São Gregório Barbarigo
Nasceu em Veneza, no ano de 1625, dentro de uma família nobre que proporcionou a ele uma formação intelectual muito boa e também integral. Ele conheceu o Cristianismo através do testemunho de sua família.
Seguir a Cristo supõe renúncia, cruz, decisões grandes e pessoais. No meio dos estudos ele se tornou um diplomata europeu e, ali, dava testemunho de Igreja e Cristianismo, mas dentro de si havia o chamado ao sacerdócio. Deixou tudo: bens e carreira e foi ordenado sacerdote. Tornou-se cada vez mais um servo na Igreja e foi escolhido para ser assessor do Papa. Não demorou muito e foi ordenado Bispo de Bérgamo (onde fez um maravilhoso trabalho apostólico). Em seguida, foi transferido para Pádua, onde cuidou principalmente da formação do Clero, para colocar em prática todas as decisões do Concilio de Trento.
Era um homem de oração. Não existirá um santo na Igreja que não tenha vivido seriamente a vida penitencial e a vida de oração. São Gregório era um homem de grandes atividades porque tinha grande intimidade com o Senhor.
Faleceu em Pádua, no ano de 1697. Em 1960 foi canonizado pelo Papa João XXIII, que elevou São Gregório para o posto que ele merecia ocupar na Igreja Católica.
São Gregório Barbarigo, rogai por nós!
CANÇÃO NOVA
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Aliados de Jair Bolsonaro vão tentar se associar ou reforçar a proximidade com o presidente em busca de uma de vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro, berço do bolsonarismo. Entre os pré-candidatos estão o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que foi alvo de investigação em esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro; Waldir Ferraz, um dos idealizadores das motociatas pelo país; e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Os "nomes de Bolsonaro" no Rio, como Waldir costuma chamar os pré-candidatos, buscam repetir o fenômeno de 2018 e surfar na onda bolsonarista rumo a Brasília. A cartilha a ser seguida pelos aliados do presidente é a mesma defendida por congressistas alinhados ao governo: investir em pautas de costumes, no sentimento antipetista e no confronto com as instituições.
CHOPE GRÁTIS
Uma mostra de como será a campanha eleitoral se deu em um bar na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, com a presença de Waldir e Pazuello.
A poucos metros do condomínio Vivendas da Barra, residência do clã Bolsonaro, cerca de cem apoiadores do presidente, a maioria homens brancos de meia-idade, repetiram teorias da conspiração contra o processo eleitoral, fizeram ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e ao PT, além de exaltarem "o capitão".
Ao som de clássicos da MPB, com uma rodada de chope e salgados liberados, o encontro, na noite da quinta-feira da semana passada, tinha como tema o debate sobre a "formação da base política da direita conservadora contra o ativismo político e judicial".
Amigo do presidente desde os anos 1980, Waldir já atuou como assessor de Bolsonaro e foi candidato a vereador em 2020, não sendo eleito. "Com a minha ajuda é que o presidente está lá. Nós começamos a fazer campanha em 1987 para vereador", afirmou Waldir, que busca uma vaga na Câmara pelo PL, partido de Bolsonaro.
Pazuello foi ovacionado e aplaudido por bolsonaristas ao chegar ao Beco do Alemão. Enquanto os companheiros de mesa e convidados inflamavam o restante da plateia com críticas ao PT, a Lula e ao STF, o general disse que os militantes deveriam focar a reeleição do presidente: "Não merecemos rompimentos constitucionais", afirmou o ex-ministro, que cogitou pré-candidatura ao Senado, mas deve disputar uma vaga na Câmara. Ele se filiou ao PL.
Queiroz, do PTB e ex-assessor do senador Flávio, não esteve presente ao encontro, mas, em entrevista recente, afirmou estar confiante em um apoio direto da família Bolsonaro para a sua candidatura a deputado federal. "Em qualquer lugar que eu vou: ‘E aí, eles (Jair e Flávio) vão te apoiar’? Eu falei: ‘Cara, é um absurdo se não apoiarem’."
Agência Estado
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O prazo final para que os partidos políticos e as federações peçam o registro de seus candidatos à Presidência da República se encerra em 15 de agosto. A pouco menos de dois meses da data limite, os nomes que devem disputar os votos dos brasileiros em outubro já estão definidos.
Analistas políticos apontam que pouco deve mudar até lá, e que a composição agora é em torno dos candidatos a vice-presidente e das alianças estaduais, que não estão seguindo a lógica dos alinhamentos nacionais.
Os nomes começaram a ser discutidos ainda em abril do ano passado, depois que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ele recuperou os direitos políticos. Desde então, o processo eleitoral já é discutido, com a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) e ele se enfrentarem pela primeira vez nas urnas.
De lá para cá, os outros partidos políticos que não estão alinhados com nenhum dos dois nomes começaram a falar sobre a chamada "terceira via", que viria como uma alternativa à polarização.
No ano passado, mais de dez nomes eram vistos como possíveis para encabeçar a disputa e aglutinar mais legendas, dentre eles o do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz federal Sergio Moro; o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta; os dos ex-governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, João Doria e Eduardo Leite, ambos do PSDB; o do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), na época do Cidadanida, e até o apresentador José Luiz Datena (PSC-SP).
Todos foram caindo e, ao fim, o nome que se firmou foi o da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Após muita conversa, e a um custo político alto ao PSDB, como a saída de João Doria da vida pública, a Executiva Nacional da legenda decidiu apoiar Tebet. A decisão envolveu arranjos locais, como o apoio do MDB à candidatura do governador de SP, Rodrigo Garcia (PSDB). O Cidadania, que está junto com o PSDB em uma federação, também apoiará a candidatura de Tebet.
Nos estados, no entanto, a senadora está longe de ser uma unanimidade, nem entre emedebistas, tampouco entre tucanos. Vice-presidente do MDB, o senador Confúcio Moura (RO) admite que não será possível unificar a legenda, mas acredita que 90% do partido estará com a senadora na eleição. Moura pontuou que em alguns estados, o MDB é compromissado com outros candidatos, e citou os casos do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira e do senador Renan Calheiros (AL), ambos críticos da candidatura de Tebet.
“O MDB sempre foi um partido muito difícil de ter unidade. O próprio [Henrique] Meirelles, por exemplo, grande parte do partido não o apoiou. Mas eu espero que mesmo assim, com essa divergência, a gente tenha a maioria do partido. Isso é importante, porque o partido tem capilaridade”, afirmou ao R7.
Integrante da Executiva Nacional do PSDB, o senador Izalci Lucas (DF) explicou que Tebet deve ter apoio nos palanques estaduais dos tucanos à medida que crescer nas pesquisas.
"Lembro que em 2018, Geraldo Alckmin teve apoio de um monte de partido, mas depois foi caindo, e no fim tinha pouca gente com ele. É preciso ter condição para que haja apoio integral. A federação vai trabalhar isso. O próprio MDB era para ser o primeiro que deveria buscar um grande entendimento. Mas se ela não crescer nada, dificilmente terá apoio do próprio partido dela. Se ela se mostrar viável, a adesão é quase que natural", assegurou.
Mesmo com todas as discussões em torno de uma chamada "terceira via", quem ocupa a terceira posição nas pesquisas é Ciro Gomes (PDT). Esta é a quarta tentativa de Ciro, que segue isolado na disputa, sem alianças partidárias, e com o apoio apenas de sua legenda. Em 2018, ele terminou o primeiro turno em terceira posição, e as pesquisas o mostram no mesmo lugar neste ano.
Em encontro do PDT nesta semana, o deputado federal André Figueiredo (CE), vice-presidente da Executiva Nacional, reforçou o argumento de que parte significativa do eleitorado não quer os dois candidatos que estão na dianteira nas pesquisas. "Aí dizem que o Ciro não tem chance; aí vem a imprensa e diz: 'ah, mas a terceira via é a Simone Tebet'. Simone Tebet é a terceira via com 2%? E a única via que temos para evitar a polarização, que é o Ciro, não é visto como um caminho alternativo?", questionou.
Cenário definido
O analista político André César ressalta que, quando Lula recuperou os direitos políticos, em abril do ano passado, já foi possível ter uma perspectiva de como seria a disputa presidencial. No fim de 2021, havia uma lista extensa de nomes que tentavam encabeçar a chamada terceira via, mas todos sem competitividade. Por fim, sem espaço junto ao eleitorado, nenhum deles se materializou com força política, segundo o pesquisador.
"Começou a afunilar e chegou num ponto que não tem como avançar mais. O ajuste geral está feito. O que falta é o ajuste fino, a questão dos estados", explica. Segundo o analista, a eleição presidencial de 2018 foi diferente, quando o cenário se decidiu mais tarde. Neste, conforme pontuou, a polarização já era esperada. César pontua que mesmo em um partido que lançou candidata, como o MDB, a sigla se vê dividida entre Bolsonaro e Lula, com diversos apoiadores alinhados com algum dos dois nomes. "Vai chegar na eleição rachado", diz.
Melillo Dinis, também analista político, explica que a polarização deste ano gerou uma tendência de se ter a definição do eleitor mais cedo. "Esse excesso de disputa tem antecipado a decisão do eleitor. É muito pouco provável que uma terceira via consiga romper a barreira da polarização", afirma.
Dinis pontuou que, em 2018, as candidaturas não estavam tão definidas, e ainda havia a hipótese de Lula disputar. "Havia uma incerteza, e Bolsonaro não era essa potência. Ele foi crescer no fim de junho. Nós só fomos ter um acirramento depois de agosto daquele ano, porque havia muita negociação", lembra.
O analista diz que é preciso olhar para o fenômeno de eleitor e "rejeitor". "O eleitor de 2022 vai escolher o menor pior para evitar aquele que ele odeia. Essa polarização obrigou os nomes a se antecipar", avalia.
Cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo, Marco Antônio Carvalho Teixeira diz que essa disputa e a de 2018 se diferem de eleições anteriores, porque no passado os quadros eram mais estáveis, com uma definição muito clara entre PT e PSDB, e as grandes alianças eram sempre em torno dos dois, sem divisões internas.
"O que temos agora é o Bolsonaro na figura de um outsider, acima dos partidos, e isso embola o jogo em vários lugares", afirma. Os alinhamentos nacionais, segundo o professor, não vão necessariamente ditar os alinhamentos regionais.
R7
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Pelo Twitter, o perfil do PT de São Paulo postou uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirada em 2018, durante um evento no Rio Grande do Sul, como se fosse de uma visita que o petista fez ao Rio Grande do Norte nesta semana. O fato foi notado por vários usuários da rede social e políticos de oposição ao partido.
A imagem, que mostra Lula em frente a uma multidão na pré-campanha presidencial passada, foi feita antes de o ex-presidente ser preso e levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O evento, à época, agendado previamente, reuniu caravanas de cidades de todo o estado. A concentração ocorreu em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre.
Já no Rio Grande do Norte, o evento foi comunicado com antecedência, mas reuniu menos pessoas. A foto de 2018 foi publicada no site do Instituto Lula e ainda está no ar. A publicação no Twitter do PT com a imagem de quatro anos atrás, apresentada como se fosse atual, saiu do ar.
"Essa noite de quinta-feira (16) Rio Grande do Norte em Natal, o povo potiguar confirmando a vitória de Lula e do povo brasileiro", descrevia a publicação, que estava com a foto tirada há anos.
O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição para o cargo máximo do Executivo, publicou prints nas redes sociais com a imagem usada em dois momentos. "O partido mais corrupto do mundo mais uma vez tenta enganar o povo", escreveu o parlamentar na legenda.
A reportagem tenta contato com o diretório do PT em São Paulo, mas até o momento não obteve resposta.
R7
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O novo aumento dos preços dos combustíveis nas refinarias, anunciado ontem pela Petrobras, provocou uma onda de críticas e ameaças de represálias à estatal. As ofensivas partiram do presidente Jair Bolsonaro, da Câmara e até do Supremo Tribunal Federal (STF). As reações aos reajustes fizeram com que as ações da empresa encerrassem em forte baixa no pregão da Bolsa de Valores (leia reportagem na página 7). A elevação de 5,2% na gasolina e de 14,2% no diesel começa a valer hoje.
Bolsonaro classificou o aumento como uma "traição ao povo brasileiro" e defendeu a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o presidente da petroleira, José Mauro Coelho, bem como os diretores executivos e conselheiros.
"Conversei com Arthur Lira (presidente da Câmara). A ideia nossa é propor uma CPI. Queremos saber se tem algo errado nessa conduta, porque é inconcebível se conceder um reajuste com o combustível lá em cima e com os lucros exorbitantes que a Petrobras está dando", disparou, em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal. "Ninguém consegue entender, algo estúpido. Ela lucra seis vezes mais que a média das petrolíferas de todo o mundo. As petroleiras fora do Brasil reduziram sua margem de lucro."
No último dia 9, o governo indicou Caio Paes de Andrade para o lugar de José Mauro Coelho e listou outros nomes para o conselho da empresa, mas todos ainda têm de passar pelo crivo da assembleia de acionistas da estatal. "Com a troca, nós podemos botar gente mais competente lá dentro para poder entender o fim social da empresa e não conceder esse reajuste, que destrói a economia brasileira, leva inflação para a população, leva perda de poder aquisitivo para toda a população que já vive uma situação bastante crítica", ressaltou Bolsonaro, que tem na escalada da inflação um sério risco a seus planos de reeleição.
O presidente da Câmara também se juntou ao chefe do Executivo nos ataques à Petrobras. Lira defendeu que José Mauro Coelho renuncie imediatamente. "Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa — o Brasil — e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país", postou Lira no Twitter. "Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia, pois sua gestão é um ato de terrorismo corporativo."
Indicado por Bolsonaro para o STF, o ministro André Mendonça também cobrou explicações da Petrobras sobre os critérios para definir os preços dos combustíveis (leia reportagem na página ao lado).
Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou o Executivo federal. "Se a situação dos preços dos combustíveis está saindo do controle, o governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população, por meio de uma conta de estabilização de preços em momentos de crise", defendeu. "O Senado aprovou inúmeras matérias legislativas que estavam ao seu alcance e agora espera medidas rápidas e efetivas por parte da Petrobras e de sua controladora, a União."
Insuficiente
Apesar da saraivada de críticas contra a Petrobras, especialistas enfatizaram não haver apenas um responsável pela escalada de preços. Luiz Ciardi, da N2 — Educação e Orientação Financeira, ponderou que a solução para a escalada de reajustes não é simples. "Para que o preço do combustível chegue a patamares viáveis para o consumidor doméstico, não é suficiente mexer só no preço de paridade internacional (PPI). A Petrobras sozinha não consegue fazer com que esse preço baixe. Precisaria de uma reforma fiscal e administrativa", afirmou.
Professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (Ibmec), William Baghdassarian comentou que o governo lida mal com a alta dos preços dos combustíveis ao provocar insegurança nos investidores com os ataques à Petrobras. Ele também disse que o aumento dos derivados do petróleo gera problemas inflacionário pelo mundo. "A forma como a gente está lidando com o problema é muito ruim. Se você tem um certo país, como o Brasil, em que as autoridades, na primeira crise, começam a questionar se as regras vão ser cumpridas, começam a questionar lucro excessivo, os investidores passam a questionar esse investimento e acabam injetando dinheiro em outro país", alertou.
CB
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Marcelo Rebelo de Sousa fará nova viagem ao Brasil, nos dias 3 e 4 de julho. O cronograma da visita do presidente de Portugal será marcado por uma recepção de Jair Bolsonaro e um almoço no Itamaraty, nos moldes da visita feita em agosto do ano passado.
A expectativa do entorno do presidente português é de que o encontro seja mais proveitoso do que o último. Fontes do governo de Portugal acreditam ser pouco provável repetir o constrangimento diplomático causado por piadas que Bolsonaro teria feito no encontro passado.
Segundo um interlocutor, há motivos para esperar que a reunião tenha outro resultado:
Em primeiro lugar, pela expectativa de os dois governos debaterem acordos que estão sendo fechados entre Brasil e Portugal, como por exemplo o Acordo sobre a Mobilidade entre os estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), aprovado no Congresso Nacional em fevereiro.
Nesta semana, o governo português também anunciou que vai acelerar a emissão de vistos de imigrantes para trabalhadores estrangeiros, membros de países lusófonos, estudantes universitários e nômades digitais.
Também é esperado que os dois presidentes mencionem no encontro o bicentenário da Independência do Brasil.
Há também a previsão de que Jair Bolsonaro e seu núcleo queiram aproveitar o encontro para fortalecer a imagem do governo, dentro e fora do Brasil, em ano de eleição em que seu principal adversário, o ex-presidente Lula, também explora o campo das relações exteriores.
A expectativa de outra fonte do governo de Portugal é de que seja "difícil, mas não impossível", repetir a saia justa de Bolsonaro do encontro passado. “Tudo vai depender do que o presidente Bolsonaro quiser falar”, revelou.
g1
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Sem citar nomes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou evento religioso no Pará para focar no discurso conservador e atacar indiretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições gerais de outubro. No começo deste ano, o petista chegou a defender a legalização do aborto, dando munição aos opositores, e, depois, tentou consertar afirmando que era contra. Diante do público evangélico, o chefe do Executivo se conteve nos palavrões, falou pausadamente e demonstrou resignação em relação à nova alta dos preços dos combustíveis anunciada, nesta sexta-feira (16/7), pela Petrobras.
“Hoje, vivemos um Brasil polarizado. Vou dizer a vocês que o nosso governo é contra o aborto. O nosso governo defende a família e nós somos contra a ideologia de gênero. A inocência das crianças em sala de aula tem que ser preservada. Nós somos contra a liberação das drogas”, disse Bolsonaro, durante evento da Escola de Sabedoria 2022, em Belém, ao lado de pastores polêmicos, como Silas Malafaia. “Nós defendemos a liberdade em nossa pátria e aí incluímos a liberdade de culto. Somos livres para escolher nossa religião, professar nossa fé. Nós respeitamos todos os cidadãos brasileiros”, acrescentou.
Durante a fala sobre as "coisas espirituais", que foi recheada de aplausos dos fiéis presentes, Bolsonaro insinuou que ele está destinado à vida eterna por ser temente a Deus e ainda voltou a citar sua nova frase de efeito que vem adotando nessa pré-campanha eleitoral. “Temos, agora, as coisas espirituais, aquelas que marcam as nossas vidas. Eu costumo dizer: é o nosso currículo para a vida eterna. Até mesmo uma passagem bíblica diz algo parecido: nada nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna”, afirmou.
Ao falar das “coisas materiais”, Bolsonaro evitou atacar o novo reajuste da Petrobras na gasolina e no diesel, anunciado nesta sexta-feira nas refinarias, e que passará a valer a partir de amanhã (sábado). A companhia não reajustava a gasolina há 99 dias. Após o anúncio e as ameaças de intervenção na estatal, a companhia perdeu R$ 27,3 bilhões em valor de mercado em um único dia.
“Hoje, passamos por um problema que não é apenas sentido no Brasil, é sentido no mundo todo. O pós pandemia; a equivocada política do fica em casa, a economia a gente vê depois, e a guerra (na Ucrânia) a 10 mil quilômetros de distância traz (sic) dissabores para todo mundo. O Brasil não ficou fora disso. Aumento dos preços, nos combustíveis, entre outras coisas”, afirmou o chefe do Executivo, em um tom mais conformista e menos irritado com o comando da Petrobras. Durante um das transmissões na internet, após a estatal anunciar o reajuste anterior do diesel, na primeira quinzena de maio, Bolsonaro chegou a vociferar palavrões por conta do aumento do combustível. Na ocasião, contou que tinha pedido para os dirigentes da empresa segurarem o ajuste por conta do lucro bilionário da companhia.
Apesar do reajuste nos combustíveis contribuir para que a inflação continue elevada, Bolsonaro aproveitou o evento religioso para mostrar resignação. “Podem ter certeza, com liberdade, com fé, nós venceremos todos os obstáculos”, afirmou. “Podemos perder algo material, hoje, mas a nossa fé, a nossa religião, o nosso temor a Deus fará (sic) com que recuperaremos tudo isso e mais ainda: pavimente as nossas vidas para um futuro eterno”, frisou ele, na noite desta sexta. Mais cedo, afirmou que a Petrobras traiu os brasileiros e até pediu a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que, em breve, terá o quatro presidente nomeado pelo ex-capitão.
Em pleno tom eleitoreiro, moldado para o público evangélico — uma das principais bases de apoio do atual governo —, o presidente voltou a afirmar que “costuma dizer algo que nunca foi feito no Brasil”. “Hoje temos um presidente e um governo que acredita em Deus, que respeita os seus militares e os seus policiais, que defende a família tradicional e deve lealdade ao seu povo”, disse.
CB
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O Tribunal de Contas da União (TCU) apura denúncia de que o escritório onde trabalha o ex-procurador Carlos Fernando Lima, que integrou a força-tarefa da Lava Jato no Paraná, recebeu R$ 28 milhões irregularmente da Eletrobras. O caso começou a ser julgado na última quarta-feira (15) pelo plenário da corte.
De acordo com auditoria realizada pelo TCU e que consta em relatório elaborado pela corte, o escritório de advocacia WFaria atuou para a Eletrobras em 2015 para apurar "fatos apontados" pela Lava Jato. A auditoria encontrou "indícios de irregularidades".
O escritório é justamente onde atua o ex-procurador Carlos Fernando Lima — que, até 2018, esteve à frente de diversas investigações da Lava Jato. Após isso, ele pediu exoneração da operação para atuar na área privada, em serviços de compliance.
O WFaria foi subcontratado pelo escritório Hogan Lovells que, de acordo com o ministro Bruno Dantas, do TCU, recebeu R$ 350 milhões para "para verificar, em abstrato, um possível dano" de 32 milhões de reais na empresa de energia.
Durante a sessão do tribunal, Dantas se disse "escandalizado" com os valores envolvidos na suposta fraude. "A diretoria da Eletrobras e o conselho de administração autorizaram a assinatura de um contrato de prestação de serviços de R$ 340 milhões de reais para verificar danos em abstrato da ordem de R$ 300 milhões. Eu não estou pronunciando números errados. A Hogan Lovels foi contratada por R$ 340 milhões para avaliar um dano de R$ 300 milhões. Aí, no final, ela concluiu que a Petrobras foi lesada em R$ 32 milhões", disse Bruno Dantas.
Procurado pelo R7, o escritório WFaria informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "apenas recentemente o escritório incorporou o [ex-]procurador Carlos Fernando [Lima]", que "a contratação de R$ 28 milhões não é irregular, pois o escritório venceu uma concorrência" e que o TCU "apura o contrato firmado com a empresa estadunidense".
A empresa afirma ainda que por "interesse possivelmente político, foi extraído o pedaço de uma fala enorme de um ministro e tirada de contexto".
R7
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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (17) o arquivamento de uma apuração preliminar, aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), a partir da CPI da Covid.
No relatório final da CPI, Barros foi alvo de um pedido de indiciamento por suposta advocacia administrativa, que é um crime que ocorre quando um funcionário público usa o cargo para defender interesses privados. O caso envolve tratativas para compra de vacinas contra Covid.
A ministra atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República para encerrar o caso. A vice-procuradoria-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que a CPI não reuniu indícios mínimos contra o parlamentar.
Rosa Weber afirmou que cabe ao Supremo acolher o entendimento da PGR, a quem compete avaliar se há elementos ou não para acusar ou arquivar uma investigação contra políticos com foro.
“No caso concreto, uma vez que a Procuradoria-Geral da República afirma inexistir, no caderno investigativo, base empírica para o oferecimento de denúncia contra o parlamentar indiciado, há que se acolher o pedido de arquivamento formulado pelo parquet [MPF]”, afirmou a ministra.
Primeiro arquivamento
Esse é o primeiro arquivamento feito a pedido da PGR a partir do relatório final da CPI. Após as conclusões, a procuradoria pediu ao Supremo ao menos 10 procedimentos para analisar o material das investigações.
No relatório, a CPI apontou indícios contra Ricardo Barros a partir de sua relação com sócios da empresa Belcher Farmacêutica. Ele teria amizade com Francisco Feio Ribeiro, Daniel Moleirinho Feio Ribeiro e com Emanuel Catori – estes últimos, sócios da farmacêutica.
Outro ponto levantado é que Barros tem como genro Diego Campos, que é sócio de Flávio Pansieri, advogado que atuava em nome da CanSino e da Belcher Farmacêutica junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A PGR afirma que, o que “existe é uma suspeita dos parlamentares quanto a possível cometimento de crime em razão das relações pessoais do representado”.
"Cenário que não se comprova dos documentos juntados aos autos. Como já exposto, não há, nos dados enviados pelo Legislativo, nenhum elemento indiciário de que Ricardo Barros tenha atuado em prol das empresas citadas", afirmou Lindôra Araújo.
g1
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O reajuste de 5,2% no preço da gasolina e de 14,3% no valor do diesel nas distribuidoras não foi suficiente para reverter a forte queda das ações da empresa na manhã desta sexta-feira (17) e contribuíam para que o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa brasileira, perdesse a marca dos 100 mil pontos.
Às 12h55, os papéis preferencias da Petrobras (PETR3) apareciam com queda de 8,06% e eram negociados a R$ 29,67. Já as ações ordinárias (PETR4) caíam 7,87%, a R$ 26,79. Mais cedo, por volta das 11h, a empresa desabava pouco mais de R$ 5.
As perdas da Petrobras até foram amenizadas apenas no primeiro momento após os reajustes, quando os papéis preferencias tinham queda de 4,34% e eram negociados a R$ 30,86 e as ações ordinárias caíam 3,51%, a R$ 28,05.
O anúncio do aumento dos combustíveis ocorre no momento em que o preço da gasolina encontra-se defasado em 13% (R$ 0,57) e o do diesel em 21% (R$ 1,37) em relação ao mercado internacional, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
A movimentação das ações da companhia estatal é determinante para o tombo de 3,5% do Ibovespa, que opera abaixo dos 100 mil pontos (99.250 mil pontos) pela primeira vez desde novembro de 2020.
R7
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