Três adolescentes foram condenados pela morte do capoeirista e motoboy brasileiro, Iderval da Silva, de 46 anos, espancado em Londres em maio de 2019.
Silva trabalhava como entregador da Uber Eats e foi atacado bairro Battersea, no sul de Londres, quando tentou impedir que sua moto fosse roubada. Ele chegou a ser internado, mas morreu três dias depois.
Jadan Richards, de 19 anos, e um jovem de 16 anos, que não teve o nome revelado por ser menor de idade, ambos de Wandsworth, no sudoeste de Londres, foram condenados por homicídio doloso — quando há intenção de matar.
Um outro jovem, de 17 anos, foi condenado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
O promotor Tony Badenoch disse durante o julgamento que o brasileiro estacionou a moto do lado de fora de um café, quando o grupo de jovens avistou o veículo e um deles tentou furtá-lo.
Silva percebeu a movimentação e tentou impedir que levassem a moto. Ele foi, então, alvo de um "momento explosivo e rápido de violência", segundo as palavras do promotor.
O brasileiro foi deixado inconsciente no chão e morreu três dias depois, de um sangramento no cérebro provocado pelas agressões.
Jasire Frazer, de 18 anos e dois jovens de 17 anos, foram inocentados das acusações de homicídio, enquanto Jadan Richards, de 19 anos, um jovem de 16 e outro de 17 anos foram condenados.
A promotora Sally-Anne Russell declarou, no julgamento, que trata-se de "um caso trágico de um homem que morreu tentando proteger sua propriedade".
"Testemunhas assistiram com horror à forma como o ataque se desenrolou sem qualquer provocação", afirmou.
"Elas correram para ajudar Silva, depois que os jovens fugiram, mas o grau da violência foi tamanho que ele morreu poucos dias depois." Paramédicos atenderam Silva na avenida Charlotte Despard e o levaram ao hospital, mas ele não resistiu.
Tarif Farooqi, da Polícia Metropolitana de Londres, disse que os jovens "atacaram de maneira agressiva e sem piedade."
"Os agressores, que conheciam uns aos outros, claramente haviam decidido usar aquele dia para cometer um crime", disse. "Por causa disso, a família de Silva perdeu um indivíduo muito querido, que tentava garantir o sustento de seu filho e de outros parentes."
Quem era Iderval da Silva
Natural de Presidente Prudente, interior de São Paulo, Iderval é descrito por amigos como uma pessoa pacífica e tranquila, que gostava de ensinar capoeira e era querido pelos alunos.
Em 2000, emigrou do Brasil para Portugal. Sua mulher e seu filho se mudaram para o país europeu um ano depois. Ali, ele trabalhou como segurança e deu aulas de capoeira e forró.
Conhecido como contramestre Bugrão no mundo do esporte, Silva viajava frequentemente pela Europa, convidado para dar aulas de capoeira em países como Espanha, Alemanha e Finlândia.
O filho dele tinha 24 anos na época do crime. Ele mora em Portugal e chegou a viajar a Londres após o ataque para acompanhar as investigações e a liberação do corpo do pai.
"Ele era uma pessoa muito calma, pacífica, muito responsável com horários, superatencioso com os alunos de capoeira e ajudava em projetos sociais", diz sua ex-mulher, a esteticista Luciana Pereira Vicente, de 44 anos, que mora em Portugal.
Há cerca de dois anos, Iderval se mudou para o Reino Unido com a intenção de ampliar seu projeto de capoeira. Morou durante um período na cidade King's Lynn, a 170 km de Londres, e em março se mudou para a capital. Vivia em Croydon, subúrbio no sul de Londres.
Iderval e o amigo André Luiz Maciel, também capoeirista, pretendiam montar no Reino Unido uma sede da associação de capoeira que os dois tinham em Portugal. "Tivemos bastante dificuldades em ter espaço. Viemos com essa intenção. Pensamos: não tem programas para adolescentes na rua, não tem basquete, vôlei, judô. A ideia era oferecer a capoeira."
Ele diz que os dois, por não terem "sucesso financeiro ainda" e para "pagar as contas", começaram a entregar comida via Uber Eats. Um grupo de brasileiros, muitos deles entregadores de Uber e outros aplicativos em Londres, fez um protesto com buzinaços após o ataque.
Maciel afirma que testemunhou o momento do crime. "Alguém subiu na moto dele e eu pensei que fosse algum amigo nosso. Em questão de segundos, teve uma luta. No meio da luta estavam os meninos do bairro", afirma.
Maciel diz que "congelou" quando viu o ataque. "Não consegui reagir." Ele não sabe dizer quantas pessoas atacaram seu amigo.
Riscos vividos por motoboys em Londres
A morte de Silva no ano passado assustou os colegas de profissão e escancarou a difícil vida dos motoboys na capital britânica.
O roubo de motos não é a única ameaça que os entregadores em duas rodas dizem ter que enfrentar nas ruas de Londres, onde, segundo relatos, vivem uma rotina de medo e violência.
Atraídos por um mercado de entregas aquecido e pelo câmbio favorável, brasileiros trabalham em grande número como motoboys em Londres.
Eles reclamam, principalmente, do furto e roubo de motos e de comida que transportam, que se transformaram em ameaças constantes e crescentes na rotina dos entregadores.
Os motoboys dizem que o mercado de entregas em Londres é dominado por brasileiros que levam vantagem por serem mais ágeis e ousados no trânsito. Não existem, contudo, números oficiais sobre a quantidade de entregadores que nasceram no Brasil e trabalham no Reino Unido.
Faltam estatísticas oficiais, mas sobram histórias de tensão, ameaça e violência. Segundo motoboys ouvidos pela BBC News Brasil, não é exagero comparar o medo que sentem em Londres com a violência que também deixa muita gente assustada no Brasil.
O paulista Welington Silva, de 42 anos, teve a moto furtada na noite de Natal e, por duas vezes, foi assaltado por grupos de adolescentes que levaram as refeições que ele transportava. Ladrões também levaram a moto do entregador paranaense César Farias, de 29, que precisou pagar resgate para recuperar seu principal instrumento de trabalho.
Já o mineiro Kleverson Saad, de 41 anos, já bateu para não ter a moto roubada, mas apanhou de um grupo que queria pegar a comida que ele entregava. Depois de evitar um roubo batendo nos ladrões, foi orientado pela polícia a mudar de casa.
"Me disseram que um dos integrantes do grupo, que acabou morrendo na perseguição policial, tinha um tio que havia sido morto e o pai estava na prisão. Era de uma família complicada. A polícia disse que poderiam voltar (para se vingar)", conta.
O paranaense Fernando Pansera, de 41, nunca foi roubado, mas teve a placa da moto clonada e levou multas de infrações que não cometeu.
O número de roubos e furtos de motocicletas praticamente duplicou entre 2013 e 2016, último ano em que a polícia metropolitana de Londres divulgou estatísticas específicas de roubo de motos.
Foram registrados 7.385 casos em 2013 e 14.043 em 2016. O índice de motos recuperadas também aumentou ao longo desses anos — mais da metade dos veículos são encontrados.
BBC
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Um homem armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras duas, uma delas gravemente, em um parque na cidade francesa de Villejuif, nos arredores de Paris, antes de ser morto por agentes da polícia.
O ataque ocorreu por volta das 14h (10h no horário de Brasília) desta sexta (3) no parque Hautes-Bruyères.
O agressor, cujos motivos ainda não foram esclarecidos, tentou fugir depois do ataque e morreu ao ser atingido por disparos de policiais na localidade vizinha de L'Haÿ-les-Roses.
Segundo o prefeito de Villejuif, Franck Le Bohellec, o homem morto é um morador local de 56 anos. "Ele estava passeando com sua esposa quando o atacante se aproximou. Ele quis proteger sua esposa e foi ele quem levou a facada", disse à AFP.
Segundo uma fonte próxima ao caso, a vítima gravemente ferida é um homem, enquanto a terceira vítima é uma mulher que sofreu ferimentos leves.
Uma foto tirada do local onde o agressor foi morto e enviada à AFP mostra-o deitado de costas em uma rotatória, vestido com o que parece ser um traje tradicional preto do tipo jelaba.
Ele "fugiu para o shopping center de L'Haÿ-les-Roses, onde aparentemente pretendia continuar seu ataque", disse o prefeito de Haÿ-les-Roses, Vincent Jeanbrun, ao canal BFMTV.
"Felizmente, a polícia foi rapidamente alertada e conseguiu chegar rapidamente ao local e neutralizá-lo, matando-o", acrescentou.
O secretário de Estado para o Interior Laurent Nuñez, o procurador nacional de combate ao terrorismo Jean-François Ricard e o prefeito da polícia de Paris, Didier Lallement, dirigiram-se rapidamente ao local.
A França vive sob a ameaça constante de atentados, e este último acontece alguns dias antes do aniversário dos ataques jihadistas contra a revista satírica Charlie Hebdo e a um supermercado kosher em 7 e 9 de janeiro de 2015.
Em 2019, a justiça antiterrorista processou três casos de ataques: um ataque com faca, em março, a dois guardas penitenciários da prisão de Condé-sur-Sarthe (noroeste da França) por um detento radicalizado, Michaël Chiolo, um ataque a bomba em frente a uma padaria em Lyon (centro-leste) em maio, que feriu 14 pessoas, e um ataque na sede da polícia de Paris em 3 de outubro.
Neste último ataque, a investigação ainda não conseguiu determinar oficialmente as motivações de Mickaël Harpon, um agente suspeito de radicalização, que esfaqueou quatro de seus colegas antes de ser abatido.
Se essas quatro vítimas forem incluídas, a onda de ataques na França deixou 255 mortos desde o início de 2015.
No total, 60 ataques foram frustrados desde 2013, incluindo o último no final de setembro, segundo o Ministério do Interior.
France Presse
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A Marinha australiana iniciou nesta sexta-feira (3) a retirada de centenas de pessoas bloqueadas em uma cidade do sudeste do país cercada pelas chamas. As autoridades temem o agravamento da situação dos incêndios florestais no fim de semana.
O navio "HMAS Choules" atracou em um cais da cidade de Mallacoota, no estado de Victoria, e as famílias embarcaram, com animais de estimação e alguns objetos pessoais. Muitos moradores passaram o Ano Novo na praia para fugir das chamas. "Esperamos retirar 1.000 pessoas desta região até a tarde", afirmou o primeiro-ministro australiano Scott Morrison.
Pelo menos 20 pessoas morreram, dezenas estão desaparecidas e mais de 1.300 casas foram reduzidas a cinzas desde o início da temporada de incêndios em setembro. As chamas afetaram uma superfície equivalente ao dobro do território da Bélgica. A meteorologia prevê o aumento da temperatura para sábado, acima dos 40 graus. As autoridades declararam estado de emergência no sudeste da Austrália, a região de maior população do país.
Milhares de turistas e moradores receberam ordens para abandonar as áreas mais expostas em uma zona de quase 300 quilômetros ao longo da costa, o que provocou enormes engarrafamentos nas estradas que levam a Sydney e a Canberra. O ministro dos Transportes do estado de Nova Gales do Sul, Andrew Constance, considera a operação "a mais importante da história da região".
No norte da cidade de Nowra, as famílias esperavam em veículos que praticamente não avançavam pelas estradas. Aviões militares lançaram alimentos em áreas isoladas. O governador de Victoria, Dan Andrews, anunciou que as autoridades também disponibilizaram água, equipamentos de emergência e telefones por satélite.
Premiê é criticado
O chefe de governo do país, Scott Morrison, foi muito criticado por ter viajado de férias ao Havaí em dezembro, quando o país já sofria com os incêndios e por não atuar para combater a mudança climática. Ele voltou a ser alvo de críticas, desta vez pela forma como administra a crise e por desenvolver uma política de combate às mudanças climáticas.
Na cidade de Cobargo, Morrison foi vaiado, em particular por uma jovem mãe que chorava e por um bombeiro que se recusou a apertar sua mão. Ele retornou para seu comboio ouvindo insultos. "Você não terá nossos votos, amigo", gritou um morador. "É injusto. Nos esqueceram completamente aqui", reclamou uma mulher.
"As pessoas estão irritadas, perderam muito, estão nervosas", admitiu o primeiro-ministro. "Entendo completamente como se sentem. Não encaro como algo pessoal". Os incêndios florestais, muito violentos este ano, também têm um impacto nas principais cidades australianas. Melbourne e Sydney ainda respiram fumaça tóxica e o torneio internacional de tênis de Camberra teve que ser transferido para Bendigo, no Estado de Victoria.
RFI
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Donald Trump publicou, nesta sexta-feira (3), um texto em uma rede social em referência ao ataque dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qassem Soleimani.
"O Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação", escreveu o presidente dos Estados Unidos.
"O general Qassem Soleimani matou ou feriu gravemente milhares de americanos em um longo período de tempo e estava planejando matar muitos mais... mas foi pego! Ele foi diretamente ou indiretamente responsável pelas mortes de milhões de pessoas, inclusive um recente grande número de manifestantes assassinados no próprio Irã."
Ele adicionou:
"Enquanto o Irã nunca poderá admitir apropriadamente, Soleimani era tanto odiado como temido dentro do país. Eles não estão nem um pouco entristecidos como os líderes permitirão o resto do mundo acreditar. Ele deveria ter sido morto muitos anos atrás!".
Esses textos são a segunda manifestação de Trump desde o ataque no aeroporto de Bagdá, no Iraque: antes, ele havia publicado uma bandeira dos EUA. O presidente dos Estados Unidos ainda não deu entrevista sobre o tema.
Soleimani era chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país. Ele morreu em um ataque com drone nesta quinta-feira (2) em Bagdá, no Iraque.
O exército americano informou que o bombardeio tinha, de fato, a missão de matar o general iraniano e partiu de uma ordem do presidente Trump.
Mike Pompeo, o secretário de Estado dos EUA, afirmou que Soleimani foi executado para desarmar um ataque iminente que teria colocado em risco americanos no Oriente Médio. A ação foi planejada com base em relatórios de inteligência.
"Ele estava planejando ativamente para realizar ações na região – uma ação grande, como ele descrevia – que colocaria em risco dúzias, se não centenas, de vidas americanas. Nós sabemos que era iminente", afirmou Pompeo.
G1
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A Natura & Co anunciou que espera concluir nesta sexta-feira (3) a compra da Avon Products, em um negócio que criou o quarto maior grupo de beleza do mundo e avaliou a rival norte-americana de 130 anos em cerca de US$ 2 bilhões.
Em comunicado, a Natura informou irá nomear Roberto Marques como presidente-executivo do conselho de administração da empresa combinada. O executivo comandou em 2017 a compra da rede internacional de lojas The Body Shop pela Natura e vai chefiar os esforços de integração com a Avon.
As ações da Natura eram uma das poucas que subiam nesta sexta-feira, em meio a uma baixa generalizada do mercado por conta de preocupações com a situação no Oriente Médio após ataque norte-americano que matou importante autoridade no Irã.
Os papéis da companhia brasileira subiam 1,67% por volta de 12h, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 0,47%. A Natura tem atualmente valor de mercado de cerca de R$ 33,5 bilhões.
Mais cedo, o presidente-executivo da Avon Products, Jan Zijderveld, deixou a fabricante norte-americana de cosméticos, em sequência ao processo de venda da companhia. O lugar de Zijderveld será ocupado por Angela Cretu, que comandará as operações da Avon fora da América Latina.
Com a aquisição da Avon, a Natura criou quatro unidades operacionais, cada uma com seu presidente-executivo. A operação Natura & Co América Latina, que além da marca Natura e Avon reúne as bandeiras The Body Shop e Aesop, será liderada por João Paulo Ferreira.
A presidente-executiva da Avon, agora dentro da Natura & Co, será a romena veterana da companhia norte-americana Angela Cretu, sendo responsável pelas operações da marca fora da América Latina.
O comando da The Body Shop continuará com David Boynton, o mesmo ocorre com Michael O'Keefe na Aesop.
A Natura recebeu aval de autoridades concorrenciais para a compra da Avon em 19 de dezembro e na ocasião havia estimado a conclusão da operação para esta sexta-feira.
A companhia brasileira anunciou a compra da Avon em maio do ano passado, em um negócio realizado por meio de troca de ações. A companhia combinada tem valor estimado em US$ 11 bilhões.
Criada em 1969 e cotada na Bolsa no Brasil desde 2004, a Natura é número um dos cosméticos brasileiros.
Reuters
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O dólar reduziu o ritmo de alta após chegar a ser negociado nesta sexta-feira (3) acima de R$ 4,06, em dia de tensão nos mercados internacionais após o ataque aéreo dos Estados Unidos que matou em Bagdá um dos principais chefes militares do Irã.
Às 13h50, a moeda norte-americana subia 0,40%, a R$ 4,0392. Mais cedo, chegou a R$ 4,0694.
Já o Ibovespa opera em queda ao redor de 1%.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,33%, cotada a R$ 4,0232, após ter acumulado em 2018 uma alta de 3,5%.
Um ataque aéreo dos EUA no aeroporto de Bagdá matou o major-general Qassem Soleimani, arquiteto da crescente influência militar do Irã no Oriente Médio e um herói entre muitos iranianos e xiitas da região, provocando preocupações sobre a escalada das tensões regionais e a interrupção do fornecimento de petróleo.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que uma dura vingança aguarda os "criminosos" que mataram Soleimani. Já a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pediu nesta sexta-feira a todos os cidadãos norte-americanos que deixem o Iraque imediatamente.
"Os mercados financeiros estão aguardando a resposta do Irã, que provavelmente terá um impacto abrangente em todas as classes de ativos. O Irã pode optar por atacar os americanos no exterior, ataques cibernéticos, além de outras revoltas nas regiões que verão as tropas americanas em alerta no Iraque, Iêmen, Síria e na fronteira entre Israel e Líbano", avalia Edward Moya, analista da corretora Oanda.
Moedas seguras e ouro saltam após ataque no Iraque
No exterior, o clima era de ampla aversão ao risco, com o dólar ganhando em relação à maior parte das divisas arriscadas. O índice que mede a moeda dos EUA contra seis outras ganhava 0,24%.
Moedas consideradas mais seguras, porém, como o iene japonês, saltavam a máximas em meses nesta sexta-feira.
O iene japonês atingiu uma máxima em dois meses de 107,92 em relação ao dólar e subia 0,5% no dia. O franco suíço subiu para a máxima de quatro meses de 1,0824 em relação ao euro.
Já o ouro avançava 1,5% para US$ 1.551,10 a onça.
G1
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está divulgando que a cotação da arroba (15 quilos) do boi gordo diminuiu de valor no final de dezembro, queda média de 15%. Conforme levantamento periódico do Mapa, a arroba do boi gordo estava cotada a R$ 180 no último dia 30. No início do mês passado, chegou a R$ 216.
Conforme o ministério, o preço da carne vai reduzir para o consumidor final. O cenário “indica uma acomodação dos preços no atacado, com reflexos positivos a curto prazo no varejo”, descreve nota que acrescenta que a alcatra teve “4,5% de queda no preço nos últimos sete dias.”
Segundo projeções do Mapa, a arroba vai ficar entre R$ 180 e R$ 200 nos próximos meses, dependendo da praça. A queda do valor interrompe a alta de 28,5% que salgou o preço da carne nos últimos seis meses. A perspectiva, porém, é de que o alimento não volte ao patamar inferior. “Estamos fazendo a leitura de que isso veio para ficar, um outro patamar do preço da carne”, avalia o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Sílvio Farnese.
“Eu tenho certeza que o preço não volta ao que era”, concorda Alisson Wallace Araújo, dono de dois açougues e uma distribuidora de carne em Brasília. Segundo ele, no Distrito Federal, o quilo do quarto traseiro do boi estava custando para açougues e distribuidoras de carne R$ 13,50 há seis meses. Chegou a R$ 18,90 em novembro, e hoje está em R$ 17,70.
Estabilização dos preços
Há mais de uma razão para a provável estabilização dos preços em valores mais altos do que há um ano. O mercado internacional tende a comprar mais carne brasileira, os produtores estão tendo mais gastos ao adquirir bezerros e a eventual recuperação econômica favorece o consumo de carne no Brasil.
No último ano, beneficiado pela perda de rebanhos na China e pela alta do dólar, o Brasil ganhou mercado e vários frigoríficos foram habilitados para vender mais carne no exterior. Só em novembro, mais cinco frigoríficos foram autorizados pelos chineses a exportar carne. Em outros países também houve avanços. Mais oito frigoríficos foram aceitos pela Arábia Saudita no mesmo mês.
A carne brasileira é competitiva no mercado internacional porque é mais barata que a carne de outros países produtores, como a Austrália e os Estados Unidos, cujo o gasto de criação dos bois é mais oneroso por causa do regime de confinamento e alimentação. O gado brasileiro é criado solto em pasto.
O Brasil produz cerca de 9 milhões de toneladas de carne por ano, 70% é consumida internamente. Mas a venda para o exterior é atrativa para os produtores e pressiona valores. “A abertura de um mercado que comece a receber um produto brasileiro ajuda o criador na formação de preço”, descreve Farnese.
A alta recente dos preços do boi está viabilizando a renovação do gado quando o preço dos bezerros está valorizado. A compra dos bezerros é necessária para repor o gado abatido nos últimos anos, inclusive de vacas novilhas.
Além disso, em época de chuva, com pasto mais volumoso, os pecuaristas vendem menos bois e mantém os animais em engorda, o que também repercute na oferta e no preço do alimento. “Os criadores não se dispõem a vender porque têm alimento barato para o gado”, assinala o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Sílvio Farnese.
O comerciante Alisson Wallace Araújo acredita que com a recuperação da economia e diminuição do desemprego, haverá mais demanda por carne ao longo do ano. “É uma crescente”, diz Araújo. Ele, no entanto, não acredita em alta nos próximos meses. Em sua opinião, o consumo de carne diminui em janeiro por causa das férias e gastos sazonais das famílias (como impostos e material escolar) e depois do carnaval por causa da quaresma (período em que os católicos diminuem o consumo de carne).
AGÊNCIA BRASIL
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Os contratos futuros do petróleo operam em forte alta nesta sexta-feira (3), chegando a quase US$ 70 dólares o barril nesta sexta-feira (3), depois que um ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdá matou um dos principais chefes militares do Irã, provocando preocupações sobre a escalada das tensões regionais e a interrupção do fornecimento de petróleo.
Uma hora após a divulgação da morte do general iraniano Qassem Soleimani por agências de notícias, os preços do petróleo no mercado internacional já tinham aumentado 4%.
O petróleo Brent subia 1,82 dólar, ou 2,75%, a US$ 68,07 por barril, às 14h36 (horário de Brasília), após tocar máxima de US$ 69,50 na sessão, seu maior valor desde meados de setembro, quando instalações petrolíferas da Arábia Saudita sofreram ataques.
O petróleo dos Estados Unidos avançava 1,35 dólar, ou 2,21%, a US$ 62,53 por barril. A máxima da sessão foi de US$ 64,09, seu mais alto nível desde abril de 2019.
Os preços também encontravam suporte em dados semanais divulgados pela Administração de Informação sobre Energia (AIE) dos EUA, que mostraram que os estoques de petróleo norte-americanos tiveram na semana passada sua maior redução desde junho.
"Esperamos que confrontos de nível moderado a baixo durem pelo menos um mês e provavelmente fiquem limitados ao Iraque", disse Henry Rome, analista do Irã na Eurasia.
O Iraque, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), exporta cerca de 3,4 milhões de barris de petróleo bruto por dia.
Segundo Cailin Birch, uma economista da The Economist Intelligence Unit, os mercados temem, sobretudo, "um conflito mais amplo".
"A importância deriva menos da perda potencial dos abastecimentos de petróleo iraniano (...) do que do risco de que se possa deflagrar um conflito mais amplo que arraste Iraque, Arábia Saudita e outros", disse à AFP.
O ataque em Bagdá
Um ataque aéreo no aeroporto de Bagdá matou o major-general Qassem Soleimani, arquiteto da crescente influência militar do Irã no Oriente Médio e um herói entre muitos iranianos e xiitas da região.
Os EUA afirmaram que Soleimani planejava um ataque iminente a instalações e trabalhadores norte-americanos no Iraque, Líbano, Síria e outros países.
Já o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que uma dura vingança aguarda os "criminosos" que mataram Soleimani.
A embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pediu nesta sexta-feira a todos os cidadãos norte-americanos que deixem o Iraque imediatamente devido à escalada nas tensões.
Escalada das tensões
Soleimani era um alto líder das forças militares iranianas e um herói nacional, portanto os especialistas dizem que o impacto geopolítico do atentado será alto.
O colunista Guga Chacra, da GloboNews, afirma que Soleimani era um dos homens mais poderosos do Irã e que sua morte terá consequências geopolíticas gravíssimas.
Ele chefiava a Guarda Revolucionária, uma força paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.
Tensão no Iraque entre EUA e Irã
As mortes ocorrem em meio a uma escalada de tensão no Iraque que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã no Oriente Médio.
Desde o fim de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.
A crise subiu de patamar na terça (31), quando milicianos iraquianos invadiram a embaixada americana em Bagdá. Trump acusou o Irã de estar por trás e prometeu retaliação.
A invasão da embaixada foi uma resposta a um ataque americano na fronteira com a Síria que matou 25 combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque no domingo (29).
G1
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Após a confirmação da morte cerebral do ciclista, a mulher suspeita de atropelar o homem foi indiciada por homicídio culposo, de acordo com nota da Polícia Civil divulgada nesta sexta-feira (3), em João Pessoa. O caso aconteceu na quarta-feira (1º), no bairro de Quadramares. O G1 não conseguiu contato com a defesa da suspeita.
Segundo a delegada Cléa Lúcia Gomes, responsável pelo inquérito, uma equipe de investigadores foi até o local do acidente na tarde da quinta-feira (2) e fez um relatório sobre tudo o que foi coletado, além de solicitar as imagens do local e listar novas testemunhas.
Um vídeo divulgado na quinta-feira (2) pela TV Cabo Branco mostra o atropelamento. O vídeo foi gravado de um prédio em frente ao local onde aconteceu o acidente e também mostra uma mulher saindo do carro pelo lado do motorista.
Inicialmente, testemunhas do acidente relataram que era o homem quem estava dirigindo o carro, porém, em depoimento, o casal explicou que a mulher dirigia o veículo e homem estava no banco de trás do carro.
A mulher já havia sido indiciada por lesão corporal culposa mas, após a confirmação da morte cerebral da vítima, o caso passou a ser tratado como homicídio culposo. A família de Walmir Pedro de Brito irá doar os órgãos da vítima.
G1 PB
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Três pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo uma caminhonete e um carro na BR-230, no sentido Santa Rita - João Pessoa, na manhã desta sexta-feira (3). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a caminhonete bateu no carro que estava parado e em seguida capotou.
O acidente aconteceu por volta das 9h, no Km 46, em Santa Rita. Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas estavam no carro e uma na caminhonete. Os primeiros socorros foram feitos por enfermeiros que voltavam do plantão e pararam para ajudar as vítimas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os Bombeiros foram chamados para atender as vítimas. “Um jovem teve uma pancada forte na cabeça e uma mulher que estava no veículo também foi atendida. O caso mais grave é o do homem que estava no carro, onde há a suspeita de hemorragia interna”, disse um médico do Samu que não se identificou .
As três vítimas foram socorridas e levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. A unidade hospitalar não divulgou o estado de saúde das pessoas até às 16h40. Até o mesmo horário, a PRF permanecia no local do acidente.
G1 PB
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