos e da verdade, se perdesse a eleição, diria que foi fraudada", afirmou Zoe Lofgren, deputada democrata desse grupo que busca esclarecer a responsabilidade do bilionário republicano no ataque ao Congresso dos Estados Unidos por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.
O ex-presidente de 76 anos reagiu à noite, chamando a investigação de "escárnio da justiça", em uma carta de 12 páginas na qual também reiterou suas falsas alegações de fraude nas eleições de 2020.
O painel liderado pelos democratas "procura distrair o povo americano", escreveu ele. "A verdade é que os americanos apareceram em grande número em Washington D.C. em 6 de janeiro de 2021, para responsabilizar seus funcionários eleitos pelos sinais claros de atividade criminosa ao longo da eleição", acrescentou, apesar do arsenal de evidências que apontam para o oposto.
Na segunda de uma série de audiências após quase um ano de investigação, a comissão exibiu depoimentos em vídeo sobre as manobras do ex-presidente entre a noite das eleições presidenciais e o assalto ao Capitólio.
Giuliani "bêbado"
Uma hora depois do fechamento das urnas, no dia 3 de novembro de 2020, Joe Biden e Donald Trump estavam empatados.
"Estava cada vez mais claro que as eleições não seriam decididas essa noite", declarou Ivanka Trump, filha do ex-presidente e uma de suas principais assessoras na época, em testemunho divulgado nesta segunda-feira pela comissão.
Contudo, pouco antes das 02h30 da madrugada, no horário local, Donald Trump fez uma declaração pela televisão da Casa Branca. "Ganhamos as eleições", garantiu, num momento em que a contagem dos votos ainda não tinha sido concluída.
Um dos poucos que incentivaram o presidente a se pronunciar publicamente foi seu advogado particular, Rudy Giuliani, que, segundo o testemunho de um dos assessores do presidente, estava "aparentemente bêbado".
Trump irritado
Em 7 de novembro de 2020, pouco antes das 11h30, Joe Biden foi declarado o vencedor da eleição. No mesmo dia, o chefe de campanha de Donald Trump participou de uma reunião com o presidente em fim de mandato.
"Dissemos a ele quais eram suas chances de ganhar naquele momento, que tinha talvez 5% ou 10% de chances", lembrou Bill Stepien.
Ainda segundo Stepien, essas afirmações irritaram cada vez mais Trump, que decidiu mudar sua equipe e se cercar de pessoas que o apoiavam a qualquer custo.
Em 19 de novembro, essa nova equipe jurídica concedeu uma coletiva de imprensa, na qual Sidney Powell, uma das advogadas de Trump, acusou a Venezuela, Cuba e os democratas de tramar um complô eleitoral.
Ao seu lado, Rudy Giuliani denunciou "uma escandalosa cortina de ferro da censura".
"Desconexo com a realidade"
Quatro dias depois, o procurador-geral Bill Barr foi até a Casa Branca para examinar diversas vezes a suposta fraude eleitoral apresentada por Donald Trump.
"Isso me desmoralizou, porque eu pensei: 'Isso é loucura, se ele realmente acredita em tudo isso, significa que ele está realmente desconexo com a realidade'", declarou Bill Barr, que renunciou ao cargo em 14 de dezembro.
No mês seguinte, Donald Trump e seus colaboradores seguiram defendendo "estas mentiras" sobre a fraude eleitoral para arrecadar dinheiro, concluiu a comissão.
A equipe de campanha de Trump inundou seus apoiadores com dezenas de mensagens e arrecadou 250 milhões de dólares entre o dia da eleições e o 6 de janeiro de 2021, revelou.
"A grande mentira também foi uma grande farsa", disse Lofgren, conhecida por trabalhar nas acusações perante o Congresso de três presidentes: Richard Nixon, Bill Clinton e Donald Trump.
A chamada comissão "de 6 de janeiro", composta por sete democratas e dois republicanos, continuará apresentando suas conclusões sobre a investigação, segundo a qual o ex-mandatário planejou "uma tentativa de golpe de Estado".
O secretário de Justiça, Merrick Garland, afirmou que está acompanhando "todas as audiências" dessa comissão e prometeu que responsabilizará todos os envolvidos nos eventos de 6 de janeiro de 2021, "independentemente de sua patente, sua posição ou se estavam" presentes no ataque ao Congresso.
AFP
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A justiça mexicana proibiu a realização de touradas na Plaza México, na Cidade do México, considerada a maior arena no mundo com espaço para 42 mil pessoas. A decisão foi divulgada na última sexta-feira (10) depois que o juiz do tribunal administrativo Jonathan Bass Herrera acatou a um pedido da organização Justicia Justa. As informações foram publicadas pelo jornal espanhol El País.
O argumento usado para pedir a suspensão desses espetáculos foi que as leis que permitem as touradas são inconstitucionais porque permitem que os animais sejam tratados de forma degradante.
"A suspensão definitiva não viola a ordem pública e nem afeta o interesse social, mas, ao contrário, permite que as autoridades exerçam seus poderes legais para impedir violações do direito ao meio ambiente saudável que causa mortes injustificadas, cruéis e o sofrimento desnecessário de touros bravos”, escreveu Bass em sua decisão.
O juiz descreve em 50 páginas os detalhes dos danos emocionais e físicos que são causados aos animais durante as touradas: "Dor excessiva e agonizante que leva à morte por hemorragia grave ou parada respiratória."
Em nota, a empresa Tauro Plaza México disse que "continuará sua defesa legal dos costumes e tradições mexicanas" para lutar a favor das touradas. Em 76 anos, esta é a primeira vez que o espaço está proibido de realizar a atração, tirando o período em que as atividades foram suspensas devido à pandemia de Covid-19.
Segundo a imprensa espanhola, os responsáveis por organizar esses eventos na capital mexicana têm 10 dias para recorrer à decisão da justiça. Durante o processo judicial, que pode durar meses, os touros e os toureiros permanecerão afastados da arena.
"As touradas não são declaradas inconstitucionais, mas sim reconhecidas pela constituição", disse ao El País Mario Zulaica, gerente da empresa que administra a arena.
A decisão afeta apenas a Plaza México, mas é uma brecha para que decisões semelhantes sejam tomadas pela justiça mexicana em outras cidades.
R7
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Donald Trump classificou nesta segunda-feira (13) como um "escárnio da Justiça" as investigações realizadas pela comissão do Congresso sobre o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos pelos apoiadores do ex-presidente e repetiu as declarações falsas de que houve fraude nas eleições de 2020.
Em uma carta de 12 páginas, sua primeira reação substancial às conclusões do comitê do Congresso, o ex-presidente disse que, em vez de se concentrar nos problemas do país, o painel liderado pelos democratas era um "tribunal ilegal" que "procura distrair o povo americano da grande dor que sente".
"A verdade é que os americanos apareceram em grande número em Washington D.C. em 6 de janeiro de 2021, para responsabilizar seus funcionários eleitos pelos sinais claros de atividade criminosa ao longo da eleição", acrescentou.
A comissão, composta de sete deputados democratas e dois republicanos, investiga há cerca de um ano a responsabilidade de Trump no ataque ao Capitólio por seus apoiadores.
Em duas audiências públicas, os legisladores tentaram provar que o magnata estava no centro de uma "tentativa de golpe de Estado" ao incentivar seus apoiadores a invadir a sede do Congresso, e que insistiu nas "mentiras" sobre o processo eleitoral apesar dos conselhos de seus assessores, que lhe garantiram que havia perdido a eleição para Joe Biden.
Quatro outras audiências devem acontecer até 23 de junho.
R7
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou, nesta segunda-feira (13), que o país responderá "rapidamente" se a Coreia do Norte realizar testes nucleares e convidou Pyongyang a comparecer à mesa de negociações.
"Estamos muito vigilantes. Temos contatos muito próximos com aliados como a Coreia do Sul, Japão e outros países para que possamos responder rapidamente", disse Blinken em entrevista coletiva com o chanceler sul-coreano, Park Jin, na sede do Departamento de Estado, em Washington.
Blinken disse que os testes nucleares de Pyongyang seriam "profundamente desestabilizadores" para a região e violariam "flagrantemente" o direito internacional, razão pela qual os EUA estão "se preparando para qualquer cenário".
"Pedimos à Coreia do Norte que não faça atividades desestabilizadoras. Pedimos que adote uma diplomacia séria e ininterrupta", declarou, enquanto Park Jin disse estar convencido de que o regime de Kim Jong-un "concluiu os seus preparativos para outro teste nuclear" e pediu uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU para responder à "provocação".
"Se a Coreia do Norte se aventurar em outro teste nuclear, apenas intensificará as sanções internacionais e isolará o país da comunidade internacional", advertiu.
Desde o início deste ano, Pyongyang encenou um volume recorde de testes de mísseis, com 18 em 23 semanas, elevando as tensões na península para níveis não vistos desde 2017.
Desde que o conservador Yoon Suk-yeol, que jurou endurecer a sua posição sobre Pyongyang em comparação com a de seu antecessor, Moon Jae-in, se tornou presidente, em 10 de maio, os aliados começaram a destacar cada vez mais meios militares em resposta aos testes de armamento da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos propuseram uma resolução ao Conselho de Segurança em maio para aumentar as sanções internacionais contra a Coreia do Norte por causa de seus lançamentos de mísseis, mas a China e a Rússia usaram o seu poder de veto para impedir que o texto avançasse.
R7
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta terça-feira (14), ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele levantou suspeitas, sem provas, sobre o sistema eleitoral e disse que o Judiciário deveria jogar dentro das quatro linhas da Constituição.
As críticas foram feitas por Bolsonaro durante participação no 5º Fórum de Investimentos Brasil 2022, em São Paulo. Para uma plateia de empresários, o chefe do Executivo afirmou que Edson Fachin, presidente do TSE, colaborou com o narcotráfico no país.
"Os morros do Rio [de Janeiro], onde o Fachin disse que a polícia não pode entrar nem sobrevoar helicóptero, está cheio de fuzil. Virou lá um refúgio da bandidagem do Brasil todo. Parabéns, ministro Fachin. Tremenda colaboração com o narcotráfico, com a bandidagem em maneira geral", disse. A fala fez referência a uma decisão do ministro que proibiu operações policiais em favelas durante a pandemia de Covid-19.
Bolsonaro criticou, sem mencionar o nome, o ministro Alexandre de Moraes, relator de diversos inquéritos dos quais o presidente é alvo. "A delação do [Antônio] Palocci [ex-ministro da Casa Civil], que está no YouTube, vejam antes que um cara resolva bloquear tudo isso. É o dono da verdade e da liberdade, parece que esse é o destino dele."
"Não podemos admitir que um presidente, [seja] da Câmara, do Senado, do Brasil ou do Supremo, ou alguns dos integrantes desses poderes tenham poder absoluto. 'Eu quero, eu não quero, eu prendo, eu desmonetizo, eu processo, eu abro inquérito'", completou.
O chefe do Executivo voltou a dizer que não cumprirá a decisão se o STF mantiver a demarcação de terras indígenas — atualmente o julgamento está suspenso. Os ministros vão julgar se cabe aplicar às demarcações de terras indígenas novas ou em andamento a regra do marco temporal, uma espécie de linha de corte. A medida é defendida pelo governo e por ruralistas e refutada pelos povos originários.
Se os ministros aceitarem a tese do marco temporal, toda a demarcação de terra indígena após a promulgação da Constituição Federal de 1988 deixará de valer. Até o momento, Edson Fachin votou a favor e Kássio Nunes, indicado por Bolsonaro ao STF, votou contra. Alexandre de Moraes pediu vista.
"Falar que não vou cumprir. Isso é pesado? Não. Isso é real. Chega de bananas na política brasileira, de demagogos, que ficam falando bonito para vocês e por trás faz outra coisa completamente diferente", contou.
Eleições
O presidente da República, que busca a reeleição e aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral, mas sem apresentar provas.
"Eu sou obrigado a confiar? Posso apresentar falhas? Posso dizer como foram as eleições de 2014, [das quais] no meu entendimento técnico o Aécio [Neves, candidato do PSDB] ganhou? Vão cassar o meu registro?", desafiou Bolsonaro, que voltou a dizer que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.
"Tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. E quem estiver jogando fora, e tem gente lá na Praça dos Três Poderes, tem que vir para dentro das quatro linhas", acrescentou.
O líder brasileiro defendeu a participação das Forças Armadas no pleito eleitoral de outubro. Os militares foram convidados pelo TSE a integrarem a Comissão de Transparência das Eleições e enviaram uma série de sugestões, que foram rejeitadas pela Corte.
"Eleições são questões de segurança nacional. Enquanto o outro lado, que deveria dar o exemplo no cumprimento da Constituição, faz exatamente o contrário, com ameaças", disse, sem dar mais detalhes.
Agência Brasil
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