Vivemos em uma época em que avanços da ciência ampliam nossa longevidade média. Mas a tecnologia também pode ter nos afastado de sinais que nosso próprio corpo dá analógica e organicamente, indicativos esses que eram boa parte do que nossos antepassados tinham para detectar alterações e problemas de saúde.
A própria internet traz "receitas" para que alguns desses sinais sejam identificados em testes simples, individuais e domésticos. A BBC News Brasil apresentou a diversos médicos alguns testes sugeridos nos mundos online e offline e reuniu aqueles que, na opinião dos especialistas, são verdadeiramente úteis e têm embasamento técnico - alguns deles, inclusive, são usados nas próprias consultas.
"Autotestes" que recorrem a desenhos, movimentos simples com o corpo ou varreduras na pele podem indicar desde inchaços nas pernas a alterações em capacidades cognitivas decorrentes do envelhecimento ou uma predisposição a cânceres.
Mas vale um alerta importante: todos os médicos entrevistados citaram as palavras "rastreio", "rastreamento" ou screening para definir esses testes. Ou seja, muito longe de ser um diagnóstico avaliado por um profissional, eles servem para fazer pacientes ficarem mais atentos a possíveis sintomas que, aí sim, devem ser levados ao médico.
Isto porque a generalidade e simplicidade dos testes podem levar a coisas como falsos positivos ou negativos, ou ainda à confusão de sintomas que podem refletir doenças diferentes. Por isso, a consulta com um médico é fundamental para que o rastreio se transforme em um diagnóstico.
Por outro lado, estas checagens "autoadministradas" podem ser uma forma de cada um de nós registramos um histórico - e de ficarmos mais conscientes da nossa própria sáude.
Uma folha de papel, uma caneta e um desenho simples podem despertar o alarme para alterações importantes na capacidade cognitiva.
Este teste, uma tarefa que faz parte de algumas baterias de avaliações conduzidas por neurologistas nos consultórios, consiste no seguinte: de preferência acompanhada, a pessoa testada deve desenhar um relógio em uma folha de papel. Primeiro o círculo, depois os números na ordem correta; e por último os ponteiros - há diversas versões para qual horário eles devem apontar, mas o neurologista Fabio Porto, do Hospital das Clínicas de São Paulo, recomenda 2h45 ou 11h10.
Também há pelo mundo diferentes estudos e versões sobre como os resultados devem ser medidos mas, em geral, um relógio "anormal" deve chamar a atenção - quando aparece, por exemplo, com números repetidos ou fora de ordem; ponteiros fora de lugar; ou horário diferente do pedido.
Demora, dificuldades na compreensão da instrução ou na execução podem indicar alterações na memória e cognição - principalmente com o envelhecimento, quando essas alterações se manifestam mais e podem ser sintomas de Alzheimer e demência.
"É um teste que envolve as funções visuais e também as funções do lobo frontal (uma parte do cérebro), como planejamento, raciocínio lógico e abstração", explica Porto.
"Inicialmente, o ideal é que o desenho seja espontâneo. Se a pessoa não conseguir, outra pode pedir que ela copie um desenho já feito. Se a função visual estiver ruim, a cópia também ficará ruim; se a parte frontal estiver mais debilitada, possivelmente a cópia não ficará ruim."
Outras pequenas e fáceis tarefas que podem manifestar desvios importantes são, segundo recomenda o neurologista, falar os meses do ano de trás para frente; ou, em um minuto, pronunciar aproximadamente mais de 11 palavras com uma mesma letra inicial (exemplo: F ou P) ou parte de uma mesma categoria (como animais ou objetos de cozinha).
"É importante lembrar, porém, que esses testes podem levar a resultados influenciados por outros fatores, como desatenção, ansiedade, depressão, escolaridade e não compreensão do enunciado", ressalta.
Desenvolvido por dois pesquisadores brasileiros, o Teste Sentar e Levantar (TSL) ganhou o mundo como uma ferramenta simples para avaliar a combinação de quatro componentes da saúde de uma pessoa: peso, flexibilidade, equilíbrio e potência muscular.
O teste deve ser feito com roupas confortáveis, pés descalços, em superfície plana e de preferência acompanhado - ainda mais em grupos com condições especiais de saúde, como grávidas e idosos.
A proposta é basicamente que a pessoa testada, em posição de quem vai se sentar (com os pés cruzados), abaixe-se e levante-se sem encostar qualquer outra parte do corpo que não as solas dos pés. Não há preocupação com a velocidade dos movimentos.
Em uma pontuação total de dez, considerando as duas etapas (sentar e levantar), perde-se um ponto a cada parte do corpo encostada no chão - como uma das mãos, o antebraço, o joelho e a face lateral da perna. Um ponto é perdido também se a pessoa usar uma mão para apoiar-se sobre o joelho ou a coxa.
Se cambalear, a pessoa tem subtraído ainda 0,5 ponto.
Exemplo: se uma pessoa se desequilibra ao abaixar (0,5 ponto) e, na hora de levantar, desequilibrar mais uma vez (0,5 ponto) e usar uma das mãos (1 ponto) como impulso, sua pontuação é 8.
A pontuação ideal está na faixa de 8 a 10 pontos, mas varia por sexo e idade.
"É muito raro pessoas com mais de 65 anos conseguirem ter a pontuação total", exemplifica Claudio Gil Araújo, autor do método e pós-doutor em Medicina do Exercício.
Monitorando o histórico de saúde de 2.000 pessoas por anos, os pesquisadores brasileiros perceberam que boas pontuações eram poderosas ferramentas de previsão da qualidade e expectativa de vida.
Pessoas que tiveram menos de entre 6 e 7,5 pontos apresentaram probabilidade duas vezes maior de morrer nos próximos seis anos do que aqueles acima desse limiar; aqueles com 3 ou menos pontos tiveram essa chance aumentada em cinco vezes.
Segundo o médico, cada componente presente no teste tem ligação com problemas de saúde: na literatura, o excesso de peso está associado a certos tipos de câncer, AVCs e infartos; já a falta de equilíbrio, flexibilidade e potência muscular podem levar a fraturas e quedas.
"Não é uma relação direta, mas os fatores que estão sendo medidos no teste mostram uma predisposição a alguns problemas de saúde."
A boa notícia é que aqueles com pontuações relativamente baixas podem buscar melhorar a nota - e consequentemente, a sua saúde. Por exemplo, com exercícios físicos. Assim, o teste pode ser feito e registrado sucessivas vezes, construindo um histórico.
R7
Portal Santo André em Foco
A Unidade de Ensino Infantil (UEI) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está temporariamente com aulas suspensas. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, a suspensão das atividades na unidade aconteceu após demissão de todos os funcionários da limpeza do setor, contratados de um serviço terceirizado.
Conforme o representante da Prefeitura Universitária da UFCG, Mário Neto, a empresa que presta o serviço de limpeza ao setor infantil da instituição não aceitou a renovação de contrato, nem as condições que estavam propostas nele, e se posicionou no limite do prazo do contrato.
“A universidade não teve tempo de se programar pra fazer uma licitação, uma nova contratação, e agora estamos trabalhando numa contratação emergencial para esse serviço, e esperamos que seja o mais rápido possível”, explicou Mário Neto.
Pais foram informados sobre suspensão
A Unidade de Ensino Infantil da UFCG atende crianças de 2 a 5 anos. Segundo Angélica Porto, mãe de uma das crianças atendidas na UEI, na noite da segunda-feira (5) a coordenadoria administrativa da unidade ligou informando a suspensão das aulas. “A coordenadora disse que ainda na sexta-feira, às 16h, os funcionários demitidos não fizeram nem a limpeza do final do dia, e que eles foram obrigados a deixar a unidade”, disse a mãe ao G1.
De acordo com Ramona Galdino, que também é mãe de uma das crianças atendidas na unidade, na tarde da última sexta-feira (2) a coordenadoria administrativa da UEI informou aos pais que às aulas na unidade seriam suspensas porque os funcionários da limpeza do setor teriam sido demitidos.
“Considero isso um absurdo já que a universidade emitiu nota oficial afirmando que nesta segunda-feira as aulas retornariam para toda a comunidade acadêmica e eu entendo que a Unidade de Educação Infantil também faz parte da comunidade, a educação do meu filho não é menos importante que a graduação”, disse Ramona ao G1 na manhã desta terça.
Ainda segundo Ramona, no primeiro semestre de 2019 os pais tiveram uma reunião com representantes do Centro de Humanidade da universidade. “A gente teve uma reunião com eles, e a responsável do Centro se colocou muito parceira da unidade infantil, mas num momento como esse a gente não vê envolvimento deles”, enfatizou.
G1 PB
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A obra infantojuvenil "As aventuras de Luluca na Paraíba", escrito e ilustrado pelas paraibanas Clotilde Tavares e Minna Miná, tem lançamento na quarta-feira (7), em João Pessoa e na quinta-feira (8), em Campina Grande. O livro conta a história, geografia e a cultura paraibana, misturando o real e o fantástico.
O livro narra a viagem mágica da menina Luluca, que percorre os recantos mais encantadores da Paraíba. Entre diversas descobertas, Luluca conhece uma baleia, na praia de Cabedelo, e a partir desta amizade parte em uma missão conhecendo histórias e caminhos paraibanos.
O livro já está em pré-venda através do site da editora. O lançamento oficial ocorre na quarta-feira (7), na livraria Leitura, em João Pessoa no Manaíra Shopping e em Campina Grande no Partage Shopping.
G1 PB
Portal Santo André em Foco
O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, afirmou na terça (6) que é preciso exercer ação internacional mais incisiva contra Nicolás Maduro, da Venezuela, depois de Washington ter congelado os ativos do governo venezuelano como forma de pressionar o líder de esquerda.
Bolton se dirigiu aos presentes de uma cúpula sobre a Venezuela em Lima, no Peru.
Ele salientou que as autoridades podem agora sancionar qualquer um, inclusive não-venezuelanos, que apoiam o governo de Maduro.
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, chamou a medida de terrorismo econômico.
Mais cedo, o governo venezuelano divulgou uma nota com a mesma expressão, terrorismo econômico, para descrever o congelamento de bens venezuelanos.
Bolton, em Lima, falou de países que ainda fazem negócios com a Venezuela:“Estamos enviando um sinal para terceiros que querem fazer negócios com o regime de Maduro: aja com extrema precaução”.
Bolton pediu uma ação internacional mais incisiva contra Maduro. O americano acusou o venezuelano de estar fingindo participar de negociações com a oposição para ganhar tempo.
“O tempo para diálogo acabou. Agora é a hora de ação. O Maduro está no fim da linha dele.”
Bolton alertou a Rússia para não dar apoio à Venezuela.
O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva na segunda (5) que congela todos os ativos do governo venezuelano e proíbe a transação com ele. A medida pode impedir as relações venezuelanas com a Rússia, China e empresas.
Foi a primeira vez que os EUA congelaram ativos de um governo inteiro no Hemisfério do Ocidente em mais de 30 anos, e deu às autoridades dos EUA poderes sem antecedentes sobre as finanças do país latino-americano.
Trump já havia aplicado sanções, que não foram suficientes para tirar Maduro do poder ou corroer o apoio dos militares.
Bolton, um dos mais influentes assessores quando o assunto é Venezuela, recomendou à Rússia não dobrar sua aposta, e pediu à China que reconheça o opositor Juan Guaidó como líder.
Ele afirmou que o governo americano vai garantir que Maduro não tenha como se financiar, e alertou que um novo governante pode não querer honrar acordos feitos com o regime venezuelano atual.
Reservadamente, Bolton disse à autoridades peruanas que a medida terá o efeito de triplicar as sanções atuais aplicadas à Venezuela, de acordo com a Reuters.
A ação pode também inflamar a disputa comercial entre os EUA e a China, pois os venezuelanos contraíram dívidas com os asiáticos que pretendiam pagar em óleo, até 2021, de acordo com Fernando Cutz, que foi um assessor de Trump no Conselho de Segurança Nacional.
Reuters
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou nesta terça-feira as preocupações sobre a prolongada guerra comercial com a China, dizendo que os EUA estão "em uma posição bastante forte", um dia depois de seu governo aumentar a tensão entre os dois países após classificar a China de manipuladora cambial.
Trump, que disse na semana passada que vai impor tarifas sobre mais US$ 300 bilhões em importações chinesas a partir de 1º de setembro, também procurou acalmar os produtores agrícolas dos EUA depois que a China fechou a porta para as compras agrícolas norte-americanas e aumentou o espectro das tarifas adicionais sobre produtos agrícolas dos EUA.
O movimento cambial norte-americano na segunda-feira intensificou ainda mais uma disputa crescente entre as duas maiores economias do mundo, que está se arrastando para o segundo ano, agitando os mercados financeiros. Na segunda-feira, Wall Street registrou seu pior dia de 2019.
"Enormes quantias de dinheiro da China e de outras partes do mundo estão chegando aos EUA por razões de segurança, investimento e taxas de juros! Estamos em uma posição muito forte. As empresas também estão chegando aos EUA em grande número. É uma coisa linda de se ver!", disse Trump no Twitter.
O presidente republicano também disse que continuará a apoiar produtores agrícolas norte-americanos, que já receberam do governo um pacote de ajuda de US$ 16 bilhões para recuperar as perdas da guerra comercial.
"Nossos grandes agricultores norte-americanos sabem que a China não será capaz de prejudicá-los, pois o seu presidente está com eles e fez o que nenhum outro presidente faria -- e eu farei isso novamente no ano que vem, se necessário!", escreveu Trump nesta terça-feira.
Reuters
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A Coreia do Norte acusou os Estados Unidos nesta terça-feira (6) de incitar tensões militares ao realizar exercícios em conjunto com a Coreia do Sul e afirmou que Pyongyang vai tomar medidas para se defender.
Ju Yong Chol, um diplomata norte-coreano, disse à Conferência do Desarmamento em Genebra, na Suíça, que o governo da Coreia do Norte precisará reconsiderar os principais passos dados até agora nos acordos com os EUA.
Ele não mencionou os últimos disparos de mísseis no mar, na costa leste do país, pela quarta vez em menos de duas semanas.
“Apesar de autoridades dos EUA e da Coreia do Sul estarem usando todos os truques para justificar esse exercício militar, eles não podem esconder nem disfarçar a sua natureza agressiva”, disse Ju.
“O que é mais sério é que os EUA estão incitando a tensão militar hostil à Coreia do Norte ao empregar um grande armamento ofensivo na Coreia do Sul em desrespeito ao seu compromisso de suspender exercícios militares feito em cúpulas.”
A Coreia do Norte vai “desenvolver, testar e implementar o que for essencial para nossa defesa nacional”, afirmou.
Resposta dos EUA
O embaixador para o desarmamento dos EUA, Robert Wood, pediu para responder e rejeitou as alegações. “Deixe-me ser claro, os EUA não estão incitando pressão militar”, disse.
Os americanos estão comprometidos com a desnuclearização da Coreia do Norte, conforme combinado pelo líder Kim Jong-un e Donald Trump.
“Nós queremos voltar às discussões com a Coreia do Norte para implementar a visão criada no encontro de cúpula entre Trum e Kim”, completou.
Reuters
Portal Santo André em Foco
Os saques da poupança superaram os depósitos em julho. A retirada líquida chegou a R$ 1,605 bilhão, informou hoje (6) o Banco Central (BC). Esse foi o primeiro resultado negativo para meses de julho desde 2016 (R$ 1,115 bilhão) e a maior retirada líquida para o mês desde 2015 (R$ 2,453 bilhões).
No mês passado, foram aplicados R$ 213,004 bilhões, contra a retirada de R$ 214,609 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 3,020 bilhões. O saldo da poupança nos bancos ficou em R$ 802,063 bilhões.
No acumulado de sete meses do ano, a poupança apresenta retirada líquida de R$ 16,104 bilhões. Em 2019, apenas nos meses de março (R$ 1,852 bilhão) e junho (R$ 2,497 bilhões) houve captação líquida, com mais depósitos do que saques.
Pela legislação em vigor, o rendimento da poupança é calculado pela soma da Taxa Referencial (TR), definida pelo BC, mais 0,5% ao mês, sempre quando a taxa básica de juros, a Selic, está acima de 8,5% ao ano. Quando a Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, como ocorre atualmente, a remuneração da poupança passa a ser a soma da TR com 70% da Selic. Atualmente a Selic está em seu menor nível histórico: 6% ao ano.
Agência Brasil
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse hoje (6) que é preciso fazer com que os juros baixos cheguem na ponta, ao consumidor final. O cheque especial e o rotativo do cartão de crédito ainda têm juros muito altos no país. afirmou Campos Neto, ao participar, em Brasília, do evento Como fazer os juros caírem no Brasil?, organizado pelo jornal Correio Braziliense.
“O grande vilão hoje, que chama a atenção do mercado para os juros, são produtos emergenciais - cheque especial e rotativo do cartão”, enfatizou.
Segundo Campos Neto, há um estudo para reduzir o que chamou de regressividade do cheque especial. “Quando o banco disponibiliza um limite para alguém tomar dinheiro no cheque especial, há um consumo de capital para o banco. Quem tem mais dinheiro na conta, vai ter um limite de cheque especial maior, logo vai consumir mais capital. Geralmente, essa pessoa que tem um limite maior, é a pessoa que menos usa o produto. Quem usa o produto é basicamente a pessoa que ganha até dois salários mínimos, e 67% têm até o ensino médio. Basicamente, quem está na parte de baixo da pirâmide está pagando para quem está em cima”, afirmou, destacando que os juros do cheque especial estão em cerca de 320% ao ano.
Ele disse que tem conversado com os bancos para encontrar soluções para esse problema. “As nossas conversas vão no sentido de como diminuir a regressividade. Também é necessário [ter] compreensão do instrumento, que vem com a educação financeira. A educação financeira é chave nesse sentido”, destacou Campos Neto.
Estudo do BC apresentado por Campos Neto revela que, quanto maior a renda do tomador, menor seu comprometimento de renda com o cheque especial. Entre os que ganham até dois salários mínimos, o comprometimento é de 2,75%. Esse percentual sobe para 21,1%, quando se consideram os 10% mais endividados. Para quem ganha entre dois e cinco salários mínimos, o comprometimento de renda fica em 1,62% e aqueles com renda entre cinco e 10 salários mínimos, 1,21%. Entre os de maior renda, acima de 10 salários mínimos, o comprometimento de renda é 0,79%. O percentual chega a 7,5%, entre os 10% mais endividados.
Com relação à indústria de cartões, o presidente do BC disse que houve “grande evolução” e que a concentração do mercado “diminuiu bastante”.
Inadimplência
De acordo com Campos Neto, a inadimplência é o principal fator para que o crédito ainda seja caro no Brasil. Ele explicou que isso ocorre porque faltam informações sobre o tomador de crédito, o que eleva a taxa, e que há demora na recuperação do crédito quando há inadimplência, na comparação com outros países.
Na avaliação do presidente do Banco Central, o Cadastro Positivo e a implementação do open banking (sistema em que os dados bancários pertencem aos clientes, e não às instituições financeiras) vão diminuir esse problema.
Mercado imobiliário
Roberto Campos Neto defendeu ainda a criação de condições para o uso de imóveis quitados como garantia de empréstimos (home equity). Para ele, essa medida pode injetar R$ 500 bilhões na economia, quase dobrando a carteira atual de crédito imobiliário.
Segundo o presidente do BC, para que esse tipo de empréstimo cresça, é preciso reduzir custos cartoriais e de avaliação de imóveis, que ficam em torno de R$ 7 mil a R$ 8 mil. Isso “mata” o produto, afirma Campos Neto.
Ele ressaltou que os juros desse tipo de empréstimo podem ser menores na comparação com os do crédito pessoal. Conforme simulação apresentada por Campos Neto, os juros do crédito direto ao consumidor seriam de 153,63% ao ano. Já o crédito com garantia do imóvel ficaria em 15,39% ao ano. Enquanto o crédito direto ao consumidor seria de até R$ 50 mil, o empréstimo com garantia de imóvel, com essa taxa menor, seria de até R$ 300 mil.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
A venda de veículos no país aumentou 12,1% de janeiro a julho de 2019 na comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 1,38 milhão de unidades para 1,55 milhão. Quando comparadas as vendas de julho de 2019 (243,6 mil) com o mesmo mês de 2018 (217,5 mil), houve elevação de 12%. Na comparação com junho, os licenciamentos aumentaram 9,1%.
Os dados foram divulgados hoje (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A exportação de veículos montados caiu 38,4% de janeiro a julho na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a julho de 2018, a venda para o exterior caiu 15,7% e ante junho deste ano houve aumento de 4,2%.
"Continuamos tendo queda nas exportações basicamente por conta da Argentina. Este mês tivemos um pequeno acréscimo de exportações para Colômbia e México que ajudou a diminuir essa queda, mas exportação é um número que estamos estimando que poderá gerar queda no total do ano de cerca de 29%", afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Segundo a associação, a produção dos sete meses de 2019 aumentou 3,6% ante o mesmo período do ano passado, ao passar de 1,68 milhão para 1,74 milhão de veículos produzidos. Na comparação entre os meses de julho houve crescimento de 8,4%. No sétimo mês deste ano a produção chegou a 266,4 mil. Na comparação com junho o aumento foi de 14,2%.
"A produção teve um crescimento importante em linha com o crescimento do mercado interno e também compatível com o novo cenário das exportações", disse Moraes.
Agência Brasil
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O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou a devolução antecipada de mais R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional. O anúncio foi feito hoje (6) pelo presidente do banco, Gustavo Montezano, no Ministério da Economia, em Brasília.
“Viemos entregar o ofício de devolução de mais R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional. Com isso, totalizamos o pagamento de R$ 84 bilhões. Essa é a nossa terceira meta, alinhada com o Ministério da Economia, onde vamos devolver R$ 126 bilhões até o final do ano. Estou muito feliz de estar cumprindo, em tão pouco tempo, parte substancial dessa meta e preservando de forma bem estável a situação de liquidez e capitalização do banco”, disse Montezano, ao deixar o ministério.
Segundo o presidente do BNDES, o banco tem previsão de desembolsar R$ 70 bilhões em empréstimos neste ano, mas este número deve ser revisado. “A gente está revisando esse número. Pode ser que mude. Só como referência, no primeiro semestre, o banco desembolsou cerca R$ 25 bilhões no primeiro de semestre. Para gente cumprir essa meta, seria necessário acelerar [os desembolsos no segundo semestre]”.
De acordo com Montezano, a demanda por empréstimos está menor do que a esperada. “Mas com a retomada da economia, a gente acredita que esse nível de demanda vai subir”, afirmou.
Os recursos devolvidos pelos bancos públicos ao Tesouro Nacional são usados para reduzir a dívida líquida.
Agência Brasil
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