De férias com a família em Florianópolis (SC), o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) passou por cirurgia de urgência na capital catarinense em decorrência de uma apendicite aguda. Ele estava na cidade para a virada do ano, quando começou a se sentir mal.
O deputado teve que passar o réveillon no hospital. Internado na manhã de ontem, ele foi operado na terça-feira e recebeu alta na quarta-feira. De acordo com a assessoria de Aécio, ele está em Florianópolis com a mulher, Letícia Weber, e filhos.
O apêndice, pequeno órgão que se comunica com o intestino grosso, não é considerado essencial ao funcionamento do corpo. Sua inflamação, entretanto, pode levar a graves complicações, como infecção generalizada.
ESTADO DE MINAS
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No primeiro dia do ano, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comemorou as decisões recentes do governo Jair Bolsonaro de ampliar investimentos em segurança. Em sua conta pessoal no Twitter, Moro destacou a autorização de concurso público para preenchimento de vagas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
“Governo do PR @jairbolsonaro começa ano com investimentos na segurança. Concurso para agente penitenciário federal. Cargo estratégico para políticas federais de isolamento das lideranças criminosas e de retomada, via Força de intervenção, do controle dos presídios estaduais”, destacou.
A decisão foi publicada em uma portaria do dia 30 de dezembro. De acordo com o texto, do total de 309 vagas, 294 são de agentes federais de Execução penal e outras 15, de especialistas em assistência à Execução Penal.
Moro aproveitou ainda para agradecer o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pelas contas do governo. Segundo ele, as ações federais na área de segurança têm garantido a redução de índices criminais.
“Isolar líderes criminosos e retomar o controle de presídios estaduais têm contribuído para a queda dos índices criminais. Reduzir a impunidade, prendendo e neutralizando criminosos perigosos, reduz os crimes. Óbvio assim. Obrigado @MinEconomia pelo apoio no investimento estratégico”, concluiu.
AGÊNCIA BRASIL
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O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta manhã do primeiro dia do ano que deseja "começar bem" 2020, sem falar com a imprensa. O chefe do Executivo não parou para falar com jornalistas quando saiu do Palácio da Alvorada para cumprimentar o público, e quando foi chamado pela imprensa respondeu: "Eu quero começar bem o ano".
Usando uma camiseta do Futebol Clube Cascavel de número 17, Bolsonaro saiu para cumprimentar brevemente o público em frente à residência presidencial. Não há previsão de agenda oficial de Bolsonaro para os próximos dias.
Bolsonaro passou a virada para 2020 no Palácio da Alvorada acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da filha do casal, Laura, de 9 anos. Pelas redes sociais, o chefe do Executivo desejou "que o Brasil possa continuar seguindo o caminho da prosperidade e que este seja um ano tão vitorioso para o povo brasileiro quanto foi 2019".
Em outra publicação na internet, acompanhada de um vídeo com imagens do presidente ao longo do ano, Bolsonaro escreveu: "Pode até demorar, mas com o povo venceremos a todos os obstáculos".
A princípio, o presidente passaria o réveillon em Salvador (BA), na Base Naval de Aratu, onde desembarcou no dia 27 de dezembro acompanhado da filha, mas antecipou o retorno para terça-feira, 31. A primeira-dama não o acompanhou na viagem, pois segundo o presidente, passaria por uma cirurgia. O Planalto não esclareceu o motivo da volta antecipada.
Após seu retorno para a capital federal, na manhã de terça, 31, o presidente assinou medida provisória (MP) para reajustar o salário mínimo de R$ 998 para R$ 1.039. O Orçamento de 2020, aprovado no último dia 17 pelo Congresso Nacional, previa o valor de R$ 1.031.
AGÊNCIA ESTADO
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Os tópicos da chamada agenda 2030, documento elaborado em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem implementados por todos os países do mundo até 2030, foram alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro.
Pelas redes sociais, ao comentar uma reportagem sobre o seu veto ao trecho do projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) da União para o período de 2020 a 2023, que definia como uma das diretrizes do documento a persecução das metas dos ODS, o chefe do Palácio do Planalto colocou entre aspas a palavra "metas" e reclamou que o documento defende temas como aborto e ideologia de gênero, à qual chamou de "nefasta".
"Dentre as 'metas' da agenda 2030 estão a nefasta ideologia de gênero e o aborto, sob o disfarce de 'direitos sexuais e reprodutivos,'" escreveu o presidente.
Ideologia de gênero é um termo constantemente utilizado para transmitir a ideia de que gêneros são construções sociais. Segundo a expressão, os seres humanos nascem iguais, ou seja, não existe apenas o gênero masculino e feminino, mas sim, um espectro que pode ser muito mais amplo.
Na agenda feita pela ONU, contudo, não há menção à palavra "ideologia". De qualquer forma, o objetivo de número 5 dos ODS versa sobre "alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas".
Para cumprir a meta, de acordo com a ONU, é necessário observar tópicos como "acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte", "eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos", "assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos e exploração sexual", dentre outros.
Este último define que "a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade", e recomenda que "os serviços de saúde sexual e reprodutiva devem atender às necessidades dos/as usuários/as e devem estar disponíveis para todas as pessoas, ser acessíveis, aceitáveis e de alta qualidade".
"Como exemplos destes serviços, incluem-se assistência ginecológica, formas de contracepção segura e efetiva, aborto seguro e assistência pós-aborto nos casos permitidos por lei, assistência à saúde materna, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, atendimento para vítimas de violência sexual e de gênero, tratamentos de infertilidade e fertilidade, prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer de mama e do aparelho reprodutor, entre outros", explica a ONU.
No Brasil, o acesso ao aborto é restrito e permitido em três situações: quando há estupro, risco de morte para a mãe e o bebê ou a fetos com anencefalia.
Em qualquer outro caso, o aborto é considerado crime, e o Código Penal prevê no artigo 124 que “provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque” será punido com pena de um a três anos de detenção. Já o 126 estabelece que “provocar aborto com o consentimento da gestante” será punido com reclusão de um a quatro anos.
Veto ao PPA
Segundo o Poder Executivo, o veto à inclusão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ao PPA foi necessário pois a proposta era inconstitucional. "O dispositivo acaba por dar-lhe, mesmo contrário a sua natureza puramente recomendatória, um grau de cogência e obrigatoriedade jurídica, em detrimento do procedimento dualista de internalização de atos internacionais".
Isso, de acordo com o governo federal, viola dois trechos da Constituição Federal. Um deles diz que "é da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional". O segundo, versa que "compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional".
O trecho vetado surgiu do aproveitamento de três emendas pelo relator do projeto, senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). As sugestões foram apresentadas pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), pela bancada parlamentar de Alagoas e pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado, presidida por Cunha.
Como ordena a Constituição, o Congresso Nacional terá de promover uma sessão conjunta para votar pela manutenção ou pela derrubada do veto presidencial. Para reverter a medida de Bolsonaro, o veto tem de receber os votos da maioria da Câmara (257 deputados) e do Senado (41 senadores).
CORREIO BRAZILIENSE
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Os novos dados sobre a epidemia de HIV no Brasil trouxeram algumas boas notícias — e um dado preocupante.
Os casos de Aids, a síndrome causada por este vírus, estão caindo, assim como as mortes pela doença. O ano passado também foi o primeiro em que o número de novos casos de HIV notificados diminuiu ligeiramente, após uma década de aumentos.
Mas um índice foge desta tendência no mais recente Boletim Epidemiológico HIV/Aids, divulgado anualmente pelo Ministério da Saúde: em vez de cair, o número de grávidas diagnosticadas continua a aumentar.
Entre 2008 e 2018, o índice passou de 2,1 para 2,9 casos para cada mil nascidos vivos. Houve um aumento de 36% no total de casos notificados por ano neste período.
No entanto, o governo federal e médicos ouvidos pela BBC News Brasil dizem que este crescimento não é de todo uma má notícia.
Esaú João, coordenador do programa de prevenção materno-fetal de HIV do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE), no Rio de Janeiro, explica que, desde 2010, passou a ser obrigatório o teste do vírus para gestantes no acompanhamento pré-natal, na primeira consulta e no último trimestre.
O infectologista afirma que isso contribuiu para aumentar o índice de grávidas diagnosticadas com HIV. "A partir daí, elas passam a se tratar e, com resultados positivos, têm outras gestações", diz João.
A avaliação vai ao encontro a dados do Ministério da Saúde. O número de exames para HIV e sífilis aplicados pela Rede Cegonha, um programa nacional voltado para gestantes, aumentou em mais de nove vezes. Em 2012, foram realizados 369 mil testes no país. Neste ano, diz a pasta, já são mais de 3,5 milhões.
Rico Vasconcelos, infectologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o aumento do índice de detecção do HIV em gestantes, como reflexo da ampliação do diagnóstico, é um passo importante para erradicar a chamada transmissão vertical do vírus, entre a mãe e o bebê.
"Estamos conseguindo encontrar essas mulheres, então, o crescimento desta taxa num primeiro momento é uma coisa boa. Se conseguirmos achar todas e fazer um pré-natal adequado, o esperado é que a transmissão vertical caia", afirma Vasconcelos.
É o que vem ocorrendo, segundo dados do governo. Os casos de Aids entre crianças com menos de 5 anos, um dos índices usados para avaliar a frequência da transmissão vertical, diminuiu em quase pela metade desde 2010: passou de 3,9 pra 1,9 casos entre 100 mil habitantes.
Para evitar esse tipo de transmissão, a mãe precisa tomar medicamentos para reduzir a quantidade do vírus no organismo até esta carga ser considerada indetectável. Também é preciso tratar outras infecções, como sífilis, que favorecem a transmissão do vírus. Além disso, o bebê deve nascer por cesariana e não ser amamentado.
O ideal é a mulher engravidar já usando os medicamentos. Quanto mais precocemente isso for feito, maior é a chance de transmissão chegar quase a zero.
É importante fazer o teste também no fim da gestação, porque, como apontam médicos ouvidos pela reportagem, há casos em que uma mulher pega o vírus durante a gravidez, ao se relacionar com um novo parceiro.
Mesmo se o diagnóstico ocorrer próximo do parto, os médicos ainda podem tomar medidas para reduzir o risco da transmissão vertical.
Mais mulheres engravidam já sabendo que têm o vírus
Os dados do Ministério da Saúde também apontam ter ocorrido uma mudança de comportamento entre gestantes com HIV. O índice de mulheres que engravidam sabendo que têm o vírus superou a taxa de mulheres que são diagnosticadas no pré-natal.
Em 2010, 36% sabiam que tinham o vírus, enquanto 54% conheceram seu status na gravidez. A proporção se inverteu desde então: em 2018, 61% engravidaram cientes do HIV e 31% foram diagnosticadas no pré-natal.
Gerson Pereira, diretor do departamento de doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde, atribui isso a uma melhoria do tratamento, o que fez mulheres perceberem que podem engravidar sem transmitir o vírus ao bebê nem ao parceiro.
"Graças aos medicamentos de hoje, ter HIV passou a ser considerado doença crônica, como diabetes. As grávidas entendem que, mesmo com o vírus, não vão morrer e poderão ver seus filhos crescerem", afirma Pereira.
Vasconcelos, da USP, diz que essa percepção entre mulheres com HIV pode ter um impacto sobre a mudança detectada pelo governo, mas prefere ter cautela.
"Sem dúvida, quando é divulgado que é possível ter filhos, aumenta o número de gestantes com HIV que engravidam de forma planejada. Mas não sei se é o fator principal, porque isso não é muito divulgado. A gente não vê no intervalo da novela chamadas do tipo: 'Você, mulher com HIV, sabe que pode ter filho?'."
Eduardo Sprinz, chefe do serviço de infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, afirma que a leitura dos dados pelo Ministério da Saúde é apenas uma das possíveis e que vê em seu cotidiano a influência de outros fatores.
"Também podemos interpretar como um sinal de que muitas mulheres não sabem se proteger. Muitas vezes, elas simplesmente sabem que têm HIV, não se tratam e continuam a ter filhos, porque engravidam sem planejar ou querem dar um filho a um novo parceiro", afirma Sprinz.
Quem são e onde estão as gestantes com HIV
Mas quem são essas mulheres? Os dados oficiais mostram que a maioria das gestantes diagnosticadas com HIV desde o ano 2000 eram pretas ou pardas (61,7%), tinham entre 20 e 29 anos (53,9%) e eram analfabetas ou tinham até 8ª série incompleta (42,4%).
"A epidemia no Brasil evoluiu muito para o lado da população desfavorecida economicamente e que muitas vezes vive à margem da sociedade. Estas mulheres sofrem todo tipo de violência, o que faz com que a questão do HIV não seja tão importante na vida delas", diz João, do HSE.
As condições socioeconômicas impactam diretamente o risco de pegar HIV. "Doenças transmissíveis em geral são doenças relacionadas à pobreza, porque estas pessoas têm menos acesso a medidas de prevenção. Se têm baixa escolaridade, também têm menos acesso a informações sobre como se prevenir", afirma Pereira, do Ministério da Saúde.
O boletim do governo federal mostra que a maioria das gestantes com HIV viviam nas regiões Sudeste (38,1%) e Sul (30%). No entanto, os maiores aumentos de novos casos nos últimos dez anos ocorreram nas regiões Norte (87,5%) e Nordeste (118,1%).
Para médicos ouvidos pela BBC News Brasil, o crescimento expressivo nestas regiões reforça a explicação de que o aumento de casos no país é resultado da ampliação de exames.
"Estas duas regiões eram onde havia os maiores índices de subnotificação de HIV, e estão tentando resolver esse problema com a oferta de testes rápidos e capacitação de profissionais. Esse crescimento é positivo, porque, se não fossem diagnosticadas, estas mulheres morreriam de Aids, mas uma hora isso tem que começar a cair", diz Vasconcelos, da USP.
Manoella Alves, infectologista do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, que é referência para atendimento de gestantes com HIV no Rio Grande do Norte, diz que o aumento do diagnóstico se deve à ampliação da testagem, mas ressalta que é preciso fazer uma avaliação cuidadosa.
"Números de HIV são complexos de entender, porque são influenciados por escolaridade, classe social, gênero. O que houve foi o aumento do número de mulheres diagnosticadas nestas regiões e, infelizmente, isso aconteceu na gravidez, já que é neste momento que o serviço de saúde chega de forma mais ativa a elas", diz Alves.
A infectologista ressalta que as regiões Sul e Sudeste ainda apresentam as maiores taxas de HIV entre gestantes. "É preciso analisar se há no Norte e Nordeste uma cobertura de exames de HIV similar ao de Sul e Sudeste."
RS tem o maior índice do país
Segundo o boletim anual, o Rio Grande do Sul é o Estado com o maior índice de grávidas com HIV desde 2001.
No ano passado, foram 9,2 novos casos a cada mil nascidos vivos, três vezes a média nacional.
A taxa está caindo desde 2015, quando atingiu o pico de 9,5 casos entre mil nascidos vivos, mas ainda é de longe a mais alta do país: em segundo lugar, Santa Catarina teve 6,1 casos a cada mil nascidos vivos.
O quadro é ainda mais grave em Porto Alegre, onde houve 20,2 casos entre mil nascidos vivos em 2018, a maior taxa entre todas as capitais brasileiras.
Historicamente, a epidemia de HIV é de forma geral mais grave no Rio Grande do Sul em comparação com a maioria dos outros Estados brasileiros.
O Rio Grande do Sul tem o terceiro maior número acumulado de diagnósticos de HIV notificados no país desde o ano 2000. Também foi o terceiro com a maior taxa de detecção de Aids em 2018, com 27,2 casos por 100 mil habitantes, apesar do índice ter caído 39,3% em dez anos.
Houve uma queda semelhante, de 34,5%, nas mortes por Aids, neste período, mas, com 7,8 óbitos por 100 mil habitantes em 2018, o Rio Grande do Sul supera todos os outros Estados neste aspecto.
Os fatores por trás da epidemia gaúcha
Não há um consenso sobre o motivo de taxas tão elevadas. Especialistas indicam que alguns fatores contribuem simultaneamente para isso.
Pereira, do Ministério da Saúde, diz que a epidemia de HIV no Rio Grande do Sul — e na região Sul como um todo — apresenta características diferentes de outras partes do país.
A epidemia no Brasil é classificada como concentrada, porque há grupos sociais considerados mais vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens, travestis, transexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas. Entre eles, há uma prevalência do vírus acima da média nacional, de 0,5%.
Estudos com gestantes e parturientes, usados para avaliar a prevalência do vírus em uma população, indicam uma taxa de 2% no Rio Grande do Sul, onde a epidemia tende a ser generalizada.
"No Rio Grande do Sul, é uma epidemia mais heterossexual. Também foi mais comum no Estado o uso de drogas injetáveis, que funciona como uma ponte para o vírus para a população em geral", afirma Pereira.
Sprinz, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, diz que tem sido observada no Estado uma frequência maior do HIV do subtipo C, sua variante mais comum no mundo e que geralmente é transmitida em relações heterossexuais.
"Isso indica que uma parte população que não é normalmente considerada vulnerável corre um risco maior do que é esperado. Mas, por não se achar vulnerável, nem pensa em HIV e não se protege, o que leva a mais casos", afirma Sprinz.
O infectologista Ronaldo Hallal, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, diz que falhas nas políticas de saúde pública também contribuíram para agravar a epidemia gaúcha.
"A cobertura das unidades de atenção primária é mais baixa em Porto Alegre do que em outros centros urbanos e, com isso, há menos acesso à prevenção e ao diagnóstico. E o Rio Grande do Sul não aplicou recursos destinados pelo governo federal para o combate ao HIV tão rapidamente quanto outros Estados", afirma Hallal.
No entanto, diz o infectologista, este é apenas um de vários aspectos. "A situação que temos hoje é fruto de uma soma de fatores, e não dá para atribuir a só um deles. O que está claro é que a epidemia tem características diferentes aqui e demanda respostas diferentes do que no restante do país."
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul diz estar ciente do problema e afirma que vem tomando medidas, como oferecer a testagem rápida de HIV em todos os municípios e ampliar de 83% para 99,5% a disponibilidade do exame em maternidades nos últimos cinco anos.
"Também estamos trabalhando para descobrir as razões que levam a estes índices. Temos algumas hipóteses, e pesquisas estão sendo feitas", afirma Ana Lúcia Baggio, coordenadora da política de infecções sexualmente transmissíveis/Aids da secretaria.
"Esses dados nos preocupam, mas o mais importante é que estamos fazendo ações que estão dando resultado. Nossas taxas vêm caindo lentamente, mas estão caindo."
BBC
Portal Santo André em Foco
O número de matrículas na creche e na pré-escola cresceu este ano na comparação com 2018, segundo dados do Censo Escolar divulgados hoje (30) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O levantamento, que foi publicado no Diário Oficial da União, traz os dados referentes ao número de alunos matriculados em escolas públicas, abrangendo todas as etapas de ensino (da creche ao ensino médio). A divulgação das informações completas do Censo Escolar está prevista para o final de janeiro.
O censo mostra um aumento de 4,24% no número de matrículas em creches (crianças de 0 a 3 anos), que passou de 2.333.277, em 2018, para 2.433.216, em 2019. Ao todo, foram abertas 98.939 vagas nesta etapa de ensino. Na pré-escola, houve aumento de 0,75% no número de matrículas na comparação entre 2018 e 2019. Foram abertas 29.636 vagas, passando de 3.915.699 para 3.945.335. A quase totalidade das matrículas no ensino infantil se concnetra em instituições municipais.
Fundamental e médio
Em relação aos ensinos fundamental e médio, o Censo Escolar aponta uma queda no número de matrículas em escolas públicas, fenômeno que vem se repetindo nos últimos anos. Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, foram matriculados 6.192.819 alunos no ensino médio em 2019, contra 6.462.124 no ano anterior, uma redução de 4,34%.
Apesar da redução, houve melhora nas escolas de tempo integral, que passou de 9,2% para 10,6% do total de matrículas na última etapa do ensino básico em instituições públicas. No ensino integral, os estudantes podem, com mais tempo na escola, ter acesso a atividades culturais, esportivas, além de conteúdos de comunicação, saúde, entre outros.
No ensino fundamental, que vai do 1º ao 9º ano, o número de alunos matriculados em 2019 caiu 1,62% em relação a 2018, passando de 21.760.831 de alunos para 21.413.391. Desse total, quase 11% foram para o ensino integral.
Ampliar a educação em tempo integral nas escolas é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), lei que estabelece parâmetros para melhorar a qualidade da educação brasileira. Uma das metas do PNE é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica até 2024.
EJA
O Censo Escolar também trouxe dados sobre o número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade presencial, que também diminuiu, passando de 2.878.165 de alunos em 2018 para 2.625.462 em 2019, uma redução de 9,6%.
Agência Brasil
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Milhares de pessoas foram forçadas nesta terça-feira (31) a procurar refúgio nas praias do sudeste da Austrália para escapar dos incêndios que assolam esta região turística.
Cerca de 4.000 turistas e habitantes acabaram retidos nas praias da cidade de Mallacoota, cercadas por incêndios.
Em uma faixa costeira de cerca de 200 km, alguns fugiram para a costa a bordo de seus navios para tentar escapar de um dos piores dias desde o início de setembro desses incêndios devastadores.
Nas redes sociais, os habitantes de Mallacoota explicaram que vestiam coletes salva-vidas caso fossem obrigados a se refugiar na água para escapar do fogo.
Em 24 horas, três pessoas morreram e cinco estavam desaparecidas, quando as chamas se aproximaram de cidades muito povoadas, como Batemans Bay, um destino tradicional de férias.
"Temos centenas, milhares de pessoas na costa, refugiando-se nas praias e em clubes de surfe", disse Shane Fitzsimmons, chefe do departamento de incêndios florestais da Nova Gales do Sul.
Fitzsimmons observou que as estradas a oeste, sul e norte estavam fechadas, mas que uma frente fria vinda da costa estava moderando a violência de muitos incêndios.
Em algumas regiões, os incêndios são tão intensos, a fumaça tão densa e o fogo causado por raios tão violentos que o reconhecimento aéreo e a intervenção de bombardeiros tiveram que ser interrompidos, informaram os agentes encarregados das áreas rurais de Nova Gales do Sul.
France Presse
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Dezenas de milicianos xiitas iraquianos e seus apoiadores invadiram o complexo da embaixada dos Estados Unidos, em Bagdá, no Iraque, nesta terça-feira (31).
O grupo que protestava contra ataques aéreos americanos no país escalou muros, forçou os portões e derrubou uma porta para entrar na representação diplomática. De acordo com a Associated Press, o manifestantes atearam fogo a uma área de recepção.
Autoridades iraquianas disseram à Reuters que o embaixador e outros funcionários foram retirados, mas a informação não foi confirmada por autoridades norte-americanas.
As forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que se reunia do lado de fora. Fontes médicas disseram que 12 manifestantes ficaram feridos.
A invasão aconteceu após centenas de pessoas participarem de uma marcha na área central da capital iraquiana, onde manifestações populares são restritas, entoando frases como "Morte à América". Eles protestavam contra os bombardeios dos EUA contra um grupo de milícias apoiado pelo Irã no Iraque, que deixaram 25 mortos e 51 feridos no domingo (29).
O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, fez um apelo para que os manifestantes se afastassem da embaixada americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o Irã estava "orquestrando" um ataque à embaixada americana e que será responsabilizado por isso.
"Agora o Irã está orquestrando um ataque contra a embaixada dos EUA no Iraque. Eles serão totalmente responsabilizados. Além disso, esperamos que o Iraque use suas forças para proteger a embaixada", escreveu Trump no Twitter.
O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, fez um apelo para que os manifestantes se afastassem da embaixada americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o Irã estava "orquestrando" um ataque à embaixada americana e que será responsabilizado por isso.
"Agora o Irã está orquestrando um ataque contra a embaixada dos EUA no Iraque. Eles serão totalmente responsabilizados. Além disso, esperamos que o Iraque use suas forças para proteger a embaixada", escreveu Trump no Twitter.
Os Estados Unidos acusaram o grupo pelo ataque na sexta-feira (27) que matou um empreiteiro civil do país e feriu quatro membros do serviço americano e dois membros das Forças de Segurança do Iraque, perto da cidade de Kirkuk, rica em petróleo.
Na segunda-feira (30), o governo do Iraque disse que seria forçado a "rever suas relações" com os Estados Unidos após os ataques. Esses bombardeios "violam a soberania do Iraque" e "violam as regras de engajamento" da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos presentes no Iraque para combater os jihadistas", afirmou o governo.
G1
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O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (30), último pregão do ano, mas acumulou em 2019 a maior alta dos últimos três anos.
O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,76%, a 115.645 pontos. Apesar disso, o índice acumulou alta de 6,85% em dezembro e de 31,58% em 2019 – a maior variação anual desde 2016.
Desconsiderada a inflação, o retorno do Ibovespa foi de 27,6% no ano, segundo a Economatica, também o maior desde 2016.
No pregão anterior, na sexta-feira, o índice fechou em queda de 0,57%, a 116.533 pontos.
Cenário local e externo
Com o noticiário corporativo pouco movimentado, o mercado analisou nesta segunda a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central, que mostrou leves ajustes para cima no PIB e na inflação deste ano e de 2020, segundo a Reuters.
O levantamento mostrou que a expectativa para o crescimento do PIB passou de 1,16% para 1,17% em 2019 e de 2,28% para 2,30% no próximo ano. Já a estimativa para a inflação passou de 3,98% para 4,04% para 2019 e de 3,60% para 3,61% em 2020, seguindo confortavelmente abaixo das metas para os períodos – 4,25% este ano e 4% em 2020.
Ações que mais ganharam e perderam no ano
No ano, os papéis de Qualicorp foram os que mais subiram dentre os que compõe o Ibovespa, acumulando mais de 240% de alta. Na sequência vêm BTG Pactual (235%), Via Varejo (154%), Notredame Intermédica (136%) e JBS (123%).
No lado oposto, apenas seis empresas do índice registraram desvalorização. As ações da Braskem tiveram o pior desempenho (-35%), seguidas de CVC Brasil (-28%), Embraer (-9%), Smiles (-3,6%), Ultrapar (-1,8%) e Cielo (-0,6%).
Maior alta em 3 anos
O mercado de ações se tornou mais atrativo em 2019 em meio aos sucessivos cortes na taxa básica de juros (Selic), que começou o ano em 6,5% ao ano e termina em 4,5% – a menor desde que foi estabelecido o regime de metas de inflação no país.
Ajudada ainda por outros fatores, como juros baixos também no exterior e um clima positivo nos mercados mundiais, a bolsa brasileira bateu recordes em 2019. Em março, o Ibovespa alcançou os 100 mil pontos pela primeira vez. E em dezembro, chegou aos 117 mil. A máxima de fechamento do ano foi registrada no dia 26 de dezembro, quando o Ibovespa encerrou a sessão aos 117.203 pontos.
A sequência de recordes da Bovespa em 2019 também é explicada pela maior entrada de investidores. Em 2019, a quantidade de brasileiros que investem na bolsa praticamente dobrou, chegando a 1,6 milhão de pessoas físicas.
Este é o quarto ano consecutivo de ganhos do Ibovespa, que passou de 87.887 pontos no final de 2018 e rompeu m 2019 pela primeira vez o patamar dos 100 mil pontos.
Este também foi o segundo ano de crescimento mais rápido da década, após a disparada de quase 39% em 2016. Esse salto ocorreu após a queda de mais de 13% em 2015, quando o país afundava em uma recessão.
Para analistas da XP, o desempenho da bolsa este ano também foi guiado pela recuperação econômica do país, ainda que ela esteja acontecendo de forma mais lenta do que o esperado inicialmente.
"O fim do ano se mostrou mais encorajador, dando indícios de que 2020 poderá finalmente ser um ano melhor no âmbito econômico", disseram, acrescentando que esperam que o Ibovespa chegue ao patamar de 140 mil pontos ao final do próximo ano.
Para analistas da Levante Investimentos, o avanço da economia passa pela continuidade da agenda de reformas do governo, que já aprovou mudanças nas regras da Previdência neste ano.
"A inclinação do Congresso em promover ajustes fiscais, tributários e regulatórios fortalece a aceleração do crescimento para o ano que vem, o que pode ser recebido com muito bons olhos", afirmaram em nota.
George Wachsmann, sócio-fundador da gestora de investimentos Vitreo, avalia que 2020 deve ser um novo ano de forte alta na bolsa, já que a expectativa do mercado é de que os juros continuem baixos e a inflação controlada, mas ele também condiciona o crescimento econômico ao andamento da agenda de reformas.
"Se o governo conseguir, a despeito de todas as confusões políticas, seguir na trilha de colocar as reformas em andamento e mantiver o país no rumo do ajuste fiscal, temos tudo para ter mais dois ou três anos de recuperação na economia", afirmou.
No âmbito internacional, Wachsmann destaca que a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que trouxe volatilidade para os mercados em todo o mundo em 2019, encerrou o ano "em seu melhor momento" e que esse tom deverá permanecer em 2020, ano de eleições nos EUA.
Nesta segunda, um assessor da Casa Branca disse que um acordo entre os dois países pode ser assinado na próxima semana.
Outras bolsas no mundo
A bolsa brasileira não foi a única a ter altos rendimentos este ano, fortalecidos nas últimas semanas com os sinais de um acordo para acabar com a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.
Em Wall Street, o Dow Jones e o Nasdaq acumulam ganhos de 22% e 35%, respectivamente. Na Europa, o DAX de Frankfurt ganhou 26% e o CAC 40 de Paris, 27% – o mesmo que o FTSE MIB de Milão.
G1
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Termina hoje (31), às 23h59, o prazo para trabalhadores assalariados optarem livremente pela modalidade de saque-aniversário de parcela do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A partir de amanhã (1º de janeiro) o trabalhador continua podendo aderir ao saque-aniversário. No entanto, quem tiver feito a escolha a partir de então terá de esperar pelo menos dois anos para voltar ao saque-rescisão.
Assim como outros bancos, as agências da Caixa Econômica Federal não abrem hoje. A adesão ao saque-aniversário deve ser feita pela internet. Para escolher a modalidade de “saque-aniversário”, o beneficiário deve entrar na seção correspondente, no site do FGTS, ou via aplicativo, disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS e para computadores com o sistema Windows.
Após confirmação de cadastramento e antes de optar pelo tipo de saque, a página do FGTS permite simulação do valor que o trabalhador teria direito e informa o período de saque conforme o mês de aniversário de cada correntista.
Em seu site, a Caixa Econômica alerta para o fato de que ao fazer a opção pelo saque-aniversário, “o trabalhador não poderá sacar o total da conta por motivo de demissão, mas tem direito a todas as demais modalidades de saque, incluindo o saque da multa rescisória. Ficam mantidos os saques para a compra da casa própria, doenças graves, aposentadoria e outros casos já previstos anteriormente na Lei”.
Cronograma
Conforme já reportado pela Agência Brasil, o saque-aniversário será de abril a junho para os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro, de maio a junho para os nascidos em março e abril e de junho a agosto para os nascidos em maio e junho.
A partir de agosto, a retirada ocorrerá no mês de aniversário até dois meses depois. De 2021 em diante, as retiradas sempre ocorrerão no mês de nascimento do trabalhador, até dois meses depois. Caso o beneficiário não faça o saque no período permitido, o dinheiro volta para a conta do FGTS.
Ao optar pelo saque-aniversário, o trabalhador deverá escolher a data em que deseja que o valor esteja disponível: 1º ou 10º dia do mês de aniversário. Quem escolher o 10º dia retirará o dinheiro com juros e atualização monetária sobre o mês do saque.
Os trabalhador que aderir ao saque-aniversário poderá sacar um percentual do saldo de todas as contas do FGTS, ativas e inativas, em seu nome. Além do percentual, ele receberá um adicional fixo, conforme o saldo da conta. O valor a ser sacado varia de 50% do saldo sem parcela adicional para contas de até R$ 500 a 5% do saldo e adicional de R$ 2,9 mil para contas com mais de R$ 20 mil.
Ao retirar uma parcela do FGTS a cada ano, o trabalhador deixará de receber o valor depositado pela empresa caso seja demitido sem justa causa. O pagamento da multa de 40% nessas situações está mantido. As demais possibilidades de saque do FGTS – como compra de imóveis, aposentadoria e doenças graves – não são afetadas pelo saque-aniversário.
O saque-aniversário não está relacionado ao saque imediato, que prevê a retirada de até R$ 998 do FGTS de todas as contas ativas e inativas. Quem não retirou o dinheiro nessa modalidade ao longo dos últimos meses ainda poderá fazer o saque até 31 de março. Depois disso, o dinheiro retornará para a conta do FGTS.
Em 2020, serão destinados R$ 65 bilhões do FGTS para habitação. Desses, R$ 62 bi serão usados para habitação popular. Conforme decisão do Conselho Curador do FGTS, R$ 4 bilhões serão destinados ao saneamento básico; R$ 5 bilhões para o setor de infraestrutura urbana; e R$ 3,4 bilhões para o FGTS-Saúde. Os mesmos valores estão previstos para os três anos seguintes.
Agência Brasil
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